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Ação: VA 8502/A22

Organização de eventos nacionais e internacionais

Regras Protocolares

Em numerosas situações da nossa vida quotidiana nem nos damos conta que estamos a
cumprir um conjunto de regras que têm como objetivo principal facilitar o
relacionamento e a convivência entre todos.

Se as regras da sociedade são adquiridas por hábitos desde a infância e funcionam como
se fossem comportamentos espontâneos e automáticos, o domínio das normas de
comportamento vence o erro, o medo e até a timidez em todas as circunstâncias.

O protocolo é a linguagem universal que tem por objetivo tornar as relações


interpessoais mais fáceis e agradáveis.

Dominar e respeitar as regras de protocolo e cortesia significa alcançar melhores


resultados na vida profissional e pessoal.

“Só os tontos é que subestimam o Protocolo: ele simplifica a vida” Talleyrand

As normas protocolares traduzem um conjunto de instrumentos e técnicas de preparar


e fazer executar as cerimónias privadas, públicas ou oficiais, através de convenções úteis
que facilitam a comunicação, respeitando as inevitáveis hierarquias baseadas na
urbanidade e na tradição cultural de cada país.

Nos tempos que correm, o protocolo não se limita às normas escritas que regem o
cerimonial do Estado. Inclui também as normas de cortesia que facilitam a vida em
sociedade, seja pessoal, seja institucional.

A cortesia e o protocolo já foram comparados a dois círculos concêntricos em que o


maior - a cortesia - engloba o menor - o protocolo. Ou seja, pode haver normas de
cortesia fora do protocolo, mas não pode haver protocolo sem cortesia.
A cortesia baseia-se na tradição e em costumes antigos, mas é mais difícil de definir do
que o protocolo. Muitas das suas regras são transmitidas de geração para geração. Mas,
no seu conjunto, é um código de conduta sem o carácter compulsório do Protocolo de
Estado.

No fundo, o protocolo é o conjunto das regras ordenadoras e a cortesia é a forma de


aplicar essas regras.

Conviver socialmente e fazer vida social parece o mesmo. No entanto existem diferenças
subtis entre ambos os conceitos. Enquanto a convivência em sociedade é praticamente
inevitável, a vida social pode reduzir-se a uma estrita participação em acontecimentos
especiais.

Existe uma certa tendência para separar a vida profissional da social e, considerar que
pertencem a dois mundos diferentes. Embora numa e outra possam surgir situações
diversas que exigem da nossa parte atitudes diferentes, isso não quer dizer que o nosso
comportamento não deva ser igualmente correto em todas as circunstâncias.

As regras da sociedade são adquiridas por hábitos e devem funcionar como se fossem
comportamentos espontâneos e automáticos.

Se na vida social se criaram uma série de normas de etiqueta e cortesia que determinam
o modo de agir, o mesmo acontece na vida profissional.

O mundo empresarial está em constante evolução e mudança. Nesse sentido o


protocolo empresarial vem ajudar a facilitar o relacionamento e a convivência entre
todos os profissionais de diversos meios e culturas.
O protocolo empresarial consiste na mistura de boa educação e bom senso.

As boas maneiras exigem uma longa aprendizagem e muita observação, mas podem
também servir como ferramenta adicional às suas competências profissionais.
O objetivo desses procedimentos é que os contactos de trabalho aconteçam com
naturalidade e os relacionamentos se tornem produtivos.

O protocolo exige uma série de usos sociais que estão diretamente ligados ao saber estar
e às boas maneiras.
A falta de naturalidade, a afetação, anulam a legitimidade moral das normas de
comportamento aceites pela maioria.
O saber comportar-se mediante o local e a situação em que se encontra é fundamental
e será sempre sinonimo de sucesso.

É determinante o uso adequado de palavras, diálogos, regras, formas de tratamento,


trajes cerimoniais e normas de conduta.
Na aplicação das normas protocolares aos eventos há que ter em atenção o tipo e o
perfil do convidado.
O protocolo é um instrumento elementar para convivência entre os participantes, cada
um ocupando o lugar que lhe cabe em função do seu estatuto profissional.

Exemplos de Regras Protocolares

✓ Se estiver a usar luvas retire a direita para apresentar a mão.


✓ Não trate as pessoas por tu sem que tal se tenha proporcionado.
✓ Saiba tratar as pessoas de acordo com o respetivo título.
✓ Quando falam consigo, olhe as pessoas nos olhos e responda com algumas
palavras.
✓ Evite confidencias à pessoa que acabou de conhecer.
✓ Não olhe a pessoa de alto a baixo.
✓ Tenha uma boa atitude comunicativa.
✓ Seja pontual no horário e nas respostas.
✓ Manter uma boa postura corporal.
✓ Não faça perguntas indiscretas.
✓ Não peça favores a alguém que acabou de conhecer.

Algumas falhas passam por:

- Desrespeitar a pontualidade em função do que foi estabelecido no programa;


- Fazer esperar os convidados ou o por vezes até o próprio anfitrião;
- Descuidar a organização do acontecimento e permitir que isso transpareça para o
público;
- Ignorar a agenda em eventos internos gerando perdas de tempo;
- Deixar que o telemóvel interfira no desenrolar do encontro;
- Confundir as normas sociais e as precedências empresariais (por exemplo dar
precedência em função do género e não do cargo);
- Desleixar a seleção do traje e não cumprir as indicações dadas no convite;
- Sentar-se sem que o lugar lhe tenha sido indicado ou alterar a marcação
pré-estabelecida
O Protocolo da União Europeia

Atualmente a União Europeia é formada por 27 países – Áustria, Bélgica, Bulgária,


Croácia, Chipre, Chéquia, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia,
Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia,
Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha e Suécia.

Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia

A União goza, no território dos Estados-Membros, dos privilégios e imunidades


necessários ao cumprimento da sua missão, nas condições definidas no Protocolo de 8
de abril de 1965 relativo aos Privilégios e Imunidades da União Europeia.
O mesmo regime é aplicável ao Banco Central Europeu e ao Banco Europeu de
Investimento.

Protocolo (N.o 7) Relativos aos privilégios e imunidades da UE

✓ Representantes dos Estados-Membros que participam nos trabalhos das


instituições da União; os seus conselheiros e peritos técnicos, no exercício das
suas funções e durante as deslocações de e para o local da reunião, gozam dos
privilégios, imunidades e facilidades habituais.

O presente artigo é igualmente aplicável aos membros dos órgãos consultivos da União.

✓ No território de cada Estado-Membro e independentemente da sua


nacionalidade, os funcionários e outros agentes da União:

- sob reserva das disposições dos Tratados, são imunes a procedimentos legais relativos
a atos praticados por estes na sua capacidade oficial, incluindo as suas palavras
proferidas ou escritas. Eles continuarão a gozar desta imunidade depois de terem
deixado de exercer o cargo;

- juntamente com seus cônjuges e membros dependentes de suas famílias, não estão
sujeitos a restrições de imigração ou a formalidades para o registo de estrangeiros; no
que diz respeito à regulamentação monetária ou cambial, devem ser concedidas as
mesmas facilidades que são habitualmente concedidas aos funcionários de organizações
internacionais;
- gozarem do direito de importar, com isenção de direitos, seus móveis e seus efeitos no
momento da primeira entrada em seu posto no país em questão, e o direito de
reexportar, com isenção de direitos, seus móveis e seus efeitos, no término de suas
funções naquele país; sujeita em qualquer caso às condições consideradas necessárias
pelo governo do país no qual este direito é exercido;

- têm o direito de importar, com isenção de direitos, um automóvel para uso pessoal,
adquirido no país da sua última residência ou no país de que são nacionais, nos termos
em vigor no mercado nacional desse país, e para exportá-lo com isenção de direitos,
sujeito, em qualquer caso, às condições consideradas necessárias pelo governo do país
em questão.

As instituições da União cooperarão, para efeitos de aplicação do presente protocolo,


com as autoridades responsáveis dos Estados-Membros em causa.

A UE procura preservar os costume e todo o património cultural de todos os países que


dela fazem parte.

Nas relações com autoridades estrangeiras, deve prevalecer a cultura e o protocolo do


país anfitrião.

Não se deve privar os visitantes de um contacto, mesmo que formal, com as


características culturais do país que visita.
Torna-se fundamental antes de visitar um país estrangeiro, aprofundar conhecimentos
sobre os seus costumes e tradições de forma a cumprir as regras existentes nesse país.
Bibliografia
Andrade, Elisabete, Gestos de Cortesia, etiqueta e protocolo, Texto Editores, 2005
Amaral, Isabel, Imagem e internacionalização, Verbo, 2009 (2ª edição)

Webgrafia
http://www.portugalprotocolo.com/
https://dre.pt/dre/
https://european-union.europa.eu/

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