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Planejamento físico-financeiro
Toda obra requer um planejamento físico-financeiro que deve ser cumprido nos primeiros está-
gios. Este fornece uma visão geral e inclui não apenas questões relacionadas a prazos e obrigações,
como também o orçamento destinado a contratação de serviços e compra de materiais.
Sendo assim, para otimizar o processo de gerenciamento, o ideal é dividir este primeiro passo em al-
guns processos distintos.
Primeiro, faça um orçamento. Todos os custos envolvidos na obra devem constar aqui – os diretos
(insumos e mão de obra) e os indiretos (administração geral). Nesta fase, é preciso listar todas as ati-
vidades previstas e atuar no levantamento quantitativo.
Depois, vamos à fase de planejamento e controle de obras. Planejar nada mais é do que anteci-
par-se, evitando falhas e imprevistos e, com isso, otimizando também a produtividade. Deve incluir
todas as fases da construção, a duração de cada uma, as datas de início e fim, os materiais e os ser-
viços necessários.
Não deixe de considerar todas as etapas relacionadas ao canteiro de obras e aos projetos hidráuli-
cos, estruturais, ambientais, arquitetônicos e emergenciais. Certifique-se, ainda, de que tudo esteja
documentado e seja distribuído aos responsáveis, com amplo alcance.
Este segundo passo é um pouco menos exigente, mas igualmente relevante. Afinal, não adianta fazer
somente o planejamento físico-financeiro. A organização deve ser repassada a todos os outros está-
gios do projeto e seguida à risca pelos envolvidos em cada processo.
Então, é chegada a hora de adicionar pessoal e matéria-prima. Para este fim, o gestor deve trabalhar
com uma programação adiantada, estando pelo menos uma etapa à frente dos procedimentos já pré-
estabelecidos. Isso significa que você deve atentar-se à estimativa de entrega. Ademais, verifique
quantidades, custos e antecipe-se em caso de imprevistos.
Durante a compra de materiais, é importante calcular o espaço para armazenamento, assim como a
validade dos produtos. O prejuízo com perdas de materiais por vencimento ou má acomodação pode
ser alto, além de invalidar o que foi anteriormente planejado.
Com relação à contratação e/ou terceirização de outros profissionais, o planejamento segue a mesma
linha: quanto mais detalhado, maior será a facilidade na aquisição de serviços. Tenha em mente
que a equipe está diretamente relacionada com a qualidade da entrega. Portanto, a seleção cuida-
dosa é fundamental quando objetiva-se garantir bons resultados.
Faça uma lista por função, tempo de contrato e etapa do projeto – isso te ajudará com uma visão
mais ampla. Em muitos casos, é indicado contar com o auxílio de um empreiteiro ao invés da procura
pelo especialista de cada setor, por exemplo.
O planejamento e controle de obras logístico e operacional deve ser realizado com muita antecedên-
cia. Levando em conta o canteiro, o fluxo de pessoas e materiais e a dimensão das instalações provi-
sórias, bem como a escolha dos equipamentos. Essa é a hora de acompanhar tudo o que acontece
durante a execução.
Dito isto, a disciplina e o pulso firme são essenciais em meio a gestão. Adotar um diário de obras
pode ser uma boa alternativa, pois ali ficam todos os registros sobre o que está sendo feito. Além do
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que planejamento para a próxima etapa e também quais foram as intempéries encontradas pelo ca-
minho.
Quando todas as informações estão registradas, torna-se mais fácil enxergar o andamento das ações
e antecipar possíveis erros. Utilizar a tecnologia a seu favor também é uma ótima maneira de obter
dados em tempo real e compará-los ao planejamento, a fim de verificar se tudo está de acordo com o
previsto.
Ao realizar este processo de gerenciamento com antecedência, é possível identificar fatores que
agregam oportunidades ou ameaças para o andamento da construção, com o intuito de planejar-se e
agir rapidamente.
Também faz parte dos processos de gerenciamento estabelecer um controle rigoroso sobre as ativi-
dades. Para obter resultados eficazes, faz-se necessário métodos de avaliação da produtivi-
dade. Dessa forma, você é capaz de analisar a qualidade dos serviços prestados e minimizar o des-
perdício de materiais e tempo, o que evita prejuízos financeiros.
Assim, acompanhe de perto o desenrolar dos processos. Com logística e operacionalidade garanti-
das, preste atenção aos aspectos do planejamento e controle de obras:
A exemplo da etapa anterior, a implementação de um software de gestão pode ajudar (e muito) com a
manutenção do controle das operações.
Ao longo da fase de planejamento e controle de obras, é ainda comum que imprevistos aconteçam.
Por mais que desejemos ver a programação seguida à risca, existe a possibilidade de atrasos ou in-
disponibilidades na entrega de materiais. Como exemplo disso, podemos citar doenças ou incapaci-
dades temporárias por parte dos colaboradores, mudanças e/ou instabilidades climáticas, entre ou-
tros.
Contornar situações e adaptar o seu plano é imprescindível para garantir o bom andamento de um
projeto da construção civil. É claro que gerir o negócio só é possível se a construtora mensurar a efi-
ciência e o modus operandi da equipe. Sendo assim, a gestão de indicadores contribui para isso.
Licitação
Licitação é o processo por meio do qual a Administração Pública contrata obras, serviços, compras e
alienações. Em outras palavras, licitação é a forma como a Administração Pública pode comprar e
vender. Já o contrato é o ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares,
em que há um acordo para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas.
As etapas incluídas na fase preliminar à licitação são de fundamental importância para a tomada da
decisão de licitar, apesar de, muitas vezes, serem menosprezadas. Elas têm o objetivo de identificar
necessidades, estimar recursos e escolher a melhor alternativa para o atendimento dos anseios da
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sociedade local. Passar para as demais fases de uma licitação sem a sinalização positiva da viabili-
dade do empreendimento – obtida na etapa preliminar – pode resultar no desperdício de recursos pú-
blicos pela impossibilidade de execução da obra, por dificuldades em sua conclusão ou efetiva futura
utilização.
Edital De Licitação
O edital de licitação é o documento que contém as determinações e posturas específicas para deter-
minado procedimento licitatório, obedece à legislação em vigor. O art. 40 da Lei nº 8.666/1993 relaci-
ona os elementos e as informações que devem constar deste documento.
Além disso, o TCU vem formulando determinações para que o edital de licitação exija que as empre-
sas licitantes apresentem.
• composições unitárias dos custos dos serviços de todos os itens da planilha orçamentária;
As informações contidas no edital devem ser perfeitamente estudadas e justificadas, pois, alterações
posteriores à sua publicação exigirão ampliação dos prazos, de forma a permitir que os licitantes fa-
çam os devidos ajustes em suas propostas.30 Além disso, é fundamental que a documentação e os
aspectos concernentes ao processo de licitação sofram análise bastante criteriosa, visto que decisões
tomadas nessa fase influenciarão em muito o modo de conduzir o empreendimento até sua conclu-
são. O edital deve ser elaborado de modo a afastar as empresas sem condições técnicas e financei-
ras de executar a obra, mas evitar restringir o número de concorrentes.
É importante observar que a minuta do edital de licitação, bem como as do contrato, acordo, convênio
ou ajuste, devem ser previamente examinadas e aprovadas pela assessoria jurídica da Administra-
ção.
Modalidades de Licitação
O edital deve definir a modalidade de licitação em conformidade com o que estabelece o art. 22 da
Lei nº 8.666/1993:
• Concorrência: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habili-
tação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto;
• Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastra-
dos ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual
afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastra-
dos na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até vinte
e quatro horas da apresentação das propostas;
• Concurso: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho téc-
nico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, con-
forme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de qua-
renta e cinco dias;
• Leilão: é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inser-
víveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, a quem oferecer
o maior lance, igual ou superior ao da avaliação.
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Além disso, para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade
de pregão, que é regida pela Lei nº 10.520/2002. Importa destacar que a jurisprudência do TCU posi-
ciona-se no sentido da necessidade de realização de pregão eletrônico para a contratação de servi-
ços de engenharia cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no
edital por meio de especificações usuais no mercado – os chamados serviços comuns.
A escolha da modalidade de licitação para obras e serviços de engenharia deve ser feita em razão do
valor estimado para o empreendimento:
• A complexidade da obra também deve ser levada em consideração quando da definição da modali-
dade da licitação: quanto mais complexa a obra ou serviço a ser contratado, tanto maiores devem ser
as exigências de habilitação, o que influencia diretamente na modalidade a ser escolhida.
Projeto
Projeto básico
O projeto básico é o elemento mais importante na execução de obra pública. Falhas em sua definição
ou constituição podem dificultar a obtenção do resultado almejado pela Administração.
O projeto básico deve ser elaborado anteriormente à licitação e receber a aprovação formal da autori-
dade competente. Ele deve abranger toda a obra e possuir os requisitos estabelecidos pela Lei das
Licitações:
• possuir os elementos necessários e suficientes para definir e caracterizar o objeto a ser contratado;
• ser elaborado com base nos estudos técnicos preliminares que assegurem a viabilidade técnica e o
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento;
• possibilitar a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos executivos e do prazo de execu-
ção.
O Estatuto das Licitações determina, ainda, que o projeto básico contenha, entre outros aspectos:
• É importante lembrar que a inconsistência ou inexistência dos elementos que devem compor o pro-
jeto básico poderá ocasionar problemas futuros de significativa magnitude, tais como:
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Essas consequências podem acabar por frustrar o procedimento licitatório, dadas as diferenças entre
o objeto licitado e o que será efetivamente executado, e levar à responsabilização daqueles que apro-
varam o projeto básico que se apresentou inadequado.
O projeto básico de uma licitação pode ser elaborado pelo próprio órgão. Nesse caso, deverá ser de-
signado um responsável técnico a ele vinculado, com inscrição no Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia (CREA) estadual ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo estadual (CAU), que efe-
tuará o registro das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) ou Registro de Responsabili-
dade Técnica (RRTs), respectivamente, referentes aos projetos.
No caso de o órgão não dispor de corpo técnico especializado, ele deverá fazer uma licitação especí-
fica para contratar empresa para elaborar o projeto básico.
O edital para contratação desse projeto deverá conter, entre outros requisitos, o orçamento estimado
dos custos dos projetos e o seu cronograma de elaboração.
Veja, abaixo, as etapas de um projeto de construção para organizar um planejamento de obras efici-
ente.
Nessa etapa, há contato direto com o arquiteto responsável para chegar a um consenso em relação
aos desejos e às possibilidades dentro do orçamento estabelecido. Geralmente, são criadas soluções
para as demandas existentes, explicando eventuais diferenças entre o solicitado e o que pode ser, de
fato, desenhado.
O projeto arquitetônico deve atender não só as vontades do cliente, mas as leis e o plano diretor lo-
cal. É necessário respeitar as normas e ter em mente que cada lugar exige requisitos diferentes para
a construção. Isso, muitas vezes, inviabiliza que um mesmo projeto seja usado em cenários distintos
(não somente pela questão do terreno, mas, principalmente, por aspectos jurídicos).
Após a concepção, o projeto de construção deve ser montado com a ajuda de ferramentas computa-
cionais, de acordo com a escolha do cliente, do arquiteto e do executor da obra.
Os projetos de construção também devem apresentar um material descritivo incluindo todos os itens
que devem ser utilizados na execução.
Esse documento pode ter dados básicos, como a especificação de quais salas devem possuir pare-
des brancas, por exemplo, e mais detalhados, como a marca de tinta a ser usada.
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Revisão e aprovação
Revisões no projeto de construção podem ser solicitadas para a retirada de dúvidas e correção de
erros ou imperfeições antes da realização da obra. Isso também pode acontecer em caso de confron-
tamento de dois projetos, como o estrutural e o arquitetônico não alinhando o local de construção dos
pilares, por exemplo.
É muito importante que todos os projetos sejam analisados em conjunto para evitar erros que podem,
inclusive, prejudicar a integridade estrutural da edificação, como tubulações passando no meio de vi-
gas.
Legalização da obra
Muitas vezes, utilizando o projeto base, já é possível preparar a documentação da obra para apresen-
tar à prefeitura. Por isso, na fase de concepção, é fundamental alinhar-se ao plano diretor ou qual-
quer outra diretriz da cidade para que o projeto seja aprovado sem problemas.
Durante esse processo, também devem ser pagas algumas taxas, de acordo com as leis locais. A
execução da obra só pode começar a partir da aprovação da prefeitura, portanto, essa etapa deve ser
bem planejada e conduzida, com toda a documentação devidamente organizada. Caso contrário,
todo o andamento e o início da construção podem atrasar, e a edificação pode sofrer embargos.
A legalização da obra começa antes da realização e continua durante essa etapa. Ao final (ou perto
do fim), é solicitada uma visita do Corpo de Bombeiros para conferir questões de segurança e obter o
Habite-se.
Definição de prazos
Com um projeto de construção bem feito e realista, não são necessárias revisões durante o anda-
mento, e o cronograma estabelecido não é atrasado.
É preciso um tempo para que o custo da construção seja estabelecido, através de um orçamento de
obra. Dentro desse orçamento, uma das etapas são os gastos com materiais e mão de obra, junto
com o levantamento de quantidade dos mesmos. A relação entre o custo e a quantidade de materiais
e mão de obra, taxas e outras despesas resulta no custo final da edificação.
Execução e acompanhamento
É nessa etapa que a construção finalmente toma forma. A execução não é isolada das fases anterio-
res: pode haver revisões de projetos, prazos, custos e mudanças na legalização da obra. Apesar
disso, com um planejamento e um orçamento bem feitos e projetos bem consolidados, a realização
tende a ser facilitada.
Cada vez mais, as tecnologias têm sido utilizadas para simplificar a elaboração das etapas de um
projeto de construção. Como o volume de informações é muito grande, o uso de tecnologia na cons-
trução pode ajudar a melhorar a comunicação e a identificação de problemas, além de outras melho-
rias.
Esses avanços também auxiliam o diálogo entre diversos setores e colaboradores para a elaboração
de projetos.
Especificações
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pois a quantidade de informações a serem gerenciadas ao longo de uma obra facilmente provoca
confusão, esquecimento ou modificação de critérios, ainda mais se existem vários profissionais envol-
vidos. A definição clara da qualidade, tipo e marca dos materiais é fundamental, assim como a forma
de execução dos serviços. As partes que compõem as ET são: generalidades (objetivo, identificação
da obra, regime de execução da obra, fiscalização, recebimento da obra, modificações de projeto e
classificação dos serviços), materiais de construção (insumos utilizados) e discriminação dos servi-
ços.
Tipos – existem variações nas ET, conforme a finalidade. O texto pode ser mais ou menos deta-
lhado, conforme seja destinado a obras de empreitada, por administração ou executadas pelo próprio
dono.
Redação das ET – existem alguns princípios de redação, visando a clareza e objetividade. Natural-
mente, o texto deve ser bem escrito, em língua portuguesa correta, papel de tamanho normalizado
(A4), formatado e sem rasuras. Eventualmente poderá ser necessária a tradução para outra língua
(inglês, espanhol), o que deve ser feito com muito cuidado, por causa do vocabulário técnico. A nu-
meração e classificação dos serviços e materiais deve ser clara e bem determinada, para não provo-
car confusões.
b. Especificação dos materiais – pode ser escrito de duas formas: genérica (aplicável a qualquer
obra) ou específica (relacionando apenas os materiais a serem usados na obra em questão). Com o
uso de sistemas informatizados, não há dificuldade em usar um ou outro método, pois o sistema pode
emitir o relatório completo ou apenas dos materiais que aparecem na lista gerada no orçamento.
c. Discriminação dos serviços – especifica como devem ser executados os serviços, indicando tra-
ços de argamassa, método de assentamento, forma de corte de peças, etc. Também podem ser com-
pilados de forma completa ou específica.
Contratos
O contrato de prestação de serviços é uma ferramenta essencial no âmbito da construção civil, de-
vido, principalmente, à complexidade dos serviços que envolvem obras e demais construções. Assim,
além de garantir direitos e deveres às partes envolvidas, o contrato oferece segurança jurídica no
sentido de que aquilo que foi estipulado deverá ser cumprido.
A pergunta que surge é: qual é o melhor contrato a ser adotado em uma obra? Não há uma resposta
certa, pois tudo depende das características do serviço que será realizado, das condições e prazos
previamente estabelecidos e dos detalhes do ajuste, entre outros fatores.
Neste post, veremos os principais tipos de contratos na construção civil, as características, as vanta-
gens e a importância da sua formalização. Acompanhe!
É o contrato mais prático e o que oferece menos riscos. Nesse tipo de transação, o cliente realiza o
pagamento de um valor fixo pré-determinado e, dessa forma, a construtora executa a obra completa,
do início até o acabamento.
É importante que o objeto-fim e os procedimentos durante o decorrer de toda a obra estejam defini-
dos e incluídos no ajuste. Qualquer alteração que não esteja prevista no acordo poderá onerar o cli-
ente, gerando, assim, o desgaste da relação entre as partes.
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A desvantagem desse tipo de contrato é a carga tributária imposta, fator que encarece todos os servi-
ços. A nota fiscal emitida pela construtora inclui diversos impostos sobre o preço da obra, tais como
PIS, COFINS e ISS.
Esse tipo de contrato é utilizado quando há uma ideia definida do projeto como um todo — projeto bá-
sico —, mas seus detalhes ainda não foram decididos e serão definidos no decorrer da obra.
Assim, a construtora deve executar a obra e angariar uma taxa de administração fixa mensal ou en-
tão variável entre 8% a 25% sobre os custos com material e mão de obra, conforme tipo e tamanho
do serviço que será realizado.
Dessa maneira, como a construtora não tem como prever o orçamento final do serviço por causa da
falta de detalhes da obra prevista no contrato, é estimado um preço fixo. E no decorrer do procedi-
mento, por exemplo, com a inclusão de revestimentos ou acabamentos, o cliente pagará a taxa de
administração para garantir a margem de capital da construtora. Assim, quanto mais cara a obra for
ficando, mais a construtora lucrará.
O nome “contrato de custo” ou “contrato de construção por administração” faz jus ao seu trâmite, já
que o cliente sabe exatamente o custo de cada item utilizado na obra.
Esse empreendimento sofre críticas pelo risco que o cliente corre em função da incerteza sobre o li-
mite da obra e o custo total incerto que será gasto pelo serviço completo.
É um contrato híbrido entre o preço fechado e a construção por administração, ou seja, é uma forma
de aproveitar os benefícios e as vantagens do contrato por preço fechado, sem arcar com a alta
carga tributária.
Nesse tipo de avença, a construtora elabora um orçamento aberto e uma taxa de remuneração. Se o
empreendedor concordar com o que foi estabelecido, o contrato é assinado. É importante que esse
acordo tenha duas condições a depender do custo final do serviço. Assim, se o custo for menor do
que o esperado, construtora e empreendedor dividirão o lucro proveniente dessa economia. Por outro
lado, se o custo da obra for maior, a construtora assumirá o prejuízo do negócio.
Esse contrato é considerado uma ótima solução para construtora e cliente por poder conciliar interes-
ses mútuos e, assim, evitar o estouro do orçamento previsto.
Ressalte-se que, muitas vezes, a construtora superestima os custos para aumentar suas chances de
economizar, diminuindo o risco de prejuízos caso o custo da obra seja maior do que o previsto. Dessa
forma, é essencial que o cliente esteja atento às condições e aos valores antes de fazer o acordo.
Esse contrato é muito comum em obras de infraestrutura, manutenção e reformas, em que há poucos
serviços e grandes quantidades. Assim, o preço final da construção é a soma do preço dos serviços
realizados multiplicado pela quantidade.
Assim, cada serviço executado para construir o projeto possui um preço determinado por unidade de
medida, como metro quadrado de assentamento de piso, quilos de estrutura de aço etc.
A nova lei permitiu de forma expressa a terceirização de todas as atividades em todos os setores
econômicos. Dessa maneira, a empresa terceirizada poder ser contratada para executar qualquer ati-
vidade da construtora ou incorporadora, inclusive a atividade-fim (principal). Porém, não há vínculo
empregatício entre os empregados da terceirizada e a empresa tomadora.
Essa é uma das principais mudanças trazidas pela Reforma Trabalhista no que diz respeito à terceiri-
zação.
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O trabalhador executará os serviços para a construtora; contudo, será contratado e pago pela emprei-
teira. Para isso, a empresa deverá ter capital social suficiente e compatível com o número de empre-
gados. Assim, a terceirizada remunera seus trabalhadores com direitos trabalhistas assegurados.
Nesse mesmo sentido, é possível haver a subcontratação de outras empresas para realização dos
serviços, procedimento chamado de quarteirização.
O principal motivo para fazer um contrato é garantir a segurança tanto do contratado quanto do con-
tratante, pois, na sua própria essência, é um acordo com consentimento mútuo. O documento garante
que as partes tenham ciência de suas responsabilidades e obrigações com relação ao serviço a ser
prestado.
É comum as pessoas cometerem erros, como deixar de especificar o objeto detalhado do contrato,
não fazer referência a projetos e memoriais descritivos, não especificar as datas de entrega das eta-
pas da obra ou contratar empreiteiros sem a documentação legal da empresa ou funcionários sem
registro.
O acordo também oferece proteção jurídica para a empresa e o cliente, pois serve de prova jurídica,
caso seja necessário. Considerando essa situação extrema, um contrato verbal seria um ponto nega-
tivo, pois é mais difícil de ser comprovado.
Como podemos ver, existem diversos tipos de contratos na construção civil. Cabe aos interessados
identificar as suas necessidades e interesses e, com base nisso, escolher o ajuste mais conveniente.
Levantamento de Quantidades
Pode-se dizer que levantar quantitativos é o ponto inicial da elaboração do orçamento da obra, de-
mandando muito trabalho e precisão do orçamentista, já que este terá que estudar e conferir todo o
projeto.
A quantificação como, em geral, é feita de forma manual pode conter muitos erros e deficiências. Mas
fique atento: você verá que existem novas ferramentas para facilitar tal tarefa.
Determinando os quantitativos, eu aprendi que não basta saber somente quais são os serviços que
compõem um projeto, mas quanto há de cada um deles.
Num projeto de construção civil é preciso, por exemplo, estimar as horas que serão necessárias para
a administração da obra, seja do engenheiro, seja do arquiteto e do mestre de obras. Deve-se tam-
bém estimar a área de pintura, o volume de concreto, os metros lineares de meio fio, entre outros.
Como fazer?
1. Para estabelecer um quantitativo criterioso, você deve ter em mãos todos os projetos que envol-
vem aquela obra, desde o arquitetônico até o projeto do sistema preventivo de incêndio;
2. Separe os serviços conforme suas especificações técnicas. Você deve separar piso cerâmico de
piso vinílico, selador de pintura e projeto estrutural e seus serviços de projeto elétrico. Cada um des-
ses itens é único e específico e terá um impacto diferente no orçamento do projeto;
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3. Não esqueça da memória de cálculo! Está aqui uma dica importantíssima. Cada cálculo que
você fizer para determinar um quantitativo deve constar na memória de cálculo. Isso permite a confe-
rência posterior, alteração com simplicidade, facilidade para ajustes e transparência no processo;
4. Para facilitar, crie uma planilha ou formulário específico com essa finalidade, padronizando o le-
vantamento de quantidades dos seus projetos;
5. Não esqueça, tudo que você quantificar gerará um custo (preço). Então, a unidade que for usada
(m2, unidade, m3, Kg) deve estar diretamente relacionada ao que se pratica no mercado.
Estabelecendo Quantitativos
A composição de custos unitários é baseada nos serviços a serem executados. custo de cada serviço
é obtido por meio da utilização de composições unitárias de custos, que relacionam o consumo de
materiais, mão de obra e equipamentos necessários à execução de uma unidade de serviço.
A tabela abaixo mostra a composição de custos unitários para o serviço de revestimento cerâmico
com placas de porcelanato contida no SINAPI.
Com a tabela, pode-se perceber que a quantificação do serviço de revestimento cerâmico é feita com
base na área (m2) a ser revestida. Inserido neste serviço, estão os insumos (rejunte, argamassa) e a
mão de obra (azulejista, servente).
O coeficiente refere-se ao consumo, no caso dos materiais, e à produtividade, para a mão de obra,
para a execução de uma unidade do serviço. Por exemplo, na tabela abaixo note que para ser execu-
tado um metro quadrado de revestimento cerâmico são usados 8,62 Kg de argamassa.
A medida do coeficiente pode ser realizada na própria obra ou a partir de dados históricos obtidos de
obras similares. Normalmente, os fabricantes de produtos utilizados na construção civil fornecem o
consumo de cada material, sendo este o coeficiente.
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1. Lineares: tubulação, meio fio, cercamento, sinalização horizontal, rodapé, entre outros.
5. Adimensionais: serviços que requerem a simples contagem, como instalação de portas, placas,
portões.
Levantamento de Recursos
Planejar uma obra é uma atividade desafiadora que envolve a escolha de tecnologias, atribuição de
funções, estimativa de mão de obra, materiais, equipamentos, além das possíveis interações entre
essas recursos. Um planejamento ideal evita surpresas no tempo de execução e no orçamento da
obra.
Existem várias maneiras de realizar um planejamento de obras. Dentre essas possibilidades pode-
mos citar duas delas. A primeira é baseada nos custos do projeto, e a segunda se refere ao crono-
grama de execução. Neste texto listamos cinco sugestões gerais, úteis para que o gestor planeje a
execução da obra da melhor forma.
Esta é a etapa que deve preceder as demais. Nela ocorre a definição do método construtivo e do cro-
nograma da obra como um todo, com todos seus detalhes.
Com o método construtivo definido é hora de dividir e sequenciar a obra em etapas e tarefas. Durante
o cálculo do tempo necessário uma dica é acrescentar uma margem de segurança para eventuais di-
versidades.
Por mais difícil que seja, evite organizar atividades que tenham total dependência de outras (ativida-
des com precedência). Caso uma delas falhe, as chances de atrasar todo um setor da obra aumen-
tam bastante.
Após a divisão e sequenciamento é realizado o levantamento dos serviços a serem executados. Du-
rante a definição desses serviços, o gestor pode chamar os responsáveis por cada frente de trabalho
para obter medidas mais realistas de tempo de execução e de recursos necessários.
A criação da hierarquia ainda dilui a responsabilidade e favorece a cobrança por cumprimento de pra-
zos.
Após o identificação dos serviços realizado na etapa anterior, é necessário levantar as quantidades
de cada serviço. Esse levantamento serve de base para o orçamento dos insumos, tais como materi-
ais, mão de obra, dimensionamento de equipes e equipamentos.
O levantamento pode ser feito no local no caso de uma reforma ou pelo projeto arquitetônico no caso
de uma construção. Este é um processo trabalhoso, que exige bastante atenção e organização, pois
um erro nesta etapa, pode acabar se propagando por todo o planejamento. Uma dica é manter a me-
mória dos cálculos, visando facilitar o entendimento e identificar possíveis erros.
Custos Diretos
Após o levantamento dos serviços e de suas respectivas quantidades, é hora de levantar os custos
diretos. Para isso deve-se multiplicar as quantidades de serviços pelas suas composições de custos
unitários. Dessa forma, será possível encontrar uma estimativa de custos com mão de obra, materiais
e equipamentos para cada serviço e para a obra toda.
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Cronograma físico
O cronograma é a estimativa de tempo que as atividades da obra levarão para serem finalizadas.
Nesse cronograma também estão inclusos o sequenciamento, baseado nas datas de início e fim das
atividades.
Esta etapa, apesar de estar ligada ao levantamento de quantitativos, possui um aspecto gerencial.
Sua criação envolve decisões quanto à relação tempo-custo tanto para elaboração quanto para o
acompanhamento da obra.
É importante lembrar que dificilmente o cronograma ocorre como planejado, ocasião que entra a habi-
lidade de quem está no controle das decisões. Por exemplo, pode faltar algum tipo de material por
algum motivo, tornando necessárias alterações no sequenciamento de alguma parte da obra.
Cronograma financeiro
Lembramos que para pequenas reformas alguns dos passos são de mais fácil realização que outros.
Convém também ressaltar a importância da automatização desses passos com softwares especializa-
dos, que não só facilitam a vida de quem está planejando e executando como também ajudam a evi-
tar possíveis erros.
Alguns orçamentistas costumam utilizar bases como referência para a composição de custos, usando
banco de dados como o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SI-
NAPI), a Tabela de Composições e Preços para Orçamentos (TCPO), DNIT entre outras. A função
delas é servir como referência, porém sem representar uma verdade única.
Pois cada composição de custos é individual e necessita ser elaborada de acordo com suas condicio-
nantes, tais como: experiência e motivação da equipe, clima, dificuldades de acesso, horário de tra-
balho e etc. Quanto maior a experiência, por exemplo, maior é a habilidade e, consequentemente,
melhor é a produtividade.
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PLANEJAMENTO E CONTROLE DE OBRAS
Para elaborar uma composição de custos, primeiramente deve-se saber a descrição do serviço e sua
respectiva unidade de referência. Em seguida deve-se levantar os insumos necessários para a reali-
zação deste serviço, são eles: as funções dos profissionais, os materiais e os equipamentos, junta-
mente com suas unidades de medidas e custos unitários.
É importante que essas informações estejam organizadas para facilitar os cálculos. Para te ajudar,
vamos apresentar como exemplo a composição do serviço “Aplicação manual de massa acrílica em
paredes externas de casas, duas demãos” da base SINAPI.
Existem ferramentas de gestão que devem ser utilizadas por construtoras e incorporadoras seja em
tempos de crise ou não, e uma delas é o cronograma de obra.
Mais do que isso, também ajuda a programar e organizar atividades para que sua construtora consiga
cumprir prazos e ser mais produtiva e eficiente. Ele ainda fornecer subsídios para que sua empresa
aprimore seus processos de forma constante.
E a construção civil, como todos os segmentos, precisa planejar suas ações para manter o negócio
sustentável e competitivo, profissionalizando e padronizando seus processos rumo à excelência.
Listar Atividades
Você deve iniciar um cronograma de obra pelo levantamento e listagem de todas as atividades ne-
cessárias para viabilizar a construção do empreendimento.
Definir Datas
Muitas vezes, os orçamentos de obra apresentam as informações agrupadas por tipo de serviços,
como de alvenaria, hidráulicos ou elétricos.
Na hora de passar esses dados para o cronograma de obra, você precisa seguir preferencialmente
uma ordem lógica de execução. Isso facilita na hora de estipular datas para conclusão de etapas e
sinalizar a interdependência entre atividades, que será o tema do próximo tópico.
Relacionar Atividades
Durante a construção de um empreendimento algumas atividades precisam ser finalizadas, pelo me-
nos em parte, para que a obra evolua de forma organizada, produtiva e sustentável.
Ao mesmo tempo, existem aquelas que precisam ser realizadas imediatamente depois e outras que
devem acontecer ao mesmo tempo para garantir o resultado desejado. São as chamadas atividades
predecessoras, sucessoras e simultâneas.
Executar O Planejado
Você já viu alguma obra que não sofreu absolutamente nenhuma alteração de projeto durante sua
execução? Eu, pelo menos, nunca vi.
Isso porque projetos, orçamentos, cronogramas e demais documentos destinados a planejar a cons-
trução civil simulam um cenário com base na experiência da construtora. Mas os dados reais mesmo,
que vão orientar os próximos passos, vão vir do dia a dia – toda obra é única e possui suas particula-
ridades.
Por isso, a elaboração de um cronograma de obra não acaba em hipótese alguma após a listagem,
definição de datas e relacionamento de atividades. Afinal, você não investiu tanto tempo e dedicação
para deixar esse documento de lado na hora em que o planejado é colocado em prática.
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Ele é uma ferramenta de gestão e só tem utilidade se for atualizado com as informações geradas du-
rante a execução do empreendimento. É importante ter a base do cronograma muito bem feita e re-
gistrar tudo para fazer eventuais redimensionamentos necessários para o bom andamento da obra.
Nada impede também que a empresa altere itens do documento sempre que necessário. Ao contrário
do que muitos pensam, o cronograma é um organismo vivo e anda de acordo com o que acontece na
obra.
Medir Resultados
Chegou o final da obra. É hora de se despedir do cronograma utilizado nela, certo? Nada disso!
Você lembra que na primeira etapa, quando eu falei do levantamento e listagem de atividades, uma
das fontes que podem ser utilizadas são justamente os cronogramas já realizados? As estimativas de
duração das atividades também podem ser feitas com base em cronogramas anteriores.
Diagramas De GANTT
O Gráfico de Gantt, também conhecido como Diagrama de Gantt, é uma ferramenta visual para
controlar o cronograma de um projeto ou de uma programação de produção, ajudando a avaliar os
prazos de entrega e os recursos críticos.
Para gestão de um projeto, o gráfico mostra visualmente um painel com as tarefas que precisam ser
realizadas, a relação de precedência entre elas, quando as tarefas serão iniciadas, sua duração, res-
ponsável e previsão de término. Dessa forma fica mais simples conseguir fazer com que toda a
equipe entenda suas responsabilidades, e acompanhar o andamento do projeto.
Para programação da produção, o gráfico pode ser utilizado para acompanhar o atravessamento de
ordens de produção, em especial nas indústrias com produção sob encomenda com muitos níveis na
lista de materiais dos produto, e que precisa acompanhar o atravessamento de ordens pais e filhas.
O gráfico de Gantt também pode ser utilizado para acompanhar as operações programadas em cada
máquina na fábrica, em especial na programação da produção com capacidade finita, entender os
gargalos e as máquinas ociosas da fábrica.
Neste artigo vou explicar um pouco da história do Gráfico de Gantt, listar os benefícios, mostrar
exemplos e finalmente explicar como montar o seu. Descubra:
A primeira versão do gráfico era conhecida como Harmonogram e foi desenvolvida pelo engenheiro
polonês Karol Adamiecki no início do século XIX. O Harmonogram era um documento capaz de
acompanhar, de maneira visual, o fluxo de trabalho.
Mas foi um século depois, no século XX, que o norte americano Henry Gantt se inspirou no modelo
de Ademiecki para criar o Gráfico de Gantt como conhecemos hoje. O objetivo era evitar atrasos na
produção das fábricas americanas, auxiliando os supervisores industriais.
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Como falei acima, o principal benefício do Gráfico de Gantt é mostrar de maneira clara e visual como
está o andamento das tarefas em um projeto e das operações das ordens de produção em uma fá-
brica, e assim facilitar a compreensão de todos os envolvidos no trabalho.
Esse objetivo é alcançado através de barras ou linhas que representam a linha do tempo e mostram a
duração de cada tarefa e o tempo total que será necessário para cumprir todo o projeto ou a fabrica-
ção de um produto no caso de uma indústria.
Segmentar tarefas: a ferramenta desmonta um objetivo complexo em várias tarefas menores e as-
sim torna a análise do que deve ser feito, por quem deve ser feito e quando deve ser feito, muito mais
simples.
Distribuir responsabilidades: você pode incrementar o gráfico com informações dos responsáveis
por cada tarefa ou operação facilitando a comunicação entre as pessoas.
Interdependência de atividades: com uma visão geral mais clara do projeto considerando a rela-
ção de interdependência entre as tarefas e operações, você poderá conscientizar sua equipe dei-
xando claro que o cumprimento do prazo de uma tarefa ou operação é fundamental para a execução
do próximo passo, e para o cumprimento do prazo de entrega do projeto ou de uma ordem de produ-
ção.
Definir prazos de entrega: o Gráfico de Gantt auxilia na definição de prazos, já que você terá uma
visão geral de todas as tarefas, suas durações, relações de interdependência, e poderá assim definir
prazos de entrega realistas para seus clientes, e realizar ações para reduzir os prazos de entrega.
Acompanhar o andamento: você pode usar a ferramenta também para permitir que toda sua
equipe acompanhe o andamento do projeto ou de uma ordem de produção.
PERT/COM
O Método do Caminho Crítico (em inglês Critical Path Method, CPM) surgiu, inicialmente, para ge-
renciar projetos mais extensos e complexos, como a fabricação de produtos que necessitam de
grande infraestrutura e geralmente são construídos no sistema de layout fixo (navios e aviões por
exemplo). Porém, a técnica é uma metodologia muito versátil, que pode tranquilamente ser utilizada
para gerenciar qualquer tipo de projeto e até mesmo linhas de produção.
O método é utilizado em conjunto com o diagrama de redes PERT (do inglês: Program Evaluation
and Review Technique), organizando em conjunto as tarefas e etapas do projeto para visualizar me-
lhor as atividades e encontrar o tempo total de duração do projeto ou atividade.
Com o CPM PERT, é possível determinar melhor quanto tempo um projeto levará para ser finalizado
e compreender melhor quais atividades precisam ser feitas, bem como em que ordem elas terão de
ser executadas. O método também auxilia a direcionar melhor os recursos que serão utilizados.
Como funciona?
O método procura representar a execução do projeto de forma gráfica, utilizando o diagrama de redes
mostrar a ligação e dependência das tarefas. Para fazer isso, a metodologia utiliza os seguintes sím-
bolos:
Setas
As setas representam as tarefas que precisam ser executadas durante o projeto. Geralmente são no-
meadas por letras. Ainda nas setas, é preciso colocar o tempo que as tarefas levarão para ser execu-
tadas. No exemplo abaixo, a tarefa A levará 5 dias para ser executada.
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As setas pontilhadas são utilizadas para indicar o que o método chama da atividade imaginária ou
fantasma. Essa atividade na verdade não existe, não está presente no projeto, porém marca um
ajuste de programação, mostrando que determinadas atividades tem dependência de outras ativida-
des. Explicarei melhor isso mais a frente, quando mostrar um exemplo.
Círculos
São chamados de “nós” e simbolizam a transição entre as tarefas, ou seja, o término de uma ativi-
dade e o início de outra. Aos círculos se ligam as setas, sejam normais ou as pontilhadas, podem ser
o ponto de partida da seta ou o destino a que ela indica. Os nós são enumerados para facilitar a iden-
tificação dos momentos do projeto.
No CPM, caminho é a ordem em que as tarefas são feitas, indicando uma sequência a ser se-
guida. Caminho Crítico é, então, a sequência que leva mais tempo para ser finalizada, indicando o
tempo máximo que um projeto levará. Vejamos um exemplo de diagrama de projeto preenchido.
O gráfica representa um projeto com 6 tarefas a serem executadas (A, B, C, D, E e F) e deve ser in-
terpretado da esquerda para a direita. Dessa forma, percebemos que a atividade A é a inicial, e as
atividades B e C são as próximas a serem executadas. Do mesmo modo, para que as ativida-
des B e C sejam realizadas, primeiramente é necessário realizar a atividade A.
O 1º seria executando as atividades A, B, D e F. Somando os tempos que cada tarefa leva para ser
feita, teríamos um caminho com 16 dias de duração.
O 2º seria executando as atividades A, C, E e F. Somando os tempos que cada tarefa leva para ser
feita, teríamos um caminho com 14 dias de duração.
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Nesse caso, o Caminho Crítico para a execução do projeto seria ABDF, pois é o que leva mais termo
para ser finalizado. Nessa metodologia, o Caminho Crítico é utilizado para estimar a duração do pro-
jeto, sendo o Tempo do Caminho Crítico Igual ao tempo de execução do projeto. No nosso exemplo,
o tempo estimado para o término do projeto é, então, de 16 dias.
Atividade imaginária
Vamos alterar só um pouquinho o nosso exemplo anterior, analise este diagrama e tente encontrar o
Caminho Crítico:
Agora, imaginemos que, para executar a tarefa E, nós precisamos que a tarefa B e a tarefa e a ta-
refa C estejam finalizadas. Nesse caso utilizamos uma seta pontilhada para identificar a dependência
entre as tarefas. A seta pontilhada não é uma tarefa do projeto, somente indica que para que a ta-
refa E seja executada, precisamos que a B e a C sejam concluídas.
Sem a atividade imaginária (seta pontilhada), a tarefa E só precisaria da finalização da tarefa C para
começar. Dessa forma, devido as atividades B e C terem tempos diferentes (3 dias para a tarefa B; e
2 dias para a C), a tarefa E não pode começar imediatamente após o término da C, pois precisaria
esperar 1 dia para que a atividade B fique pronta.
Folgas de atividades
As folgas são o tempo ocioso entre as atividades que estão fora do caminho crítico. Pegando como
exemplo o diagrama do tópico anterior, vimos que por causa da dependência entre as atividades,
após o término da atividade C, é preciso esperar 1 dia para que a atividade B fique pronta e, só en-
tão, realizar a atividade E. Esse tempo de 1 dia “ocioso” entre as tarefas é uma folga no projeto.
É interessante calcular as folgas pois, elas indicam a prioridade e importância das atividades. Por
exemplo, caso a atividade B atrase 1 dia, ainda sim o projeto estará no prazo, pois ela tinha uma
folga de 1 dia para a execução da tarefa E. Isso não ocorre com a tarefa C, caso ela atrase vai atra-
sar todo o projeto pois não há folga na sua execução.
NEOPERT
A diferença mais evidente entre a rede PERT e a rede NEOPERT reside na forma de representação
do evento, transferido para a atividade (do conector para o NÓ) extraindo-se da rede a representação
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Entretanto, para representações mais simples e redes não complexas, o NEOPERT é notável pela
facilidade de representação, programação, revisão e gerência.
Curva S
A busca por melhores resultados na gestão de projetos faz parte da rotina dos gestores. Em tempos
de crise econômica e financeira, a necessidade de reduzir custos e aumentar a produtividade é ainda
maior.
Há algumas ferramentas que dão suporte ao gerente de projetos para fundamentar suas decisões. A
Curva “S” é um dos recursos mais difundidos entre os profissionais da área. Sua aplicação visa me-
lhorar o custo-benefício e tornar os projetos mais assertivos.
Com a possibilidade de mensurar os custos e os atrasos da obra, há uma melhoria contínua no relaci-
onamento com os stakeholders, o que resulta em mais oportunidades e amplia a participação da em-
presa no mercado.
Neste artigo, você vai encontrar a definição de Curva “S”, as principais vantagens e aplicações da fer-
ramenta e sua utilização na gestão eletrônica de documentos (GED).
A Curva “S” também é conhecida como curva “Previsto x Realizado”. A ferramenta permite que os
gestores controlem o andamento do projeto e verifiquem se cada etapa está de acordo com a linha
base definida na etapa de planejamento.
Uma característica comum em projetos de engenharia é que o trabalho nas fases iniciais é considera-
velmente menor do que o realizado nas fases intermediárias. Por isso, os valores acumulados resul-
tam em um gráfico no formato da letra “S”.
No livro “Planejamento e Controle de Obras”, o engenheiro e consultor Aldo Mattos ressalta importân-
cia da Curva “S” como ferramenta de gestão e pontua as principais características da ferramenta:
Do ponto de vista matemático, a curva representa valores acumulados de algo que está sendo
produzido (eixo vertical) pelo tempo (eixo horizontal).
É o somatório da variável que está sendo analisada (custos, documentos tramitados etc.) a cada uni-
dade de tempo em que o projeto foi dividido. É determinada pela fórmula:
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Um dos papeis fundamentais das ferramentas de gestão é antecipar cenários e reduzir a margem de
erro dos empreendimentos. No livro “Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenciais Compe-
titivos”, o especialista em gestão de projetos Ricardo Vargas afirma que o custo de promover mudan-
ças no projeto é pequeno nas fases iniciais, crescendo exponencialmente com o progresso das ativi-
dades.
Por isso, é tão importante ter acesso a instrumentos de controle desde o início. Ao analisar o formato
da Curva “S”, os gestores podem identificar se a concentração das atividades está dividida de acordo
com o que foi estabelecido no planejamento.
Por ser uma curva de acumulação, permite acompanhar de forma periódica a evolução de qualquer
variável do projeto (custos, recursos materiais, atividades executadas, documentos tramitados), verifi-
car a evolução do cronograma e os impactos gerados por eventuais atrasos ou adiantamento das ati-
vidades.
Com os dados obtidos neste processo, é possível criar parâmetros de comparação entre o desempe-
nho esperado referente ao andamento físico ou progresso dos serviços (consumo de homem-hora,
materiais, equipamentos e custos) com o desempenho realizado.
A representação gráfica do andamento do projeto e alocação dos recursos é uma das formas de veri-
ficar os eventuais impactos gerados pela falta de conformidade entre o planejamento e a execução.
Em um paper sobre o tema, o engenheiro civil Antonio Victorino Avila elenca as principais aplica-
ções da curva “S”:
Definir o montante dos recursos financeiros necessários à realização de um projeto, a serem aplica-
dos dentro do tempo programado.
Em cada unidade de tempo, definir os limites máximo e mínimo dos recursos financeiros a serem
investidos e necessários a atender os prazos contratuais.
Verificar se o orçamento em realização atende ao que foi programado e se está ocorrendo aplica-
ções de recursos acima ou a menor do que foi programado.
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