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Jornadas Urbanas, JANICE CAIAFA

1) O texto “Jornada Urbanas”, da Janice Caiafa, fala sobre o trânsito urbano e como ele é o reflexo da
expansão das cidades e seu modo de segregar. É contado sobre os transportes coletivos e sua função
de promover acessibilidade, ela diz: A estratégia de garantir um bom transporte coletivo é o primeiro
e mais forte caminho para corrigir os problemas do trânsito e desprivatizar a cidade.

Uma vez que o ônibus faz parte da família e memoria da maioria dos brasileiros, todos que os
frequentam tem histórias a serem contadas durante suas viagens. É demonstrado também a relação
entre empresa x motorista x passageiros.

Empresa x motorista:

A empresa é capitalista e buscam o lucro. Por exemplo, os motoristas gostam de correr e interessa ao
capitalismo que ele corra pois isso reflete em produtividade. Em relato, um motorista disse que na
sua empresa não há política contra correr, desde que tenham o número mínimo de passageiros. Várias
histórias são contadas sobre a pressão que o motorista sofre, em relação a hora extra, chegar no
horário, cobranças quando o passageiro não paga ou pula a roleta, coisas que independem muitas
vezes do motorista.

Motorista x passageiros:

Ao longo do texto, é mostrado como os motoristas "descontam” o abuso sofrido pelas empresas nos
passageiros. Se precisam chegar no horário, podem não parar para idosos, já que eles não pagam
passagem. Se o motorista “perde” em roubos o dinheiro para um passageiro, para não ter que pagar
à empresa, da o troco errado para outro passageiro. Histórias são relatadas sobre assaltos, o perigo
que os motoristas e passageiros sofrem e a maneira que cada um reage diante dessas violências para
se protegerem.

No capítulo “Arquitetura do ônibus é mencionado sobre a temperatura e o ruindo dentro do ônibus,


principalmente com os que possuem motor dianteiro. Os passageiros reclamam sobre o calor que só
poderia ser solucionado com um ar condenado e o barulho que o motor dianteiro faz. E nesse aspecto
que ele se relaciona com o curso de Engenharia Mecânica.

O motor dianteiro pode custar até 20% menos que um veículo de porte semelhante com o motor
atras, e mesmo com os modelos mais novos com melhor isolamento acústico e térmica, devido a
potência que o motor deve ter, ele continuará sendo mais barulhento e quente.

Vantagens do motor dianteiro, segundo o site http://buselite.blogspot.com/2014/04/por-que-


maioria-das-empresas-preferem.html:

A posição para acesso à região do cabeçote do motor no ‘dianteiro’ o mecânico apenas levanta o
capuz, ou cofre, do motor conseguindo visualizá-la perfeitamente. No ‘traseiro’ há certa dificuldade
por causa da plataforma traseira onde estão os assentos, sendo necessário o desaparafusamento de
algumas tampas. No caso até poderíamos colocar um capuz no lugar delas, mas além da perda de
assentos e espaço interno, o ruído e calor do motor poderiam ser mais incômodos e a solução para
estes problemas seria onerosa.
O ângulo de saída no ‘dianteiro’ pode ser maior mesmo que o balanço traseiro seja longo em relação
ao ‘padrão comum’, já que não há um motor instalado ali. No caso do ‘traseiro’ esse ângulo é menor,
e os mecanismos para aumentá-lo são complexos, onerosos e às vezes, até inviáveis.

As tensões na estrutura próximo aos eixos no motor ‘dianteiro’, o formato do espaço útil no balanço
dianteiro é um ‘L’ longitudinal invertido, pois na lateral está o motorista, que permanece sentado
durante todo o percurso. Logo entre a porta e o motorista pode-se instalar um motor com cilindros
verticais, de forma centralizada. Além disso, há outra vantagem crucial: por causa da geometria desse
espaço o motor pode ser recuado para o eixo dianteiro ‘distribuindo melhor’ as tensões na estrutura
da região próxima aos eixos dianteiro e traseiro. Isto gera ainda outra vantagem pois, o formato do
espaço útil no balanço traseiro é um “L’, e sem o peso de um motor instalado nesta posição, este
(espaço) pode ser 'alongado', preservando o já 'aberto' ângulo de saída, sem prejuízo à estrutura,
desde que estes obedeçam determinados parâmetros. Assim aumenta-se a capacidade para
transportar mais passageiros.

Entretanto o passageiro é que sofre, se não houver suspensão à ar, já que o peso do ‘motor dianteiro’
aumentará os solavancos na outra extremidade do chassi.

Exemplo de ônibus com motor dianteiro.

2) Lévy “Os novos espaços da mobilidade” retrata sobre o espaço das sociedades, a existência de
distâncias entre objetos e operadores, que pode ser suprida pelos meios de transportes públicos,
como os ônibus, assim como foi citado no texto “Jornada Urbanas”, da Janice Caiafa.

O Lévy em seu texto cita a pesquisa comparativa MétroParis, efetuada por VillEurope, sobre Tóquio,
Los Angeles e Paris, “é a qualidade dos transportes públicos que evita a trombose dos espaços
automobilísticos e que lhes permite uma boa eficácia, sobretudo, sabemos, nos deslocamentos
tangenciais, de subúrbio a subúrbio”, e usar o transporte público diminui em ate 9% do espaço em
relação aos carros individuais.

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