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A espectrofotometria é considerada um método analítico instrumental que utiliza a luz

para quantificar a concentração de espécies químicas, por meio da interação


(absorção/transmissão/emissão) da matéria com a energia radiante, sendo esta a
radiação eletromagnética. Isto é possível porque a absorção luminosa faz com que os
elétrons mudem seus níveis energéticos do fundamental para o excitado, apresentando,
assim, valores para os comprimentos de onda observados (NERY E FERNADEZ,
2004).
Para esta técnica utiliza-se um aparelho específico: o espectrofotômetro. Este fornece
o valor da absorbância que é diretamente proporcional à concentração da espécie
responsável pela cor, desta forma é possível quantificar a espécie química alvo nas
amostras. (SKOOG et al., 2014). Seu funcionamento dá-se da seguinte forma: a luz
fornecida passa por um seletor onde é fracionada (monocromador) em luzes
monocromáticas. O comprimento de onda escolhido é então dirigido para a solução
contida em uma cubeta onde parte da luz é absorvida e parte e transmitida. A
redução da intensidade luminosa é medida por um detector (célula fotoelétrica) ,
este libera um sinal elétrico proporcional à intensidade da luz que incidiu sobre ele, e
posteriormente, com o auxílio de um galvanômetro, tem-se os valores da absorbância
(MARTINEZ, 2006). Sabendo que a quantidade de luz absorvida por uma amostra
(absorbância) é diretamente proporcional a sua concentração, (lei de Beer-lambert)
pode-se obter a concentração molar da amostra analisada. (HARRIS, 2008).
Alguns fatores como a natureza do solvente e a presença de substâncias interferentes
podem afetar os resultados obtidos em uma análise espectrofotométrica, por isso
recomenda-se cubeta de quartzo para amostras na região entre 200 e 380 mn, visto que
este é praticamente invisível à radiação ultravioleta (SKOOG et al., 2014). Desta forma,
os efeitos desses agentes devem ser conhecidos e as condições para análise
escolhidas de maneira que as pequenas variações de suas grandezas não afetem o
resultado analítico obtido

REFERÊNCIAS
HARRIS, Daniel C. Análise Química Quantitativa. 5° ed., Rio de Janeiro: LTQ, 2008
NERY, A. L. P.; FERNANDEZ, C. Fluorescência e estrutura atômica:
Experimentos simples para abordar o tema. Química Nova na Escola, N° 19, Maio,
2004

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