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Prof. Dr. Evandro Rodrigo Dário, Eng.

IFSC – Campus Joinville - SC


Mecânica dos Fluidos I

Curso: Engenharia Mecânica

Disciplina : Mecânica dos fluidos I

Aula 8: Equações Básicas na Forma


Integral para um Volume de Controle

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Análise Integral para um Volume de Controle

Vamos estudar uma região do espaço conforme o fluido escoa através


dela, que é a abordagem de volume de controle.
Esse é frequentemente o método escolhido, pois ele possui uma
grande quantidade de aplicações práticas;

Inicialmente vamos rever as leis da física tal como elas se aplicam a um


sistema e desenvolver um pouco de matemática para converter a
representação de um sistema para um volume de controle e obter
fórmulas para as leis físicas para a análise de volume de controle.
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Leis Básicas para um Sistema

As leis básicas que aplicaremos são:


• A conservação da massa
• A segunda lei de Newton
• O princípio da quantidade de movimento angular
• A primeira e segunda leis de termodinâmica

Para converter este sistema de equações em fórmulas equivalentes


para volume de controle, desejamos expressar cada uma das leis como
uma equação de taxa.
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Leis Básicas para um Sistema


Conservação da Massa
Para um sistema (por definição, uma quantidade de matéria fixa, M, que
escolhemos), temos o resultado simples de que M = constante.

Onde:

Segunda Lei de Newton


Para um sistema com movimento relativo a um sistema de referência inercial,
a soma de todas as forças externas agindo sobre o sistema é igual à taxa de
variação com o tempo da quantidade de movimento linear do sistema,

Onde:
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Leis Básicas para um Sistema


O Princípio da Quantidade de Movimento Angular
O princípio da quantidade de movimento angular para um sistema estabelece
que a taxa de variação da quantidade de movimento angular é igual à soma
de todos os torques atuando sobre o sistema.

Onde:

O torque pode ser produzido por forças de superfície e de campo (neste caso,
a gravidade) e também por eixos que cruzam a fronteira do sistema.
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Leis Básicas para um Sistema


Primeira Lei da Termodinâmica
A primeira lei da termodinâmica é um enunciado da conservação de energia
para um sistema.

Na forma de taxa:

A energia total do sistema é dada por:


Onde:
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Leis Básicas para um Sistema


Segunda Lei da Termodinâmica
A segunda lei da termodinâmica estabelece que a variação de entropia, 𝑑𝑆, do
sistema satisfaz a relação:

Ou na forma de taxa:

A entropia total do sistema é dada por:


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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Em vez de converter as equações para taxas de variação de 𝑴, 𝑷, 𝑯, E, S
uma a uma, representamos todas as variáveis pelo símbolo 𝑵.

Portanto, N representa: a quantidade de massa, ou quantidade de


movimento, ou quantidade de movimento angular, ou energia, ou
entropia de um sistema.

Correspondendo a esta propriedade extensiva, necessitaremos também


da propriedade intensiva (isto é, por unidade de massa) η. Logo:
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Comparando com as equações anteriores temos:
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Derivação
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Derivação
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Conceito do Produto escalar:

Entrada Normal
Entrada / Saída geral Saída Normal
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Relação entre as Derivadas do Sistema e a Formulação para


Volume de Controle
Interpretação Física

Taxa de variação da propriedade extensiva do sistema N.

Taxa de variação da quantidade da propriedade extensiva N


dentro do volume de controle.

Taxa na qual a propriedade N esta saindo/entrando na


superfície do volume de controle
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Conservação da Massa
O princípio de conservação da massa. Já vimos que:

As formulações de sistema e de volume de controle são relacionadas por:

Onde:
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Conservação da Massa

Substituindo:
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Conservação da Massa - Intepretação dos Termos da equação

A taxa de variação da massa dentro do volume de controle

A taxa líquida de fluxo de massa para fora através da


superfície de controle.

A equação da conservação da massa indica que a soma da taxa de variação da


massa dentro do volume de controle com a taxa líquida de fluxo de massa através da
superfície de controle é zero.
taxa de variação taxa líquida de massa
da massa no VC = através da SC

= -
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Conservação da Massa - Casos Especiais


Fluido Incompressível - 𝝆 = constante

𝜕 𝜕Ɐ
𝜌 න 𝑑Ɐ + 𝜌 න 𝑉. 𝑑 𝐴Ԧ = 0 + න 𝑉. 𝑑 𝐴Ԧ = 0
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶 𝜕𝑡 𝑆𝐶

Para um volume de controle não deformável, de forma e tamanho fixos, Ɐ = constante.

න 𝑉. 𝑑 𝐴Ԧ = 0 ෍ 𝑉. 𝐴Ԧ = 0
𝑆𝐶 Quando a velocidade é 𝑆𝐶
(ou pode ser aproximada
Vazão Volumétrica
como) uniforme

𝑄 = න 𝑉. 𝑑 𝐴Ԧ
𝐴

Módulo da Velocidade Média


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Conservação da Massa - Casos Especiais


Fluido Compressível e Regime Permanente

Nenhuma propriedade do fluido varia com o tempo em um escoamento


permanente. No máximo : . Isso implica que:
0

Um caso especial útil é quando a velocidade é (ou pode ser aproximada como)
uniforme em cada entrada e saída.

Para escoamento permanente, a vazão mássica para dentro do volume de controle


deve ser igual à vazão mássica para fora do volume de controle.
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Exemplo 1: Fluxo de Massa em uma junção de tubos


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Exemplo 1: Fluxo de Massa em uma junção de tubos


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Exercícios Sugeridos:

FOX, Robert W., PRITCHARD, Philip J. McDONALD, Alan T. Introdução à


mecânica dos fluidos. 8a Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

Capítulo 4:

12; 15; 24; 33; 35; 38; 43

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