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Importância da logística nas empresas de construção civil em Moçambique: Caso da Conduril

Engenharia, SA
Introdução

"Nas grandes obras, é preciso trabalhar a gestão de pedidos, o controle de estoque, o


carregamento, o processo de transporte e de descarga do produto na obra, tudo isso sincronizado
no tempo, tentando uma operação just-in-time".

"A maior dificuldade deve-se ao fato de a logística ser razoavelmente nova no sector e haver
somente dois focos – o de suprimentos e do canteiro de obras, o que exige investimentos em
tecnologia da informação para gerir esses processos logísticos e um grande planeamento de
produção", destaca Tannús, explicando que é preciso, antes de tudo, organizar processos, ter uma
excelente relação de fornecedores e firmar parcerias.

Com base nessas considerações extremamente relevantes, o autor preocupou-se em buscar


alternativas que venham possibilitar uma melhoria contínua dentro desse sector industrial tão
necessitado com relação aos aspectos de produtividade e nível de serviço. Essa busca
concentrou-se basicamente dentro da concepção logística que constitui a ferramenta fundamental
e impulsionadora do desenvolvimento e do sucesso de toda indústria bem-sucedida, qualquer que
seja o seu campo empresarial. Sendo assim, o objectivo principal do trabalho é, primeiramente,
desenvolver um estudo sobre aspectos da construção civil e, posteriormente, aspectos
relacionados à tecnologia logística, como sua evolução, definição, funções, características,
objectivos e benefícios que um processo logístico pode oferecer de uma maneira geral. A seguir,
atribuir o enfoque logístico com todas as suas técnicas, conceitos, procedimentos e, em especial,
a tecnologia de informação no sistema construtivo, destacando sua importância como ferramenta
estratégica.

Entre 2010 e 2015, Moçambique registou avanços assinaláveis na melhoria do ambiente de


negócios para o sector de Construção Civil, segundo reporta o relatório de Doing Business
publicado pelo Banco Mundial, mercê de algumas reformas, dentre elas, a facilitação de
obtenção do alvará e atribuição rápida do DUAT para construção.

Paralelamente, houve investimentos de vulto na construção de grandes infra-estruturas ao longo


do País (edificação de novas escolas, hospitais e estradas). O ramo imobiliário cresceu
significativamente e o sector tornou-se em um dos mais vibrantes da economia nacional no
período supramencionado, com um crescimento de 10%.
Todavia, de 2016 a 2019, o sector de Construção Civil enfrentou enormes dificuldades, com a
redução do número de obras decorrente da redução de recursos financeiros ao nível do
Orçamento do Estado em virtude da diminuição do apoio externo sob a forma de donativos e
empréstimos multilaterais ou mesmo bilaterais. Assistiu-se a uma forte contracção do sector,
com a redução de crescimento para 2,6% em 2016 e um desempenho negativo em 2017, e, por
consequência, a redução da sua contribuição no PIB para 1,5% no mesmo ano. Pela sua natureza,
esta situação está associada à redução do Orçamento do Estado para as infra-estruturas, o alto
custo do capital e as altas taxas de câmbio.

O subsetor de construção pesada ou infra-estrutura sempre teve como principal cliente o


governo, onde os contractos eram de longa duração, com aditivos contratuais confusos e sem
detalhes técnicos expressivos.
Problema

A maioria das perdas na construção civil tem relação directa com a gestão logística pouco
desenvolvida. Ele diz que as principais necessidades do sector estão muito ligadas ao transporte
interno de materiais, diminuição das perdas, melhoria da estocagem no canteiro de obras, bem
como à diminuição dos erros ou perdas na entrega e dos danos em trabalhos já realizados.

Para o director da Irga, as dificuldades encontradas para suprir estas necessidades estão
concentradas em entender as demandas das obras e apresentar a melhor solução.

A construção civil ao longo dos anos não deu a devida importância à sua área de manufactura – o
canteiro de obras. A preocupação dos gestores com o canteiro de obras sempre foi relacionada
aos aspectos técnicos do projecto arquitectónico-estrutural, sem a merecida preocupação com
desperdícios, prazos e retrabalhos, ou seja, com o gerenciamento do fluxo de suprimentos.

O capital das empresas foi sempre empregado com investimentos na área técnico-estrutural,
percebendo-se uma grande carência de recursos no desenvolvimento de outras frentes que num
primeiro momento aparentam não impulsionar a produção, entre elas a logística.

Apesar das exigências pela qualidade relacionadas ao consumidor, ainda persistem os altos
índices de desperdício e improvisação dentro dos canteiros de obras da construção civil. A falta
de modulação dos projectos ou de integração entre projectos, a tecnologia de informação pouco
desenvolvida dentro do sector, a má administração dos materiais, as deficiências de formação e
qualificação de mão-de-obra, as práticas construtivas não racionalizadas e as alterações de
projectos que ocorrem no transcorrer do sistema construtivo, são as principais causas
determinantes desta situação que age de forma contundente na redução do índice de
produtividade e aumento considerável dos custos de produção.
Justificativa

As construtoras brasileiras estão se profissionalizando cada vez mais, com serviços de alta
qualidade. Por isso, requerem que os processos de logística sejam serviços que os acompanhem,

Como se sabe, tudo que se relaciona a perdas, desperdícios, prazos não cumpridos, retrabalhos,
etc. são basicamente vinculados à área de suprimentos, ou seja, à administração da cadeia de
suprimentos e, por consequência, de uma gestão logística pouco desenvolvida. Portanto, é
indispensável que a forma de gestão da produção no seu ambiente produtivo seja encarada, como
um diferencial estratégico e, como tal, mereça toda atenção técnica, gerencial e administrativa.

Ou seja, a construção civil necessita de uma melhoria contínua no seu processo construtivo e nas

condições gerenciais de seus canteiros de obras. Deve ter como objectivos a agilização das
actividades construtivas, aumento da produtividade e do nível de serviço e diminuição do
desperdício, não podendo esse objectivo ser confundido unicamente com redução de custos.
Poderá haver certas situações em que o estudo das operações logísticas apontará para o aumento
das despesas num determinado sector, porém com redução de custos em outros, de forma a
encaminhar um produto que atenda plenamente às necessidades dos clientes, tanto em termos de
qualidade como de preço.
Objectivos

Geral

Específicos

 Identificar os problemas existentes e as suas implicações no desenvolvimento dos


processos.
 Avaliar a metodologia utilizada para a logística de materiais, serviços e
informações utilizadas nas obras pesquisadas

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