FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

MBA EM GESTÃO DE OBRAS QUALIDADE E DESEMPENHO DE OBRAS

LEAN CONSTRUCTION – MINIMIZANDO AS PERDAS NA CONSTRUÇÃO
CIVILRESOLUÇÃO DE CASO N1
SÃO PAULO/2022

Nº. NOME RA
01 RICARDO DE BARROS 2020307241

Nesta resolução do Caso N1 temos como base a análise da disciplina Lean

Construction - Minimizando as Perdas na Construção Civil neste contexto será
necessário encontrar boas práticas que permitam que a empresa posso ser
aderente ao cronograma de execução, bem como no planejamento financeiro.

Serão abordados temas que direcionem ações de planejamento para o contrato

de prestadores de serviços e fornecimento de materiais, trazendo o equilíbrio
de responsabilidades a todos os envolvidos.

Palavras-chaves: Fornecimento, Sistema de Gestão, Gestão de Riscos

Processos e Produtividade, Desperdícios e Materiais.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................3
2. RESOLUÇÃO DO CASO N1..........................................................................3
3. CONCLUSÃO..................................................................................................6
3. REFERÊNCIAS...............................................................................................7
 1. INTRODUÇÃO

O caso em questão trata de uma empresa que irá efetuar a construção de um

imóvel, onde a mesma será responsável pelos fornecimentos dos materiais e
serviços (mão-de-obra)

A empresa terá que garantir o cronograma físico-financeiro da obra em

questão, onde alguns cuidados serão muito importantes para o bom
andamento do projeto:

 Contrato de fornecimento de materiais com SLA(Service Level

Agreement-Acordo de nível de serviço) e Multa pelo no cumprimento
deste indicador
 Contratação de mão-de-obra especializa
 Qualidade dos materiais entregues
 Alto custo dos materiais e transportes (ex.: granito)
 Logísticas de canteiro de obras
 Custos inesperados com mão de obra ociosa
 Falha no gerenciamento e aderência ao cronograma físico-financeiro

Junqueira (2006 apud Gonçalves, 2014, p. 32) afirma:

A construção civil é caracterizada por altos indicadores de
desperdício, produtos com baixa qualidade, grande
ocorrência de patologias construtivas, processos
ineficientes e ineficazes e, por isso mesmo, mostra-se
como um campo promissor aos resultados que podem ser
obtidos através da aplicação dos conceitos da construção
enxuta (JUNQUEIRA, 2006, p. 11 apud GONÇALVES,
2014, p. 32).

E neste caso apresentado temos algumas das características do mercado de

construção civil que podem ser mitigados e ter um processo mais aderente ao
projeto inicial conforme veremos a seguir.
2. RESOLUÇÃO DO CASO N1

Com os conceitos e técnicas que foram transmitidos pelo conteúdo da matéria

em questão, a implementação do sistema Just in time.

Sarcinelli (2008) traz ampliação do discurso sobre a gênese do JIT:

A expressão em inglês “Just in Time” foi adotada pelos

japoneses [...]. Fala-se do surgimento da expressão na
indústria naval, sendo incorporada, logo a seguir, pelas
indústrias montadoras. Portanto, já seria um termo
conhecido e amplamente utilizado nas indústrias antes
das publicações que notabilizaram o JIT como um
desenvolvimento da Toyota ® Motor Co. (SARCINELLI,
2008, p. 26 apud GONÇALVES, 2014, p. 22).

A mudança no processo de gestão nos dará novas soluções e direcionamento

para corrigir os problemas apresentados:

 Ociosidade de mão-de-obra
 Qualificação dos fornecedores de materiais
 Contrato com prazos e multas para os fornecedores
 Avaliação correta dos custos envolvidos
 Validação dos tempos de entregas para os materiais
 Transporte qualificado
 Pagamentos ao construtor retidos por falhas nas entregas do
cronograma
 Redução de perdas de materiais
  Retrabalho

O planejamento inicial apresentou falhas e isto foi crítico para que todo o
processo, prejudicando o cronograma e desenvolvimento da obra.

Os itens de menor volume não tiveram atenção necessária quanto ao prazo de

entrega e nem aos custos reais ou por serem artigos de luxo ou pela questão
logística (fragilidade e distância)

Possuir uma base mais ampla de fornecedores homologados que possam

atender a mesma demanda reduz o risco de indisponibilidade, estabelecer em
contrato prazos e multas para entrega sejam referentes ao tempo de entrega
do produto, bem como relacionado a qualidade e integridade dos itens
recebidos.

Definir o cronograma de obras de acordo com as etapas de entrega de

materiais e equipamentos para não haja tempo de mão-de-obra ociosa e isso
gere custos desnecessários na obra. Ou mesmo estabelecer tarefas/etapas
que podem ser adiantadas até que o material seja entregue ou mesmo um
outro problema resolvido.

Para os produtos com baixa disponibilidade ou mesmo que possuam um longo

prazo de entrega é importante que tenhamos um planejamento logístico e
correto monitoramento da carga, seja para o correto posicionamento com
sensores de movimento e posição na embalagem. Acompanhamento em
tempo real do veículo utilizado no transporte e do motorista para que se
necessário estabelecer contato para uma melhor atualização.

Fortalecer a base de empresas cadastradas para fornecimento de material e

mão de obra estabelecer nível de serviço e multas para não cumprimento dos
prazos, buscar contratos com empresas de referência e lastro no mercado
garantindo o volume de aquisições de produtos de maneira antecipada, para
que também o fornecedor possa estar pronto para entregas e seguir com a
programação do cronograma de obras. Melhorar a gestão do estoque e
suprimentos para que o processo de aquisição e negociação de materiais não
interfira de modo a prejudicar o cronograma.

Por fim temos que ter a qualificação profissional e correto acompanhamento da

mão-de-obra contratada, para garantirmos a correta aplicação dos materiais,
melhores técnicas para instalação e com segurança dentro do canteiro de
obras.

Buscar o planejamento adequado do canteiro de obra, minimizando os

transportes e movimentações desnecessários e mitigando possíveis acidentes
seja com os colaboradores ou riscos de danificar os materiais.

O controle destes indicadores dará empresa uma maior velocidade de

previsibilidade de desvios e gestão de risco, permitindo também a agilidade nas
correções dos desvios, além de reduzir os custos com retrabalho, alocação
correta da mão-de-obra e redução das perdas. Consequentemente aumentar a
competitividade e participação no mercado.

Ruwer (2018) cita que há cinco: processos

(conhecimentos específicos acerca do processo de
trabalho), técnica (conhecimentos específicos acerca do
trabalho a ser executado), organização (conhecimentos
acerca da organização dos fluxos de trabalho), serviço
(capacidade de aliar a competência técnica à percepção
do impacto que o produto ou serviço terá sobre o
consumidor final) e social (refere-se a saber ser).

3. CONCLUSÃO

O Lean Construction, nos ensina boas práticas de qualidade e gestão para

executarmos os serviços contratados, através de uma construção enxuta,
competitiva, com controle de produção, controle de fornecedores, qualificação
de mão de obra, aumento da produtividade e atendendo as novas expectativas
do mercado e isso não se resume a um projeto moderno, tecnológicos, mas
sim que encantem o cliente, que tenham eficiência, reduza o desperdício de
materais e/ou recursos, buscas a excelência e ampliar a competitividade,
alancando novos negócios.
O sistema de gestão e acompanhamento da produção, faz com que todo o
projeto ganhe a observância necessária para aderência ao cronograma físico-
financeiro, além da qualidade.
A austeridade no controle de custos é muito importante, já que os valores de
vendo são próximos, e um projeto bem estruturado financeiramente permite
que a empresa tenha margem de lucro para sustentar toda a obra, e como em
todo o processo de melhoria continua que busque a todo tempo oportunidade
de serem mais eficientes e produtivos.

4. REFERÊNCIAS

Bibliográficas
SARCINELLI, W. T. Construção enxuta através da padronização de tarefas e
projetos. 2008. 80 f. Monografia (Especialização em Construção Civil) – Escola
de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008
LEAL, U. Sobre a revista: Construção Mercado. Site da Construção mercado,
2009. Disponível em: <http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-
incorporacaoconstrucao/14/artigo283536-1.aspx>. Acesso em: 20 set 2021
.
LIMA, F. Análise de Riscos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2018
RUWER, L. M. E. Estratégias organizacionais. Porto Alegre: SAGAH, 2018

Sites
SOUZA, B. B. de. Melhoria de processos através de ferramentas Lean
Construction e outras ferramentas, numa empresa de construção civil. 2019.
106 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Industrial) – Escola de
Engenharia, Universidade do Minho, Minho, 2019. p. 6. Disponível em:
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/64160/1/BeatrizSousa_MEI_
PG35323.pdf. Acesso em: 20 set. 2021.
GONÇALVES, P. G. F. Estudo e análise da metodologia Lean Construction.
2014. 61 f. Monografia (Especialização em Construção Civil) – Escola de
Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
Disponível em:
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9LEPG3/1/monografia_de_ped
ro_guilherme_f._gon_alves.pdf. Acesso em: 23 ago. 2020.
7 dicas indispensáveis para implantar um sistema de gestão de qualidade em
sua construtora
Disponível em <https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/sistema-de-gestao-
de-qualidade/>Acesso em 19 set. 2021.
LIMA, Tomás: Qual o impacto do planejamento e controle de obras?
<https://www.sienge.com.br/blog/planejamento-e-controle-de-obra/> Acesso em
19 de set. 2021