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QUEM SOMOS

A Domina Concursos, especialista há 8 anos no desenvolvimento e


comercialização de apostilas digitais e impressas para Concurso Públicos, tem
como foco tornar simples e eficaz a forma de estudo. Com visão de futuro,
agilidade e dinamismo em inovações, se consolida com reconhecimento no
segmento de desenvolvimento de materiais para concursos públicos. É uma
empresa comprometida com o bem-estar do cliente. Atua com concursos
públicos federais, estaduais e municipais. Em nossa trajetória, já
comercializamos milhares de apostilas, sendo digitais e impressas. E esse
número continua aumentando.

MISSÃO

Otimizar a forma de estudo, provendo apostilas de excelência, baseados nas


informações de editais dos concursos públicos, para incorporar as melhores
práticas, com soluções inovadoras, flexíveis e de simples utilização e
entendimento.

VISÃO

Ser uma empresa de Classe Nacional em Desenvolvimento de Apostilas para


Concursos Públicos, com paixão e garra em tudo que fazemos.

VALORES

• Respeito ao talento humano


• Foco no cliente
• Integridade no relacionamento
• Equipe comprometida
• Evolução tecnológica permanente
• Ambiente diferenciado
• Responsabilidade social
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os créditos ou não, não importando o meio pelo qual seja disponibilizado: link
de download, Correios, etc…

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art. 184 do CP, serão buscadas as informações do responsável em nosso banco
de dados e repassadas para as autoridades responsáveis.
Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Planejamento De Obras

O planejamento de obras tem como objetivo principal prever os riscos, inconformidades e os impactos
positivos e negativos da construção do projeto, seja para a construtora ou para os clientes envolvidos.

O profissional responsável pelo planejamento deve elaborar uma série de estudos e cálculos para
avaliar em que circunstâncias a construção do empreendimento é mais rentável e econômica, tudo de
acordo com as políticas internas da empresa e das leis em vigor na região onde a obra acontecerá.

Através de um planejamento completo e detalhado, a empresa pode ter uma visão real da obra, com
base para a tomada de decisões adequadas ao longo da execução do projeto. Por isso, é
fundamental que os profissionais responsáveis por cada etapa do planejamento conheçam bem as
particularidades do setor e saibam gerenciar tarefas e pendências de forma otimizada e inteligente.

O Que Compõe O Planejamento De Obras?

Como já dissemos o planejamento não é um simples documento com coordenadas e orientações


para a execução das obras. Ele deve incluir o plano diretor de toda a obra (longo prazo), estudos de
viabilidade, orçamento inicial e um plano de ação com foco nas equipes envolvidas, nos prazos e nos
serviços necessários em cada etapa da obra.

Na hora de executar todas essas atividades, o profissional precisa ir além e pensar todos os
resultados com foco na redução de desperdícios e do retrabalho, além de prever possíveis erros e
imprevistos que possam comprometer o prazo de conclusão da obra.

Viabilidade

De forma resumida, os estudos de viabilidade buscam avaliar se a construção do empreendimento


trará lucros ou prejuízos para a construtora. Para isso, é necessário avaliar os custos de projetos
construídos anteriormente, além do lucro ou dos gastos extras trazidos por cada um deles.

Também é necessário avaliar o fluxo de caixa da construtora – ou seja, se ela possui dinheiro para
cobrir os custos operacionais da obra antes de começar a lucrar com ela – e se as condições
econômicas e do mercado são favoráveis para a realização do projeto naquele momento.

Orçamento De Obras

Talvez o orçamento seja a parte mais importante do planejamento de obras – com um orçamento
errado ou incompleto, a empresa pode ter prejuízos enormes ou até mesmo ser obrigada a paralisar
os trabalhos no canteiro por falta de verba. Apesar de extremas, essas duas situações são mais
comuns do que se pensa, já o cálculo das variáveis é extenso e depende de itens como o BDI
(Benefícios e Despesas Indiretas), preço final de venda dos imóveis, cronograma físico-financeiro,
atividades a serem terceirizadas e encargos trabalhistas dos funcionários.

Além disso, o orçamento de obras pode seguir quatro metodologias diferentes, que envolvem menos
ou mais detalhes a respeito das variáveis envolvidas: estimativa de custos, orçamento preliminar,
estimativa por etapa da obra e orçamento analítico. O grande erro é pensar que essas metodologias
são opostas, quando na verdade são complementares, e não dispensam o foco na exatidão e no
detalhamento dos resultados obtidos.

Acompanhamento Das Obras

O planejamento continua à medida que os trabalhos no canteiro de obras avançam. É necessário


planejar os serviços, utilização de recursos financeiros e materiais e gerenciar as atividades em
tempo real, já que o status da obra se modifica a cada dia de trabalho. Por isso, é importante pensar
no planejamento como um acompanhamento contínuo do projeto, que pode se modificar de
acordo com a disponibilidade da mão de obra e dos níveis de produtividade da mesma.

Para realizar este acompanhamento, os profissionais frequentemente utilizam ferramentas de gestão


de tarefas e projetos em diversos níveis – como o Construct, que proporciona uma visão global e
integrada do progresso das obras e da realização de atividades pelos profissionais.

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Ferramentas Para O Planejamento De Obras

Existem algumas metodologias de gerenciamento de projetos que podem auxiliar os profissionais a


elaborar um planejamento de acordo com os objetivos da empresa. Um deles é o Lean
Construction – construção enxuta, em inglês –, onde o objetivo é eliminar todos os gastos
desnecessários com a obra e maximizar a produtividade da equipe. Idealizado pela Toyota, o Lean
Construction também busca implementar sistemas de informação e novas tecnologias, com foco na
antecipação e prevenção de problemas e surpresas.

Outra metodologia frequentemente utilizada é o manual PMBOK, idealizado pelo Project Management
Institute (PMI). O estudo aborda as melhores práticas e os conhecimentos necessários para uma
gestão de projetos otimizada, sendo uma referência para os gestores de projetos de construção civil e
tecnologia de todo o mundo.

A Importância Do Planejamento De Obras

Sem um planejamento, podemos dizer que é impossível executar qualquer obra. O bom planejamento
serve como guia para todas as etapas da obra, desde os estudos preliminares até a execução dos
serviços, a alocação de recursos, a troca de informações a venda dos imóveis ou unidades
construídas.

No geral, ao menos 25% do tempo dos profissionais que gerenciam o canteiro de obras será
gasto apenas para solucionar problemas e imprevistos. Este tempo pode ser diminuído com um
planejamento de obras eficiente e conectado às demais etapas do projeto, onde os profissionais
envolvidos podem gerenciar suas atividades com efetividade e tomar decisões estratégicas ágeis
quando necessário.

O planejamento de obra é uma etapa essencial para garantir o sucesso de um empreendimento – e


de uma empresa! No Brasil nós temos o costume de planejar os projetos até um certo ponto e depois
improvisar conforme o que aparece, e é aí que costumam ocorrer as perdas, desperdícios e atrasos.
Um planejamento de obra cuidadoso auxilia a manter os imprevistos e o caos das obras sob controle,
prevendo as entregas e mantendo as atividades dentro do prazo.

Uma matéria da Revista Exame em 2015, chamada, demonstra como a falta de planejamento de obra
prejudica a construção no Brasil. De acordo com a reportagem, o costume brasileiro é dedicar pouco
tempo da obra para o planejamento, ⅕ do total. Em países mais desenvolvidos, a elaboração de
projetos, montagem dos cronogramas e as projeções de custos consomem muito mais tempo: cerca
de 40% do tempo previsto para uma obra no Japão; na Alemanha, 50%.

A falta de organização se reflete diretamente na qualidade da infraestrutura do país, inclusive quando


se trata de obras públicas. O metrô de São Paulo, por exemplo, entrou em operação em 1974 e tem
78 km de trilhos. O metrô de Seul, na Coreia do Sul, foi inaugurado no mesmo ano e já tem 386 km.

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As linhas de metrô do Rio de Janeiro, que começaram a operar em 1993, hoje são praticamente as
mesmas. O trem de superfície apenas melhorou com as obras das Olimpíadas – outro exemplo de
como somos ruins em planejar e executar dentro dos prazos.

Problemas de projeto? Falta de investimento? Nem sempre este é o problema! Um bom


planejamento de obra é crucial para conseguir sucesso nos empreendimentos – e uma
evolução constante. Basta dedicar-se com mais afinco à esta tarefa e munir-se das informações e
ferramentas adequadas.

E Então, Vamos Detalhar Passo A Passo Como Fazer Um Bom Planejamento De Obra?

1º Passo: Estudo De Viabilidade De Obra

Antes de mais nada, é preciso saber se a empresa tem dinheiro em caixa suficiente para cobrir os
custos operacionais. Caso haja, é preciso avaliar se o novo projeto vai trazer lucro ou não. Ou seja, é
preciso fazer um estudo de viabilidade financeira da obra!

Se você já faz um controle bem organizado dos custos das suas obras, prever o desembolso e o
lucro para a próxima não deve ser grande problema.

Para obter o máximo de confiabilidade no seu estudo de viabilidade econômica o mais recomendado
é munir-se do máximo de informações possíveis.

Projetos e memoriais descritivos do empreendimento são bons pontos de partida para um estudo de
viabilidade econômica. Além disso, é importante ter dados que permitam prever o que esperar deste
empreendimento.

Algumas informações que podem ajudar no seu planejamento de obra e estudo de viabilidade:

• Equipamentos e ferramentas que serão utilizados

• Custo para execução da fundação

• Custos e orçamentos para preparação do terreno

• Custos de terceirização e/ou contratação de mão de obra

• Prazos para cada etapa da obra

• Taxa de remuneração da construtora

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• Custo dos projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário, prevenção de incêndio,


ambiental, etc.

• Custos da regularização e licenciamento de obra

• Possibilidades de financiamento e condições de pagamento

• Cálculo de Orçamento de Obra

• Cronograma de Obra organizado

• Cálculo de Retorno de Investimento (ROI)

• Cálculo de BDI

• Planejamento de vendas

Nesta etapa de estudo de viabilidade, o orçamentista é de fundamental importância. Esse profissional


em conjunto com os decisores – diretores, sócios, acionistas – é quem vai fornecer as bases para
uma definição do projeto.

2º Passo – Orçamento De Obra

O projeto é viável, você e sua empresa tomaram a decisão de construir: é hora de detalhar o
orçamento de obra! Essa etapa de orçamento é crucial para o planejamento de obra!

Você pode utilizar de planilhas para fazer este controle ou então automatizar o processo com um
ERP. O Sienge, por exemplo, permite utilizar informações do projeto desenvolvido em BIM para gerar
orçamentos automáticos.

Alguns dos itens que você não pode esquecer para um orçamento de obra eficiente são o
cálculo do BDI e do ROI esperado!

BDI: calculando Benefícios e Despesas Indiretas

O índice BDI na Construção Civil – do Inglês Budget Difference Income ou Benefícios e Despesas
Indiretas em Português – é um elemento orçamentário específico para cada obra e que ajuda a
conseguir um preço de venda final melhor levando em conta os custos indiretos. Estes custos
indiretos são geralmente tributos municipais, estaduais, margem de incerteza, etc. Para saber mais
sobre como calcular o BDI no orçamento da sua obra, leia nosso post completo sobre o
assunto.

ROI – Return on Investment ou Retorno do Investimento

O Retorno do Investimento é um cálculo simples e que muitas vezes é neglicenciado. Trata-se de


saber, efetivamente, qual foi o lucro do seu empreendimento.

Segundo a Endeavor, uma das maiores organizações de apoio ao empreendedorismo, a seguinte


fórmula é suficiente para este cálculo:

ROI = (GANHO OBTIDO – INVESTIMENTO INICIAL) / INVESTIMENTO INICIAL

Neste exemplo, supondo que o ganho no seu empreendimento tenha sido 500 mil reais e o
investimento inicial tenha sido de 100 mil reais, temos:

ROI = (500.000 – 100.000) / 100.000

ROI = 4

O resultado significa que o retorno foi de quatro vezes o investimento inicial. Para você obter o ROI
em forma de porcentagem, é só multiplicar o resultado por 100. Nesse caso, seria de 400%.

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3 º Passo – Cronograma Físico-Financeiro

Com o orçamento detalhado e definido, o Cronograma Físico-Financeiro é o próximo passo: com ele
você consegue distribuir os custos por data e etapa da obra.

A importância de um Cronograma Físico-Financeiro na sua obra, é saber com boa previsibilidade


quanto tempo os serviços irão durar e quanto irão custar.

Com um Cronograma Físico-Financeiro você pode:

a. Mapear todas as atividades e custos relacionados desde o começo até o fim da obra

b. Identificar custos mensais acumulados

c. Ter um planejamento de obra mais realista

d. Melhorar o controle do fluxo de caixa

e. Melhorar a previsibilidade da obra

4 º Passo – Regularização Da Obra

Ainda durante a fase de projeto já é importante se preocupar com a regularização da sua obra! A
burocracia para conseguir todas as permissões e licenças de um empreendimento pode empurrar os
prazos para frente e causar alterações no projeto. Ou seja, custos extra!

Uma obra sem os requisitos necessários pode receber multas e notificações! Fique atento para
ter tudo que é preciso no seu planejamento de obra! Verifique se o seu canteiro tem tudo que é
exigido, como por exemplo a placa indicando o responsável técnico, espaço dedicado para
armazenamento de materiais, cercamento com tapumes e passagem para pedestres.

Preste atenção aos requisitos necessários para a regularização e licenciamento da obra, como:

• Matrícula do imóvel

• Contratação de Profissional Habilitado

• Projeto Arquitetônico

• Alvará de Construção

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)

• Placa, plantas e ART na Obra

• Certidão Negativa de Débito (CND) INSS

• Atestado das concessionárias de água e esgoto

• Atestado de conformidade da instalação de energia elétrica

• Auto de vistoria do corpo de bombeiros

• Habite-se

• Registro do imóvel

4º Passo – Acompanhamento De Atividades Da Obra

A execução da obra precisa ser acompanhada e avaliada constantemente. Esse é o ponto nervoso
que garante o sucesso de um planejamento de obra ou não!

Para garantir uma equipe de execução eficiente e organizada, é essencial ter ou contratar um time

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excelente.

Avalie o que é mais vantajoso para sua empresa: aumentar o time de execução ou terceirizar a
empreitada.

Se a mão de obra for terceirizada, é preciso ter ainda mais cuidado – especialmente com
o contrato de empreitada/prestação de serviços. A terceirização da mão de obra é uma boa saída,
mas está mais propensa à processos trabalhistas.

Caso queira contratar uma equipe para prestar serviços na sua obra, nós temos um Modelo de
Contrato de Prestação de Serviços de Construção que pode ajudar. O documento foi revisado por
nosso assessor jurídico e está disponível gratuitamente.

>> Aproveite o nosso checklist para elaboração de um contrato de prestação de serviços de


construção

• Segurança do trabalho

A integridade dos trabalhadores do canteiro de obra deve ser sempre uma prioridade! Acidentes
instalam um clima de incerteza, prejudicam o trabalhador, a empresa e a equipe. Para prevenir
ocorrências no canteiro de obra é bom garantir:

– Um bom planejamento do canteiro de obra

– Fiscalizar o uso de EPIs e EPCs

– Cercar a obra com tapumes, andaimes e telas de segurança para evitar acidentes com pedestres

– Seguir as normas de segurança

– Armazenar os materiais nos locais adequados

• Diário de Obra

O diário de obras é um documento muito importante para o planejamento de obra porque dá uma
visão real do que está acontecendo na construção. Preenchê-lo e manter um histórico
proporciona uma visão da evolução da obra dia a dia e facilita quando há alguma dúvida ou
impasse sobre atrasos ou medições.

Por exemplo, se uma concretagem estava agendada para um dia em que choveu e teve que ser
adiada, esse fato deve constar no diário de obras.

5º Passo – Ajustando Os Prazos

A verdade é que um bom planejamento de obra não vai exigir muitas mudanças ou revisões.
Porém, quando se verifica que o previsto está longe do realizado, é preciso reformular e adaptar.
Estes ajustes são essenciais para ter um método cada vez mais afinado e preciso.

Se formos nos basear nas práticas mais eficientes, podemos adotar métodos como Lean
Construction e o Método Tempo-Caminho, por exemplo.

• Lean Construction

O método de Lean Construction é baseado em uma linha japonesa de pensamento que procura
trabalhar com construções enxutas. Ou seja, o foco é comprar e armazenar apenas a quantidade de
material necessária para cada etapa, evitando o desperdício. Essa prática baseia-se muito na
corrente do toyotismo.

• Planejamento de Obras com o Método Tempo-Caminho

O planejamento de obras Tempo-Caminho ajuda a definir diferentes prazos de execução para cada
tarefa. Por exemplo o tempo dedicado à Estrutura em uma obra deve ser maior do que o tempo

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dedicado à Alvenaria. O responsável pelo planejamento de obra pode controlar e prever esses
tempos diferentes através de gráficos. Saiba mais sobre o assunto lendo o nosso post.

6º Passo – Acabamento E Licenciamento

Quando a obra chega ao momento de acabamento, é hora de conferir se o licenciamento e a entrega


do imóvel estão encaminhados e bem planejados.

– Verifique se o Habite-se, Alvarás sanitários, vistorias e outros documentos estão em dia


– Planeje a entrega do imóvel para o cliente

O momento de entregar as chaves com o imóvel pronto para ser usado costuma ser especial para
quem vai ocupá-lo. Planeje este ato e garanta que tudo está em ordem para que seu cliente possa
aproveitar ao máximo o novo empreendimento!

Um documento que ajuda bastante a conservar a integridade do trabalho da sua equipe e evita o
desgaste dos imóveis é o Manual do Proprietário de Imóveis. Nós preparamos um modelo
gratuito que você pode usar com os seus clientes!

Veja Alguns Materiais Que Ajudam A Melhorar A Entrega Do Imóvel:

• Modelo de Manual do Proprietário de Imóveis

• Modelo de Termo de Entrega de Chaves

• Modelo de Recibo de Quitação de Imóvel

A Tecnologia Ajuda A Fazer Planejamento De Obra

O planejamento de obras tem vários fatores que o alteram e precisa ser muito bem feito e
monitorado. É preciso tomar cuidado para não se perder no meio de tantas informações e
prazos. É nessa hora que a tecnologia se torna uma grande aliada!

O projeto é um sistema complexo e composto de atividades, que se inter-relacionam, se interagem e


são interdependentes. As atividades que compõe um projeto são compostas e executadas por
recursos de:

• mão-de-obra;

• materiais;

• equipamentos.

Esses recursos são aplicados diretamente as atividades, agregando valor ao produto final.

O planejamento desses recursos que são aplicados diretamente ao projeto e devem ser previamente
definido dentro de um plano de condições de:

• prazo;

• custo;

• qualidade;

• risco.

O gerenciamento de um projeto em toda a sua plenitude garante ao longo do tempo de concepção,


planejamento, execução e finalização a garantia que todas as atividades que compõe o projeto,
estejam sendo executadas dentro das diretrizes e metas já estabelecidas.

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A mão-de-obra, os materiais e equipamentos aplicados diretamente ao projeto, são recursos


importantes e seu gerenciamento ao longo do tempo de execução, garante um produto final que se
enquadra dentro do plano de condições de planejamento.

O projeto para atingir todos os seus objetivos, deve ser planejado e gerenciado, durante todo o tempo
de execução até a sua conclusão, portanto o planejamento e o gerenciamento são as principais
ferramentas de sucesso de projeto.

Planejar o futuro e gerenciar o presente em função de um planejamento passado e complexo existem


várias variáveis que interferem positivamente ou negativamente no decorrer do tempo de execução
do projeto.

Para se alcançar os objetivos pretendidos é preciso desenvolver mecanismos no sentido de:

• treinar uma equipe para gerenciar as atividades;

• delegar responsabilidades;

• estabelecer um canal aberto de informações;

• criar um plano de implementação do projeto;

• controla e avaliar o andamento do projeto;

• criar frentes para as tomadas de decisões;

• criar banco de dados de tudo que foi executado;

• garantir a manutenção de equipes motivadoras e focadas com os objetivos do projeto.

O gerenciamento é um processo contínuo e dinâmico ao longo de todo o tempo de execução e se


desenvolve e se organiza de acordo, com um trabalho em equipe, onde o fator humano e técnico é
fundamental, e o foco será sempre o objetivo planejado.

A equipe de gerenciamento é o fator principal para que se tenha um bom desenvolvimento e controle
da produtividade da mão-de-obra, da qualidade final dos serviços e na criação de indicadores e
índices de composição, criando assim um banco de dados para a empresa, essa equipe também tem
um papel importante nas tomadas de decisões e na implementação do projeto.

O gerenciamento de um projeto ocorre dentro e fora dele, a empresa gerenciadora do


empreendimento, internamente se compõe de um setor administrativo, financeiro, comercial e de
produção. O sistema da empresa e constituído de:

• ambiente geral, composto por fatores sociais, políticos e tecnológicos;

• ambiente operacional, que fica em função do mercado, da concorrência, de financiamentos e


fornecedores;

• ambiente interno, onde o produto final e produzido e contabilizado e comercializado.

Planejar é traçar objetivos e metas, visando o sucesso do projeto, ou seja, é o futuro planejado.
Gerenciar é realizar os objetivos e as metas, alcançando o sucesso planejado, ou seja, é o presente
gerenciado a cada dia.

O empreendimento, independentemente de seu porte, nasce de uma vontade de se reformar,


modificar, acrescentar ou construir algo. Os recursos disponíveis, muitas vezes criam falsas
expectativas, em termos do que se pode realizar. É fundamental para qualquer projeto, um estudo
que vai quantificar o montante de gastos a serem despendidos, uma grandeza de preços.

A viabilidade começa aqui, onde técnicas e métodos de construção, juntamente com os materiais
especificados para os serviços, geram estimativas que vão ser confrontadas com os recursos
envolvidos.

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O desenvolvimento de um projeto deve atingir um nível que se permita calcular uma estimativa
definida, onde plantas específicas e detalhes vão possibilitar controle de custos razoáveis. A
sofisticação e a urgência de prazos vão ser fatores básicos para se determinar o grau de precisão de
um trabalho.

Alguns diriam com propriedade, que viabilidade é algo mais que um orçamento, planilhas e
cronogramas. Que quando vamos realizar um empreendimento/investimento, independente do seu
porte, ocupação e uso, devemos fazer um estudo de viabilidade:

- Este empreendimento está de acordo com o zoneamento, uso, ocupação?


- Este empreendimento dará o retorno financeiro necessário?
- Este empreendimento se inseri no entorno, contexto geral da região?
- Existem restrições ambientais, geotécnicas e outras.

Pode-se ter o orçamento correto, mas se não existe possibilidade de retorno financeiro, o estudo de
empreendimento deve ser revisto.

Alem disto devemos verificar se dispomos dos recursos financeiros demandados nos estudos de
viabilidade, pois a viabilidade deve ser técnico-economica e também financeira, a insuficiência de
recursos para atender o projeto de engenharia com economia, inviabiliza os estudos anteriores.

A viabilidade executiva deve atender os estudos definidos, analisando totalmente todos os três
aspectos:

- A Engenharia,
- A Economia, e
- O Financeiro.

A Importância Do Planejamento Na Construção Civil

O processo de planejamento das construções, dividindo-se em três etapas: planejamento,


programação e controle. Esses procedimentos se realizam de acordo com a sequencia temporal de
implementação de cada obra, tendo como pontos de definição prazos e custos.

Quando se planeja uma obra, o planejador deve dominar de maneira segura e global todo o
empreendimento adquirindo um alto grau de conhecimento do projeto, permitindo mais eficiência na
execução dos trabalhos.

O que se tem que ter em mente é o pleno conhecimento da obra. Com a elaboração do planejamento
o profissional tem a oportunidade do estudo dos projetos, bem como, a análise do método
construtivo, a produtividade considerada no orçamento e o período trabalhável em cada frente de
serviço.

Quanto mais o planejamento é eficaz consegue-se a garantia de qualidade e produtividade das obras,
racionalização e economia de materiais e serviços, treinamento da mão de obra, entre outros.

Análises Preliminares

A Construção Civil é um setor de importante estratégia para a economia, apresentando sérias


deficiências em seus processos de gestão e necessitando, portanto, de cada vez mais de
ferramentas que auxiliem os profissionais que atuam na área.

O Processo Construtivo forma um conjunto de atividades multidisciplinares e rotineiras de um


cronograma sequencial que algumas vezes não se tornam práticas constantes devido a alguns
contratempos existentes, destinadas a cumprir uma determinada meta, caracterizadas por um início e
um fim, delimitadas no tempo, compatibilizadas no custo e otimizadas no desempenho técnico e
produtivo.

Assim, gerenciá-lo significa utilizar recursos materiais, financeiros e humanos, empenhados de


acordo com o escopo de trabalho pré-estabelecido em um plano fixando prazos e custos compondo
um planejamento que define prioridades e um controle para garantir sua qualidade assegurando o

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lucro e o prazo de execução, sempre tentando empregar técnicas construtivas que ofereçam rapidez,
economia e redução da geração de resíduos.

O mercado da Construção Civil está cada vez mais exigente, sempre buscando a qualidade e o
menor custo. Uma obra para ser bem executada e gerar lucros para o negócio, necessita, antes de
tudo, de um bom planejamento e gerenciamento em todas as suas etapas, principalmente em sua
fase de projetos.

Em resumo o gerenciamento geral de um empreendimento compreende a atuação sobre as áreas de:


Projetos; Recursos Financeiros e Construção.

Porém a área de planejamento vem sendo “introduzida” no mercado, e para alguns setores aparece
de forma embrionária. Essa situação vem sofrendo mudanças à medida que os empreendimentos
percebem a necessidade do planejamento para a adequação de prazos e custos. Muitos profissionais
vêm se capacitando na área e à medida que a demanda cresce surgem novas instituição com curso
de capacitação.

As Funções Do Planejador Se Tornam Cada Vez Mais Claras E Necessárias.

A previsão de situações desfavoráveis e de indícios de desconformidade são funções claras do


planejador, a partir destas identificações é possível tomar providências a tempo, adotar medidas
preventivas e corretivas, e tentar minimizar os impactos no custo e no prazo.

O planejamento e o controle permitem uma visão real da obra, servindo de base confiável para as
decisões que deveram ser tomadas.

Por meio de análise o planejador, pode trabalhar de forma mais assertiva com as folgas das
atividades e tomar decisões importantes como nivelar recursos, protelar a alocação de determinados
equipamentos.

Um fator importante é a comunicação entre os Stakeholders tendo como função disciplinar e unificar
o entendimento da equipe, tornando consensual o plano de ataque da obra.

O planejamento de uma obra não se esgota na preparação do cronograma. É preciso monitorar o


avanço das atividades e verificar se o cronograma é obedecido ou se há variações entre o que foi
previsto e o que vem sendo realizado em campo.

O Planejamento É Uma Função De Apoio À Coordenação Das Várias Atividades

De acordo com os planos de execuções, de modo que os programas preestabelecidos possam ser
atendidos com economia e eficiência. Dessa forma, o planejamento é a definição do momento em
que cada atividade deve ser concluída e o desenvolvimento de um plano de produção que mostre as
entregas das atividades conforme necessidade e ordem de execução. Além disso, o mesmo é
responsável em demonstrar o tipo de atividade a serem executados, quando executar, os sistemas
construtivos e os recursos utilizados (CARDOSO; ERDMANN, 2001).

Planejamento pode ser definido como um método de decisão adotada,

Realizado para antecipar uma ação futura almejada, usando de meios eficazes para materializá-la. O
objetivo do planejamento é reduzir o custo, juntamente com o tempo de execução dos projetos e as
incertezas relacionadas ao seu escopo. Do mesmo modo, Santoset al. (1992 apud SANTOS;
MENDES, 2001) cita que o planejamento é considerado como processo de tomada de decisão e
ações necessárias para transformar o estágio inicial de um empreendimento em um desejado estágio
final.

Aplicações Práticas Em Engenharia De Planejamento

• Demonstrar através de relatórios e gráficos, o avanço físico, para dar subsídios de tomada de
decisão à gerência do contrato.

• Efetuar a análise crítica do avanço físico da obra e resultados que interferem na conclusão da
mesma, através dos relatórios enviados semanalmente.

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• Avaliação da disponibilização de recursos para cumprimento dos prazos, análise das programações
semanais.

• Aprovação de eventos de pagamento, controle integrado de mudanças, serviços fora de escopo,


criação e atualização da EAP, análise do valor agregado ao projeto.

• Registro e acompanhamento dos riscos do projeto.

Podemos demonstrar abaixo um exemplo simplificado mostrando a programação e o progresso de


um projeto de construção no Gráfico de Gantt com justa posição de Curva S.

Para a construção da curva S baseada na experiência prévia deve-se adotar a seguinte sequência.

• Traçar o cronograma de Gantt indicando o prazo previsto para cada atividade principal,

• Distribuir ao longo de cada barra os percentuais de progresso previstos, baseados em dados


provenientes de projetos históricos,

• Determinar o peso percentual de cada item do cronograma, segundo a unidade adotada,

• Usar critério de custo ou homem-hora (eventualmente de máquina hora)

Como exemplo podemos usar o item Terraplanagem que corresponde a 3% do custo total da obra
representado na figura, portanto, seu peso relativo é 3.

Os pesos relativos são indicados na coluna peso e somam 100%.

Calcular o progresso ou grau de andamento previsto para o empreendimento ao final de cada período
(mês, quinzena, semana, etc.), por meio as soma dos percentuais de cada item naquele período.

Para isto basta realizar o calculo com a equação:

APP=∑ PR X API

APP= andamento previsto do projeto

API= andamento previsto de cada item, em percentual.

PR= peso relativo de cada item

Lançar os percentuais totais acumulados por período no gráfico.

O traçado dos pontos referentes ao progresso (andamento), previsto no final de cada período,

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formará um “S” ou seja, a curva “S” representando o andamento previsto do projeto. Esta curva
encontra-se representada em tracejado na figura anterior.

Na fase de controle será traçada a curva do realizado procedendo-se de forma análoga, mas agora
utilizando os valores medidos, período por período.

Esta curva encontra-se representada em linha cheia.

Para calcular o andamento real no final de cada período, utilizamos a equação:

ARP=∑ PR X ARI

ARP= andamento realizado do projeto

ARI= andamento realizado em cada item medido, em percentual.

PR= peso relativo de cada item.

A construção civil é uma atividade que envolve grande quantidade de variáveis e se desenvolve em
um ambiente dinâmico e mutável. O planejamento da obra é um dos principais aspectos do
gerenciamento, que envolve também orçamento, compras, gestão de pessoas, comunicação, gestão
de riscos etc.

A deficiência do planejamento pode trazer consequências desastrosas para uma obra e, por
extensão, para a empresa que a executa. Um descuido em uma atividade pode acarretar atrasos e
escalada de custos, assim como colocar em risco o sucesso do empreendimento.

Controle Das Construções

Não importa em que área, você planeja o tempo todo. Ao dormir pensando no que/como fazer no dia
seguinte até na hora de acordar planejando durante o dia. Como para toda ação, existe uma reação,
quanto maior tempo alocado no planejamento, menor será o tempo desperdiçado, especialmente
quando pensamos em projetos voltados a Engenharia Civil e ao planejamento e controle de obras.

Imagine viajar sem pensar em combustível, distância, quem levar, etc.

Mesmo inconscientemente você planeja e faz o controle na forma de dirigir, verificando outras rotas
ou o transito e sentindo o veículo.

Planejamento E Controle De Obras

O planejamento de projetos na área de construção civil é capaz de dominar com segurança não
apenas o investimento e a injeção de capital neste tipo de mercado, mas também possibilitar o
controle no tempo de execução.

Nenhuma empresa é capaz de sobreviver e permanecer dentro do mercado competitivo da


construção civil sem integrar a gestão da empresa com a gestão de custos da obra.

O diagnóstico correto das informações e de todo esse estudo de planejamento e controle de obras,
permite e conduz o gestor de projetos a aperfeiçoar o melhor desenvolvimento do próprio projeto I.

Isto torna possível otimizar os recursos na atividade de forma a proporcionar melhor desempenho e
ganhos para a própria empresa.

A Indústria Da Construção Civil No Brasil

Até o final da década de 70, quase todas as empresas nessa área da construção civil eram
financiadas pelo estado não tendo por isso, nenhum tipo de preocupação relevante sobre
como evoluir tecnologicamente nesse mercado

Com o efeito da globalização e a privatização de inúmeras empresas, o setor da construção


civil sofreu ainda mais.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Com a diminuição da influência estatal nessa área, acabou por aumentar os juros, aumentou também
às exigências no âmbito da competitividade e afetou o nível da qualidade dos serviços.

Isso tudo ocorreu em função dos possíveis riscos de investimento por parte dos investidores que
agora trabalhavam em parceria com o governo.

Com a crise mundial de 2008/2009 o mercado construtivo desacelerou, mas a União promoveu novos
programas e projetos que estimularão e mantiveram o mercado em pleno crescimento.

Mercado este que busca cada dia mais se informatizar e controlar mais seus processos.

Em um futuro bem próximo o planejamento e controle de obras será realizado sem papel.Com
dispositivos interativos e conectados, permitindo um projetista e/ou engenheiro explicar o projeto e
seus detalhes remotamente.

Promovendo a interação entre escritório, canteiro e o operário.

Os projetos e gerenciamento de projetos serão desenvolvidos de forma quase automática pelos


softwares, através de banco de dados que registraram o conhecimento de diversos projetistas ao
redor do mundo. Promovendo uma nova era na construção civil.

O Planejamento Dentro Da Construção Civil

A responsabilidade das empresas para desenvolver o controle e o planejamento dentro da construção


civil é principalmente a responsabilidade em tentar igualar as tomadas de decisões, ao longo do
período de execução da obra.

Isto é feito através de estudos, diagnósticos e também através da identificação de desvios ocorridos
em relação ao próprio planejamento inicial.

Segundo Machado, 2003, Araújo e Meira, 1998, O controle pode ser realizado em 3 dimensões:

• Física;

• Econômica;

• Financeira.

Já quando se trata de analisar os recursos humanos (mão de obra), o problema já entra em outro
tipo de esfera.

Muitas vezes são pouco instruídos, capacitados e especializados.

Nesse sentido, o empreendedor necessita encontrar meios para gestionar e dimensionar todas essas
necessidades profissionais para conseguir finalizar com excelência a execução de uma obra.

Neste aspecto é interessante controlar o fluxo e a densidade de trabalhadores dentro do canteiro


de obras em horários isolados, pois isso interfere na qualidade, na produtividade e na capacidade
de realização das atividades, elevando muito o custo do investimento

Portanto é de grande importância que os recursos sejam controlados e corretamente investidos


em atividades que tragam benefícios reais e imediatos.

Mais importante ainda é observar que o empreendedor deverá ter uma consciência de que deve
valorizar ao máximo a fase que antecede a execução:

O PLANEJAMENTO, O ESTUDO, A CONCEPÇÃO, O PROJETO, PARA OBTER UMA MELHOR


QUALIDADE NOS RESULTADOS.

DESSA FORMA PODEMOS CONCLUIR QUE A FASE “PROJETO” É FINITA, SINGULAR E POSSUI
OBJETIVOS BEM DEFINIDOS EM FUNÇÃO DE UM PROBLEMA ESPECIFICO.

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Relevâncias De Planejamento

Algumas relevâncias da fase de elaboração e planejamento do projeto são:

• Ser capaz de identificar com clareza as necessidades do cliente

• Fazer um estudo prévio do custo e das condições em que o edifício será submetido;

• Assegurar qualidade do projeto, tendo a consciência de que o custo aumentará de acordo com
o tempo gasto na elaboração do projeto.

• Ter a capacidade de contemplar alguns mecanismos capazes de minimizar falhas e


desvios desnecessários;

• Desenvolver trabalhos que definam de forma sóbria uma construção capaz de atender as
necessidades do usuário;

• Correto planejamento e controle da obra;

• Desempenho das atividades dentro do canteiro;

• Desenvolvimento correto das fases evolutivas de planejamento

O Planejamento propriamente dito

Abaixo segue algumas etapas importantes para definição de modelos para o planejamento e controle
de obras:

Planejamento Clássico

Transforma materiais em produtos acabados.

• Vantagens: Por ser um modelo elementar, se aplica facilmente.

• Desvantagens: Não há variações dos recursos utilizados, pois as variações positivas não
são registradas existindo muita perda de recursos não levando em consideração o ambiente
que receberá a obra.

Processo Produtivo

Identifica problemas no planejamento e propõe soluções. Analisa os erros e desvios orçamentários


propondo algumas ações e procedimentos visando corrigir os erros.

• Vantagens: A busca por fornecedores e recursos permitindo avaliar o custo de todo o processo.

• Desvantagens: Para que a avaliação desse custo seja o mais próximo do real se faz necessário ter
em mãos todas as informações relevantes para a compreensão da produtividade o que gera também
altos custos para o empreendedor

Diagnóstico Da Empresa

Elabora uma estimativa de custos da empresa identificando os fatores críticos e importantes para o
sucesso.

• Vantagens: Analisa de projetos com maior qualidade, menor custo e tempo. Promove
um enriquecimento dos colaboradores em todos os aspectos financeiros.

• Desvantagens: Sem uma equipe muito atenta aos acontecimentos não é possível identificar
corretamente os fatores críticos que promovem esse sucesso supracitado fazendo que o
planejamento fixe suas propostas em bases equivocadas.

Sequencial

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Avaliação de interfaces departamentacionais com o envolvimento de vários auditores para ajudar nas
avaliações.

• Vantagens: Diminuição da mão de obra, menores custos e tempo.

• Desvantagens: O resultado positivo depende diretamente da motivação e do planejamento


da equipe.

Ritmo de Execução

Cadencia o ritmo executivo. Taxa de produção onde todas as tarefas se apresentam críticas.

• Vantagens: Acompanhamento diário, controle da mão de obra e do ritmo de execução da mesma.

• Desvantagens: Para que funcione bem, todas as atividades têm que ser corretamente
definidas para que não haja mão de obra ociosa in loco.

Objetivos Do Trabalho

Vale ressaltar que em todo planejamento e controle de obras existem riscos potenciais que devem
ser levados em conta quando você está planejando para definir um investimento na área da
construção civil.

Por isso se faz necessário que os gestores e profissionais da área sigam a risca os objetivos do
trabalho e se concentrem para esclarecerem qualquer tipo de restrições que possa surgir no decorrer
do projeto.

É necessário desenvolver um meio termo para essa situação, sem ser excessivamente detalhado
porem com diretrizes norteadas pelo diretor da obra com tarefas a serem executadas diariamente até
a conclusão da obra.

No Projeto de Implantação (Construção) deverá ser formulado um conjunto de indicadores que


se expressam de acordo com andamento e desempenho do trabalho, sem permitir desvios fora do
que havia sido planejado originalmente.

Este conjunto de indicadores podem ser:

• Relação entre planejado e real;

• Alterações ao projeto;

• Alterações de empregos criados;

• Distúrbios;

• Alterações;

• Nível de Contribuição;

• Grau de Impacto das Mudanças.

Todos esses indicativos são importantes para a execução do trabalho de forma bem feita e é
baseado em compromissos e pressupostos desenvolvidos nas diferentes fases do processo de
planejamento.

No entanto, o planejamento empresarial é desenvolvido em três níveis: planejamento


operacional (curso prazo), tático (médio prazo) e estratégico (longo prazo).

Exemplo de Planejamento

Veja que planejamento e controle estão sempre juntos, isto é claro pois são atividades mutuamente
exclusivas: uma não existe sem a outra.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

O planejamento e controle de obras e todos os outros componentes que fazem parte do processo
de elaboração de projetos para execução de uma obra.

Isto permite não só reduzir o número de alterações solicitadas para o projeto (em boa hora), mas
também aumentando o fluxo de informações e esclarecendo o diálogo global entre todos os
controladores e participantes do processo.

As inúmeras reuniões com uma equipe de especialistas também surgem para facilitar o
planejamento, sem que seja necessário, por exemplo, confrontos de nenhuma natureza com as
partes envolvidas.

As inúmeras implantações geradas nestas reuniões acabam sempre resultando em uma espécie de
cumplicidade que dá origem a um melhor cumprimento de prazos, melhor redução de custos, melhor
desempenho da mão de obra e uma execução exemplar do projeto planejado.

Viabilidade Planejamento e Controle

Veja como utilizar o Cronograma Físico-Financeiro para melhorar a gestão da sua obra e não
estourar o orçamento ou os prazos

O cronograma físico-financeiro de obra é uma ferramenta importantíssima para garantir o sucesso do


planejamento de um empreendimento e evitar que o orçamento e os prazos saiam do controle. O
cronograma físico financeiro é assim chamado porque leva em conta o planejamento dos custos de
acordo com a etapa física (ou construída) da obra, verificando quanto dos recursos do orçamento
foram usados em cada uma.

Esse tipo de controle ajuda diretamente na gestão de obra verificando como está a realidade da
execução em relação ao que foi planejado, permitindo ajustes nas equipes de obra e permitindo a
previsibilidade dos custos. É importante ressaltar que é possível aplicar o cronograma físico-
financeiro em vários tipos de obra e de diferentes naturezas: podem ser prédios, casas, indústrias,
estradas, empreendimentos novos, reformas, instalações, recuperações, etc. Basta adaptar a
ferramenta à realidade da sua obra.

Além de tudo, o cronograma físico-financeiro está previsto nas normas da ABNT para controle das
atividades executivas de uma obra, essencialmente na Norma 13531 da ABNT no seguinte parágrafo:

“3.3.6 As atividade técnicas de projeto devem ser apresentadas em cronograma físico-financeiro que
informe os prazos necessários, as datas dos eventos e os seus custos.”

Levando isso em conta, temos que os requisitos básicos de um cronograma físico-financeiro são:
mostrar o progresso da obra (em porcentagem), os gastos com a obra (R$) e o detalhamento por
períodos. Por exemplo: Fundação (50%) – R$5.000,00 – Janeiro-Março . Isso significa que 50% da
fundação da obra ficou pronta entre janeiro e março, com um custo (até o momento) de R$5.000,00.
Isso permite prever, por exemplo, que independente do planejamento anterior, os gastos com os
outros 50% provavelmente serão em torno de R$5.000,00.

Os passos para começar um modelo de Cronograma Físico-Financeiro são:

1º – Definir etapas da obra

Por exemplo: compra do terreno, assinatura do contrato, terraplanagem, fundação, etc

2º – Definir prazos para o cumprimento das etapas

Podem ser semanas, meses, dias

3º – Distribuir custos por cada etapa e prazo

Vantagens de usar o Cronograma Físico-Financeiro

Quer saber as vantagens de trabalhar com um cronograma físico-financeiro? Aqui estão algumas:

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– Facilidade Para Conseguir Financiamento

A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil (e outras instituições que trabalham com
financiamento de imóveis e fornecem recursos para empresas que investem em construção)
geralmente trabalham com o Cronograma Físico-Financeiro como ferramenta de controle. Esse
documento é, muitas vezes, pré-requisito para liberação de recursos, e deve ser atualizado ou
desenvolvido por orçamentistas qualificados.

– Controle Do Fluxo De Caixa

Controlar o dinheiro que entra e sai da sua empresa é essencial para a saúde financeira do negócio,
e não seria diferente com cada obra em particular. O orçamento e o prazo definidos para cada
empreendimento, se estourados, trazem custos extras e incômodos a serem resolvidos por todos na
empresa: desde o canteiro de obra até a diretoria. O cronograma físico-financeiro permite ver onde
estão os desembolsos de acordo com a etapa da obra e o período. Dessa forma é possível agir
rapidamente caso algo desvie muito do planejado, comunicar os responsáveis, ajustar outras etapas
para que fiquem mais econômicas e várias outras medidas de correção para chegar ao final da obra
com o mínimo de desvios entre planejamento e execução.

– Equipes Mais Eficientes E Melhor Gerenciadas

A partir do controle do que foi realizado em quanto tempo e a que custo financeiro, é possível fazer
uma análise rápida que permite ter ideia de onde estão as lacunas de produtividade. Por exemplo, se
o prazo inicial planejado para a etapa de acabamento era de 10 meses e o período de execução foi
de 20 meses, vale a pena atentar para quais fatores influenciaram nesse atraso. Pode ser que tenha
havido falta de material, que a equipe tenha sofrido com falta de pessoal ou qualquer outro problema
que poderia ter sido evitado. Um acompanhamento executivo da obra permite esses insights que
podem melhorar muito a gestão de obra.

– Planejamento Cada Vez Mais Realista

O objetivo principal de determinar prazos e metas financeiras é para que eles sejam cumpridos,
portanto de nada adianta colocar objetivos irreais para as equipes de obra e financeira. Quanto mais
se planeja, mais fácil fica de prever cenários e encontrar padrões. Por exemplo, após executar 3
obras do mesmo porte com a mesma equipe, é possível ter uma média do tempo e do custo de cada
etapa. Verificando se os prazos e metas foram estourados ou não, tem-se uma medida do quanto o
planejamento condiz com a execução. Dessa forma o cronograma fica cada vez mais inteligente e
adaptado à realidade da empresa. Se for o caso de precisar modificar algum desses itens, é fácil
analisar e verificar onde são necessárias mudanças.

O Papel Do Planejamento E Do Controle Físico-Financeiro Na Implantação De


Empreendimentos

Este trabalho visa apresentar os conceitos fundamentais e o papel que cabe ao planejamento físico-
financeiro no gerenciamento de implantação de empreendimentos.

Através de uma abordagem sistêmica são analisados os principais fatores intervenientes e as


relações intrínsecas e extrínsecas existentes do planejamento com os demais fatores; o planejamento
é por excelência instrumento decisório para o sucesso da implantação física de um empreendimento,
independentemente do porte e da complexidade tecnológica do objeto a ser implantado e visa
maximizar o aproveitamento das oportunidades de decisões ao longo da implantação.

Conceituação Do Planejamento No Gerenciamento Integrado

O gerenciamento da implantação de um empreendimento consiste na integração dos fluxos de


determinados fatores básicos, integração essa otimizada quanto a um elenco de restrições impostas.

Nessa integração distinguem-se fatores integrandos (os operandos) de cunho conteudístico, e fatores
de integração (os operadores) de cunho metodológico.

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Os fatores integrandos, de cunho conteudístico, reduzem-se basicamente a quatro, não importa qual
seja o empreendimento:

a) projetos;

b) obras de construção e montagem;

c) equipamentos

d) recursos monetários.

Este quarto fator - monetário - é por assim dizer um fator último ao qual todos os demais fatores
conteudísticos podem ser reduzidos.

Os fatores de integração, de cunho metodológico, cujo conjunto traduz a função de gerenciamento,


são também quatro:

a) fiscalização;

b) coordenação;

c) planejamento;

d) informática.

Aqui, também, o último fator de integração - a informática - pode ser condiderado, por analogia, a
moeda de conversão dos três fatores precedentes.

Sob a designação ampla de' 'informática" estão englobados não apenas a' 'matéria'' - as informações
- com a qual operam os três outros fatores metodológicos (supervisão, coordenação e planejamento),
mas também, e talvez principalmente, o "sistema" de informação, tanto o suporte hardware como
o software.

O elenco de restrições em face das quais a integração daqueles fluxos deve ser otimizada, é o
seguinte:

a) qualidade;

b) custos;

c) prazos;

d) segurança

e) realização pessoal;

f) respeito à ecologia etc.

Poder-se-ia tentar uma representação gráfica destes conceitos utilizando a notação de Venn-Euler,
como representada nas figuras 1, 2 e 3, que mostram o gerenciamento da implantação de um
empreendimento.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Nessas figuras, os três primeiros fatores conteudísticos são representados por três círculos secantes
entre si, representando respectivamente projetos, obras e equipamentos.

O quarto fator, recursos monetários, é omitido devido a razões de simplicidade de representação


gráfica. Se, entretanto, se desejasse representá-lo também, bastaria considerar a imagem no espaço
e associar a cada fator uma esfera ao invés de um círculo. Todas as ilações subseqüentes seriam
traduzidas no espaço com a mesma analogia da notação no plano.

Estes fluxos de fatores não são absolutamente independentes entre si, quer lógica quer
cronologicamente. Esquematicamente a sua integração para gerar um empreendimento pode ser
simbolizada pelos três círculos secantes da figura 1.

A regulação do fluxo desses três fatores básicos, responsável portanto pela sua integração, é o que
se entende pela função de gerenciamento do empreendimento. Na figura 2, ele é representado pelo
círculo sombreado que circunscreve as áreas comuns aos três iniciais.

A área de cada círculo, externa ao círculo do gerenciamento, representa o domínio de atividade


própria de cada entidade responsável pela geração do fluxo do respectivo fator. É o domínio da
liberdade própria de atuação. Sobre estes domínios não há atuação do gerenciamento. Sem abusar
do jogo de palavras, não há ingerência nesses domínios.

As demais áreas de cada círculo que recaem na sombra do círculo que simboliza o gerenciamento
estão sujeitas a determinadas regulações que adiante são explicitadas.

A figura 3 se subdivide em três figuras destacando os três domínios do gerenciamento, em função da


integração crescente dos três fatores conteudísticos básicos. Esses três domínios são os três fatores
metodológicos de integração.

A figura 3.1 simboliza a área de gerenciamento, com atuação direta sobre cada um dos fluxos
isoladamente. É o domínio da fiscalização. Tradicionalmente em nosso meio essa função é
designada por controle do projeto, supervisão de obras e inspeção de qualidade, respectivamente
para cada fator integrado.

A figura 3.2 representa o segundo nível de complexidade: o domínio do gerenciamento que abrange
as interfaces dos campos dos fatores básicos dois a dois. Este fator é denominado coordenações.

As interfaces resultantes da integração dos três fluxos não são neutras, mas vivas, e mantêm um
intercâmbio entre os dois respectivos campos que demandam uma coordenação muito atuante para o
desenvolvimento harmonioso do empreendimento.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Na figura 3.2 estas interfaces são indicadas pelos símbolos:

- OP: interface projeto versus obras;

- EP: interface equipamento versus projeto;

- OE: interface obra (montagem) versus equipamento.

A interface projeto versus obra requer a coordenação do intercâmbio seguinte: num sentido, o
fornecimento das informações de projeto (desenhos e especificações), nas prioridades e ritmo
consentâneos com o desenvolvimento da obra; de outro lado, o feedback de informações de terreno,
de métodos construtivos e de todos os fatos novos revelados pelo avanço das obras, relevantes para
o desenvolvimento do projeto.

A interface equipamento versus projeto demanda uma coordenação crucial: de um lado o projeto
básico define os parâmetros de processo, com os quais se faz a aquisição dos equipamentos, e
reflexivamente as características geométricas e os esforços solicitantes desenvolvidos pelos
equipamentos condicionam o desenvolvimento do projeto executivo.

A interface obra versus equipamento por sua vez também requer uma coordenação típica: de um
lado, a empreiteira de montagens (a interface com a obra civil é mais pacífica) desenvolvendo os
trabalhos dentro de prioridades definidas pela programação geral e das exigências contratuais; de
outro lado, o fabricante fazendo a supervisão técnica consentânea com a responsabilidade pelo
desempenho dos equipamentos. Há também o fluxo de materiais (aqui genericamente englobados na
designação "equipamentos") que se origina no domínio E, os quais são necessários principalmente às
instalações e sistema de unidade (domínio 0).

Ao último nível da escala crescente de complexidade, o domínio do gerenciamento que cobre a área
comum aos três fatores conteudísticos básicos está representado na figura 3.3. Corresponde
ao planejamento e programação geral assim como o acompanhamento como feedback para
reprogramação.

O fator "informações", no diagrama proposto, pode ser representado pelas linhas (arcos) que definem
as fronteiras dos outros três fatores metodológicos. Esta representação ilustra o aspecto apontado
segundo o qual todos os demais fatores metodológicos em última análise se resolvem no fator
informações. Significa que os caminhos preferenciais de troca de informações, conforme a figura 4,
são entre:

a) a entidade geradora de um fator conteudístico (integrando) e o sistema gerencial;

b) a coordenação da interface com a supervisão de cada fator conteudístico;

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c) entre o planejamento e a coordenação de interface.

Não se devem entretanto confundir os fluxos fundamentais de informações requeridas para o


gerenciamento com as linhas de fluxo de comando ou de decisão, embora uma abordagem daquelas
funções por via dos fluxos fundamentais de informações seja cogitável.

Dentre os fatores metodológicos, "a informação" é de todos o mais crucial pelas razões seguintes:

a) a sua abordagem formal não faz parte da tradição técnica, porque é uma conquista recente para a
engenharia;

b) quando desvirtuada a sua finalidade, converte-se nvm dos instrumentos preferenciais para a
proliferação da burocracia (quando a informação se converte em sua própria finalidade);

c) a informação "inunda" todos os demais fatores - conteudísticos e metodológicos. Da mesma


maneira que o fator "recursos financeiros" permeia os demais fatores conteudísticos, a informação é a
"moeda corrente" dos demais fatores metodológicos.

Dessa forma fica representado com clareza o lugar lógico que cabe ao planejamento, dentro de uma
concepção de gerenciamento integrado, no cerne do próprio gerenciamento.

Isso permitiria reordenar os fatores de integração, que constituem o gerenciamento, de acordo com a
seguinte seqüência:

- informática;

- fiscalização;

- coordenação;

- planejamento.

Assim dispostos, esses fatores estão ordenados na razão crescente do seu poder de integração. O
planejamento, como adiante será discutido, é o fator por excelência de integração dos fluxos
conteudísticos. Ele concebe o empreendimento como totalidade na sua fase estratégica, analisa-o
nos seus integrantes no momento lógico do planejamento básico e reconstitui a síntese no momento
do planejamento executivo e dos controles. É, por assim dizer, o alfa e o ômega da função
gerenciamento.

O diagrama de Venn-Euler permite alguns passos adiante na ilustração da função do gerenciamento,


principalmente nos dois aspectos seguintes: complexidade do empreendimento e ênfase na
incidência de cada um dos fatores conteudísticos.

É intuitiva a distinção entre empreendimentos simples e complexos e é evidente também o fato de


que a incidência do gerenciamento é tanto mais forte quanto mais complexo é o empreendimento.

A maior ou menor complexidade do empreendimento pode ser ilustrada pela maior ou menor
interseção dos círculos representativos de cada um dos fatores, conforme a figura 5.

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À medida que aumenta a área de interseção entre os dois círculos, a interdependência entre dois
fatores cresce, a interface torna-se mais delicada, a coordenação requerida mais sofisticada; o
empreendimento se torna mais complexo e o corolário é evidente: à medida que aumentam as
interfaces entre fatores, cresce também a área comum representativa do planejamento. Portanto, a
importância do planejamento em um empreendimento cresce na razão direta da sua complexidade.

Subsidiariamente, a figura permite ilustrar um outro aspecto relevante: os fatores de integração, que
exprimem as funções básicas do gerenciamento, se configuram de maneira orgânica; isto é,
observam um forte grau de interdependência. É fácil verificar pelas figuras que um crescimento na
exigência de coordenações implica necessariamente um aumento de atuação do planejamento. Um
profundo imbricamento de fatores conteudísticos, no empreendimento extremamente complexo,
dramatiza a importância de planejamento, tornando as fiscalizações e, paradoxalmente, as
coordenações de importância secundária para o gerenciamento.

A incidência de cada fator conteudístico pode ser ilustrada no diagrama de Venn-Euler pela variação
do raio do círculo que representa cada um dos fatores básicos.

A ênfase de cada fator conteudístico pode ser estabelecida pela importância quantitativa (ou pelo
custo) do respectivo fator. Outra maneira, mais adequada, de se estabelecer a importância relativa de
cada fator conteudístico (operando) é pela exigência gerencial que introduz, ou seja, pela importância
do fator metodológico que exige. A exigência gerencial será então uma decorrência, não apenas das
quantidades do fator conteudístico a ser gerado, mas do grau de sofisticação com que a sua geração

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

integrada deve ser gerenciada. É evidente que a produção da mesma quantidade de concreto-massa
para uma barragem de gravidade requer um empenho gerencial muito menor que a produção da
mesma quantidade de concreto para o edifício de um reator atômico.

A figura 6 ilustra um empreendimento no qual a importância dos fatores conteudísticos é bem


diferente de um para outro e a complexidade (grau de imbricamento dos fatores) é média.

Se considerarmos o fator maior como sendo as obras e o menor os equipamentos, teremos o caso
típico de uma barragem de captação ou de regularização.

A supervisão é obviamente maior nas obras (controle de qualidade e os controles quantitativos) e a


interface mais sensível é entre projetos e obras.

Inversamente, se quiséssemos representar, em diagrama, uma ferrovia, partiríamos dos princípios


seguintes:

a) preponderância das obras sobre o projeto e os equipamentos;

b) interface equipamentos (via permanente e sinalização) com as obras, extremamente simples;

c) interface projeto versus obra e projeto versus equipamentos, a primeira de média e a segunda de
fraca complexidade.

A representação gráfica, conforme a figura 7, demandaria um círculo (obras) de raio bem superior aos
dois outros. As interseções entre os círculos do projeto e dos equipamentos assim como das obras
com os equipamentos seriam mínimas.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

O exemplo retratado na figura 8 ilustra o caso de um empreendimento visando o desenvolvimento de


uma nova tecnologia. Nestes casos, geralmente, o fator projetos é preponderante em relação aos
equipamentos e este fator, preponderante em relação às obras.

Por essa razão, os círculos representativos dos três fatores decrescem nessa ordem. Recai
tipicamente dentro deste caso a implantação da primeira unidade industrial de produção de álcool a
partir da madeira, com transferência parcial de tecnologia do exterior.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

O mesmo aconteceu com a implantação da primeira unidade industrial de agregado leve obtido pela "
sinterização" do lodo digerido, após o tratamento secundário dos esgotos urbanos de São Paulo.

Em ambos os casos, equipamentos tiveram que ser desenvolvidos e a interdependência projeto-


equipamentos foi de razoável complexidade, daí o imbricamento maior entre os círculos
representativos desses dois fatores.

A mesma figura prestar-se-ia para ilustrar um critério diverso em que a incidência relativa
representasse a participação de cada fator na formação do investimento total. Mas essa ilustração
tem menos interesse do ponto de vista da representação da relevância do gerenciamento e de cada
um dos seus fatores integrandos.

Uma última digressão, teórica, sobre o tema da informática.

A informatização do gerenciamento encontrou, sem dúvida, o seu verdadeiro caminho com o advento
dos microcomputadores.

É uma característica marcante do modelo gerencial preconizado nesta monografia o seu caráter
descentralizado em relação à empresa gerenciadora contratada. E os equipamentos de grande porte,
que até recentemente constituíam o hard disponível, obrigavam à centralização, devido a razões
técnicas, econômicas e operacionais. Era inevitável, portanto, ou a utilização restrita do
processamento ou a centralização do gerenciamento em torno de um pólo alheio a todos os
empreendimentos. Ambas as opções têm inconvenientes, mas seguramente o da centralização da
empresa de gerenciamento é o mais grave para cada empreendimento.

Os grandes equipamentos com a mobilização de quadros de pessoal técnico especializado, por sua
vez, traziam no bojo a burocratização, uma de cujas feições marcantes consiste em gerar
informações exclusivamente para arquivo. Ora, além de um custo inútil, gerar informações ociosas
afeta a eficiência do gerenciamento.

É um lugar-comum afirmar-se que o excesso de informações é pelo menos tão pernicioso quanto o
seu déficit.

Por outro lado, a geração de pesados arquivos de informações mortas afeta a virilidade do
gerenciamento.

A tendência consistirá sempre em ir primeiro buscar no arquivo as soluços para, em seguida,


encontrar o problema. O gerenciamento vivo procura extrair das necessidades brutas, em primeiro
lugar, a formulação do problema; a solução geralmente decorrerá com naturalidade e não consta, em
regra, do arquivo. O arquivo de informações é evidentemente indispensável porque a sua função é a
de regulador (buffer) entre as informações, que têm um ritmo para serem geradas, e as mensagens
de decisão e comando com seus respectivos feedbacks,que têm um ritmo de demanda diverso
daquele.

Nesse contexto, entende-se como mensagem toda informação polarizada por uma finalidade. A
excelência, pois, do gerenciamento mede-se pela capacidade que ele demonstra em converter meras
informações conteudísticas em mensagens de decisão, ou comando e respectivos
controles (feedback de ambas).

A Concepção Organizacional

O modelo organizacional fundamenta-se na distribuição das funções gerenciais em duas categorias


básicas, segundo a sua natureza: funções decisórias e funções executivas. A distinção entre esses
dois conceitos é intuitiva.

Essas funções permeiam todas as atividades gerenciais e a escolha dessa distinção como princípio
formador da estrutura organizacional prende-se a uma necessidade típica do nosso contexto técnico
e cultural.

Em princípio, as funções decisórias são exercidas pela própria entidade patrocinadora da implantação
do empreendimento (proprietária), enquanto as funções executivas podem ser delegadas, na
totalidade ou em parte, a uma entidade externa especializada no gerenciamento.

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Essa alocação de atribuições permite à empresa patrocinadora, sem renunciar à prerrogativa e à


responsabilidade de conduzir o empreendimento, sem arriscar-se a perder ou distorcer a própria
identidade no empreendimento, desfrutar de algumas vantagens realmenr te significativas:

a) evitar as mobilizações próprias de pessoal para atividades transitorias e, às vezes, muito diversas
de atividade-fim;

b) reduzindo as mobilizações próprias, conter a expansão dos encargos administrativos, sociais,


fringe benefitsesobretudo as ociosidades nas fases de "vale" no diagrama das implantações novas e
expansões. Para a mesma equipe de direção da empresa, a redução dos quadros dos subordinados
significará maior eficiência administrativa no conjunto;

c) criar um mecanismo fértil de gerência pela colocação em confronto de duas forças que se
estimulam reciprocamente: o órgão decisorio que cobra desempenho do executivo e inversamente
este quecobra decisões daquele;

d) no engajamento de uma entidade externa, presume-se que esses quadros especializados de


implantação - que seriam provisórios na entidade promotora - sejam permanentes na entidade
contratada e, portanto, experientes, vocacionados e testados para o trabalho em equipe,
características que devem conduzir a um rendimento mais elevado;

e) reduzir o conflito entre as políticas relativas a pessoal de operação e pessoal de implantação,


quando a empresa que promove o empreendimento novo acha-se também em operação na sua
atividade-fim;

f) finalmente, está estruturação permite dissociar a função decidir, eminentemente ideológica, da


função comandar, predominantemente fisiológica. Decidiré comandar pelo mesmo canal conduz a
constantes e indesejáveis contaminações da decisão pelos constrangimentos de comandos.

A combinação das vantagens enumeradas deveria necessariamente conduzir a um custo próprio do


gerenciamento também mais econômico. Não é inoportuno, porém, assinalar que não deve ser
apenas o custo próprio do gerenciamento que deve ser vigiado, mas principalmente o resultado
global. Não teria sentido um gerenciamento de pequeno custo próprio que conduzisse a um
investimento inflado em relação ao ideal. Mas é evidente que a competência em conter os custos
próprios do gerenciamento será um bom indicador quanto à competência em administrar os custos do
empreendimento como um todo.

Fundada na dicotomia do decidir versus executar, a estrutura organizacional concebida para o


modelo de gerenciamento contratado pressupõe a existência de dois órgãos em confronto: um
próprio - dimensionado para tomar todas as decisões de implantação e apto a assegurar a
transmissão da identidade da empresa ao empreendimento - e outro, contratado, apto a realizar todas
as tarefas executivas da implantação e capacitado a canalizar para o empreendimento as melhores
técnicas de gerenciamento.

É o conjunto desses dois órgãos, um próprio e outro contratado, em interação, que constitui o sistema
gerencial preconizado, que deverá levar a uma minimização dos custos globais do empreendimento.

Na figura 9 é apresentado o organograma do sistema gerencial adotado pela Sabesp para a


implantação das estações de tratamento do Sistema Sanegran em São Paulo. A figura permite
visualizar as características mais interessantes do modelo e é apresentada por traduzir um caso
concreto de gerenciamento integrado, com a máxima delegação das atividades executivas.

É evidente que a repartição dos contigentes entre pessoal próprio e pessoal da empresa contratada
dependerá em primeiro lugar do grau de integração do modelo gerencial. Se todas as atividades
gerenciais, na sua função executiva, no domínio de todos os fatores conteudísticos (projetos, obras,
suprimentos) forem delegadas, teremos o nível máximo de integração do gerenciamento e,
conseqüentemente, a mobilização mínima de pessoal próprio. Inversamente, o pessoal próprio
crescerá na razão direta dos fatores gerenciais que forem retidos em cada domínio conteudístico.

O modelo tem a flexibilidade suficiente para se acomodar a situações concretas em que a empresa
patrocinadora já disponha de alguns quadros gerenciais - embora não todos - e, por qualquer razão,
não cogite desmobilizá-los.

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Um segundo fator importante para a determinação da repartição dos contingentes entre pessoal
próprio e pessoal contratado reside na capacidade de simplificar as funções decisórias. Os atos
gerenciais decisórios são suscetíveis de distribuição em duas categorias fundamentais: decisões
rotineiras e decisões inéditas.

Os atos decisórios rotineiros podem ser governados por uma norma apriorística e com isso
convertidos em atos executivos, passíveis de serem delegados e controlados por amostragem. Desta
forma, o órgão decisório (órgão próprio) atuará por execeção (casos inéditos) e amostra (casos de
rotina). Em outras palavras, a decisão a respeito dos fatos inéditos será necessariamente sua,
sempre. E a decisão a respeito dos fatos rotineiros será delegada por norma e reverterá a si
episodicamente, quando um fato novo, externo ao domínio da rotina, intervier ou aleatoriamente, para
amostragem da aderência do desempenho concreto à norma estabelecida.

É interessante observar as principais características macroscópicas do modelo organizacional:

a) a função de interface que o sistema gerencial desempenha entre a empresa patrocinadora e o


universo supridor dos fatores conteudísticos;

b) a contribuição genética ao sistema gerencial que cada uma das partes deve fazer: o órgão próprio
fazendo a ligação com os órgãos permanentes da empresa, transmite a identidade do
empreendimento e o órgão contratado (gerenciadora) transmitindo o know-how específico de
implantação (quando a entidade patrocinadora detém apenas know-how de operação do
empreendimento implantado);

c) a conciliação a nível da estrutura interna do sistema organizacional entre as necessidades das


funções gerenciais (planejar, coordenar, fiscalizar) e a "maneira" de gerar fatores conteudísticos
(projetos, obras e suprimentos) de acordo com o modo pelo qual está organizado o universo
ambiente;

d) a discriminação da função comandar, representada pelas ligações hierárquicas (em linha cheia na
figura), da função decidir, representada pelas ligações funcionais (em linha interrompida na figura).

As Etapas Lógicas E Cronológicas Do Planejamento Físico

Os diagramas de Venn-Euler dão uma visão da importância do planejamento como fator


metodológico de maior força e eficácia de integração dos fatores conteudísticos na implantação de
um empreendimento.

Esses diagramas permitem também visualizar de maneira bem didática a ênfase do planejamento em
relação à complexidade do empreendimento e em relação à importância relativa de cada um dos
fatores integrandos.

Mas é uma visão estática. O planejamento, entretanto, é um fator dinâmico que, segundo a etapa em
que se encontra a implantação do empreendimento, assume características muito especiais.

O fluxograma, embora auto-explicativo, comporta alguns comentários:

1. Um ponto pode parecer paradoxal: o condicionamento do projeto básico pelo plano gerencial. O
plano gerencial - enquanto consolidação, de caráter sistêmico, das estratégias fundamentais de
implantação - pode afetar o desenho básico do projeto, no interesse da otimização conjunta dos
parâmetros que governam a implantação. Em outros termos, o como fazer está em inter-relação com
o que fazer, na etapa e tão-somente na etapa do projeto básico e do plano gerencial. É um fato
notório o paradoxo observado de que o projeto (enquanto desenho) não deve sofrer alterações
básicas após a demarragem e, no entanto, modificações básicas de fato ocorrem.

A razão em si é muito simples: é que o projeto (desenho) não é uma finalidade em si, mas sim o
empreendimento funcionando bem. Funcionar bem significa funcionar em condições de otimização
conjunta de diversos parâmetros restritivos, como custo, qualidade, prazo, segurança, etc.

A inter-relação plano gerencial versus projeto básico é a tentativa consciente de disciplinar e criar o
momento correto para as acomodações de projeto necessárias à otimização conjunta daqueles

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parâmetros e de reconhecer a igual dignidade de atuação do que e como fazer para o interesse final
do empreendimento.

2. A ligação orientada partindo no meio do bloco de uma tarefa significa que a tarefa subseqüente
será iniciada antes da conclusão do pojeto do processo. Da mesma forma, o planejamento básico é
iniciado bem antes da conclusão do projeto básico.

3. Duas tarefas articuladas entre si com uma dupla ligação em sentidos opostos significam
realimentação interna e reprogramação ou revisão de projeto executivo.

É o caso das repercussões do avanço da obra na reprogramação e na revisão do projeto executivo.

As etapas do planejamento são fundamentalmente três: planejamento estratégico, planejamento


básico e planejamento executivo.

O Planejamento Estratégico

Nesta fase privilegiam-se as grandes decisões envolvendo a estratégia de condução do


empreendimento, as regras básicas de contratação e a montagem da estrutura gerencial.

Cada empreendimento possui características e grandezas próprias que configuram uma


personalidade, uma identidade. A busca do conhecimento desta identidade e de sua árvore
genealógica permite formular um adequado plano gerencial, que será base sólida para a implantação
do empreendimento. Aqui são gerados os instrumentos de gerenciamento de forma sistêmica, pois
são todos independentes, derivando parcialmente um do outro: são, ao mesmo tempo, parte causa e
parte efeito um do outro. Assim, fica claro o caráter de organismo vivo em contrapartida ao de
mecanismo dedutivo e frio.

Esta é, portanto, a fase mais criativa do empreendimento, aquela que modela a personalidade do
adolescente, amadurecendo o seu crescimento e formando o seu caráter adulto.

Os instrumentos básicos do gerenciamento são:

- o plano gerencial;

- o projeto básico consolidado;

- o planejamento básico;

- o orçamento básico de referência;

- o plano diretor do canteiro e do acampamento;

- o orçamento do gerenciamento.

A figura 11 apresenta o enfoque sistêmico e as relações de interdependência entre os vários


instrumentos de gerenciamento.

A metodologia de geração destes instrumentos deve, portanto, considerar que:

- eles devem ser concebidos em conjunto como um organismo vivo, para serem congruentes entre si,
sem redundâncias e sem lacunas;

- eles devem ser aperfeiçoados por aproximações sucessivas, como abordagem conjunta, pois o
procedimento converge rapidamente, evitando o perfeccionismo;

- eles são contingentes, isto é, imperfeitos, sempre suscetíveis de melhoria, mas a perfeição é um
horizonte, não um limiar de partida;

- a abordagem deve ser "personalizada", isto é, desenvolver os instrumentos para o objeto visado e a
partir dele. Jamais fazer caber o objeto - sempre inédito no leito de Procusto dos nossos
conhecimentos, ainda que vastos;

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

- a atitude ao conceber os instrumentos deve ser de total docilidade ao objeto e extrair das exigências
interiores do mesmo as diretrizes, muito mais que da vaidade da própria ciência acadêmica do
técnico;

- a sensibilidade do técnico em gerenciamento é fundamental pois ele deverá criar, fazer escolhas
inspiradas em cada rodada de aprimoramento dos instrumenO planejamento básico estabelece a
maneira como tos. Não basta, portanto, o preparo teórico acrescido o empreendimento deverá ser
conduzido, realizando, do tirocínio; é indispensável a bossa, o dom das visões portanto, a
harmonização entre as exigências da lógica globais, unificadoras.

O resultado concreto desta fase é a formulação, portanto, do plano gerencial contendo os


instrumentos básicos do gerenciamento.

O Planejamento Básico

Este instrumento de gerenciamento engloba as estratégias e metas a nível macroscópico, formulados


com vistas à consecução do objetivo global. É, portanto, apriorístico e de caráter construtivista, isto é,
indutivo e sintético.

O planejamento básico é de caráter ascendente, isto é, parte das finalidades do empreendimento


para alcançar a formulação típica do gerenciador e promotor do empreendimento visando otimizar os
parâmetros de prazo, custo, qualidade e segurança.

Nesta fase, definem-se ainda a sistemática de acompanhamento e os parâmetros para controle.

O planejamento básico estabelece a maneira como o empreendimento deverá ser conduzido,


realizando, portanto, a harmonização entre as exigências da lógica interna do empreendimento com
os condicionamentos externos de universo-ambiente supridor de todos os insumos.

Ele deverá caracterizar macroscopicamente todos os quinhões de contratações previstos, suas


prioridades e interdependências.

Fundamentalmente, portanto, ele se constitui de um desmembramento do projeto em seus quinhões


lógicos (WBS - work breakdown structure) e de sua articulação num grafo onde figuram as
implicações recíprocas. O grafo é cotado na escala do tempo, permitindo-se extrair dele os marcos
intermediários que tornem possível situar as contratações de cada quinhão, harmonizar as
interdependências e balizar o progresso do empreendimento, a fim de garantir a possibilidade de
correções de curso.

O planejamento básico incluirá também:

a) a modalidade de contatação de cada quinhão integrante;

b) a caracterização das ferramentas de apoio, como canteiros comuns a vários quinhões,


acampamentos, suprimentos etc;

c) fornecerá também as metas para o planejamento executivo de cada lote, assim como a sistemática
uniforme segundo a qual cada contratado deverá desenvolver seu próprio planejamento executivo, a
fim de facultar o acompanhamento por parte da gerência.

O planejamento básico é de caráter macroscópico; é, portanto, constituído de um número reduzido de


atividades que facultem sempre a sua percepção como um todo orgânico. Como o esqueleto da
metodologia da implantação, o planejamento básico deve ter uma estabilidade forte, somente
devendo ser remanejado no caso extremo de um defasamento dramático com a realidade do avanço
ou na hipótese de mudanças significativas do objeto.

O Planejamento Executivo

O planejamento executivo engloba o elenco de medidas básicas necessárias para a implementação


das estratégias gerais e para alcançar as metas. Ele é de caráter microscópico, analítico e dedutivo.

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O planejamento executivo é, ainda, de caráter descendente, isto é, parte das metas estabelecidas no
básico para deduzir as necessidades logísticas do empreendimento, isto é, a mobilização dos
recursos. É, portanto, atribuição típica de fornecedores e prestadores de serviços.

Nesta fase é exercido o controle, isto é, o dimensionamento dos desvios para a adoção de medidas
corretivas a fim de atingir os objetivos fixados.

O controle é, portanto, estendido aos domínios físico e financeiro encarados simultaneamente; a


aferição do curso de ação é fundamental, pois se os desvios forem acima das possibilidades de
correção, implicam a revisão do planejamento básico e quiçá do estratégico.

Os Controles

Duas etapas adicionais de controles podem ser aduzidas ao planejamento: controle executivo e
controle final do desempenho.

Correspondem ao feedback do planejamento. O controle executivo é o feedback do replanejamento,


traduzindo o aprendizado feito no curso da própria implantação e incorporado no próprio
empreendimento. O controle final de desempenho representa uma consolidação do aprendizado feito
após a conclusão do empreendimento e realimentará o planejamento de outros empreendimentos a
serem promovidos pela mesma entidade ou gerenciados pela mesma organização de gerenciamento.
Este último constitui o verdadeiro aprendizado, onde mutações técnicas a nível metodológico são
suscetíveis de serem explicitadas e assimiladas. Essa etapa, como um balanço final de desempenho,
é freqüentemente relegada a uma importância insignificante a nível de empresa - ficando esse
aprendizado mais a nível pessoal - ou totalmente desconsiderada. Assim, paradoxalmente, aprende-
se muito pouco de um empreendimento para outro, mesmo quando análogo. Ou, o que é também
deplorável, os mesmos métodos são repetidos sem espírito crítico, perpetuando receitas e operações
meramente servis.

A consolidação do desempenho gerencial na implantação de um empreendimento mereceria ser


objeto de uma dinâmica conjunta de cunho crítico entre as forças gerenciais - próprias e contratadas -
com o objetivo de extrair o máximo aprendizado dos acertos e dos erros cometidos.

O Planejamento Financeiro

Conceituação Do Planejamento Financeiro

É conveniente fazer-se, inicialmente, a introdução de alguns conceitos de cunho interdisciplinar:

- custos estimados;

- custos compromissados;

- custos realizados;

- desembolsos.

Os custos estimados são informações de valores geradas, optativamente, a partir de:

- indicadores de arquivo;

- coletas de preços;

- composições, agregando preços de insumos básicos.

O que caracteriza os custos estimados é o fato de não terem nenhuma garantia formal de sua
realização nos valores em que estão expressos. São valores projetados, fundamentados na
experiência setorial e no conhecimento do mercado.

Os custos compromissados são informações de valores geradas por um instrumento formal de


contratação. Têm como característica a garantia de sua realização nos valores em que estão
expressos, dentro das restrições contratuais e da confiabilidade do fornecedor.

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Os custos realizados (custos reais) são informações de valores geradas por um instrumento formal de
pagamento. Caracterizam-se pelo fato de serem informações retrospectivas, contrariamente aos
anteriores, que são informações projetivas, e pela sua consolidação, a menos das reivindicações
retroatuantes, decorrentes de lacunas contratuais ou de decisões que excedem os termos pactuados
em contrato.

Os três conceitos anteriores são técnico-econômicos. São informações estáticas.

O desembolso é uma informação de eventos. É um conceito técnico-financeiro. É também um


operador que converte custos projetados em custos realizados. Desembolso é uma noção associada
ao tempo e é, portanto, um elemento típico de programação.

A partir das diferentes noções de custos é possível estabelecer três orçamentos básicos de naturezas
diferentes e que são: o orçamento de custos estimados, o orçamento de custos compromissados e,
finalmente, o orçamento dos custos realizados.

O orçamento é uma informação gerada pela associação de uma planilha de quantidades físicas a um
elenco correspondente de custos, acrescida de uma provisão para as contingências correspondentes
ao grau de conhecimento daquelas duas categorias de parâmetros.

Esses dois parâmetros - quantidades e custos - assumem valores diferentes segundo o avanço da
implantação. De acordo com o estágio em que se encontra o desenvolvimento do projeto, resultará
uma planilha correspondente de quantidades:

- no projeto do processo: grandezas de projeto e quantidades desconhecidas;

- no projeto básico: grandezas de projeto conhecidas e quantidades desconhecidas;

- no projeto executivo: grandezas e quantidades conhecidas;

- no as built: grandezas e quantidades realizadas.

Associando-se os diferentes níveis de conhecimento das duas categorias de parâmetros: quantidades


de grandezas e custos, será possível organizar o quadro 1, que estabelece os diferentes níveis de
contingenciamento para os orçamentos construídos a partir de cada combinação daqueles
parâmetros.

São, obviamente, reservas feitas para cobrir o grau de desconhecimento dos usos dos recursos.

As fontes de recursos, por sua vez, acham-se também sujeitas a distorções aleatórias, como a erosão
inflacionária, as flutuações cambiais, etc.

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O quadro 2 apresenta os mesmos contingenciamentos relativos aos usos que o quadro 1, porém de
uma forma mais didática para a introdução dos diversos orçamentos associados às etapas
fundamentais do planejamento financeiro.

As etapas de planejamento financeiro são esquematicamente quatro, cada uma das quais dando
origem ao respectivo orçamento:

- orçamento de referência;

- orçamento básico;

- orçamento executivo;

- orçamento apropriado.

Essas etapas são intimamente relacionadas com as correspondentes etapas do projeto e do


planejamento físico.

Para efeito das necessidades de planejamento financeiro, torna-se elucidativo examinar o quadro 3,
que relaciona os estágios fundamentais do planejamento com os graus de conhecimento dos custos.
O quadro é auto-explicativo, mostrando, para um determinado flash no tempo, a estrutura dos
orçamentos relativos aos diferentes estágios do planejamento financeiro.

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Lembrando-se que o orçamento básico é um instrumento de planejamento (e portanto de


gerenciamento) associado ao empreendimento como um todo e que o orçamento executivo é um
instrumento de planejamento associado a um quinhão ou pacote (do WBS ) do empreendimento,
pode-se dizer que, alternativamente:

A primeira fórmula significa que o orçamento básico, segundo o estágio em que se encontrar o
planejamento do empreendimento, é constituído por algumas rubricas do básico (ΔOB) e pelo
somatório dos orçamentos executivos de / pacotes, acrescidos da reserva de contingência Δi.

A segunda fórmula, relativa a um estágio do planejamento no qual já se desenvolveram orçamentos


exe cutivos para todos os quinhões, significa simplesmen te que o orçamento básico nada mais é que
o somatório de todos(n), orçamentos executivos (Σ OE) acrescida da reserva de contingência Δ i. n i

Segundo o avanço do empreendimento, todavia, alguns pacotes encontrar-se-ão por contratar, outros
compromissados (já contratados), outros realizados e talvez alguns já consolidados (com termos de
encerramento, ou recebimento). Assim sendo, o perfil normal do orçamento básico de um
empreendimento desdobrado em diversos quinhões será uma agregação heterogênea de orçamentos
com informações a diferentes graus de conhecimento:

OB = Σ OEST + ΣOCOM + EOREAL + ΣOCONS + Δ

i 1 j 1 kl 1 l

onde: i + j + k + 1 = n

sendo n o número de quinhões do empreendimento e A a margem de contingenciamento.

A fixação das margens de contingenciamento em cada orçamento é, fundamentalmente, baseada na


sensibilidade e no tirocínio do gerente financeiro. Mas é evidente que, para o correto aproveitamento
das dádivas da sensibilidade, é importante ter em conta o grau de conhecimento dos parâmetros
mencionados que comporão o orçamento.

A fixação de margens estreitas para o grau de conhecimento do projeto induzirá à necessidade de


remanejamento do perfil das fontes de recursos ou à reformulação do objeto a implantar. O
estabelecimento de margens largas pode estimular custos ociosos, além de gerar custos adicionais
de reservas de recursos.

O Controle Do Planejamento Financeiro

Embora o modelo teórico de gerenciamento, exposto anteriormente e ilustrado com o auxílio dos
diagramas de Venn-Euler, traduza perfeitamente o que é o planejamento como o fator mais viril de
integração dos quatro fatores conteudísticos, de fato, a geração e integração com os demais, de cada
um dos fatores conteudísticos, apresenta nuances especiais quanto ao planejamento.

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Focalizados mais minuciosamente, o planejamento dos suprimentos apresenta peculiaridades


próprias, assim como o projeto. As implicações do planejamento das obras são mais óbvias. O fator
recursos financeiros, porém é o mais crucial, pela razão já apontada e pelo fato adicional e único de
abranger dois fluxos: as fontes e os usos, com condicionamentos diversos.

Por essa razão o planejamento financeiro receberá um tratamento especial.

Um primeiro nível, mais rudimentar de controle de custos, consiste na apropriação dos custos reais,
de forma que, uma vez concluído o empreendimento, fica-se sabendo exatamente quanto custou.
Costuma ser usado para demonstrar o quanto as estimativas estavam erradas. É um controle
absolutamente póstumo e, se bem feito, proporciona uma boa autópsia, identificando de que
enfermidade o paciente veio a falecer. Apesar do seu caráter absolutamente passivo, esse controle
retrospectivo pode significar um excelente instrumento para o aprimoramento de empreendimentos
ulteriores. A experiência mostra, entretanto, que a utilidade desses instrumentos passivos de controle,
quando empregados com exclusividade, é ilusória na maioria das vezes, pois os custos apropriados
têm apresentado uma forte tendência divergente.

Um segundo nível, mais sofisticado, consiste num controle já provido de algum dinamismo.

As estratégias formuladas para a implantação são levadas à perfeição máxima, simulando


aprioristicamente o maior número de fatores de perturbação suscetíveis de ocorrer. São, porém,
deflagradas como um mecanismo determinista, incapaz de autocorreção em curso. Quanto maior o
número de fatores de perturbação que as estratégias visam abranger, mais complexas se tornam e,
conseqüentemente, maior vai-se tornando a entropia interna desse mecanismo. É a respeito dessa
abordagem que se costuma dizer que enquanto os controles são levados ao infinito a eficiência do
sistema tende a zero.

Deflagrado o processo de implantação, o controle consiste no acompanhamento sistemático dos


custos compromissados, agregando-os aos custos a compromissar e confrontando o conjunto com a
estimativa básica, ou melhor, às fontes de recursos. É facultado assim à gerência uma confortável
antecipação do momento fatal do "estouro do orçamento", ou seja, da exaustão das fontes. À
gerência, o acompanhamento permite duas opções: apear do bonde em boa hora, ou - o que é
considerado revelador de maior talento - rever as estimativas de referência, justificando-as, e buscar
novas fontes, de formaque o custo real sempre satisfaça às estimativas.

Corresponde este caso perfeitamente ao Brasil de ontem, quando a capacidade de captação de


recursos era quase infinita.

O terceiro nível - que é aquele que desejamos expor - consiste num método totalmente dinâmico de
controle dos usos de recursos, atuando sobre eles durante o próprio processo de implantação e não
apenas a priori, de forma a manter metodicamente inalterada a programação das fontes que
condicionam a viabilidade inicial.

Este nível transcende os dois níveis anteriores, incluindo os aspectos úteis de ambos.

Uma analogia simples, extraída da física, ajuda a distinguir a diferença entre esses três níveis de
controles.

A analogia é feita entre a precisão em se alcançar, com um projétil, o alvo desejado e a precisão em
realizar a implantação de um empreendimento dentro das fronteiras de um valor programado na
época da sua demarragem.

Elementos da analogia:

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O primeiro nível de controle equivaleria a lançar o projétil, com um único disparo e, portanto, com
todas as estratégias acionadas irreversivelmente e registrar o afastamento observado em relação ao
alvo desejado. A reiteração dos tiros permite aprimorar as estratégias do tiro.

O segundo nível de controle consistiria em lançar o projétil, com todas as estratégias acionadas
irreversivelmente, mas com um acompanhamento da trajetória que permitisse prognosticar com
antecedência o lugar aproximado da queda, facultando algumas providências vitais, como por
exemplo: o evacuamento de uma comunidade ameaçada pelo desvio do alvo ou, até mesmo, o
acionamento de um agente interceptor que destruísse o projétil antes de atingir seu alvo errado. Esta
comparação faz lembrar o episódio do reingresso do Skylab à Terra.

Neste caso, a atuação sobre as fontes equivale a atuar, modificando, o alvo desejado.

O terceiro e último nível de controle equivaleria ao disparo de um míssil monitorizado em terra (ou a
bordo), de forma que as características da trajetória real (resultante da ação dos agentes de
perturbação sobre as estratégias iniciais) são aferidas em pontos discretos e corrigidas (introduzindo
novas estratégias), de forma que no final do percurso o míssil atinge exatamente o alvo programado.

Sinteticamente, são os seguintes os recursos que nos fornece cada um dos níveis do controle:

a) primeiro nível: após o fato ocorrido, podemos inventariar os resultados. Ficamos sabendo quanto
custa o empreendimento e temos uma referência para futuros empreendimentos análogos;

b) segundo nível: antes da consumação do fato, dispomos de informações suficientes não para
modificá-lo, mas para tomar medidas preventivas visando minimizar as conseqüências, se o
prognóstico diferir da programação inicial. Ficamos sabendo com antecipação as modificações das
fontes necessárias para realizar o empreendimento;

c) terceiro nível: dispomos de recursos para atuar sobre o processo em curso, modificando as
estratégias para compensar as perturbações registradas.

As Etapas Lógicas E Cronológicas Do Planejamento Financeiro

Como visto no item 4, o planejamento é essencialmente dinâmico, seja físico ou financeiro.

A figura 12 apresenta as etapas fundamentais do planejamento financeiro correlacionando-as com a


geração dos instrumentos de gerenciamento.

Num primeiro momento é elaborado, dentro da metodologia interativa, o planejamento financeiro de


referência decorrente do projeto do processo e condicionado pelo plano gerencial.

Este planejamento financeiro de referência contém basicamente o orçamento de referência, isto é, a


primeira avaliação de todos os usos ou aplicações monetárias que constituem o objeto do
empreendimento realizado através de parâmetros estimativos, cotações, correlações com
empreendimentos análogos, conhecimentos acumulados, etc; contém ainda a estrutura de capital do
empreendimento, isto é, a arquitetura de composição das fontes de recursos, próprias e de terceiros,
nacionais e externas

Neste primeiro momento é desenvolvido o mecanismo de controle a ser empregado para as


regulagens necessárias a serem efetuadas em função de ocorrência de eventuais desvios, sejam de
usos sejam de fontes.

O mecanismo de controle deve ser desenhado nesta etapa, pois analogamente ao míssil, que não
pode ser disparado sem possuir a bordo o mecanismo de pilotagem à distância - sob pena de não
poder ser monitorizado - assim também o planejamento financeiro de referência deverá incluir aquele
mecanismo de correção dos desvios de investimento em curso de implantação.

Numa segunda etapa desenvolve-se o planejamento financeiro básico; este recebe os inputs do
planejamento físico básico e mantém um constante diálogo entre o orçamento estimado e o
orçamento compromissado. Em cada evento emergente, seja uma contratação de serviços, seja uma
aquisição de equipamentos, há um desvio entre o valor estimado e o valor compromissado δ 1; a
agregação de todos os desvios deve ser, em caso positivo, suportada pelo nível de

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

contingenciamento existente, o que garante bom gerenciamento do empreendimento, permanecendo


o valor total dentro dos limites de fontes de recursos previstos. Na eventualidade do estouro
orçamentário, a projeção dos desembolsos ao longo do tempo, casada com a projeção dos ingressos
de recursos (fluxo de usos e fontes), permite detectar os instantes em que serão necessários novos
ingressos de recursos ou redução do objeto a ser construído.

Os novos recursos deverão ser contratados para estarem disponíveis na oportunidade requerida,
contratação esta nem sempre fácil ou rápida, demandando normalmente negociações longas e
detalhadas.

O mecanismo de controle desenvolvido na etapa anterior interage e regula o fluxo de entrada de


recursos para atender os compromissos assumidos.

É óbvio que os níveis de contingenciamento deverão decrescer do orçamento de referência para as


diversas etapas do orçamento básico, e dessas para o executivo. Adicionalmente pode-se dizer
também que o grau de contingenciamento dos orçamentos integrantes das diversas fases do
planejamento exprime na ordem inversa a qualidade e a sofisticação do gerenciamento.

No terceiro momento é gerado o planejamento financeiro executivo, onde são aferidos os desvios de
uma segunda natureza; o confronto entre os compromissos assumidos e os desembolsos
efetivamente realilzados permite dimensionar o montante de recursos diferenciais δ 2, em face do
comportamento da realidade, erosão inflacionária das fontes, alterações ocorridas nas frentes de
obra, assimilação de aprendizados novos e outros. Da mesma forma que δ 1, a solução de δ 2 está
diretamente ligada à capacidade gerencial de administrar os diferenciais; o instrumento básico aqui
detalhado é o fluxo de caixa, que permite quantificar em cada mês projetado o montante necessário.

O domínio sobre a soma de δ 1 com δ 2, exercido pelo mecanismo de controle, permite a


administração efetiva do fluxo de caixa, compensando os eventuais desvios dentro do
contingenciamento previsto. Os estouros eventuais acarretarão revisão do planejamento básico e,
quiçá, da estrutura de capital dimensionado no planejamento de referência.

É evidente que uma análise crítica final é fundamental para a empresa verificar seus erros e acertos e
servir de importante subsídio em empreendimentos subseqüentes. O relatório final do investimento
deve analisar as causas de δ 1 e δ 2 e as providências tomadas para suas correções, bem como o
custo gerado por tais providências. Ele também, se abordado criticamente, consolidará o aprendizado
feito no empreendimento, em termos de gerência financeira.

As Responsabilidades Da Gerenciadora

As responsabilidades da gerenciadora estão consubstanciadas nos objetivos de cumprimento do


prazo previsto para implantação do empreendimento, dentro do orçamento de referência, na
qualidade especificada pelo projeto executivo, acarretando uma performance produtiva tal qual
especificada pelo projeto básico e dentro de padrões preconizados de qualidade de vida.

Esta frase sucinta encerra múltiplas responsabilidades de terceiros que devem ser atendidas; e à
gerenciadora cabe administrar as interfaces, otimizando o conjunto, minimizando interferências, de
forma a garantir o sucesso final.

Como traduzir estas múltiplas responsabilidades no contrato de prestação de serviços da


gerenciadora, de forma a compromissá-k com tais objetivos?

São três os aspectos fundamentais a serem considerados:

a) o fluxo decisório;

b) a participação relativa;

c) os estímulos de remuneração.

O Fluxo Decisório

Como vimos anteriormente no esquema de gerenciamento construído, as funções inerentes ao

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proprietário do empreendimento congregam as funções decisórias, isto é, o conjunto de regras para o


processo de tomada de decisão envolvendo desde a concepção do processo, passando pela
definição dos pacotes de licitação, escolha das modalidades de contratação, escolha das prestadoras
de serviços e fornecedores de equipamentos e materiais até a entrada efetiva da operação.

Em contrapartida, cabe à gerenciadora o exercício das funções executivas desde o patrulhamento na


obediência às especificações técnicas até a efetiva qualidade dos serviços prestados e verificação
dos materiais especificados.

Esta dicotomia funcional define claramente as responsabilidades em função do poder decisório,


inerente ao proprietário como "senhor da história'' e comandante supremo das tropas de implantação,
e permite a criação de estímulos ou a punição aos executivos, agentes da implantação encarnados
pela gerenciadora.

A Participação Relativa

A gerenciadora exerce papel preponderante, mas participa de pequena parcela nos custos de
implantação de um empreendimento. Assim se, por exemplo, a participação relativa da gerenciadora
no total do empreendimento for de 3%, como avaliar os riscos dos 97% restantes para incorporá-lo
em seu preço?

A evolução histórica mostrou que em contratos turn-key, onde a main contractor assume os riscos de
implantação, o preço tem sido superior ao processo de desdobramento em quinhões lógicos
administrados em separado com harmonização de suas interfaces.

A definição da modalidade de contratação da gerenciadora é função do escopo dos serviços a serem


executados e do modelo gerencial a ser adotado. Qualquer contrato, no entanto, só deve ser
celebrado com uma gerenciadora merecedora de confiança, cuja capacidade operacional tenha sido
comprovada em empreendimentos outros e cujaperformance tenha demonstrado o atingimento dos
objetivos descritos.

Um planejamento físico-financeiro eficiente e eficaz sobre os 97% do conjunto dos usos pode
significar economias de escala que superam em muito o custo total do gerenciamento. Da mesma
forma, decisões inadequadas podem gerar adicionais de custo que, para igualar o lucro da
gerenciadora, basta alcançarem o equivalente a menos de 1% do empreendimento.

Os Estímulos De Remuneração

Além da confiança e competência, a configuração de estímulos contratuais que influam na


remuneração da gerenciadora tem sido eficaz instrumento para o sucesso do empreendimento.

Assim, uma cláusula de prêmio-multa refletida nos contratos cost-plus pode aumentar ou diminuir o
rendimento contratual, estimulando na gerenciadora o desejo de cumprir os objetivos. Na modalidade
de contratação cost plus fee o estímulo é de concluir a obra na data mais tarde do CPM. Já na forma
de cost plus fixed fee, o estímulo é de concluir a obra na data mais cedo do CPM.

Uma combinação de fee com prêmio às vezes é utilizada para estimular o término numa data-alvo.
Neste caso a gerenciadora somente fará jus a este prêmio se a data de conclusão inicialmente
prevista para o empreendimento for atingida. Qualquer atraso, decorrente de ação de qualquer
interveniente, mesmo que à gerenciadora não se possa imputar nenhuma responsabilidade, é motivo
para o não-pagamento do prêmio.

Segurança E Higiene Do Trabalho

Do ponto de vista da Administração de Recursos Humanos, a saúde e a segurança dos empregados


constituem uma das principais bases para a preservação da força de trabalho adequada.

De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho compõem duas atividades intimamente


relacionadas, no sentido de garantir condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter
certo nível de saúde dos empregados.

Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saúde, a saúde é um estado completo de

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bem-estar físico, mental e social e que não consiste somente na ausência de doença ou de
enfermidade.

A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da


integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do
cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

Segurança e higiene do trabalho são atividades interligadas que repercutem diretamente sobre a
continuidade da produção e sobre a moral dos empregados.

Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas,


empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas.

A atividade de Higiene do Trabalho no contexto da gestão de RH inclui uma série de normas e


procedimentos, visando essencialmente, à proteção da saúde física e mental do empregado,
procurando resguardá-lo dos riscos de saúde relacionados com o exercício de suas funções e com o
ambiente físico onde o trabalho é executado.

Hoje a Higiene do Trabalho é vista como uma ciência do reconhecimento, avaliação e controle dos
riscos à saúde, na empresa, visando à prevenção de doenças ocupacionais.

Uma empresa deve oferecer toda a segurança necessária para os seus funcionários, a fim de que
eles consigam exercer suas funções sem nenhum tipo de prejuízo à sua saúde. Pensando nisso, o
conceito dos fatores de higiene foi criado para assegurar a higiene e segurança do trabalho, que
visa oferecer um ambiente mais seguro para os trabalhadores em diversos aspectos.

Segurança do trabalho é um termo mais conhecido e que já deixa claro do que se trata. É
basicamente prevenir acidentes. Mas e quando se fala a respeito da higiene no trabalho? A
interpretação inicial costuma ser em relação à higiene pessoal dos funcionários, como lavar bem as
mãos, manter o local de trabalho limpo, etc. Entretanto, neste contexto o significado de higiene é um
pouco diferente. Acompanhe o artigo e saiba mais sobre o tema.

Diferenças Entre Higiene E Segurança Do Trabalho

Embora sejam conceitos tratados como sinônimos e tenham um mesmo objetivo, que é oferecer um
ambiente de trabalho seguro, Higiene e Segurança do Trabalho têm definições diferentes e cada um
tem sua função. Veja quais são as diferenças entre os dois termos.

O Que É Higiene Ocupacional?

A palavra higiene é derivada do nome da deusa grega da saúde conhecida como Hygeia. Ela era filha
de Asklepios e irmã de Panacea. Enquanto seu pai e sua irmã eram ligados ao tratamento de
doenças existentes, Hygeia se preocupava com a preservação da boa saúde e a prevenção de
doenças. Daí vem o significado utilizado na expressão higiene ocupacional, que é um pouco diferente
do conceito que utilizamos no dia a dia.

Higiene Ocupacional é a ciência que tem como principal função antecipar, reconhecer, avaliar e
controlar os perigos para a saúde no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger a higidez e o
bem-estar dos trabalhadores e da comunidade em geral.

Atua na identificação de agentes perigosos, sejam eles químicos; físicos ou biológicos, no local de
trabalho e que possam causar doenças ou desconforto. O profissional responsável pela higiene
ocupacional da empresa irá avaliar a extensão do risco devido à exposição a esses agentes
perigosos e realizará o controle desses riscos para prevenir doenças a longo ou curto prazo.

A higiene ocupacional: visa cuidar do trabalhador em três aspectos:

Saúde Física: Cuidados para que os movimentos realizados durante o trabalho não causem lesões
ao funcionário.

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Saúde Mental: Preocupa-se com o bem-estar mental do colaborador, a fim de que ele não seja
exposto a situações altamente estressantes ou constrangedoras que possam prejudicá-lo.

Saúde Social: Tem como objetivo promover uma boa relação entre todos os funcionários, para que
eles convivam de forma pacífica e harmoniosa.

O Que É Segurança Do Trabalho?

Entenda por Segurança do Trabalho o grupo de procedimentos que uma empresa deve adotar a fim
de prevenir acidentes. As medidas a serem tomadas são: reconhecer, avaliar e controlar todos os
tipos de riscos, dos mais simples, como colocar placas para informar que o chão está liso, aos mais
graves, como oferecer equipamentos de proteção para os funcionários que terão contato com
máquinas e objetos perigosos.

O ambiente deve ser avaliado de maneira minuciosa e cada risco deve ter suas possíveis
consequências estudadas para que se encontrem metodologias eficientes para preservar a saúde
dos trabalhadores.

A Importância Da Higiene E Segurança No Trabalho

A preocupação com a saúde e o bem-estar dos trabalhadores surgiu por volta da década de 50.
Antes disso, a produtividade era sempre colocada em primeiro lugar e a saúde dos funcionários
ficava em segundo plano.

Com o passar do tempo, foi-se percebendo que, além de desumano, não oferecer boas condições de
trabalho afetava a saúde e, consequentemente, a produtividade do trabalhador. Uma pessoa com
problemas de saúde, em algum momento terá que se ausentar da empresa para se tratar. Da mesma
forma que um funcionário saudável consegue trabalhar com muito mais eficiência.

Atualmente, a higiene e segurança no trabalho são vistas com muito mais seriedade pelas empresas.
Inclusive existe uma lei no Brasil que obriga as organizações com mais de 20 funcionários a terem
uma CIPA, Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Ela tem como função tudo o que citamos
no decorrer do artigo, que é oferecer um ambiente seguro e sem riscos de acidentes e doenças.

Atividades Relacionadas À Higiene E Segurança Do Trabalho

Mesmo que sua empresa não seja obrigada a ter uma comissão para prevenir acidentes, você pode
colocar em prática medidas para oferecer um ambiente mais seguro aos seus colaboradores.
Atividades relacionadas ao tema podem ser bastante úteis e trazer diversos benefícios.

Segundo o MTE, em 2000, a construção civil brasileira, possuía a segunda colocação no número de
acidentes de trabalho, totalizando 25.429 casos, ficando atrás apenas da prestação de serviços, que
apresentou 26.978 casos. A construção civil é o setor que registrou ainda o maior número de óbitos
em acidentes de trabalho no país, totalizando 13%.

Mesmo sendo a Construção Civil o setor da economia responsável pela criação e manutenção de
grande número de empregos diretos e indiretos no Brasil, o descaso com os trabalhadores continua
gerando elevados índices de acidentes de trabalho.

A construção civil é um segmento caracterizado pela precariedade na qualificação da mão de obra e


pela não continuidade do processo industrial, pois há mobilização e desmobilização das equipes a
cada obra executada. Esta situação vivida pelo setor pode resultar no comprometimento da
integridade física do trabalhador e acidentes, sendo estes grandes desafios encontrados pelos
técnicos de segurança do trabalho na construção civil.

Sabe-se que os acidentes de trabalho na construção civil podem ser causados por 2 fatores
primordiais: A falta de campanhas de conscientização e de treinamento do empregado, garantindo
assim, a utilização dos EPI’s de forma adequada e durante todo o tempo laboral; e o empregador não
seguir as Normas Regulamentadoras, que exigem a supervisão do trabalho de toda equipe, assim
como, a utilização e fornecimento dos equipamentos de proteção coletiva e individual adequados.

O Acidente De Trabalho Na Construção Civil

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O acidente de trabalho ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa podendo provocar
lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução da capacidade para o
trabalhador permanente ou temporária.

Em 2012, o Brasil registrou 705.239 acidentes de trabalho, sendo 22.330 relacionados ao setor da
construção de edificações. O índice apresenta uma pequena redução se comparado ao ano anterior,
quando foram notificados 22.382 acidentes na área.

Apesar do constatado crescimento, Haruo Ishikawa, vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da


Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), disse que esse aumento é inferior à expansão
do setor. "Em 2006, a Construção Civil tinha 1,6 milhão de funcionários com carteira assinada. Em
2013, esse número tinha praticamente dobrado para 3,5 milhões", apontou ele ao justificar que os
aumentos dos acidentes nas obras não foram "tão substanciais”.

A prevenção dos acidentes deve ser realizada através de medidas gerais de comportamento,
eliminação de condições inseguras e treinamento dos empregados, devendo o uso dos EPI’s e EPC’s
serem obrigatórios, havendo fiscalização em todas as atividades, sendo os empregados treinados
quanto ao seu uso correto. As tarefas devem ser previamente avaliadas, os riscos e os padrões de
trabalho identificados e todos devem ser responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes.

Entre as medidas adotadas pela empresa estão a distribuição de Equipamentos de Proteção


Individual, como luvas, capacetes, cintos, botinas e máscaras; a capacitação de funcionários por meio
de cursos e palestras; além de fiscalização constante pelos técnicos de segurança e mestres de obra.

A Legislação Em Defesa Da Segurança Na Construção Civil

Os primeiros passos para a implantação da Segurança no Trabalho se deram na Constituição de


1934, quando estabeleceu como direito do trabalhador, a assistência médica e sanitária. No segundo
momento, tratava a Constituição de 1937, como norma que a legislação do trabalho deveria observar,
da assistência médica e higiênica a ser dada ao trabalhador. A Constituição de 1946, no inciso VII do
artigo 157, mencionava que os trabalhadores teriam direito à higiene e segurança do trabalho. A Lei
nº 5.161, de 1966, criou a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene do Trabalho.

Foi elaborada também a Norma Regulamentadora nº 18, ou NR18, no qual ela estabelece que
diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas
condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

Nela consta ainda que é vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras,
sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra.

Dessa forma, os principais objetivos da NR18 são:

• Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;

• Definir atribuições e responsabilidades às pessoas que administram;

• Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução de obras;

• Determinar medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco;

• Aplicar técnicas de execução que reduzem ao máximo os riscos de doenças e acidentes.

O Direito Do Trabalhador Na Construção Civil

A Constituição Federal Brasileira estabelece em seu artigo 7º, inciso XXVIII, que são direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

Treinamentos

É de suma importância que toda a equipe que está trabalhando no canteiro de obras receba o

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treinamento adequado tanto para a execução de suas tarefas, quanto para o uso de EPIs e EP, essa
é a maneira mais eficiente de evitar acidentes durante o trabalho na construção civil.

Entretanto, assim como a equipe que está atuando no canteiro de obras, o técnico de segurança do
trabalho também precisa permanecer em constante treinamento, para que assim, ele possa dar as
instruções de segurança necessária para a equipe que está sob seu comando.

O técnico de segurança do trabalho deve estar apto para orientar, treinar e preparar a equipe que
está no canteiro de obras, para o desenvolvimento de seu trabalho seja realizado de forma eficiente e
principalmente, segura.

Pensando nisso, a Valor Crucial possui uma série de cursos que pode auxiliar o engenheiro ou o
técnico de segurança do trabalho a aprimorar os seus conhecimentos, como por exemplo, o curso de
Investigação de acidentes de trabalho que orienta o profissional a entender melhor a dinâmica dos
acidentes para que ele possa ser evitado ou ainda o curso de medidas de controle dos riscos que
orienta quanto campanhas de sensibilização, EPC’s,EPI’s e muito mais.

Com o crescimento urbano acelerado e a necessidade de melhoria no quesito moradia e


infraestrutura das cidades, as indústrias de construção civil tem acelerado seu crescimento e
contribuindo para a economia do país de forma significativa. Porém, com este crescimento, veio a
necessidade de mão de obra e também de condições seguras para estes trabalhadores, já que fazia
parte dos registros do IBGE um número muito alto de acidentes de trabalho na área da construção
civil. A maior parte dos acidentes ocorre por falta de atenção do trabalhador, desorganização nos
canteiros de obras, falta do equipamento de proteção individual, falta de treinamentos e
equipamentos de segurança colocados de forma irregular.

Desta forma, inúmeros trabalhadores são afastados por causa de acidentes, em sua maioria leves,
mas que prejudicam tanto o trabalhador quanto a empresa. O número de inválidos e de mortes por
causa de acidentes de trabalho na construção civil também tem aumentado. Este fator levou
autoridades a uma maior fiscalização e exigência do cumprimento de normas regulamentadoras. O
presente estudo tem como objetivo demonstrar a situação do trabalho de construção civil no Brasil,
em especial na cidade de Uberlândia – MG, tendo como foco os riscos aos quais os funcionários
estão expostos e a implementação de medidas de controle e sistemas de seguranças no ambiente de
trabalho.

A higiene e segurança do trabalho estão relacionadas a um conjunto de leis, normas, procedimentos


técnicos e educacionais que visam à proteção de integridade física e mental do trabalhador,
preservando-o dos riscos à saúde, inerentes as tarefas do cargo e ao ambiente onde são executadas.

Para Matos (1998), a higiene e segurança do trabalho têm como objetivo a redução das perdas
decorrentes dos acidentes de trabalho, tanto do ponto de vista humano como financeiro da
previsibilidade do comportamento da atividade produtiva na empresa. Ela é responsável então pela
preservação da saúde do trabalhador através de um programa de prevenção de acidentes e
enfermidades ocupacionais, melhorando a qualidade de vida e de trabalho do mesmo.

Assim, segurança do trabalho é um conjunto de medidas que visam minimizar os acidentes de


trabalho, bem como proteger a integridade e capacidade de trabalho do trabalhador, pois na mesma
estão embutidas estudos sobre a prevenção e controle de riscos de acidentes de trabalho.

A preocupação com a segurança e saúde do trabalhador surgiu no início do século XX quando a


Comissão de Saúde de Massachusets (Massachusets Board of Health) nomeou oficiais sanitários
para inspecionar fábricas, oficinas e escolas. O intuito era mostrar ao público em geral que existia
uma alta incidência de acidentes e moléstias causadas pela indústria (FLIPPO, 1979).

Em 1912, com a organização do Conselho Nacional de Segurança, a questão ganhou mais atenção.
Por volta desta época foram promulgadas leis estaduais de remuneração aos trabalhadores que
impunham responsabilidade financeira ao empregador para compensar o pessoal ferido em trabalho
e pagar as despesas de hospitalização. Nesta época, também, o Conselho Nacional de Segurança
começou uma campanha para a educação dos empregadores frente aos custos ocultos e indiretos
de um acidente. Dessa forma o empregador americano tomou conhecimento das despesas diretas e
indiretas de operar uma fábrica sem segurança (op. Cit.).

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No Brasil a primeira lei sobre acidentes de trabalho tratava sobre a indenização do trabalhador
acidentado pela empresa, datada em 1919 (SANDRONI, 1996).

Já a classe trabalhadora brasileira teve uma legislação prevencionista mais completa somente a
partir de 1944, quando passou a vigorar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que
estabeleceu às empresas e a seus empregados cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
higiene do trabalho, concebendo às delegacias do trabalho, o poder de fiscalização das condições
de trabalho nas empresas. A CLT dispôs sobre a obrigatoriedade de seguro contra acidentes e
determinou à empresa a responsabilidade de prevenção dos acidentes (op. Cit.).

A partir da revolução industrial (final do século XIX), e no decorrer do desenvolvimento econômico


industrial, o meio ambiente de trabalho passou por modificações, pois as condições de trabalho
desfavoráveis como ruído excessivo, o excesso de calor ou frio, a exposição a produtos químicos e
as vibrações, entre outros, aumentaram gradativamente, causando desconforto, provocando tensões
e originando maior número de acidentes.

Entende-se por acidente de trabalho “o que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa ou
pelo exercício do trabalho pelos segurados” (...) “provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou perda ou ainda redução permanente ou temporária da capacidade
para o trabalho” (PIZA, 1997, p. 07).

Parte dos acidentes de trabalho acontece por causa da má integração entre o homem, a tarefa e o
seu ambiente de trabalho. Portanto, é fundamental uma boa adequação do ambiente para a
execução das tarefas, o seguimento das normas de segurança e o planejamento das instalações
onde serão desenvolvidos os trabalhos e sua organização, pois além de agilizar os serviços, tem
como objetivo evitar riscos para os trabalhadores, fomentando a necessidade da higiene e
segurança no trabalho.

Segundo Paraná (1995), os acidentes ocorrem por dois motivos: falha humana, sendo aquela que
decorre da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança e, fatores ambientais,
sendo as falhas físicas que comprometem a segurança do trabalho.

Como essas condições estão nos locais de trabalho deduz-se que foram instaladas por decisão e/ou
mau comportamento de pessoas, independente do seu nível hierárquico dentro da empresa,
permitindo o desenvolvimento de situações de risco àqueles que lá executam suas atividades, o que
torna necessário a implantação de programas de higiene e segurança no trabalho, que visam a
prevenção de ocorrência e riscos de acidentes.

“A prevenção é uma ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de um conjunto de


medidas tomadas no licenciamento e em todas as fases de atividade do estabelecimento ou do
serviço” (FESTI, 2003, p. 76).

A estratégia do sistema de gestão dos riscos no trabalho deve ser estabelecida de modo a reduzir o
desequilibro das forças impulsoras do comportamento de risco, sendo que as lideranças deverão
envolver-se com a segurança, através de reuniões e indicadores de desempenho para as ações
desenvolvidas pelos integrantes da organização, sendo acompanhados por uma equipe distinta e
designada para a função segurança (PIZA, 1997).

Em termos de prevenção de acidentes do trabalho, a Lei Federal nº. 8.213 de 24 de julho de 1991,
estabelece que a empresa seja responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção, pela prestação de informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar
e do produto a manipular e pela segurança da saúde do trabalhador (COSTA, 2004).

Segundo o artigo 19 da Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, "acidente do trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente".

Pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho,
até mesmo a morte do segurado. São cobertos pelo Seguro de Acidentes do Trabalho – SAT: o
segurado empregado, o trabalhador avulso e o segurado especial, no exercício de suas atividades
(MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2006).

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Eliminar os perigos, retirando-os da empresa, ou introduzindo controles de engenharia, pode ser


uma maneira eficaz de limitar o potencial para o comportamento de risco. Apesar de bem-sucedido,
ele pode não funcionar sempre, pois simplesmente as pessoas têm a capacidade de se comportar
de forma insegura e cancelar todos os controles de engenharia.

A preocupação evidente pela segurança dos trabalhadores ajuda a fomentar o respeito e a


confiança e também mostra que a empresa está interessada na prevenção de lesões, em proteger
seus funcionários e reduzir perdas com seguros e compensação laboral por acidentes de trabalho.

Conforme nos coloca Ribeiro Filho (1974), a prevenção dos acidentes deve visar a eliminação das
causas, portanto, devem ser eliminados o fator pessoal de insegurança e as condições ambientais
de insegurança. As causas ligadas aos operários podem ser eliminadas através de seleção de
pessoal, exames médicos adequados, educação e treinamento de pessoal. Já as causas
relacionadas às condições do ambiente, devem ser eliminadas através de medidas de engenharia
que garantam a remoção das condições de insegurança do trabalho.

A organização deve caracterizar-se, fundamentalmente, por uma atribuição precisa das


responsabilidades e de uma estrutura capaz de assegurar uma ação sustentada, e um esforço
coletivo mantido pelos empregadores e empregados a fim de conferir ao ambiente de trabalho, um
nível satisfatório de qualidade nos seus aspectos técnicos, de organização e psicológicos, como
forma de prevenção de acidentes no trabalho.

A prevenção se realiza também através de cursos de promoção e de informação, os quais devem


levar em conta os riscos específicos, as medidas adequadas de prevenção contra os acidentes de
trabalho e de tutela da saúde, e considerando-se o nível de escolaridade da população de trabalho
empregada.

A qualificação dos recursos humanos é um fator fundamental para o desempenho da empresa em


relação à qualidade e produtividade. Através de qualificações e de treinamentos, proporcionados
pela empresa a cada funcionário, verifica-se o investimento da mesma em sua mão-de-obra.

Normas De Prevenção De Acidentes

Por exigência legal, a partir de 1994, as empresas brasileiras são obrigadas a ter o Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. Esse programa foi definido pela Portaria nº. 25, de
29/12/1994, que alterou a NR-9, a qual prevê a obrigação de implementação de um programa de
preservação da saúde e das integridades dos trabalhadores por parte dos empregadores, o qual
deve ser desenvolvido mediante a avaliação e reconhecimento dos riscos ambientais existentes no
ambiente de trabalho (COSTA, 2004).

O PPRA tem como objetivo básico a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de riscos ambientais existentes ou
que venham a existir no ambiente do trabalho.

Outra forma de minimizar ou extinguir os acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais é a


composição da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, a qual será formada por
representantes da empresa e dos funcionários com a finalidade de reconhecer os riscos à saúde e
segurança do local, analisando e investigando os acidentes, como também solicitar as mudanças
necessárias no ambiente e nas condições de trabalho de forma a preservar sua integridade (PIZA,
1997).

Conforme Piza (1997, p. 17), algumas das atribuições da CIPA, são:

a) Discutir os acidentes ocorridos;

b) segurar medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias, por iniciativa própria ou


sugestão de outros empregados, encaminhando-as aos Serviços Especializados e Engenharia da
Segurança em Medicina do Trabalho – SESMT e ao empregador;

c) promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança e medicina do trabalho
ou doe regulamentos e instrumentos de serviços, emitidos pelo empregador;

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d) despertar o interesse dos empregados pela prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais e


estimulá-los permanentemente a adotar comportamento preventivo durante o trabalho;

e) participar da campanha permanente de prevenção de acidentes;

f) sugerir a realização de cursos, treinamentos e campanhas que julgar necessários para melhorar o
desempenho dos empregados quanto à higiene e segurança no trabalho.

Através destas perspectivas as empresas passam a oferecer diversos trabalhos que possam auxiliar
a implantação de uma política social voltada ao seu capital humano. Principalmente no que se refere
à higiene e segurança no trabalho, a higiene do trabalho tem caráter preventivo, pois objetiva a
saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente, provisória ou definitivamente,
do trabalho (CHIAVENATO, 1994).

Equipamentos De Proteção

Os Equipamentos de Proteção Individual - EPIs formam em conjunto, um recurso amplamente


empregado para segurança do trabalhador no exercício de suas funções, ou seja, é um instrumento
de uso pessoal, cuja finalidade é neutralizar a ação de certos acidentes que poderiam causar lesões
ao trabalhador, e protegê-lo contra possíveis danos à saúde, causados pelas condições de trabalho.

Segundo Gonçalves (2000, p. 136), o Equipamento de Proteção Individual - EPI pode ser definido
como “todo equipamento de uso pessoal cuja finalidade é proteger a saúde ou a integridade física
do trabalhador da exposição a agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos, por ventura,
presentes no ambiente de trabalho”.

A obrigação maior do empregador, no âmbito da higiene e segurança do trabalho, é fornecer aos


empregados um ambiente de trabalho saudável e seguro, ficando obrigado a fornecer,
gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequados aos riscos e em perfeito estado de
conservação e funcionamento e, medidas de proteção coletivas para atender as situações de
emergência (EQUIPAMENTOS, 2005).

Em contrapartida, o funcionário deve utilizar o EPI, zelar por sua conservação e comunicar ao
empregador qualquer alteração que inviabilize sua utilização, sendo de responsabilidade dos
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT a
indicação dos EPIs a serem utilizados no ambiente de trabalho.

“A empresa é obrigada a fornecer ao empregado gratuitamente o EPI adequado ao risco e em


perfeito estado de funcionamento e conservação, treinar o empregado quanto ao seu uso adequado
e tornar obrigatório seu uso” (PIZA, 1997, p. 34).

A empresa ao fornecer o EPI, deverá fazê-lo mediante termo de responsabilidade, onde constará o
tipo de EPI fornecido com o número do Certificado de Aprovação – CA, como também orientações e
recomendações de uso e, ainda, advertências quanto as punições que serão adotadas caso o
empregado se recuse a usá-lo, formalizando sua entrega e assim garantindo sua defesa judicial
caso o trabalhador venha a reclamar o não recebimento do mesmo.

Por isso, sempre que for indicado o uso do equipamento de segurança pelo trabalhador, mesmo para
determinadas tarefas de curto período, é necessário conscientizá-lo da necessidade desta medida de
segurança, e para isto, existe uma variedade de recursos para alcançar este objetivo, como filmes,
fotografias e principalmente com treinamentos.

Sinalização De Segurança

É de extrema importância que a sinalização de segurança sobre os riscos existentes na área de


trabalho propicie uma reação automática para quem executa tarefas na respectiva área, o qual evita
que o trabalhador perca tempo lendo, sendo que uma das formas mais importante no
estabelecimento da sinalização do ambiente de trabalho é o mapa de risco.

Segundo Gonçalves (2000), o mapa de risco é outro instrumento de sinalização de segurança que é
identificado através de círculos, com diferentes cores e tamanhos, de acordo com o grau de perigo
apresentado no local, sendo afixado em locais acessíveis no ambiente de trabalho, para informação

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e orientação de todos os funcionários que ali atuem ou de outros que eventualmente transitem pelo
local, quanto as principais áreas de risco.

O mapa de risco é elaborado e apresentado por círculos (grande, médio e pequeno) e cores (azul,
vermelho, amarelo, verde e marrom), conforme o tipo de agente (físico, químico, ergonômico,
biológico e mecânico) indicando o grau de risco e à que riscos os trabalhadores estão sujeitos
(MAPA, 2005).

Sendo assim, as cores são utilizadas nos ambientes de trabalho para identificar os equipamentos de
segurança, delimitar as áreas e advertir contra os perigos, objetivando a prevenção de acidentes.

O mapeamento de riscos ambientais é uma técnica usada, através de representação gráfica dos
riscos de acidente nos diversos locais de trabalho, permitindo fazer um diagnóstico da situação de
segurança e saúde do trabalho da empresa, identificando as áreas de riscos.

Fiscalização De Obras

A fiscalização tem como objetivo assegurar a gestão e a supervisão das atividades integrantes de
uma obra de construção civil, tendo em conta o projeto de engenharia civil, projeto de arquitetura e o
caderno de encargos, entre outros. A fiscalização deve garantir a qualidade da obra e a segurança de
todas as atividades no estaleiro.

A fiscalização de uma obra é definida na resolução nº 1010 do CONFEA (Conselho Federal de


Engenharia e Agronomia) como a atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos
de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e
às especificações e prazos estabelecidos. Já a lei nº 8.666/94, considera a fiscalização como um
serviço técnico profissional. O especialista responsável em devolver essas atividades é o fiscal de
obras, que deve obrigatoriamente possuir registro legal no CREA (Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia) do estado onde a obra é executada.

O fiscal de obras e serviços públicos tem grande responsabilidade sobre si, pois
a fiscalização reveste-se de grande importância social, visto que os recursos públicos devem ser
utilizados conforme os princípios da economicidade, eficiência e eficácia. As principais funções do
fiscal de obras são: exigir da contratada o cumprimento integral de todas as suas obrigações
contratuais, segundo o que prescreveu o edital e a legislação em vigor, e também solicitar
aditamentos contratuais de prazos, acréscimos de quantitativos e novos serviços.

Conheça Abaixo A Atuação Do Fiscal De Obras Durante A Execução De Um Projeto

No Início Da Obra

As premissas básicas para o exercício da fiscalização são o pleno conhecimento do contrato e do seu
objeto. Na etapa inicial, as principais responsabilidades do fiscal de obras são: obter cópia da
documentação da obra e manter, no canteiro de serviço, um arquivo completo e atualizado com
informações sobre projetos, especificações, memoriais, contrato, cronograma físico-financeiro, ordem
de serviço, ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Além disso, ele recolhe a ART de
fiscalização, certifica-se da existência do diário de obra, assina sua página de rosto e toma
conhecimento da designação do responsável técnico da contratada.

O fiscal de obras também tem a responsabilidade de analisar e aprovar o projeto das instalações
provisórias e canteiro de serviço

Desenvolvimento Da Obra

O canteiro de serviços é o local onde se efetiva realmente a fiscalização de uma obra. As atividades
do fiscal de obras são periódicas até a conclusão do projeto. As visitas técnicas acontecem,
principalmente, durante a execução dos serviços de maior responsabilidade. Nesta segunda etapa,
as principais atribuições do fiscal de obras são: acompanhar todas as etapas de execução, elaborar
medições do andamento da obra, opinar sobre aditamentos contratuais e comunicar ao seu superior
imediato, por escrito, a ocorrência de circunstâncias que sujeitam a contratada a multa ou a rescisão
contratual.

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O fiscal de obras também acompanha o cronograma físico-financeiro e informa à contratada e ao seu


superior imediato as diferenças observadas no andamento das obras. Ele ainda elabora registros e
comunicações sobre o andamento dos serviços, esclarecimentos e providências necessárias ao
cumprimento do contrato. Ele também ajuda a solucionar incoerências, falhas e omissões
eventualmente constatadas nos desenhos e demais elementos de projeto e também as dúvidas e
questões pertinentes à obras em execução.

O fiscal de obra tem o poder de paralisar ou solicitar a restauração de qualquer serviço que não seja
executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao
objeto do contrato. Além disso, solicita a substituição de materiais e equipamentos que sejam
considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras, e ainda, solicita a
realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de qualidade dos
serviços e obras do contrato.

Por fim, no desenvolvimento do projeto, o fiscal de obras verifica e aprova a substituição de materiais,
equipamentos e serviços solicitados pela contratada; verifica e aprova os relatórios periódicos de
execução dos serviços e obras; e solicita a substituição de qualquer funcionário da contratada que
dificulte a ação da fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada
prejudicial ao andamento dos trabalhos.

Vale lembrar que toda comunicação entre o representante da contratada e o fiscal de obras serão
sempre por escrito, sem emendas ou rasuras, em duas vias, devendo o recebedor assinar e datar a
segunda via que será arquivada pelo fiscal. A inobservância e o desatendimento das determinações
do Fiscal quanto a perfeita execução da obra e, por conseguinte, do contrato, constituem motivos
para rescisão do contrato (Lei 8.666/93, art. 78, incisos VII e VIII), incluídos também o atraso
injustificado e o abandono da obra.

Ao final do projeto o fiscal de obras verifica se o conjunto de serviços está em perfeitas condições. Se
essa exigência for preenchida, a obra é recebida provisoriamente pela fiscalização, que lavrará o
Termo de Recebimento Provisório.

Na conclusão do projeto, o fiscal de obras ainda verifica e aprova os desenhos de como


construído (as built), elaborados pela contratada. O fiscal de obras também ajuda no arquivamento da
documentação da obra.

Após decorridos até 90 dias do Termo de Recebimento Provisório, se os serviços de correção das
anormalidades, eventualmente verificadas, forem executados e aceitos pelo fiscal de obras, é lavrado
o Termo de Recebimento Definitivo.

Durante esse intervalo a contratada é responsável por manter as obras e serviços em perfeitas
condições de funcionamento até ser lavrado o Termo de Recebimento Definitivo. Depois da emissão
desse documento, a contratada se torna responsável pela correção e segurança nos trabalhos de
acordo com a legislação vigente.

A fiscalização é uma atividade técnica exercida para verificar as conformidades das obras e serviços
executados com as exigências, normas e especificações aplicáveis. A fiscalização é exercida através
de vistorias que envolvem aspectos técnicos e administrativos da execução das obras e serviços.
Neste sentido, o exercício da função de Fiscal de Obras e Posturas é, das mais importantes do
serviço público municipal, já que exterioriza uma das formas de exercício do poder de polícia que
maior reflexo traz: o da realidade local. A efetiva fiscalização de Obras e Posturas, com o
atendimento das regras dispostas na legislação, é exemplo de Município desenvolvido. De
consequência, Município atrativo para o comércio, para as indústrias, para a moradia, turismo, saúde,
segurança e outras tantas facetas do desenvolvimento das funções sociais da Cidade e do bem-estar
de seus habitantes. A capacitação dos servidores que exercem a atividade de fiscalização no
Município é condição primordial para alcançar os objetivos da Cidade ordenada, limpa e atraente.

As orientações aqui apresentadas visam nortear os procedimentos relacionados à verificação da


execução das obras do Município, fornecendo informações essenciais aos agentes de fiscalização,
para que o seu trabalho seja realizado de forma eficiente e eficaz. Ao apresentar padrões de
comportamento desejáveis para o agente fiscal, estratégias para orientar o trabalho da fiscalização e
glossário de termos técnicos usuais, este manual constitui um valioso instrumento disponibilizado aos
Municípios, para a uniformização de seus procedimentos administrativos relativos à fiscalização de

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obras e posturas municipais. Não se tratando de um trabalho acabado, torna-se muito importante a
colaboração de todos os usuários, através de sugestões e/ou críticas fundamentadas, que contribuam
para o aperfeiçoamento desse Manual. As observações relacionadas deverão ser remetidas
diretamente a Assessoria de Planejamento Territorial da AMAVI.

Os Municípios, em geral, possuem quadros de funções específicas de fiscalização com poder de


polícia. São quadros de atuação nas áreas:

Fiscalização de Posturas Municipais;

Fiscalização de Obras de Construção Civil e outras;

Fiscalização Sanitária;

Fiscalização de Meio Ambiente;

Fiscalização de Trânsito.

A Fiscalização Municipal deve apresentar um caráter coercitivo e ao mesmo tempo educativo e


preventivo, de orientação aos profissionais, empresas e outros segmentos sociais sobre a legislação
que regulamenta as obras no Município.

Neste Manual nos atemos à descrição da atuação da Fiscalização de Obras e de Posturas Municipal.

O Agente Fiscal

O agente fiscal é o funcionário do Município designado para exercer a função de agente de


fiscalização, verificando se as obras e serviços estão sendo executados de acordo com a legislação e
com as normas regulamentadoras vigentes, além de assegurar a observância dos padrões mínimos
de segurança, higiene, salubridade e conforto das edificações. No desempenho de suas atribuições,
o agente fiscal deve atuar com rigor e eficiência para que a legislação municipal seja cumprida.

Atribuições Do Agente Fiscal (Obras E Posturas)

A chamada Fiscalização de Obras de Construção Civil Municipal abrange, entre outras funções:

- Fiscalizar as obras públicas e particulares, concluídas ou em andamento, abrangendo também


demolições, terraplenagens, parcelamento do solo, a colocação de tapumes, andaimes, telas,
plataformas de proteção e as condições de segurança das edificações;

- Fiscalizar o cumprimento do Código de Obras e Edificações, do Plano Diretor Participativo e da Lei


Municipal de Parcelamento do Solo;

- Emitir notificações, lavrar autos de infração e expedir multas aos infratores da legislação urbanística
municipal;

- Reprimir o exercício de atividades desenvolvidas em desacordo com as normas estabelecidas na


legislação urbanística municipal, as edificações clandestinas, a formação de favelas e os
agrupamentos semelhantes que venham a ocorrer no âmbito do Município;

- Realizar vistoria para a expedição de “Habite-se” das edificações novas ou reformadas;

- Definir a numeração das edificações, a pedido do interessado;

- Elaborar relatório de fiscalização;

- Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao cumprimento da legislação;

- Apurar as denúncias e elaborar relatório sobre as providências adotadas.

- A chamada Fiscalização de Posturas Municipais abrange, entre outras funções: Autorizar e fiscalizar
o funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, etc.;

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- Regular o uso e a manutenção dos logradouros públicos;

- Autorizar e fiscalizar propagandas, placas e anúncios nas áreas públicas e frontais aos imóveis;

- Autorizar o funcionamento de eventos, shows, parques de diversões, circos,etc;

- Fiscalizar o cumprimento do Código de Posturas Municipal;

- Elaborar relatório de fiscalização;

- Orientar as pessoas e os profissionais quanto ao cumprimento da legislação;

- Apurar as denúncias e elaborar relatório sobre as providências adotadas.

Conhecimentos Básicos Necessários ao Desempenho da Função

São conhecimentos básicos necessários ao desempenho da função de Agente Fiscal Municipal, entre
outros:

- Conhecer a legislação urbanística municipal e manter-se atualizado em relação à mesma;

- Observar as normas e medidas de segurança do trabalho (uso de EPI);

- Ter desenvoltura para trabalhos com informática;

- Ter conhecimento dos procedimentos e características de processos administrativos;

Ter conhecimentos básicos de leitura de projetos e noções de construção civil.

Estratégias De Fiscalização (Obras De Construção Civil)

A fiscalização deve ser uma ação planejada, coordenada e avaliada de forma contínua, tendo em
foco o alcance dos seus objetivos.

Como fiscalizar?

1- Apresentar-se no local como agente fiscal do Município, ao proprietário ou ao responsável pela


obra;

2- Comunicar que o objetivo da visita é verificar se as obras ou serviços estão sendo executados de
acordo com as diretrizes municipais e por um profissional legalmente habilitado;

3- Solicitar documentação (projeto aprovado, alvará de construção) referente à obra e/ou serviço;

4- Preencher relatório de visita com todos os dados obtidos na vistoria;

5- Caso a obra e/ou empresa esteja atendendo a todas as exigências agradecer pela atenção e
tempo despendido e encerrar a vistoria.

6- Se, de acordo com a legislação vigente, alguma irregularidade for detectada, lavrar a notificação
com prazo para regularização. A notificação deverá ser lavrada em duas vias, sendo que uma via fica
na obra, e a outra com o agente fiscal para controle do prazo (solicitar o nome legível do recebedor,
função/cargo, assinatura e se possível o CPF). Caso seja impossível verificar algumas informações
no local, retornar a Prefeitura e acessar a documentação necessária ou o cadastro do Município,
conferindo as informações necessárias para lavratura ou não da notificação. Neste caso a notificação
pode ser encaminhada pelo correio, com aviso de recebimento (AR);

7- Afixar na obra o selo de obra fiscalizada; 8 - Caso o notificado não se manifeste no prazo
estabelecido, proceder à autuação. Carimbar e assinar, pegar assinatura em todas as vias e entregar
uma via para o mesmo, em mãos ou por AR.

O Que Fiscalizar?

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Deverão ser fiscalizados todos os serviços e obras públicas e particulares, concluídas ou em


andamento, abrangendo também demolições, terraplenagens, parcelamento do solo, a colocação de
tapumes, andaimes, telas, plataformas de proteção e as condições de segurança das edificações.

Durante a ação fiscalizadora de obras de construção civil verificar: Presença dos Projetos Aprovados
pelo Município;

- Presença do Alvará de Construção;

- Placa da obra;

- Conferir se a obra está sendo executada de acordo com os projetos aprovados e respeitando os
índices e parâmetros urbanísticos municipais;

- Conferir se as Faixas "NON AEDIFICANDI" estão sendo respeitadas;

- Outros gravames e restrições sobre o imóvel.

Quem/Onde Fiscalizar?

As ações de fiscalização deverão ser empreendidas em todos os locais onde, potencialmente, são
realizadas atividades técnicas, tais como:

- Obras, onde se deve verificar se as atividades técnicas ali realizadas encontram-se devidamente
regularização na Prefeitura e dentro dos parâmetros e índices urbanísticos estabelecidos pelo
Município;

- Parcelamentos, em todo o território do município, para verificação da existência de loteamentos e


outras formas de ocupação não regularizadas perante o Município;

- Execução de movimentações de terra (terraplanagem).

Postura Do Agente Fiscal

Quando da fiscalização no local da obra ou serviço, o agente fiscal deverá:

- Identificar-se, sempre, como agente de fiscalização do Município, exibindo sua credencial ou crachá;

- Agir com a objetividade, a firmeza e a imparcialidade necessárias ao cumprimento do seu dever;

- Exercer com zelo e dedicação as atribuições que lhe forem conferidas;

- Tratar as pessoas com cordialidade e respeito;

- Apresentar-se de maneira adequada com a função que exerce;

- Ter em conta que, no exercício de suas atividades, suas ações devem sempre estar voltadas para
os aspectos educativo, instrutivo e preventivo;

- Rejeitar vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições.

Importante: Se, durante a fiscalização, o proprietário ou responsável pela obra ou serviço não quiser
apresentar documentos, perder a calma ou tornar-se violento, o agente fiscal deverá manter postura
comedida e equilibrada. A regra geral é usar o bom senso. Se necessário e oportuno, suspender os
trabalhos e voltar em outro momento, inclusive com auxílio policial.

Premissas A Serem Observadas Pelo Agente Fiscal

Constituem-se premissas a serem observadas pelos agentes fiscais no desempenho da fiscalização:

- PUBLICIZAÇÃO: os agentes de fiscalização devem promover a notoriedade das ações


fiscalizatórias voltadas à valorização das boas práticas profissionais, baseadas nos princípios éticos,
em prol da sociedade, visando à segurança, a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente e
da cultura;

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- DESEMPENHO: Na ação fiscalizatória deve-se congregar eficiência e eficácia, assegurando a


confiabilidade dos dados coletados, com vistas à cobertura territorial, precisão e à obtenção de
melhores resultados;

- IMPARCIALIDADE: A fiscalização deve ser voltada prioritariamente para a verificação factual dos
aspectos relacionados ao cumprimento da legislação municipal, adentrando-se em aspectos
qualitativos da atividade fiscalizada somente quando isto for necessário à caracterização da infração;

- OTIMIZAÇÃO: A estrutura de fiscalização do Município deve planejar e executar suas ações


racionalizando os recursos humanos e materiais disponíveis, utilizando-se de parcerias, cooperações
ou convênios com outros órgãos públicos e apoiando-se nas estruturas de fiscalização neles
existentes, por meio das quais se buscará promover a extensão e a integração da fiscalização sobre
todo o território de sua jurisdição;

- ATUALIZAÇÃO: Uma vez que a legislação municipal está em permanente atualização, a


fiscalização deve ser continuamente atualizada e adaptada às novas situações, mediante
capacitação, em busca da excelência em suas ações e do pleno cumprimento da sua missão.

Instrumentos De Fiscalização

No cumprimento da rotina de seu trabalho, o agente fiscal deverá utilizar algumas ferramentas para
registrar os fatos observados e, se pertinente, dar início ao processo administrativo devido. Neste
item, serão descritas algumas ferramentas imprescindíveis ao agente fiscal, necessárias à boa
execução do seu trabalho.

Relatório De Fiscalização

Tem por finalidade descrever, de forma ordenada e minuciosa, aquilo que se viu, ouviu ou observou
durante a vistoria a obra. É um documento destinado à coleta de informações das atividades
exercidas onde o serviço ou a obra está sendo executado. O relatório deve ser preenchido
cuidadosamente e deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

- Data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

- Nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou
CNPJ;

- Identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do


executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua
caracterização, tais como fase, natureza e quantificação;

- Nome completo, título profissional e número de registro do responsável técnico, quando for o caso;

- Descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação municipal; e

- Identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na


obra, serviço ou empreendimento, se for o caso.

Sempre que possível, ao relatório de fiscalização devem ser anexados documentos que caracterizam
a infração e a abrangência da atuação da pessoa física ou jurídica na obra, serviço ou
empreendimento, a saber:

- Cópia do contrato de prestação do serviço;

- Cópia dos projetos, laudos e outros documentos relacionados à obra, ao serviço ou ao


empreendimento fiscalizado;

- Fotografias da obra, serviço ou empreendimento.

Notificação

Este documento tem por objetivo informar ao responsável pelo serviço/obra ou seu representante
legal, sobre a existência de pendências e/ou indícios de irregularidades no empreendimento objeto de

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fiscalização. Serve, ainda, para solicitar informações, documentos e/ou providências, visando
regularizar a situação dentro de um prazo estabelecido.

A notificação ao proprietário, responsável técnico ou empresa construtora deverá ser aplicada pelo
Município através de AUTO DE NOTIFICAÇÃO, quando, por exemplo:

- Modificar projeto aprovado;

- Iniciar ou executar obras sem o devido licenciamento, desde que estejam respeitados os
alinhamentos e índices urbanísticos estabelecidos, do contrário não caberá notificação, acarretando
imediato embargo à obra;

- Falsear medidas, a fim de violar dispositivos da legislação;

- Omitir nos projetos a existência de cursos de água, naturais ou artificiais, ou de topografia


acidentada que exija obra de contenção de terreno;

- Dificultar ou impedir a fiscalização.

Qualquer obra em andamento, sejam elas construções, ampliações ou reformas, poderá ter embargo
imediato, não cabendo notificação, quando:

- Iniciar ou executar obra sem o devido licenciamento, quando não estiverem sendo respeitados os
alinhamentos e índices urbanísticos estabelecidos;

- Executar obra sem responsável técnico legalmente habilitado, quando indispensável;

- Construir, ampliar ou reformar em desacordo com os termos da lei e do projeto aprovado;

- Executar obra em loteamentos não aprovados pelo Município.

O encarregado pela fiscalização embargará a obra, mediante lavratura de AUTO DE EMBARGO, em


02 vias, devendo a obra ficar paralisada até que a irregularidade apontada seja sanada. O Município
comunicará o embargo ao(s) infrator (es) através de Notificação de Embargo, no qual se especificará
as causas da medida e as exigências e prazos que devem ser observados para sanar a
irregularidade. Verificado o desrespeito ao embargo, o Município requisitará o auxílio policial para a
manutenção do embargo e aplicará as multas previstas e demais medidas cabíveis de
responsabilidade do infrator. O levantamento do embargo só será concedido pelo Município depois de
verificado o cumprimento de todas as exigências que se relacionarem com a obra ou instalação
embargada e, bem assim, satisfeito o pagamento de todos os emolumentos e multas impostas.

Auto De Infração

Este documento deve ser lavrado contra o construtor, responsável técnico pela execução da obra,
autor do projeto e ao proprietário, conforme o caso. Assim como a notificação, o auto de infração,
grafado de forma legível, sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no mínimo, as seguintes
informações:

- Data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal;

- Nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica autuada, incluindo, obrigatoriamente, CPF
ou CNPJ;

- Identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre a sua localização, nome e
endereço do contratante, indicação da natureza da atividade e sua descrição detalhada;

- Identificação da infração, mediante descrição detalhada da irregularidade,

- Capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa a que estará sujeito o autuado;

- Data da verificação da ocorrência;

- Indicação de reincidência ou nova reincidência, se for o caso;

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- Indicação do prazo para efetuar o pagamento da multa e regularizar a situação ou apresentar


defesa.

O AUTO DE INFRAÇÃO deve ser entregue pessoalmente ou enviadas por via postal com Aviso de
Recebimento - AR ou por outro meio legal admitido que assegure a certeza da ciência do autuado. O
comprovante de recebimento do auto de infração deverá ser anexado ao processo administrativo que
trata do assunto.

Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento do auto de infração, o fato deverá ser registrado no
processo.

O(s) infrator (es) terão o prazo para o pagamento das multas ou para apresentar sua defesa. Findo
este prazo, se o infrator, seu representante legal, ou o responsável técnico pela obra não
apresentarem defesa, a municipalidade emitirá o Documento de Arrecadação Municipal – DAM,
correspondente ao valor da multa, para que este seja pago pelo infrator. O pagamento da multa não
isenta o infrator da responsabilidade de regularizar a situação da obra, perante a legislação vigente.

ACESSIBILIDADE: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia,


dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e
meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

ARQUITETURA DE INTERIORES: reordenação do espaço interno de ambientes, visando a


otimização e adequação a novos usos, implicando em alterações como: modificações na divisão
interna, com adição ou retirada de paredes; modificação na estrutura; substituição ou colocação de
materiais de acabamento em pisos, forros e paredes; colocação de mobiliário fixo em alvenaria ou
outro material; colocação de mobiliário de grandes dimensões como pórtico e tótens, mesmo que
temporário. ART – Anotação de Responsabilidade Técnica: registro no Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia –

CREA, prévio à execução de qualquer serviço de Engenharia ou Agronomia, objeto do contrato.


Define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução destes serviços. ART

COMPLEMENTAR: trata-se da emissão e registro de nova ART, complementando dados ou


informações de ART anteriormente registrada, por acréscimos de obras/serviços.

ATRIBUIÇÃO: prerrogativa, competência.

AUTO DE INFRAÇÃO: é o ato processual que instaura o processo administrativo, expondo os fatos
ilícitos atribuídos ao autuado e indicando a legislação infringida, lavrado por agente fiscal, designado
para esse fim pelo Município.

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO: definição de como a obra será executada por etapas,


compatibilizando o valor a ser desembolsado pela contratante ao estágio em que se encontra a obra.

DESENHO TÉCNICO: atividade que implica a representação de formas sobre uma superfície, por
meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico.

DESMEMBRAMENTO: subdivisão da área em lotes edificáveis para fins urbanos com aproveitamento
do sistema viário existente, não implicando na obrigatoriedade de abertura de novas vias públicas;

DETALHAMENTO: atividade que implica a representação de formas sobre uma superfície, contendo
os detalhes necessários à materialização de partes de um projeto, o qual já definiu as características
gerais da obra ou serviço.

ESPECIFICAÇÃO: atividade que envolve a fixação das características, condições ou requisitos


relativos a materiais, equipamentos, instalações ou técnicas de execução a serem empregados em
obra ou serviço técnico.

ESTUDO: atividade que envolve simultaneamente o levantamento, a coleta, a observação, o


tratamento e a análise de dados de natureza técnica diversa, necessários ao projeto ou execução de
obra ou serviço técnico, ou ao desenvolvimento de métodos ou processos de produção, ou à
determinação preliminar de características gerais ou de viabilidade técnica, econômica ou ambiental.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA: Atividade que envolve simultaneamente o levantamento, a


coleta, a observação, o tratamento e a análise de dados de natureza técnica, necessários a execução
da obra ou serviço, ou o desenvolvimento de métodos ou processos de produção e a determinação
da viabilidade técnico-econômica.

EXECUÇÃO: atividade em que o Profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, realiza
trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é previsto nos projetos de um serviço
ou obra.

GPS: Global Position System – localizador de posição via satélite, podendo ser utilizado para
levantamentos topográficos quando de alta precisão.

HABILITAÇÃO PROFISSIONAL: reconhecimento legal de capacitação mediante registro em órgão


fiscalizador do exercício profissional.

INSTALAÇÃO: atividade de dispor ou conectar convenientemente conjunto de dispositivos


necessários a determinada obra ou serviço técnico, de conformidade com instruções determinadas.

LAUDO: peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado, como perito, relata o
que observou e apresenta as suas conclusões, ou avalia o valor de bens, direitos ou
empreendimento.

LEVANTAMENTO: atividade que envolve a observação, a mensuração e/ou a quantificação de dados


de natureza técnica, necessários à execução de serviços ou obras.

LOCAÇÃO: atividade que envolve a marcação, por mensuração, do terreno a ser ocupado por uma
obra.

LOTEAMENTO: atividade técnica que consiste em subdivisão de gleba em lotes edificáveis para fins
urbanos, com abertura de novas vias públicas, prolongamento ou alargamento de vias existentes,
com destinação de áreas para equipamentos urbanos e áreas verdes;

MEMORIAL DESCRITIVO: atividade que consiste na elaboração de documento que discrimina as


atividades técnicas, as especificações e os métodos construtivos a serem empregados na execução
de determinada obra ou serviço de acordo com o projeto;

OBRA: toda construção, reforma, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou
indireta.

OBRA CLANDESTINA: obra realizada sem a permissão da autoridade competente.

ORÇAMENTO: atividade que envolve o levantamento de custos de todos os elementos inerentes à


execução de determinado empreendimento.

PAISAGISMO: arte e técnica de projetar os espaços abertos; estudo dos processos de preparação e
realização da paisagem como complemento da Arquitetura; melhoria do ambiente físico do homem
através da utilização de princípios estéticos e científicos.

PARCELAMENTO DO SOLO: atividade técnica que consiste na subdivisão de gleba urbana, sob a
forma de loteamento ou desmembramento observada às disposições da legislação federal, estaduais
e municipais pertinentes;

PARECER TÉCNICO: expressão de opinião tecnicamente fundamentada sobre determinado assunto,


emitida por profissional legalmente habilitado;

PLANEJAMENTO: atividade que envolve a formulação sistemática de um conjunto de decisões


devidamente integradas, expressas em objetivos e metas, e que explicita os meios disponíveis ou
necessários para alcançá-los, num dado prazo.

PROJETO: representação gráfica ou escrita necessária à materialização de uma obra ou instalação,


realizada através de princípios técnicos e científicos, visando à consecução de um objetivo ou meta,
adequando-se aos recursos disponíveis e às alternativas que conduzem à viabilidade de sua
execução;

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

PROJETO BÁSICO: conjunto de elementos que define a obra, o serviço ou o complexo de obras e
serviços que compõem o empreendimento, de tal modo que suas características básicas e
desempenho almejado estejam perfeitamente definidos, possibilitando a estimativa de seu custo e
prazo de execução.

PROJETO EXECUTIVO: conjunto de elementos necessários e suficientes à execução completa da


obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

REFORMA: alteração do espaço original ou anteriormente formulado por meio de substituição,


acréscimo ou retirada de materiais ou elementos construtivos ou arquitetônicos, na intenção de
reformular todo ou parte daquele espaço antes definido.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: atividade técnica que consiste em um conjunto de medidas jurídicas,


urbanísticas, ambientais e sociais que visam à regularização de assentamentos irregulares e à
titulação de seus ocupantes, de modo a garantir o direito social à moradia, o pleno desenvolvimento
das funções sociais da propriedade urbana e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado;

REINCIDÊNCIA: ocorre quando, transitado em julgado decisão de processo administrativo punitivo, o


infrator pratica nova infração capitulada no mesmo dispositivo legal pela qual tenha sido
anteriormente declarado culpado.

REMEMBRAMENTO: atividade técnica que consiste no reagrupamento de lotes vizinhos em lote


edificável para fins urbanos com aproveitamento do sistema viário existente, não implicando na
obrigatoriedade de abertura de novas vias públicas;

REPARO: atividade que implica recuperar ou consertar obra, equipamento ou instalação avariada,
mantendo suas características originais.

RESTAURAÇÃO: conjunto de intervenções técnicas e científicas, de caráter intensivo, que visam


recuperar as características originais de uma obra de importância histórica ou artística.
RESPONSÁVEL TÉCNICO DA EMPRESA: profissional habilitado, responsável técnico pela execução
de obras e serviços de pessoa jurídica.

RRT – REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA: registro no Conselho Regional de


Arquitetura e Urbanismo - CAU, prévio à execução de qualquer serviço de Arquitetura, objeto do
contrato.

VISTORIA: atividade que envolve a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e


descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram.

ZONEAMENTO: atividade técnica que consiste na divisão de um espaço ou território em zonas,


fixando as condições de uso e ocupação.

PRINCIPAIS NORMAS APLICÁVEIS ÀS OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

Apresenta-se aqui um rol das principais normas legais e administrativas relacionadas a obras e
serviços de engenharia. Em alguns casos, as normas são aplicáveis apenas a órgãos federais, mas
podem ser úteis aos gestores que não possuem regulamentação própria sobre as matérias.

• Lei n° 5.194/6: regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro agrônomo, e
dá outras providências.

• Lei n° 6.496/7: institui a “Anotação de Responsabilidade Técnica” na prestação de serviços de


engenharia, arquitetura e agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CONFEA), de uma mútua de assistência profissional e dá outras
providências.

Lei Federal n° 6.766/79. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras

Providências.

• Lei n° 6.938/81: dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras providências.

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS DE ENGENHARIA

Lei Federal n° 10.098/0. Estabelece normas gerais e critério básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras
providências.

Lei Federal n° 10.257/01. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece
diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências (Estatuto das Cidades). • Lei n°
10.406/02: Institui o Código Civil Brasileiro.

Lei nº 12.651/12: Novo Código Florestal Brasileiro

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Fundações e Obras de Terra

Uma Obra de Terra pode ser entendida como uma “estrutura” construída com solo ou blocos de ro-
cha, isto é, na qual o solo e a rocha são os materiais de construção. A esse propósito, um dos termos
em inglês, usado para designá-la, é bastante sugestivo: Earth Structures; o outro é Earth Works.

Assim, são Obras de Terra as barragens de terra e de enrocamento e os aterros em geral, construí-
dos para os mais variados fins. Nesse sentido, são obras “artificiais”, envolvendo um campo fértil para
a prática da engenhosidade, na procura de soluções seguras e econômicas.

Há casos de obras em que o solo e a rocha intervêm como material natural, interessando a sua con-
dição intacta, enquanto fundações dessas obras, que requerem, eventualmente, tratamentos adequa-
dos de caráter mecânico, químico (injeções) etc.

São os casos de obras como os Aterros Sobre Solos Moles; as Fundações de Barragens de Terra, de
Enrocamento e de Concreto; e as Obras de Contenção de Encostas Naturais.

Há três aspectos relevantes que precisam ser considerados ao se tratar das “Obras de Terra”:

1 – A ação do Homem sobre o Meio Físico

As Obras de Terra interferem diretamente com a natureza. A construção de uma barragem, de uma
estrada, ou a implantação de um loteamento em região montanhosa requer cortes de taludes, desma-
tamentos etc. Tais ações rompem o equilíbrio natural, donde a necessidade de obras de contenção
para evitar os escorregamentos e a erosão. Deve-se introduzir uma “mentalidade conservacionista”,
procurando preservar o meio físico, desde o projeto, passando pela construção até a manutenção das
Obras de Terra.

2 – Condições Geológico-Geotécnicas

Desfavoráveis Frequentemente, o local mais favorável para a construção de uma Barragem de terra
apresenta alguma descontinuidade geológica, pois “o rio é uma linha de maior fraqueza natural”.
Dessa forma, o engenheiro tem de estar preparado para enfrentar situações adversas em termos de
subsolo.

3 – Teoria e Realidade

Em obras geotécnicas, diante da complexidade do subsolo, é quase sempre necessário proceder a


idealizações ou simplificações da natureza. Este foi o método adotado por Terzaghi, na esteira da re-
volução provocada na Física por homens como Ticho Brahe, Kepler e Newton, pois o Método Obser-
vacional de Terzaghi consiste em construir modelos simples para representar a realidade, cuidando,
posteriormente, de verificar se as hipóteses adotadas são realistas, pela observação do comporta-
mento das obras.

Fundações x “Geotecnia”

O primeiro requisito para se abordar qualquer problema de mecânica dos solos é o conhecimento tão
perfeito quanto possível das condições do subsolo, isto é reconhecimento da disposição, natureza e
espessura das suas camadas, assim como das suas características com relação aos problemas em
questão. Este conhecimento implica na prospecção do subsolo e na amostragem ao longo de seu de-
curso.

Em toda obra de engenharia, há sempre um parâmetro indefinido marcado pelo solo onde ela se re-
pousa. Não há como fugir da realidade imposta pela natureza. Assim, somos obrigados a aceitá-lo
como é: com suas qualidades e defeitos; daí o ênfase que se tem dado, na engenharia, às questões
referentes ao solo.

O Projeto de Fundações

Fundações são necessárias para diferentes tipos de obras, que apresentarão naturezas diferenciadas
quanto à forma de transferência de carga. Alguns exemplos:

- Casas

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

- Prédios residenciais

- Prédios comerciais e Industriais

- Pontes e viadutos

- Estações de embarque

- Portos

- Torres de transmissão

- Monumentos

- Reservatórios de água

- É de conhecimento dos profissionais da área que, o solo na sua maioria favorece o uso de funda-
ções profundas. É sabido que as fundações, sejam elas rasas ou profundas, são elementos estrutura-
dos destinados a transmitir as cargas da estrutura para o solo, mas para quantificar os parâmetros
geométricos destas peças, e para defini-los é necessário o conhecimento o mais detalhado possível
das características do seu subsolo.

Assim, para se escolher a fundação mais adequada, devem-se conhecer os esforços atuantes sob a
edificação, as características do solo e dos elementos estruturais que formam as fundações. Desta
forma, devem ser realizados os seguintes estudos, na sequência:

- Projeto do edifício

- Cálculo das cargas

- Investigação do terreno

- Definição do tipo de fundação

Sob o ponto de vista estrutural, devem ser analisadas a:

Intensidade de Carga

Natureza da Carga na Estrutura

Natureza da Carga na Fundação

Concepção da Estrutura

Sob o ponto de vista geotécnico, devem ser analisadas a:

Natureza

Geotécnica do Terreno

Condicionantes Geotécnicos do Local

Acesso ao Terreno

Viabilidade Técnica de Execução

Viabilidade Econômica de Execução

Convencionou-se na prática em relacionar o diâmetro de uma fundação profunda com sua carga ad-
missível, baseado apenas na capacidade de carga estrutural do elemento de fundação. Acontece que
na maioria dos casos o limitante da capacidade de carga de uma fundação profunda, não é o ele-
mento estrutural e sim a sua capacidade de transmitir as cargas solicitantes para o solo, o que se de-
nomina de capacidade de carga geotécnica, onde se determina a transmissão de carga por atrito late-
ral, que é determinada pela área de contato do fuste com o solo e resistência de ponta.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Um projeto de fundação não consiste única e exclusivamente no conhecimento da carga que o pilar
descarrega na fundação, e a simples divisão destes valores pela carga de trabalho estrutural da fun-
dação, para se determinar a quantidade de estaca necessária. Consiste efetivamente na determina-
ção de um comprimento mínimo e sua secção transversal, capaz de transmitir as cargas solicitantes
para o solo, e para isso é necessário a investigação do subsolo.

Atualmente, o custo de uma sondagem equivale, no máximo, a 2% do valor a ser investido na cons-
trução, irrisório frente à garantia, economia e segurança que representa para a obra. Portanto, é
aconselhável para maior segurança e economia, a execução de uma sondagem.

O custo deste serviço será rapidamente revertido em benefício da obra, e na economia que obterá no
dimensionamento do projeto de fundação, evitando desta forma o desperdício de material, pelo super
dimensionamento, por não conhecer as condições do subsolo.

Distribuição de tensões no solo

As tensões no solo, de maneira simplificada, podem ser divididas em geostáticas einduzidas. As


tensões geostáticas são aquelas decorrentes do próprio peso próprio do solo e da água presente em
seus interstícios. Já as tensões induzidas são causadas por elementos externos, podendo ser sobre-
carga de trânsito, fundações, etc.

De maneira geral, as tensões geostáticas serão mais elevadas quanto maior for a profundidade do
ponto analisado, enquanto as tensões induzidas serão menores quanto maior a distância do ponto
analisado ao ponto de aplicação na carga, como podemos ver na figura abaixo.

As tensões em um ponto no interior do maciço de solo se desenvolvem no espaço, ou seja, em três


dimensões, porém, podemos simplificar o problema, adotando-o como um plano, logo considerare-
mos as tensões atuantes apenas em dois eixos ortogonais entre si.

Ainda com tal simplificação, o correto cálculo das tensões atuantes decorrentes do peso próprio do
maciço e de sobrecargas é um problema complexo, pois dependem de muitas variáveis. A seguir ire-
mos ver o cálculo das tensões geostáticas para várias situações específicas, a fim de tentar facilitar o
entendimento do conteúdo.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Tensões Geostáticas

Como dito anteriormente, o cálculo do estado de tensões ocasionadas pelo peso próprio do maciço
pode ser bastante complexo principalmente pela irregularidade de topografia ou heterogeneidade do
material.

Entretanto, em alguns casos, a distribuição de tensões pelo peso próprio é simplificada. Tal caso é
chamado de geostático e é caracterizado por:

 Superfície horizontal do terreno;

 Baixa variação das propriedades do solo ao longo da profundidade;

 Caso existam subcamadas de solo, as mesmas também são horizontais;

 Se houver água no solo, a mesma encontra-se em condição estática;

Tal idealização pode ser correlacionada com a análise do processo de deposição de um solo sedi-
mentar, onde a deposição de camadas acarreta um acréscimo de tensões e geram deformações no
solo, porém, sem deslocamentos horizontais, visto que há uma compensação na tendência de deslo-
camentos entre elementos adjacentes.

Deslocamento das Partículas

Tensão geostática vertical

A tensão vertical, em qualquer profundidade, é calculada simplesmente considerando o peso de solo


acima daquela profundidade. Logo, se o peso específico do solo é constante em cada uma das cama-
das, a tensão vertical total pode ser calculada a partir da seguinte formulação:

Onde:

No caso em que há estratificação do terreno, ou seja, existam mais de uma camada de solo, deve ser
calculado de maneira similar, porém levando em conta o peso de todas as camadas de solo, se-
guindo a seguinte formulação:

Para melhor entendimento da formulação, segue a imagem de um exemplo simples de solo estratifi-
cado.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Outro caso possível é a presença do nível d’água no solo. Nesse caso, os vazios do solo são preen-
chidos por água. Para uma situação em que não há fluxo de água no interior do solo, ou seja, a água
encontra-se em condição estática, o cálculo da pressão suportada pela água é feito simplesmente
considerando o peso da coluna de água acima do ponto analisado:

Onde:

Há ainda tensões horizontais atuantes, que são relacionadas com as tensões verticais, mas tal conte-
údo será tratado com detalhes em um post futuro.

Tensões totais, efetivas e poropressão

Como já discutido, os solos são sistemas multifásicos, em que as partículas sólidas são distribuídas
de maneira aleatória e apresentam espaços vazios entre elas, sendo estes contínuos e ocupados por
ar e/ou água. Então, é preciso entender a natureza da distribuição de tensões ao longo de de-
terminada seção, considerando tal heterogeneidade do material analisado.

A tensão total, como falamos anteriormente, pode ser dividida em duas partes:

1. Parcela suportada pela água nos espaços vazios. A tal tensão daremos o nome de poropressão
(ou pressão neutra);

2. Restante da tensão total suportado pelos sólidos em seus pontos de contato. A soma das compo-
nentes verticais das forças desenvolvidas em tais pontos por unidade de área de seção transversal é
chamada de tensão efetiva.

Então, a tensão total vertical no solo pode ser escrita como:

Onde:

Tal conhecimento, de que apenas uma parcela da tensão total é transmitida aos grãos, possibilita um
melhor entendimento do comportamento de solos saturados, principalmente a características como
resistência e compressibilidade.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

A compressibilidade do solo é consequência direta do deslocamento relativo entre as partículas do


mesmo, conforme figura abaixo.

O deslocamento das partículas depende das tensões transmitidas entre os grãos, ou seja, da tensão.
Logo, sempre que houver uma variação na tensão efetiva ocorrerão variações volumétricas no solo,
podendo ser recalque ou expansão. Tal variação pode ser gerada por um acréscimo de tensões totais
devido a carregamentos externos ou mesmo por variações na poropressão, como no caso de eleva-
ção ou rebaixamento de lençol freático.

Outra característica do solo que é intimamente ligada à tensão efetiva é a sua resistência. Uma maior
tensão efetiva, ou seja, uma maior tensão normal entre as partículas, eleva a capacidade resistente a
cisalhamento do solo.

Vale ressaltar também, que para o cálculo da tensão efetiva em solos que se encontram em camadas
submersas é necessário utilizar o peso do solo submerso, de forma que um acréscimo na pressão
neutra sobre uma camada não tenha efeito nas propriedades mecânicas do solo.

Empuxos de Terra

O empuxo de terra é uma força lateral que depende de fatores como o parâmetro de resistência ao
cisalhamento do solo retido, a inclinação da superfície do aterro, a altura e a inclinação do maciço. Os
empuxos de Terra podem ser ativos, passivos ou em repouso.

O empuxo ativo ocorre quando a estrutura de contenção é gradualmente empurrada pelo maciço de
solo, onde diminui a tensão horizontal efetiva e ocorre a ruptura do solo. De forma simplificada, o em-
puxo ativo é a força que o solo exerce sobre uma estrutura para derruba-la. No empuxo passivo, por
sua vez, quando a estrutura é empurrada para o maciço ocorre o aumento da tensão horizontal efetiva
até que se atinja o equilíbrio plástico, e por fim a ruptura. A Equação 1 expressa os coeficientes de
empuxo.

A Tensão horizontal fica então definida pelo produto da tensão efetiva e do coeficiente de empuxo,
adicionando ainda uma parcela que pode ser somada ou subtraída referente a coesão. A dedução

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

dessas equações ocorre por meio de semelhança de triângulo no Circulo de Mohr, utilizando a equa-
ção da tensão de cisalhamento do solo. De forma direta e resumida quando o empuxo for ativo essa
parcela será negativa e quando for empuxo passivo a parcela será positiva, conforme Equação 2.

Assim como a tensão efetiva aumenta com a profundidade, o empuxo de terra (tensão horizontal)
também aumenta. Dessa forma, pode-se analisar como tensão triangular que começa em 0, na crista
de uma estrutura de contenção, por exemplo, e termina no valor da tensão horizontal daquela profun-
didade (Figura 1).

Entretanto, quando a estrutura tiver alguma sobrecarga além do solo (q), a sobrecarga também de-
verá ser analisada como tensão horizontal, aplicando o coeficiente de empuxo. Caso a base da estru-
tura esteja enterrada, a base a esquerda do maciço será mobilizada na ação do empuxo, gerando
uma tensão passiva que também começa em 0 e termina no valor da tensão horizontal passiva. A Fi-
gura 1 ilustra as tensões com sobrecarga sobre um muro de arrimo.

Há ainda a possibilidade do maciço apresentar uma certa inclinação contínua (alfa) no topo da con-
tenção, conforme a Figura 2. Nesse caso os coeficientes de empuxo ativo e passivo sofrem modifica-
ções na sua formulação, devido o ângulo de aplicação da força. A Equação 3 apresenta os coeficien-
tes para maciço inclinado. Nesse caso, a força resultante estará aplicado a H/3 da base do maciço,
mas com a mesma inclinação alfa.

Sondagem do Solo

A sondagem de solo consiste na investigação ou prospecção do subsolo de um determinado ter-


reno. O projeto de fundação de uma obra não pode ser concebido da maneira correta sem que haja
um procedimento de sondagem para determinar as propriedades físicas do solo.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Os ensaios de sondagem devem ser realizados tanto em obras de grande porte como de pequeno
porte. É comum que em obras de pequeno porte, como as edificações térreas, os ensaios geotécni-
cos não sejam realizados pelos responsáveis da obra sendo realizadas apenas avaliações visuais do
solo. Essa prática está errada! Antes do início de qualquer obra, deve-se ser feito o estudo do solo
através da sondagem de forma a garantir segurança e economia de materiais, evitando-se que retra-
balhos precisem de serem executados no futuro.

Uma sondagem deve fornecer informações do subsolo como:

 Espessura e dimensão de cada camada do solo até a profundidade desejada;

 Existência de água com a posição do nível de água encontrado durante a investigação do solo;

 Profundidade da camada rochosa ou do material impenetrável ao amostrador;

 As propriedades do solo ou da rocha como permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisa-


lhamento.

Sondagens à Trado

Os trados podem ser manuais ou mecanizados. Existem dois tipos de trado mais utilizados: concha
ou cavadeira e helicoidal e com menor emprego, os trados torcidos e espiral.

Os trados cavadeira tem cerca de 5, 10, 15 cm de diâmetro e são usados para estudos de ocorrên-
cias de materiais para terraplanagem e pavimentação, barragens, nos estudos de subleito rodoviários
e ainda para avanço da perfuração nas sondagens até que se encontre o nível de água ou até o seu
limite de utilização.

Os trados helicoidais, torcido ou espiral são empregados no interior do revestimento de sondagens a


percussão, podendo ser utilizados nos solos argilosos, mesmo abaixo do nível de água.

Trados Manuais

É um processo mais simples, rápido e econômico para as investigações do solo. A sonda-


gem à trado manual geralmente penetra somente nas camadas de solo com baixa resistência e
acima do nível d’água.

A perfuração do solo geralmente é realizada com os operadores girando uma barra horizontal aco-
plada a hastes verticais, onde se encontram as brocas. A cada 5 ou 6 rotações é necessário retirar a
broca para remover o material acumulado.

A amostragem geralmente é feita a cada metro, anotando-se as profundidades em que ocorrem mu-
danças do material.

Este tipo de sondagem é muito utilizado para a determinação do nível do lençol freático. As amos-
tras retiradas pelo trado manual são sempre deformadas, ou seja, o solo não mantém suas caracte-
rísticas físicas quando retirado da natureza.

Os resultados da sondagem são apresentados através de perfis individuais ou tabelas e são traçados
perfis gerais do subsolo.

Trados mecânicos

Os trados mecanizados é o processo de fundação profunda mais barato em relação aos custos relaci-
onados a perfuração e a quantidade de concreto.

É uma opção muito utilizada nos canteiros de obra pois é um processo limpo que não produz lama, é
fácil de ser transportado e mobilizado dentro da obra, requer um número pequeno de operadores e é
de execução relativamente rápida.

Além disso, a realização da sondagem por trado mecânico se caracteriza pela não produção de vi-
brações durante a perfuração e a perfuração em solos de resistência elevada.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

Sondagens à Percussão SPT

Conhecida como sondagem SPT (Standard Penetration Test) ou teste de penetração padrão ou sim-
ples reconhecimento, esse é um processo muito usual para conhecer o tipo de solo fornecendo infor-
mações importantes para a escolha do tipo de fundação.

Por meio da sondagem à percussão tipo SPT é possível determinar o tipo de solo atravessado pelo
amostrador padrão, a resistência (N) oferecida pelo solo a cravação do amostrador e a posição do
nível de água se encontrada água durante a perfuração.

Sondagem Rotativa

A sondagem rotativa permite a investigação e reconhecimento de rochas e solos permitindo a reti-


rada de amostras da rocha atravessada, podendo atingir grandes profundidades.

Os resultados das sondagens são apresentados em relatório, com planta do local e indicação dos
pontos perfurados, perfis geológicos geotécnicos de cada sondagem, contendo as informações da
obra, número, inclinação e rumo da sondagem, data de início e término, cota do furo e nível d’água
quando encontrado, profundidade e cotas na vertical, diâmetros de sondagem e profundidade dos re-
vestimentos, comprimento de cada manobra, número de golpes SPT ( quando solo ), recuperação
dos testemunhos, alteração, coerência, fraturamento, RQD, descontinuidades, classificação e inter-
pretação geológica.

Barragens de Terra

Desde os tempos antigos, barragens de terra foram construídas com a finalidade de armazenar água
para irrigação, sendo algumas das estruturas de tamanho considerável, como por exemplo, uma
construída no Ceilão no ano 504 A.C., que possuía 17 quilômetros de comprimento, 21 metros de al-
tura e contendo cerca de 15 milhões de metros cúbicos de material.

Antigamente todas as barragens de terra eram projetadas por métodos empíricos e a literatura de en-
genharia está repleta de registros de ruptura e acidentes dessas barragens. Somente a partir de
1.907, surgiram os primeiros procedimentos racionais para projeto dessas obras. Atualmente tais pro-
cedimentos permitem a construção de barragens de terra com mais de 150 m de altura. No Estado de
São Paulo, a barragem de Xavantes no Rio Paranapanema, atinge 90 m de altura.

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FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA

As barragens de terra são as mais elementares obras de barragens e normalmente se prestam para
qualquer tipo de fundação, desde a rocha compacta, até terrenos construídos de materiais incosolida-
dos. Esses últimos, aliás, são seu campo típico de aplicação. Existe uma certa variabilidade no tipo
de barragem de terra, que poderá ser homogêneo ou zonado.

a) Homogêneo - é aquele composto de uma única espécie de material, excluindo-se a proteção dos
taludes. Nesse caso, o material necessita ser suficientemente impermeável, para formar uma barreira
adequada contra a água, e os taludes precisam ser relativamente suaves, para uma estabilidade ade-
quada.

b) Zonado - esse tipo é representado por um núcleo central impermeável, envolvido por zonas de
materiais consideravelmente mais permeáveis, zonas essas que suportam e protegem o núcleo. As
zonas permeáveis consistem de areia, cascalho ou fragmentos de rocha, ou uma mistura desses ma-
teriais.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Noções Gerais de Instalações Prediais

 Instalações no contexto geral das disciplinas.

 As interdependências entre as instalações.

 Noções teóricas necessárias para desenvolvimento dos projetos de:

 Instalações prediais de água fria;

 Instalações prediais de esgoto sanitário;

 Instalações prediais de águas pluviais;

 Instalações prediais de prevenção e combate à incêndio;

 Instalações prediais de água quente.

A disciplina tem como pré-requisitos Hidráulica I, Desenho Técnico I e II, indispensáveis no aproveita-
mento adequado das técnicas de projeto e dimensionamento das instalações hidráulicas prediais.
Apesar de não constar como pré-requisito, exige-se do aluno conhecimento prévio em Resistência
dos Materiais, Teoria das Estruturas, Materiais de Construção e Hidrologia Básica, necessário para
aprimorar as técnicas de projeto.

A noção espacial é fundamental no dimensionamento das instalações, porque as canalizações das


instalações de água fria não devem ser locadas o mesmo ponto da canalização de esgoto, águas plu-
viais, etc. Se a canalização for embutida, é preciso ter noção das dimensões da parede e das canali-
zações para cruzar, sobrepor ou simplesmente atravessar.

A noção teórica necessária está no domínio das equações fundamentais da hidráulica, como mano-
metria, continuidade, Bernouilli, energia, quantidade de movimento, perda de carga. Além desta, as
equações experimentais como de Darcy-Weissbach, Hazen-Williams, Flammant, Fair-Whipple-Hsiao,
Manning e outras noções como perda localizada, comprimento equivalente, cavitação, associação de
bombas são requisitos indispensáveis no projeto e dimensionamento.

Para cada modalidade de instalação, é exigido conhecimentos específicos para projetar adequada-
mente. O projeto adequado deve ser funcional e racional ao mesmo tempo, traduzindo em eficiência
no funcionamento e economia na execução.

Exemplos Ilustrativos:

1) Na Figura 1.pode-se observar a interdependência entre sistemas de distribuição de água de abas-


tecimento e sistemas de esgotamento de água servida e águas pluviais de uma malha urbana com as
instalações hidráulicas prediais confinadas em cada lote que compõe a quadra.

água de abastecimento
águas pluviais

edificação

esgoto

Fig.01 - Sistema hidráulico existente externamente ao limite do terreno.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

2) Na Figura 2 observa-se que, dentro de uma edificação existem várias áreas de utilização de água
e geração de esgoto, e também haverá vários pontos de coleta de águas pluviais na cobertura da edi-
ficação.

DORM SALA DORM


SALA

BANHO A.S. A.S.


BANHO

COZ COZ

DORM DORM

HALL

DORM DORM

COZ COZ

BANHO BANHO
A.S. A.S.

DORM SALA SALA


DORM

Planta geral de uma edificação e suas diversas áreas de utilização de água.

3) Na Figura 3, é mostrado em detalhe uma das áreas de utilização de água numa edificação.

BANHO

CHUVEIRO

LAVATÓRIO

VASO SANITÁRIO

Fig.03 - Detalhe de uma área de utilização

Instalações Prediais de Água Fria

Objetivos

Para uma instalação predial de Água Fria estar bem projetada é necessário que:

 Seja contínuo o fornecimento de água aos usuários, e em quantidade suficiente, armazenando ao


máximo a um custo mais baixo possível e minimizando ao máximo os problemas decorrentes da inter-
rupção do funcionamento do sistema público;

 Preserve-se a qualidade da água;

 Limite-se as pressões e as velocidades a valores adequados para evitar vazamentos e ou ruídos


indesejáveis.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Etapas de Projeto

Concepção do projeto: é a etapa mais importante do projeto pois são definidos nesta fase o tipo do
prédio, pontos de utilização, o sistema de abastecimento e distribuição, localização dos reservatórios,
etc;

Determinação das vazões;

Dimensionamento: memorial descritivo e justificativo, cálculos, normas de execução, especificação de


materiais e equipamentos utilizados, plantas,esquemas hidráulicos, desenhos isométricos, relação de
materiais.

Sistema de Distribuição

Sistema Direto

Abastecimento das peças de utilização é feito diretamente com água da rede de distribuição sem re-
servação.

cavalete

rede pública

fig.04 - Sistema de distribuição direto.

As vantagens são: água de melhor qualidade; maior pressão disponível; menor custo de instalação.

As desvantagens são: falta de água no caso de interrupção; grande variação de pressão ao longo do
dia; limitação de vazão; maior consumo; etc

Sistema Indireto

Abastecimento das peças de utilização é feito através de reservatório de armazenamento da edifica-


ção.
cx.água

cavalete

rede pública

Fig.05 - Sistema de distribuição indireto.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

cx.água

cavalete

Bomba
boia
rede pública
cx. água inferior

Fig.06 - Sistema de distribuição indireto com bombeamento.

As vantagens são: fornecimento de água contínuo; pequena variação de pressão nos aparelhos;
golpe de aríete desprezível; permite a instalação de válvula de descarga; menor consumo de água.

As desvantagens são: possibilidade de contaminação da água reservada; menores pressões; maior


custo de instalação.

Sistema Misto:

Algumas peças de utilização são ligadas com águas provenientes da rede e outras do reservatório ou
de ambos. Normalmente, pias de cozinha, lavatórios e chuveiros tem duas alimentações.
cx.água

cavalete

rede pública

Fig.07 - Sistema de distribuição misto.

As vantagens são: água de melhor qualidade; fornecimento contínuo de água; permite a instalação de
válvula de descarga.

A desvantagem: fica por conta do maior custo de instalação.

Hidro-Pneumático

Os pontos de utilização são abastecidos por um conjunto pressurizador, sem reservação especial.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Manômetro Pressostato

Chave Magnética
Chave Trifásica

Controlador de Volume de Ar
visor
de Vidro
Rede Elétrica
Tanque

Distribuição Vacuômetro
Recalque

Bomba
Sucção
Dreno

Reservatório

Fig.08 - Sistema hidropneumático.

Partes Constituintes De Uma Instalação Predial De Água Fria

De acordo com a NBR-5626 são definidas as partes constituintes de uma instalação predial de água
fria:

 ALIMENTADOR PREDIAL: tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação ou


válvula de flutuador de reservatório;

 AUTOMÁTICO DE BÓIA: dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcio-


namento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos;

 BARRILETE: conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas


de distribuição;

 COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais;

 EXTRAVASOR: tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e


das caixas de descarga;

 INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA: conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a


elevar a água para o reservatório de distribuição;

 LIGAÇÃO DE APARELHO SANITÁRIO: tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o dis-


positivo de entrada no aparelho sanitário;

 PEÇA DE UTILIZAÇÃO: dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água;

 PONTO DE UTILIZAÇÃO: extremidade de jusante do sub-ramal;

 RAMAL: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais;

 RAMAL PREDIAL: tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação


predial;

 REDE PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO: conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de


distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos;

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

 RESERVATÓRIO HIDROPNEUMÁTICO: reservatório para ar e água destinado a manter sob pres-


são a rede de distribuição predial;

 RESERVATÓRIO INFERIOR: reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação ele-


vatória, destinada a reservar água e a funcionar como de sucção da instalação elevatória;

 RESERVATÓRIO SUPERIOR: reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recal-


que, destinado a alimentar a rede predial de distribuição;

 SUB-RAMAL: tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário;

 TRECHO: comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última co-
nexão da coluna de distribuição;

 TUBULAÇÃO DE RECALQUE: tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o


ponto de descarga no reservatório de distribuição;

 TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO: tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório infe-


rior e o orifício de entrada da bomba;

 VÁLVULA DE DESCARGA: válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal


de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água para
suas limpezas;
Reservatório Superior

Extravasor
ou Ladrão
Chave
Bóia

Dreno

Barrilete

Coluna de Distribuição

Tubo de Recalque Ramais de Distribuição

Ramais de Distribuição

Ramais de Distribuição

Conjunto Moto-Bomba
Conjunto de Recalque

Tubo de Sucção
Hidrômetro

Cavalete

Alimentador
Predial
Ramal Predial Reservatório Inferior

Rede Pública

Fig.09 - Partes constituintes de uma instalação predial de água fria.

Considerações Gerais

Material E Pressão

De acordo coma NBR-5626 os tubos e conexões que constituem uma instalação predial de água fria
podem ser de aço galvanizado, cobre, ferro fundido (fofo), PVC, ou de outro material de tal modo que

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

satisfaça a condição de que a pressão de serviço não seja superior à pressão estática no ponto con-
siderado, somada à sobrepressão devido ao golpe de aríete.

Sobrepressão : <20m.c.a (200kPa)

Pressão estática mínima: <40m.c.a (400kPa)

Pressão mínima de serviço: >0,5m.c.a (5kPa)

Quem provoca valores elevados de sobrepressão numa instalação de água fria geralmente é a vál-
vula de descarga, desta maneira a NORMA recomenda a não utilização desta. Caso necessária, re-
comenda que se dimensione uma coluna exclusiva para atender as válvulas de descarga.

Velocidade
Não poderá a canalização ter velocidade superior a 14 D ou 2,5m/s a fim de não se produzirem ruí-
dos excessivos. Quanto à velocidade mínima nada se recomenda.

Retrossifonagem

O refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de consumo em decorrência


de pressões negativas, denomina-se retrossifonagem.

Quase todos os aparelhos sanitários são capazes de possibilitar a ocorrência desse refluxo. No en-
tanto hoje em dia, face aos avanços tecnológicos, pode ocorrer com mais frequência somente em va-
sos sanitários e bidets. Para que seja evitado tal problema, a NBR-5626 apresenta as seguintes reco-
mendações, no caso de se ter um sistema indireto por gravidade:

 Os aparelhos passíveis de provocar retrossifonagem podem ser instalados em coluna, barrilete e


reservatório comuns a outros aparelhos ou peças, desde que seu sub-ramal esteja protegido por dis-
positivo quebrador de vácuo, nas condições previstas para sua instalação;

 Os aparelhos passíveis de provocar retrossifonagem podem ser instalados em coluna, barrilete e


reservatório comuns a outros aparelhos ou peças, desde que a coluna seja dotada de tubulação de
ventilação, executada com as seguintes características:

 ter diâmetro igual ou superior ao da coluna de onde se deriva;

 ser ligada à coluna à jusante do registro de passagem existente;

 haver uma tubulação de ventilação para cada coluna que serve a aparelho passível de provocar re-
trossifonagem;

 ter sua extremidade livre acima do nível máximo admissível do reservatório superior.

Fig.10 - Retrossifonagem

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

A alimentação do sub-ramal, que alimenta aparelhos passíveis de provocarem retrossifonagens ,deve


ser feita de um ponto da coluna no mínimo a 0,40 m acima da borda de transbordamento do aparelho
servido.

Estimativa de Consumo

Nas instalações prediais de água fria deverão ser considerados os consumos ou vazões relacionadas
da seguinte forma:

Consumo médio diário (CD) = valor médio do volume de água a ser utilizado na edificação em 24 ho-
ras.

Este valor é utilizado no dimensionamento do ramal predial, hidrômetro, ramal de alimentação, con-
junto moto-bomba para recalque e reservatórios.

A estimativa deste volume é feita com a utilização do consumo "per capita" para diferentes tipos de
ocupações atribuídas à edificação.

Tab.01. - Estimativa de Consumo Diário de Água

Tipo da Edificação Unidade Consumo

(litro / dia)

Apartamento capital 200

Apartamento Luxo dormitório 300 - 400

Quarto empregada 200

Residência Luxo capital 300 - 400

Residência Médio Valor capital 150

Residência Popular capital 120 - 150

Alojamento Provisório Obra capital 80

Apartamento de Zelador capital 600 - 1000

Edifício de Escritório ocupante real 50 - 80

Escola - Internato capital 150

Escola - Externato aluno 50

Escola - Semi Internato aluno 100

Hospital e Casa de Saúde leito 250

Hotel c/ Cozinha, Lavanderia hóspede 250 - 350

Hotel s/ Cozinha, Lavanderia hóspede 120

Lavanderia Kg roupa seca 30

Quartel soldado 150

Cavalaria cavalo 100

Restaurante refeição 25

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Mercado m2 de área 5

Garagem e Posto de Serviço automóvel 100

Rega de Jardim m2 de área 1,5

Cinema e Teatro lugar 2

Igreja lugar 2

Ambulatório capita 25

Creche capita 50

Fábrica - Uso Pessoal operário 70 - 80

Fábrica c/ Restaurante operário 100

Usina de Leite litro de leite 5

Matadouro grande animal 300

pequeno animal 150

Extraído de Macintyre, A.J. - Instalações Hidráulicas - Rio de Janeiro, Guanabara Dois, 1982.

O consumo diário poderá ser calculado utilizando a equação 1 dada abaixo:

CD  P  consumo per  capita (1)

Onde:

P = população ocupante da edificação.

A população ocupante poderá ser calculada utilizando os seguintes critérios:

1o critério: 5 pessoas por unidade residencial, caso de residência térrea;

2o critério: 2 pessoas por dormitório + 1 pessoa por dormitório de empregada, em caso de prédios de
apartamentos;

3o critério: código de obra de São Paulo, baseado em lotação máxima de ocupação das edificações,
como segue:

 Escritório: 1 pessoa / 9 m 2

 Lojas: 1 pessoa / 3 m 2

 Depósitos: 1 pessoa / 10 m 2

 Oficinas: 1 pessoa / 9 m 2

 Hotéis: 1 pessoa / 15 m 2

 Hospitais e consultórios: 1 pessoa / 15 m 2

 Escolas: 1 pessoa / 15 m 2

Para ilustrar esta questão, será dimensionado um edifício que servirá de exemplo piloto de dimensio-
namento de todas etapas de uma instalação hidráulica predial.

Dados: Um edifício residencial de apartamento:

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

 N0 de pavimentos: 8

 N0 de apartamento por andar: 2

 N0 de dormitórios por apartamento: 2

Utilizando a equação (1) e substituindo o valor encontrado na Tabela.1, consumo "per capita" para
apartamento, tem-se:

CD = P x 200 l / dia

A população é estimada através do 2o critério, resultando em:

8 and 2 apto 2 dorm 2 hab


P x x x
and apto dorm

P = 64 pessoas

então:

CD = 64 x 200 = 12.800 l /dia

Ramal Predial e Cavalete

O dimensionamento do ramal predial é feito utilizando-se o consumo diário (CD) do imóvel e a pres-
são disponível da rede de distribuição no local.

O diâmetro mínimo da ligação é 3/4"(20mm) para residências e pequenos edifícios. Normalmente, os


ramais prediais são dimensionados pelas companhias concessionárias de água e esgoto que operam
no local. Mas pode se fazer a estimativa do diâmetro do ramal predial facilmente à partir dos seguin-
tes dados:

 Pressão mínima disponível na rede;

 Cota do ponto de alimentação do reservatório inferior ou superior, em relação à cota da rede pú-
blica;

 Consumo diário (CD) médio estimado para o prédio, para distribuição indireta.

A velocidade média da água no alimentador predial deverá estar entre 0,60 m/s e 1.0 m/s, segundo a
norma NBR 5626.

Utilizando os dados do exemplo piloto, tem-se:

CD
QR  (2)
86400
QR = 0,148 l/s

Aplicando a continuidade (Q=V.A),o diâmetro poderá ser calculado então por:

4 QR
RP  (3)
 Vr
Considerando velocidade de escoamento igual a 0,6 m/s, tem-se:

(OBS: Transformar a Vazão em m³/s)

RP = 0,018 m   = 3/4" ou 20 mm.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Usualmente é utilizado tubo de 25mm.

O hidrômetro e o cavalete serão do mesmo diâmetro do alimentador predial.

Dimensionamento de Reservatórios

Normalmente, reserva-se no mínimo, o equivalente ao consumo diário (CD), mas é recomenda pela
norma NBR - 5626, volume de reservação (VT) entre 1  CD  3. Além disto, deve-se reservar
água para combater incêndio.

Distribuição do Volume de Armazenamento

A distribuição normal de volume de armazenamento recomendada é:

Rs = 2/5 VT  40%

Ri = 3/5 VT  60%

A reserva de incêndio deverá ser armazenada, na sua totalidade, somente em um dos reservatórios.

Outros critérios de divisão de volume de armazenamento podem ser adotados, como por exemplo:

Rs = 2/5 CD + Rinc

Ri = 3/5 CD + acréscimo de reservação

ou

Rs = 2/5 CD

Ri = 3/5 CD + acrescimo de reservação + Rinc.

Se após a divisão, a capacidade de reservação em cada reservatório ultrapassar 5 m 3, o reservatório


deve ser compartimentado em pelo menos duas câmaras.

Para cada compartimento do reservatório, devem ser previstas as seguintes tubulações:

 Alimentação (Ri e Rs);

 Saída para barrilete de distribuição da água de consumo (Rs);

 Saída para barrilete de incêndio (Rs);

 extravasor ou ladrão(Ri e Rs);

 Limpeza ou dreno (Ri e Rs),

 Suspiro (Ri e Rs),

 Sucção para o conjunto moto-bomba de recalque para o Rs (Ri),

 Sucção para o conjunto moto-bomba de incêndio (Ri).

A norma recomenda que todo excesso do C.D. seja armazenado no R.I.

Dimensionamento dos Reservatórios, utilizando os dados do exemplo piloto:

Para CD = 12.800 l, armazenando 1,5 CD, tem-se,

Volume de reservação: 1,5 x CD = 19.200 l

Este volume dividido nos reservatórios, obtém-se:

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Rs = 2/5 x 19.200 = 7.680 l

Ri = 3/5 x 19.200 = 11.520 l

Os valores acima calculados são os volumes úteis de operação dos reservatórios. A eles devem ser
somados a reserva de incêndio e/ou volume de limpeza.

Dimensões e Detalhamento do Reservatório Inferior.

Respeitando as áreas previstas ou livres no projeto arquitetônico da edificação, pode-se calcular:

Volume por compartimento: 11.520/2 = 5.760 l.

Como não há restrição de dimensão na planta de sub-solo, adota-se as seguintes dimensões:

 Largura = 2,95 m

 Comprimento = 2,50 m

Altura útil do reservatório, hutil,

5,76 vol
hutil    0,78m
2,95x 2,50 área
Adotando uma altura de limpeza para acumulo de lodo de Hvar = 0,12 m para evitar a entrada de im-
purezas do reservatório no sistema de distribuição.

A perspectiva do reservatório inferior está apresentada na Figura 11 e o detalhamento nas Figuras 12


e 13.

Valvula
de Retenção

Registro de Gaveta

Conjunto
de Recalque

Aberturas para
Inspeção

Alimentador Predial Boia Boia

Valvula de Pé
e Crivo

Reservatório Inferior

Fig.11 - Perspectiva do reservatório inferior.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Sucção Sucção
0,10 0,10 0,10
B B

0,10
Dreno Dreno
Estravasor Estravasor

Valvula de pé Valvula de pé
e crivo e crivo

0,60 0,60
Projeção da inspeção Projeção da inspeção
Boia Boia
0,60

0,10
Alimentador predial

Fig.12 - Planta do reservatório inferior.


Inspeção

0,10
Alimentador >0,15
<0,05 Nível max. >0,05
Boia Extravasor

H Volume útil

Nível min. Sucção

Hvar Reserva de incêndio/ limpeza


0,10
R.G.
Valv.pé e crivo
Dreno
Canaleta
de limpeza

Fig.13 - Corte do reservatório inferior.

Dimensões e Detalhamento do Reservatório Superior.

No dimensionamento do reservatório superior deve-se levar em conta as restrições arquitetônica e


estrutural da edificação. Normalmente o arquiteto reserva área específica para localização do reser-
vatório.

Das plantas e dos cortes da edificação pode-se dimensionar o Rs, o calculo da altura útil de armaze-
namento, hútil, para um volume de 3,84 m3 por câmara e dimensões de 2,50 m de comprimento por
1,40 m de largura, tem-se:

3,840
hutil   1,10m
2,50x1,40

Considerando todo volume de reserva de incêndio armazenada somente no Rs, estimado em torno
de 15.000 l(calculo deste volume será feito quando tratarmos de instalações prediais de combate a
incêndio), tem-se altura da reserva de incêndio, hinc,

R.s. = 15.000/2 = 7.500 l

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

7,50
hinc   2,14m
2,50x1,40

Adotado hinc = 2,15 m

O detalhamento do reservatório superior (Rs) é apresentado nas figuras 14 e 15.


0,10 L 0,10

0,10

INSPEÇÃO
0,60
INCÊNDIO DRENO

R,G, DISTRIBUIÇÃO b

0,60 EXTRAVASOR
BOIA
RECALQUE
0,10

BOIA
0,60 EXTRAVASOR
R,G,
DISTRIBUIÇÃO b
INSPEÇÃO
INCÊNDIO DRENO

0,10

Fig.14 - Planta do reservatório superior


0,10 0,10 0,10 0,10

INSPEÇÃO 0,10
R.G. 0,10

>0,15
<0,05 Nível Máximo de Operação >0,05
RECALQUE
BOIA(Chave Automática)

EXTRAVASOR

Hutil VOLUME ÚTIL

BOIA(Chave Automática)
Nível Mínimo de Operação

Hvar LIMPEZA / INCÊNDIO

0,10
R.G. R.G. R.G.

INCÊNDIO DISTRIBUIÇÃO DRENO

Fig.15. - Corte longitudinal do reservatório superior.

Dimensionamento das Tubulações De Dreno e Extravasores Dos Reservatórios.

Dreno:

As tubulações de drenagem dos reservatórios devem ser calculadas levando em consideração o


tempo máximo de esvaziamento de 2 horas, através das seguintes equações:

A
S h (4)
4.850t 

D S  4  (5)
 
Reservatório Inferior (RI)

2,95x 2,50
S 0,90
4.8502 

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S = 7,21x10-4 m2

Substituindo na equação 5 obtém-se:

D = 0,030 m, adotar diâmetro comercial D = 32 mm ou maior.

Reservatório Superior (RS)

2,50 x1,40
S 3,25
4.8502 
S = 6,50x10-4 m2

Obtém-se: D = 0,029 m, adotar diâmetro comercial D = 32 mm ou maior.

Extravasor

Normalmente adota-se um diâmetro comercial acima dos alimentadores dos reservatórios. Então tem-
se:

Para R.I. D = 25 mm, e,

Para R.S.D = 32 mm (ver cálculo do recalque).

Dimensionamento Da Bomba De Recalque


0,50
R.G.
0,50
0,50
R.G.
RS

Lrec

Valv. Retenção

2,83
R.G.
2,00

R.G. Junta flexível

R.G. R.G.

Bomba
2,00 União
Valv. pé e crivo
Junta flexível

R.G. R.G.
Bomba União 0,40 RI
Valv. pé e crivo

1,00 1,00

Fig.16 - Esquema Isométrico do Recalque sem escala.

A instalação de recalque deve ser dimensionada para vazão de recalque mínima equivalente a 15%
do consumo diário (CD), para tanto, são necessárias 6,66 horas de trabalho do conjunto moto-bomba
escolhido.

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Canalização de Recalque.

Utiliza-se a fórmula de Forchheimer modificada, considerando C = 1,3 para determinar o diâmetro:

rec  1,3.4 x . Q (2.6)

onde:

rec  Diâmetro da tubulação, (m),.

x n. de horas trabalhadas/24.

Q  Vazão, ( m3 / s ).

Canalização de Sucção.

Para o diâmetro de sucção adota-se 1 diâmetro comercial acima do diâmetro de recalque.

Para o exemplo dado, calcular os diâmetros das canalizações de recalque e sucção.

CD = 12.800 l / dia
3
Admitindo, a vazão mínima igual a 15% CD = 1,92 m / d
3
ou seja 15% CD = 1,92 m / h
4
Qr = 5,33x10 m 3 /s
A relação será:

6,66
X  .
24
Substituindo os valores, obtém-se:

rec  1,34 0,2778 5,33x104


drec = 0,022 m = adotar 0,025 ou 25 mm 1"

dsuc

Cálculo da Altura Manométrica

Hm = Hg + hlsuc + hlrec

Hg = 34,10 m.

- Cálculo da perda de carga ( hl )

Utilizando tubo de PVC.

Utilizando a tabela de Perdas de Carga do Catálogo da Tigre.

a) Sucção - (na situação mais desfavorável)

1
  1 " (32mm)
4
Comprimento desenvolvido = 4.40 m.

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Comprimentos equivalentes:

1 valvula de pé com crivo= 13.30

2 registros de gaveta= 0.60


o
1 joelho 90 = 1,50

2 Tê de saída lateral= 6,20

______________________

comp. total= 26 m
4
Usando a vazão de Q  5, 33x10 m / s do exemplo e fórmula de Fair - Whipple - Hsiao, dada em
3

livros mais recentes

Q  27,113J 0,632 D 2,596

ou dada pela Norma NBR - 5626

Q  27,113J 0,532 D 2,596


tem-se:

J  0,028mca / m

hlsuc = J x L = 0,028 x 26 = 0,73 m

b) Recalque (caso mais desfavorável)

 = 1" (25mm)

Comprimento desenvolvido: = 37,93 m.

Comprimento equivalente:

2 registros de gaveta = 0,40

1 válvula de retenção= 2,70


o
2 joelhos de 90 = 2,40

1 Tê passagem lateral = 2,40

1 Tê passagem bi-lateral = 2,40

___________

comp. total = 48,23 m

hlrec = J x Lrec

J = 0,094

hlrec = 0,094 x 48,23 = 4,53 m

Hm = 34,10 + 0,73 + 4,53

Hm = 39,36 ~ 40,0 m

- Cálculo da potência da bomba:

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

QHm 1000x5,33x104 x 40
Pot    0,28cv
75 75
a) Característica da bomba:
3
Q = 2,0 m / h

1
Hm = 40,0 m.c.a Pot  cv
2
Dimensionamento do Barrilete, Colunas, Ramais e Sub-Ramais de Distribuição.

Barrilete

É a tubulação que interliga as duas seções do reservatório superior e da qual partem as derivações
correspondentes às diversas colunas de alimentação.

 UNIFICADO: as ramificações para cada coluna partem diretamente da tubulação que liga as duas
seções do reservatório. Colocam-se registros que permitem isolar uma ou outra seção do reservató-
rio. Cada ramificação para uma determinada coluna correspondente tem o seu registro próprio. Esta é
a vantagem, pois o controle e a manobra de abastecimento, bem como o isolamento das diversas co-
lunas são feitos num único local da cobertura.

Fig.17 - barrilete unificado

 RAMIFICADO: da tubulação que interliga as duas seções, saem ramais , que dão origem a deriva-
ções secundárias para as colunas de alimentação. Utiliza-se este tipo de barrilete por razões de eco-
nomia de encanamento.

Fig.18 - barrilete ramificado

II.10.1.1. - Roteiro De Dimensionamento

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Depende exclusivamente da localização das colunas de distribuição;

As colunas devem ser localizada de comum acordo com a equipe envolvida no projeto global do edifí-
cio (arquiteto, calculista, elétrica, etc..):

a) determine para cada trecho da coluna a P (tab.2);

b) calcular a vazão nos trechos da coluna Q  0,3  P

Essa é a máxima vazão provável, pois nem todos os aparelhos estão em uso simultâneo. Nos casos
em que realmente todos os aparelhos funcionam simultaneamente, deve-se dimensionam as canali-
zações através da soma de razões (Tabela 2);

c) localizar registro no início de cada coluna;

d) determine a  P para cada trecho do barrilete e em seguida, as vazões nos respectivos trechos.

e) adotar um J = 0,08 m/m  Q  d  J.real

f) após estimativa dos diâmetros e verificações de que o caso mais desfavorável é atendido, determi-
nar a altura mínima da água no reservatório (determinar as pressões em todas as derivações do bar-
rilete.

g) determinar a pressão dinâmica mínima (P /  Z = pressão efetiva), no início de cada coluna.


Deve-se levar em conta a alimentação do aparelho que apresente a condição mais favorável. (ver
pressões de funcionamento das peças de utilização na Tabela 3 e vazões das peças de utilização Ta-
bela 2);

h) Dmin barrilete: 25 mm.

Tab.02 - Pontos de utilização - vazões de projetos e pesos relativos

Pontos de Utilização Vazão Peso

(litro/s)

Bebedouro 0,05 0,1

Bica de banheira 0,30 1,0

Bidê 0,10 0,1

Caixa de descarga para peça não aspirante 0,15 0,3

chuveiro 0,20 0,5

Máquina de lavar prato ou roupa 0,30 1,0

Torneira ou misturador de lavatório - Água fria 0,20 0,5

Torneira ou misturador de pia de cozinha - Água fria 0,25 0,7

Torneira de pia de despejos ou de tanque 0,30 1,0

Válvula de descarga para bacia sanitária 1,90 40,0

Válvula de descarga para mictório auto aspirante 0,50 2,8

Válvula de descarga para mictório não aspirante 0,15 0,3

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Pontos de Utilização Pressão [Kpa] (A)

Dinâmica Estática

Mín Máx Mín Máx

Aquecedor a gás 20 _ _ _

Aquecedor elétrico de alta pressão 5 400 10 400

Aquecedor elétrico de baixa pressão 5 40 10 50

Bebedouro 20 400 _ _

Chuveiro de diâmetro nominal 15 mm 20 400 _ _

Chuveiro de diâmetro nominal 20 mm 10 400 _ _

Torneira de água fria 5 400 _ _

Torneira de água quente 10 _ _

Torneira de bóia para caixa de descarga com


diâmetro nominal 20 mm
5 400 _ _

Torneira de bóia para reservatórios 5 400 _ _

Válvula e descarga de alta pressão (B) (B) (C) 400

Válvula de descarga de baixa pressão 12 _ 20 (C)

a-kPa = 10-1m.c.a. =10-2 kgf/cm2

b-O fabricante deve especificar a faixa de pressão dinâmica que garanta uma vazão mínima
de1,7l/s e máxima de 2,4l/s nas válvulas de descarga de sua fabricação.

c-O fabricante deve definir esses valores para a válvula de descarga de sua produção,respeitando
as normas específicas.

Exemplo de Dimensionamento:

Estimativa de vazão Q  0, 3 p
Estimativa de perda de carga, máxima de J  0, 08m / m

Coluna Contribuições Peso:

Af1 = Af2A. serviço1 tq 1,0

Cozinha1 pia0,7

Total1,7

Af3 = Af4 Banheiro1 lav.0,5

1 bid.0,1

1 vs- cx.desc 0,3

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

1 ch 0,5

Total1,4

R2

!,50
R1

1,60

AF1 1,55 AF2


A
1,75
2,40 2,40
7,00 7,00
1,45 1,45
1,30
C B D

1,30
AF3
AF4

Fig.19 - Esquema isométrico do barrilete

Vazão de Contribuição de Cada Coluna de Distribuição da Edificação:

- Coluna Af1 e Af2

Ep = 1,7 x 8 = 13,6

Q = 0, 3 13. 6 = Q = 1,11 l/s

- Coluna Af3 e Af4

Ep = 1,4 x 8 = 11,2

Q= 0, 3 11, 2 = Q = 1,00 l/s


Cálculo da Vazão de Contribuição por Trecho.

Trecho - R1 - A = R2 - A = A -B

Q  0,3 (2 x13,6  2 x11,2 )

Q = 2,11 l/s

Trecho B - C

Q  0, 3 (11, 2  13, 6)
Q = 1,49 l/s

Trecho B - D

Q  0,3 (13,6  11,2)

Q = 1,49 l/s

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Trecho C - Af1

Q  0, 3 13, 6
Q = 1,11 l/s

Trecho C - Af3

Q  0, 3 11, 2
Q = 1,00 l/s

Trecho D - Af2

Q  0,3 13,6

Q = 1,11 l/s

Trecho D - Af4

Q  0, 3 11, 2
Q = 1,00 l/s

Pré-Dimensionamento das Canalizações

Adotando J = 0,08 m/m

Utilizando a fórmula de Fair - Whipple - Hsiao e planilha eletrônica EXCEL, pode-se estimar rapida-
mente os valores dos diâmetros das tubulações a serem utilizadas no barrilete.

Os valores podem ser conferidos na Tabela a seguir.

Pré-Dimensionamento das Tubulações do Barrilete

Obs: Para os cálculos dos valores utilizou-se a formula adotada na literatura.

Verificação Quanto a Pressão Dinâmica ( Mínima 0,5 M.C.A. Ou 5 KPA )

Considerar sempre o percurso mais desfavorável para a verificação da pressão. Desta forma estará
dimensionando a favor da segurança. Os valores da tabela abaixo foram obtidos através da planilha
eletrônica. Os valores adotados como comprimentos desenvolvidos e equivalentes são apresentados
na sequência.

Dimensionamento e verificação do funcionamento dinâmico das canalizações do barrilete utilizando


valores encontrados no pré-dimensionamento.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Trecho R2 – A

Comprimento desenvolvido 4, 65

Comprimento equivalente 50mm


1 Entrada de borda ----------------- 2,30

1 Registro de gaveta aberto ------ 0,70


o
1 Joelho 90 -------------------------- 3,20

1 Tê passagem direta -------------- 2,20

TOTAL 8,40 m

Trecho A – B

Comprimento desenvolvido1,75

Comprimento equivalente 50mm


1 Tê saída bilateral ----------------- 7,30

TOTAL 7,30 m

Trecho B – C

Comprimento desenvolvido1,45

Comprimento equivalente 50mm


1 Tê saída bilateral ----------------- 7,30

TOTAL 7,30 m

Trecho B – D

Comprimento desenvolvido1,45

Comprimento equivalente 50mm


1 Tê saída bilateral ----------------- 7,30

TOTAL 7,30 m

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Trecho C - Af1

Comprimento desenvolvido2,40

Comprimento equivalente 40 mm

1 Registro gaveta aberto 0,40


0
1 Joelho 90 -------------------------- 2,00

TOTAL 2,40 m

Trecho C - Af3

Comprimento desenvolvido8,30

Comprimento equivalente 40 mm


0
2 Joelhos 90 ------------------------4,00

1 Registro gaveta aberto --------- 0,40

TOTAL 4,40 m

Trecho D - Af2

Comprimento desenvolvido2,40

Comprimento equivalente 40 mm

1 Registro gaveta aberto ---------0,40


0
1 Joelho 90 ------------------------- 2,00

TOTAL 2,40 m

Trecho D - Af4

Comprimento desenvolvido8,30

Comprimento equivalente 40 mm

1 Registro gaveta aberto ------ 0,40


0
2 Joelhos 90 -------------------- 4,00

TOTAL 4,40 m

Coluna de Distribuição

Derivam do barrilete e após um certo trecho na cobertura, descem verticalmente para alimentar os
diversos pavimentos.

O dimensionamento das colunas é realizado em função das vazões nos trechos e dos limites de velo-
cidade (2,5m/s ou 14 D ),vide tabela 4 ,adiante. Uma mesma coluna pode ter 2 ou mais trechos com
diâmetros diferentes, porque a vazão de distribuição diminui à medida que se atinge os pavimentos.

As colunas de distribuição podem ser dimensionadas levando-se em consideração uma faixa de velo-
cidade mediana entre 0,6 ~ 1,6 m/s evitando assim, perdas de carga excessiva, ruídos e golpes na
coluna. A Figura 20 mostra esquematicamente as colunas e as derivações dos respectivos ramais de
distribuição.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

O dimensionamento das colunas é acompanhado de uma planilha de cálculo.

O dimensionamento e os cálculos dos diâmetros dos trechos de cada coluna de distribuição são apre-
sentados nas tabelas a seguir da Figura 20.

Tab.04 - velocidades e vazões máximas

DIÂMETRO NOMINAL VELOCIDADE MÁXIMA VAZÃO MÁXIMA

DN (Ref)

mm (-) M/S l/s

15 (1/2) 1,60 0,20

20 (2/3) 1,95 0,6

25 (1) 2,25 1,2

32 (1.1/4) 2,50 2,5

40 (1.1/2) 2,50 4,0

50 (2) 2,50 5,7

60 (2.1/2) 2,50 8,9

75 (3) 2,50 12

100 (4) 2,50 18

125 (5) 2,50 31

150 (6) 2,50 40

Af1 Af2 Af3 Af4 BARRILETE

0.50
8
2,80

7
2,80

6
2,80

5
2,80

4
2,80

3
2,80

2
2,80

1
3,50

TÉRREO

Fig.20 - Esquema das colunas de distribuição

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Dimensionamento Das Tubulações Da Coluna De Distribuição AF1.

Dimensionamento Das Tubulações Da Coluna De Distribuição AF2.

Dimensionamento Das Tubulações Da Coluna De Distribuição AF3.

II.10.2.4. - Dimensionamento Das Tubulações Da Coluna De Distribuição AF4.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Ramais e Sub-Ramais

De início devemos saber das alturas dos pontos de utilização das peças. Saber estas alturas é neces-
sário para poder verificar as pressões de utilização no último pavimento e no térreo por problemas de
Pmin e Pmáx.

Tab.05: Altura dos pontos de utilização

Válvula de descarga 1,10 m

Caixa tipo Montana 2,00 m

Caixa tipo acoplada ao vaso

Banheira 0,55 m

Bidê 0,30 m

Chuveiro 2,00 a 2,20 m

Lavatório 0,60 m

Máquina de lavar 0,75 m

Tanque 0,90 m

Filtro 2,00 m

Pia de cozinha 1,00 m

 RAMAL: são tubulações derivadas da coluna de alimentação e que servem a conjuntos de apare-
lhos. O dimensionamento é feito pelo consumo máximo possível, utilizando a tabela 6.

 SUB-RAMAL: são tubulações que ligam os ramais às peças de utilização ou aparelhos sanitários.
Utiliza-se a tabela 7.

Tabela 6: Seções Equivalentes

Diâmetro dos ca- 1/2 3/4 1 1 1/4 1 1/2 2 2 1/2 3 4


nos (pol.)

N de canos de 1 2,9 6,2 10,9 17,4 37,8 65,5 110,5 189


½ com a mesma
capacidade

Ponto de Utilização Diâmetro nominal

[mm] (pol)

Aquecedor de alta pressão 15 1/2

Aquecedor de baixa pressão 20 3/4

Banheiro 15 1/2

Bebedouro 15 1/2

Bidê 15 1/2

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

Caixa de descarga 15 1/2

Chuveiro 15 1/2

Filtro de pressão 15 1/2

Lavatório 15 1/2

Máquina de lavar roupa ou prato 20 3/4

Mictório auto aspirante 25 1

Mictório não aspirante 15 ½

Pia de cozinha 15 ½

Tanque de despejo ou de lavar roupa 20 ¾

Válvula de descarga 32(A). 11/4

a- Quando a pressão estática de alimentação for inferior a 30 kPa (3 m H2O), recomenda-se instalar
a válvula de descarga em sub-ramal com diâmetro nominal de 40 mm (11/2”).

Para dimensionar os ramais de distribuição adota-se tubulação de 25 mm de diâmetro em todos os


trechos, conforme distribuído no esquema da Figura 21

Af4
0,30

0,20

Ch

R.G.

1,60 1,00

R.P.

0,30 0,70 0,60 0,70


0,50
Lv B C
A
0,40
V.S. Bd

Esquema Isométrico do Banheiro Tipo

Utilizando planilha eletrônica EXCEL, pode-se dimensionar os diâmetro dos ramais e sub-ramais de
distribuição, e com isso verificar as pressões de funcionamento dos demais pavimentos..

Verificação Das Pressões Dos Pontos De Utilização Dos Sub-Ramais Do Pavimento Mais Desfavorá-
vel.

Trecho 8 - A

Comprimento desenvolvido2,40

Comprimento equivalente (25 mm)

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

1 Registro gaveta aberto ---------0,20


0
2 Joelho 90 ------------------------- 2,40

1 Tê de saída bi-lateral --------- 2,40

TOTAL 5,00 m

Trecho A - B

Comprimento desenvolvido0,70

Comprimento equivalente (25 mm)

1 Tê de saída bi-lateral --------- 2,40

TOTAL 2,40 m

Trecho B - C

Comprimento desenvolvido0,60

Comprimento equivalente (25 mm)

1 Tê de saída bi-lateral --------- 2,40

TOTAL 2,40 m

Trecho A - LV

Comprimento desenvolvido0,00

Comprimento equivalente (25 mm)

1 Tê de saída bi-lateral --------- 0,00

TOTAL 0 m

Trecho B - VS

Comprimento desenvolvido0,40

Comprimento equivalente (25 mm)

1 Joelho 90 --------- 1,20

TOTAL 1,20 m

Trecho C - BD

Comprimento desenvolvido0,40

Comprimento equivalente (25 mm)

1 Joelho 90 --------- 1,20

TOTAL 1,20 m

Trecho C - CH

Comprimento desenvolvido2,20

Comprimento equivalente (25 mm)

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

1 Registro pressão aberto ---------3,50


0
2 Joelho 90 ------------------------- 2,40

TOTAL 5,90 m

Observe os trechos em que ocorre maior perda de carga, substitua os por diâmetros ligeiramente
maior, não esquecer de atualizar os comprimentos equivalentes antes de refazer os cálculos. Repetir
a operação até verificar as pressões mínimas recomendadas.

Dimensionamento Das Canalizações Do Ramal E Dos Sub-Ramais Do Pavimento Mais Desfavorável.

Obs. Somente para o último andar (8).

Para os demais andares, devido ao acréscimo de pressão resultante dos desníveis, os diâmetros das
canalizações serão iguais ao apresentado na Tabela acima.

Verificação Das Pressões Dos Pontos De Utilização Dos Sub-Ramais Do 7o Pavimento.

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INSTALAÇÕES PREDIAIS

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

Planejamento De Projetos E Obras

Planejamento De Obra Passo A Passo

O planejamento de obra é uma etapa essencial para garantir o sucesso de um empreendimento – e


de uma empresa! No Brasil nós temos o costume de planejar os projetos até um certo ponto e depois
improvisar conforme o que aparece, e é aí que costumam ocorrer as perdas, desperdícios e atrasos.
Um planejamento de obra cuidadoso auxilia a manter os imprevistos e o caos das obras sob controle,
prevendo as entregas e mantendo as atividades dentro do prazo.

Uma matéria da Revista Exame em 2015, chamada “O Custo da Burrice”, demonstra como a falta de
planejamento de obra prejudica a construção no Brasil. De acordo com a reportagem, o costume
brasileiro é dedicar pouco tempo da obra para o planejamento, ⅕ do total. Em países mais
desenvolvidos, a elaboração de projetos, montagem dos cronogramas e as projeções de custos
consomem muito mais tempo: cerca de 40% do tempo previsto para uma obra no Japão; na
Alemanha, 50%.

A falta de organização se reflete diretamente na qualidade da infraestrutura do país, inclusive quando


se trata de obras públicas. O metrô de São Paulo, por exemplo, entrou em operação em 1974 e tem
78 km de trilhos. O metrô de Seul, na Coreia do Sul, foi inaugurado no mesmo ano e já tem 386 km.

As linhas de metrô do Rio de Janeiro, que começaram a operar em 1993, hoje são praticamente as
mesmas. O trem de superfície apenas melhorou com as obras das Olimpíadas – outro exemplo de
como somos ruins em planejar e executar dentro dos prazos.
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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

Problemas de projeto? Falta de investimento? Nem sempre este é o problema! Um bom


planejamento de obra é crucial para conseguir sucesso nos empreendimentos – e uma
evolução constante. Basta dedicar-se com mais afinco à esta tarefa e munir-se das informações e
ferramentas adequadas.

E então, vamos detalhar passo a passo como fazer um bom planejamento de obra?

1º Passo: Estudo De Viabilidade De Obra

Antes de mais nada, é preciso saber se a empresa tem dinheiro em caixa suficiente para cobrir os
custos operacionais. Caso haja, é preciso avaliar se o novo projeto vai trazer lucro ou não. Ou seja, é
preciso fazer um estudo de viabilidade financeira da obra!

Se você já faz um controle bem organizado dos custos das suas obras, prever o desembolso e o lucro
para a próxima não deve ser grande problema. Caso o seu controle de custos ainda não esteja bom
ou confiável o suficiente, você pode começar utilizando a nossa planilha gratuita de Gestão de Custo
de Obras.

Para obter o máximo de confiabilidade no seu estudo de viabilidade econômica o mais recomendado
é munir-se do máximo de informações possíveis. Projetos e memoriais descritivos do
empreendimento são bons pontos de partida para um estudo de viabilidade econômica. Além
disso, é importante ter dados que permitam prever o que esperar deste empreendimento.

Algumas informações que podem ajudar no seu planejamento de obra e estudo de viabilidade:

• Equipamentos e ferramentas que serão utilizados

• Custo para execução da fundação

• Custos e orçamentos para preparação do terreno

• Custos de terceirização e/ou contratação de mão de obra

• Prazos para cada etapa da obra

• Taxa de remuneração da construtora

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

• Custo dos projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidrossanitário, prevenção de incêndio,


ambiental, etc.

• Custos da regularização e licenciamento de obra

• Possibilidades de financiamento e condições de pagamento

• Cálculo de Orçamento de Obra

• Cronograma de Obra organizado

• Cálculo de Retorno de Investimento (ROI)

• Cálculo de BDI

• Planejamento de vendas

Nesta etapa de estudo de viabilidade, o orçamentista é de fundamental importância. Esse profissional


em conjunto com os decisores – diretores, sócios, acionistas – é quem vai fornecer as bases para
uma definição do projeto.

Business Intelligence

A tecnologia pode auxiliar – e muito – na tomada de decisão! Ferramentas de Business


Intelligence voltadas para a construção oferecem uma visão gerencial dos custos das suas obras e da
sua empresa, o que pode fazer a diferença na sua análise de viabilidade e evitar investimentos
equivocados.

2º Passo – Orçamento De Obra

O projeto é viável, você e sua empresa tomaram a decisão de construir: é hora de detalhar o
orçamento de obra! Essa etapa de orçamento é crucial para o planejamento de obra!

Você pode utilizar de planilhas para fazer este controle ou então automatizar o processo com um
ERP. O Sienge, por exemplo, permite utilizar informações do projeto desenvolvido em BIM para gerar
orçamentos automáticos.

Alguns dos itens que você não pode esquecer para um orçamento de obra eficiente são o
cálculo do BDI e do ROI esperado!

BDI: calculando Benefícios e Despesas Indiretas

O índice BDI na Construção Civil – do Inglês Budget Difference Income ou Benefícios e Despesas
Indiretas em Português – é um elemento orçamentário específico para cada obra e que ajuda a
conseguir um preço de venda final melhor levando em conta os custos indiretos. Estes custos
indiretos são geralmente tributos municipais, estaduais, margem de incerteza, etc. Para saber mais
sobre como calcular o BDI no orçamento da sua obra, leia nosso post completo sobre o
assunto.

ROI – Return on Investment ou Retorno do Investimento

O Retorno do Investimento é um cálculo simples e que muitas vezes é neglicenciado. Trata-se de


saber, efetivamente, qual foi o lucro do seu empreendimento.

Segundo a Endeavor, uma das maiores organizações de apoio ao empreendedorismo, a seguinte


fórmula é suficiente para este cálculo:

ROI = (GANHO OBTIDO – INVESTIMENTO INICIAL) / INVESTIMENTO INICIAL

Neste exemplo, supondo que o ganho no seu empreendimento tenha sido 500 mil reais e o
investimento inicial tenha sido de 100 mil reais, temos:

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

ROI = (500.000 – 100.000) / 100.000

ROI = 4

O resultado significa que o retorno foi de quatro vezes o investimento inicial. Para você obter o ROI
em forma de porcentagem,é só multiplicar o resultado por 100. Nesse caso, seria de 400%.

3 º Passo – Cronograma Físico-Financeiro

Com o orçamento detalhado e definido, o Cronograma Físico-Financeiro é o próximo passo: com ele
você consegue distribuir os custos por data e etapa da obra.

A importância de um Cronograma Físico-Financeiro na sua obra, é saber com boa previsibilidade


quanto tempo os serviços irão durar e quanto irão custar.

Com um Cronograma Físico-Financeiro você pode:

a. Mapear todas as atividades e custos relacionados desde o começo até o fim da obra

b. Identificar custos mensais acumulados

c. Ter um planejamento de obra mais realista

d. Melhorar o controle do fluxo de caixa

e. Melhorar a previsibilidade da obra

4 º Passo – Regularização Da Obra

Ainda durante a fase de projeto já é importante se preocupar com a regularização da sua obra! A
burocracia para conseguir todas as permissões e licenças de um empreendimento pode empurrar os
prazos para frente e causar alterações no projeto. Ou seja, custos extra!

Uma obra sem os requisitos necessários pode receber multas e notificações! Fique atento para
ter tudo que é preciso no seu planejamento de obra! Verifique se o seu canteiro tem tudo que é
exigido, como por exemplo a placa indicando o responsável técnico, espaço dedicado para
armazenamento de materiais, cercamento com tapumes e passagem para pedestres.

Preste atenção aos requisitos necessários para a regularização e licenciamento da obra, como:

• Matrícula do imóvel

• Contratação de Profissional Habilitado

• Projeto Arquitetônico

• Alvará de Construção

• Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)

• Placa, plantas e ART na Obra

• Certidão Negativa de Débito (CND) INSS

• Atestado das concessionárias de água e esgoto

• Atestado de conformidade da instalação de energia elétrica

• Auto de vistoria do corpo de bombeiros

• Habite-se

• Registro do imóvel

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

4º Passo – Acompanhamento De Atividades Da Obra

A execução da obra precisa ser acompanhada e avaliada constantemente. Esse é o ponto nervoso
que garante o sucesso de um planejamento de obra ou não!

Para garantir uma equipe de execução eficiente e organizada, é essencial ter ou contratar um time
excelente.

Avalie o que é mais vantajoso para sua empresa: aumentar o time de execução ou terceirizar a
empreitada.

Se a mão de obra for terceirizada, é preciso ter ainda mais cuidado – especialmente com
o contrato de empreitada/prestação de serviços. A terceirização da mão de obra é uma boa saída,
mas está mais propensa à processos trabalhistas.

Caso queira contratar uma equipe para prestar serviços na sua obra, nós temos um Modelo de
Contrato de Prestação de Serviços de Construção que pode ajudar. O documento foi revisado por
nosso assessor jurídico e está disponível gratuitamente.

>> Aproveite o nosso checklist para elaboração de um contrato de prestação de serviços de


construção

• Segurança do trabalho

A integridade dos trabalhadores do canteiro de obra deve ser sempre uma prioridade! Acidentes
instalam um clima de incerteza, prejudicam o trabalhador, a empresa e a equipe. Para prevenir
ocorrências no canteiro de obra é bom garantir:

– Um bom planejamento do canteiro de obra

– Fiscalizar o uso de EPIs e EPCs

– Cercar a obra com tapumes, andaimes e telas de segurança para evitar acidentes com pedestres

– Seguir as normas de segurança

– Armazenar os materiais nos locais adequados

Diário de Obra

O diário de obras é um documento muito importante para o planejamento de obra porque dá uma
visão real do que está acontecendo na construção. Preenchê-lo e manter um histórico
proporciona uma visão da evolução da obra dia a dia e facilita quando há alguma dúvida ou
impasse sobre atrasos ou medições.

Por exemplo, se uma concretagem estava agendada para um dia em que choveu e teve que ser
adiada, esse fato deve constar no diário de obras.

5º Passo – Ajustando Os Prazos

A verdade é que um bom planejamento de obra não vai exigir muitas mudanças ou revisões.
Porém, quando se verifica que o previsto está longe do realizado, é preciso reformular e adaptar.
Estes ajustes são essenciais para ter um método cada vez mais afinado e preciso.

Se formos nos basear nas práticas mais eficientes, podemos adotar métodos como Lean Construction
e o Método Tempo-Caminho, por exemplo.

• Lean Construction

O método de Lean Construction é baseado em uma linha japonesa de pensamento que procura
trabalhar com construções enxutas. Ou seja, o foco é comprar e armazenar apenas a quantidade de

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PLANEJAMENTO DE PROJETOS E OBRAS

material necessária para cada etapa, evitando o desperdício. Essa prática baseia-se muito na
corrente do toyotismo.

• Planejamento de Obras com o Método Tempo-Caminho

O planejamento de obras Tempo-Caminho ajuda a definir diferentes prazos de execução para cada
tarefa. Por exemplo o tempo dedicado à Estrutura em uma obra deve ser maior do que o tempo
dedicado à Alvenaria. O responsável pelo planejamento de obra pode controlar e prever esses
tempos diferentes através de gráficos. Saiba mais sobre o assunto lendo o nosso post.

6º Passo – Acabamento E Licenciamento

Quando a obra chega ao momento de acabamento, é hora de conferir se o licenciamento e a entrega


do imóvel estão encaminhados e bem planejados.

– Verifique se o Habite-se, Alvarás sanitários, vistorias e outros documentos estão em dia


– Planeje a entrega do imóvel para o cliente

O momento de entregar as chaves com o imóvel pronto para ser usado costuma ser especial para
quem vai ocupá-lo. Planeje este ato e garanta que tudo está em ordem para que seu cliente possa
aproveitar ao máximo o novo empreendimento!

Um documento que ajuda bastante a conservar a integridade do trabalho da sua equipe e evita o
desgaste dos imóveis é o Manual do Proprietário de Imóveis. Nós preparamos um modelo
gratuito que você pode usar com os seus clientes!

Veja alguns materiais que ajudam a melhorar a Entrega do Imóvel:

• Modelo de Manual do Proprietário de Imóveis

• Modelo de Termo de Entrega de Chaves

• Modelo de Recibo de Quitação de Imóvel

A tecnologia ajuda a fazer Planejamento de Obra

O planejamento de obras tem vários fatores que o alteram e precisa ser muito bem feito e monitorado.
É preciso tomar cuidado para não se perder no meio de tantas informações e prazos. É nessa
hora que a tecnologia se torna uma grande aliada!

Ao invés de usar várias planilhas que não são integradas e precisam ser preenchidas à mão, linha
a linha, você pode usar um software de gestão, como o Sienge. O Sienge é voltado para
empresas de construção e leva em conta todos os passos sobre os quais falamos neste post!

O melhor é que com as integrações do Sienge, você pode orçar, planejar, acompanhar, cotar com
fornecedores, comprar suprimentos, emitir notas, fazer fluxo de caixa e muito mais – tudo no mesmo
ambiente!

O Que Compõe O Planejamento De Obras?

Como já dissemos, o planejamento não é um simples documento com coordenadas e orientações


para a execução das obras. Ele deve incluir o plano diretor de toda a obra (longo prazo), estudos de
viabilidade, orçamento inicial e um plano de ação com foco nas equipes envolvidas, nos prazos e nos
serviços necessários em cada etapa da obra.

Na hora de executar todas essas atividades, o profissional precisa ir além e pensar todos os
resultados com foco na redução de desperdícios e do retrabalho, além de prever possíveis erros e
imprevistos que possam comprometer o prazo de conclusão da obra.

Viabilidade

De forma resumida, os estudos de viabilidade buscam avaliar se a construção do empreendimento

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trará lucros ou prejuízos para a construtora. Para isso, é necessário avaliar os custos de projetos
construídos anteriormente, além do lucro ou dos gastos extras trazidos por cada um deles.

Também é necessário avaliar o fluxo de caixa da construtora – ou seja, se ela possui dinheiro para
cobrir os custos operacionais da obra antes de começar a lucrar com ela – e se as condições
econômicas e do mercado são favoráveis para a realização do projeto naquele momento.

Orçamento De Obras

Talvez o orçamento seja a parte mais importante do planejamento de obras – com um orçamento
errado ou incompleto, a empresa pode ter prejuízos enormes ou até mesmo ser obrigada a paralisar
os trabalhos no canteiro por falta de verba. Apesar de extremas, essas duas situações são mais
comuns do que se pensa, já o cálculo das variáveis é extenso e depende de itens como o BDI
(Benefícios e Despesas Indiretas), preço final de venda dos imóveis, cronograma físico-financeiro,
atividades a serem terceirizadas e encargos trabalhistas dos funcionários.

Além disso, o orçamento de obras pode seguir quatro metodologias diferentes, que envolvem menos
ou mais detalhes a respeito das variáveis envolvidas: estimativa de custos, orc?amento preliminar,
estimativa por etapa da obra e orc?amento anali?tico. O grande erro é pensar que essas
metodologias são opostas, quando na verdade são complementares, e não dispensam o foco na
exatidão e no detalhamento dos resultados obtidos. Para saber mais sobre o assunto, baixe o nosso
eBook Guia Definitivo do Orçamento de Obras.

Acompanhamento Das Obras

O planejamento continua à medida que os trabalhos no canteiro de obras avançam. É necessário


planejar os serviços, utilização de recursos financeiros e materiais e gerenciar as atividades em
tempo real, já que o status da obra se modifica a cada dia de trabalho. Por isso, é importante pensar
no planejamento como um acompanhamento contínuo do projeto, que pode se modificar de
acordo com a disponibilidade da mão de obra e dos níveis de produtividade da mesma.

Para realizar este acompanhamento, os profissionais frequentemente utilizam ferramentas de gestão


de tarefas e projetos em diversos níveis – como o Construct, que proporciona uma visão global e
integrada do progresso das obras e da realização de atividades pelos profissionais.

Ferramentas Para O Planejamento De Obras

Existem algumas metodologias de gerenciamento de projetos que podem auxiliar os profissionais a


elaborar um planejamento de acordo com os objetivos da empresa. Um deles é o Lean
Construction – construção enxuta, em inglês –, onde o objetivo é eliminar todos os gastos
desnecessários com a obra e maximizar a produtividade da equipe. Idealizado pela Toyota, o Lean
Construction também busca implementar sistemas de informação e novas tecnologias, com foco na
antecipação e prevenção de problemas e surpresas.

Outra metodologia frequentemente utilizada é o manual PMBOK, idealizado pelo Project Management
Institute (PMI). O estudo aborda as melhores práticas e os conhecimentos necessários para uma
gestão de projetos otimizada, sendo uma referência para os gestores de projetos de construção civil e
tecnologia de todo o mundo – já falamos dele várias vezes aqui no Blog.

A Importância Do Planejamento De Obras

Sem um planejamento, podemos dizer que é impossível executar qualquer obra. O bom planejamento
serve como guia para todas as etapas da obra, desde os estudos preliminares até a execução dos
serviços, a alocação de recursos, a troca de informações a venda dos imóveis ou unidades
construídas.

No geral, ao menos 25% do tempo dos profissionais que gerenciam o canteiro de obras será
gasto apenas para solucionar problemas e imprevistos. Este tempo pode ser diminuído com um
planejamento de obras eficiente e conectado às demais etapas do projeto, onde os profissionais
envolvidos podem gerenciar suas atividades com efetividade e tomar decisões estratégicas ágeis
quando necessário.

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Panejamento E Controle De Obras Da Construção Civil – Uma Introdução

Não importa em que área, você planeja o tempo todo. Ao dormir pensando no que/como fazer no dia
seguinte até na hora de acordar planejando durante o dia. Como para toda ação, existe uma reação,
quanto maior tempo alocado no planejamento, menor será o tempo desperdiçado, especialmente
quando pensamos em projetos voltados a Engenharia Civil e ao planejamento e controle de obras.

Imagine viajar sem pensar em combustível, distância, quem levar, etc.

Mesmo inconscientemente você planeja e faz o controle na forma de dirigir, verificando outras rotas
ou o transito e sentindo o veículo.

Planejamento E Controle De Obras

O planejamento de projetos na área de construção civil é capaz de dominar com segurança não
apenas o investimento e a injeção de capital neste tipo de mercado, mas também possibilitar o
controle no tempo de execução.

Nenhuma empresa é capaz de sobreviver e permanecer dentro do mercado competitivo da


construção civil sem integrar a gestão da empresa com a gestão de custos da obra.

O diagnóstico correto das informações e de todo esse estudo de planejamento e controle de obras,
permite e conduz o gestor de projetos a aperfeiçoar o melhor desenvolvimento do próprio projeto.I

Isto torna possível otimizar os recursos na atividade de forma a proporcionar melhor desempenho e
ganhos para a própria empresa.

A Indústria Da Construção Civil No Brasil

Até o final da década de 70, quase todas as empresas nessa área da construção civil eram
financiadas pelo estado não tendo por isso, nenhum tipo de preocupação relevante sobre
como evoluir tecnologicamente nesse mercado

Com o efeito da globalização e a privatização de inúmeras empresas, o setor da construção


civil sofreu ainda mais.

Com a diminuição da influencia estatal nessa área, acabou por aumentar os juros, aumentou também
às exigências no âmbito da competitividade e afetou o nível da qualidade dos serviços.

Isso tudo ocorreu em função dos possíveis riscos de investimento por parte dos investidores que
agora trabalhavam em parceria com o governo.

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Com a crise mundial de 2008/2009 o mercado construtivo desacelerou, mas a União promoveu novos
programas e projetos que estimularão e mantiveram o mercado em pleno crescimento.

Mercado este que busca cada dia mais se informatizar e controlar mais seus processos.

Em um futuro bem próximo o planejamento e controle de obras será realizado sem papel.Com
dispositivos interativos e conectados, permitindo um projetista e/ou engenheiro explicar o projeto e
seus detalhes remotamente.

Promovendo a interação entre escritório, canteiro e o operário.

Os projetos e gerenciamento de projetos serão desenvolvidos de forma quase automática pelos


softwares, através de banco de dados que registraram o conhecimento de diversos projetistas ao
redor do mundo. Promovendo uma nova era na construção civil.

O Planejamento Dentro Da Construção Civil

A responsabilidade das empresas para desenvolver o controle e o planejamento dentro da construção


civil é principalmente a responsabilidade em tentar igualar as tomadas de decisões, ao longo do
período de execução da obra.

Isto é feito através de estudos, diagnósticos e também através da identificação de desvios ocorridos
em relação ao próprio planejamento inicial.

Segundo Machado, 2003, Araújo e Meira, 1998, O controle pode ser realizado em 3 dimensões:

• Física;

• Econômica;

• Financeira.

Já quando se trata de analisar os recursos humanos (mão de obra), o problema já entra em outro
tipo de esfera.

Muitas vezes são pouco instruídos, capacitados e especializados.

Nesse sentido, o empreendedor necessita encontrar meios para gestionar e dimensionar todas essas
necessidades profissionais para conseguir finalizar com excelência a execução de uma obra.

Neste aspecto é interessante controlar o fluxo e a densidade de trabalhadores dentro do canteiro


de obras em horários isolados, pois isso interfere na qualidade, na produtividade e na capacidade
de realização das atividades, elevando muito o custo do investimento

Portanto é de grande importância que os recursos sejam controlados e corretamente investidos


em atividades que tragam benefícios reais e imediatos.

Mais importante ainda é observar que o empreendedor deverá ter uma consciência de que deve
valorizar ao máximo a fase que antecede a execução:

O PLANEJAMENTO, O ESTUDO, A CONCEPÇÃO, O PROJETO, PARA OBTER UMA MELHOR


QUALIDADE NOS RESULTADOS.

DESSA FORMA PODEMOS CONCLUIR QUE A FASE “PROJETO” É FINITA, SINGULAR E POSSUI
OBJETIVOS BEM DEFINIDOS EM FUNÇÃO DE UM PROBLEMA ESPECIFICO.

Relevâncias De Planejamento

Algumas relevâncias da fase de elaboração e planejamento do projeto são:

• Ser capaz de identificar com clareza as necessidades do cliente

• Fazer um estudo prévio do custo e das condições em que o edifício será submetido;

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• Assegurar qualidade do projeto, tendo a consciência de que o custo aumentará de acordo com
o tempo gasto na elaboração do projeto.

• Ter a capacidade de contemplar alguns mecanismos capazes de minimizar falhas e


desvios desnecessários;

• Desenvolver trabalhos que definam de forma sóbria uma construção capaz de atender as
necessidades do usuário;

• Correto planejamento e controle da obra;

• Desempenho das atividades dentro do canteiro;

• Desenvolvimento correto das fases evolutivas de planejamento

O Planejamento Propriamente Dito

Abaixo segue algumas etapas importantes para definição de modelos para o planejamento e controle
de obras:

Planejamento Clássico

Transforma materiais em produtos acabados.

• Vantagens: Por ser um modelo elementar, se aplica facilmente.

• Desvantagens: Não há variações dos recursos utilizados, pois as variações positivas não
são registradas existindo muita perda de recursos não levando em consideração o ambiente
que receberá a obra.

Processo Produtivo

Identifica problemas no planejamento e propõe soluções. Analisa os erros e desvios orçamentários


propondo algumas ações e procedimentos visando corrigir os erros.

• Vantagens: A busca por fornecedores e recursos permitindo avaliar o custo de todo o processo.

• Desvantagens: Para que a avaliação desse custo seja o mais próximo do real se faz necessário ter
em mãos todas as informações relevantes para a compreensão da produtividade o que gera também
altos custos para o empreendedor

Diagnóstico da Empresa

Elabora uma estimativa de custos da empresa identificando os fatores críticos e importantes para o
sucesso.

• Vantagens: Analisa de projetos com maior qualidade, menor custo e tempo. Promove
um enriquecimento dos colaboradores em todos os aspectos financeiros.

• Desvantagens: Sem uma equipe muito atenta aos acontecimentos não é possível identificar
corretamente os fatores críticos que promovem esse sucesso supracitado fazendo que o
planejamento fixe suas propostas em bases equivocadas.

Sequencial

Avaliação de interfaces departamentacionais com o envolvimento de vários auditores para ajudar nas
avaliações.

• Vantagens: Diminuição da mão de obra, menores custos e tempo.

• Desvantagens: O resultado positivo depende diretamente da motivação e do planejamento


da equipe.

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Ritmo de Execução

Cadencia o ritmo executivo. Taxa de produção onde todas as tarefas se apresentam críticas.

• Vantagens: Acompanhamento diário, controle da mão de obra e do ritmo de execução da mesma.

• Desvantagens: Para que funcione bem, todas as atividades tem que ser corretamente
definidas para que não haja mão de obra ociosa in loco.

Objetivos Do Trabalho

Vale ressaltar que em todo planejamento e controle de obras existem riscos potenciais que devem ser
levados em conta quando você está planejando para definir um investimento na área da construção
civil.

Por isso se faz necessário que os gestores e profissionais da área sigam a risca os objetivos do
trabalho e se concentrem para esclarecerem qualquer tipo de restrições que possa surgir no decorrer
do projeto.

É necessário desenvolver um meio termo para essa situação, sem ser excessivamente detalhado
porem com diretrizes norteadas pelo diretor da obra com tarefas a serem executadas diariamente até
a conclusão da obra.

No Projeto de Implantação (Construção) deverá ser formulado um conjunto de indicadores que


se expressam de acordo com andamento e desempenho do trabalho, sem permitir desvios fora do
que havia sido planejado originalmente.

Este conjunto de indicadores podem ser:

• Relação entre planejado e real;

• Alterações ao projeto;

• Alterações de empregos criados;

• Distúrbios;

• Alterações;

• Nível de Contribuição;

• Grau de Impacto das Mudanças.

Todos esses indicativos são importantes para a execução do trabalho de forma bem feita e é
baseado em compromissos e pressupostos desenvolvidos nas diferentes fases do processo de
planejamento.

No entanto, o planejamento empresarial é desenvolvido em três níveis: planejamento


operacional (curso prazo), tático (médio prazo) e estratégico (longo prazo).

Planejamento e controle de obras e serviços: veja 5 passos para otimizar

Empresas do setor da construção civil costumam passar por dificuldades para controlar a execução
de uma obra, isso, muitas vezes por não terem realizado o planejamento de uma forma adequada.
Este fato pode gerar atrasos e gastos maiores que o necessário, além claro, de comprometer a
qualidade dos serviços.

Geralmente, o planejamento não é levado tão a sério como deveria. Para evitar que problemas
ocorram durante a gestão da obra, selecionamos 5 passos para que você possa otimizar o
planejamento e controle de obras e serviços da melhor forma possível.

1. Orçamento

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A etapa do orçamento da obra precede o Planejamento. O orçamento é definido pela soma de todos
os custos diretos e indiretos de uma construção, ou seja, quanto a obra deverá custar. O orçamento
é composto por Materiais, Mão de Obra, Equipamentos, Verbas, Leis Sociais e BDI.

Para a realização do orçamento é fundamental que seja feito o levantamento das atividades que
deverão ser executadas, levando em consideração todos os serviços que estarão presentes e o
levantamento quantitativo de cada um. Em seguida deve-se estimar os custos de cada serviço com
base na composição de custos unitária e multiplica-los pelo seu quantitativo, para se obter o custo
direto total da obra.

As composições de custos unitárias dos serviços levam em consideração o consumo de mão de obra,
materiais e equipamentos por unidade de serviço a ser executado.

Sobre a origem das composições, é mais recomendado a utilização de composições próprias da


empresa, com base em serviços anteriores e na expertise do orçamentista, porém podem ser
utilizados bases de referências existentes no mercado, como por exemplo a SINAPI, fornecido pela
Caixa.

Após levantado dos custos diretos, deve-se se considerar, as despesas indiretas, tais como:
impostos, pessoal administrativo, aluguel de escritório, telefone, internet, dentre outros. Isso é
importante para calcular o BDI, e chegar ao preço final da obra.

Um orçamento de obras bem elaborado é fundamental para a realização do planejamento e posterior


sucesso na execução.

2. Planejamento

Com o orçamento da obra aprovado, é hora de trabalhar no planejamento, etapa anterior a execução.
O planejamento irá definir o que, quando e como será executada a obra, 9considerando seu
orçamento. O objetivo desta etapa é evitar imprevistos e falhas durante a execução, a fim de otimizar
os trabalhos e reduzir os seus custos.

O planejamento deve conter informações detalhadas sobre todas as fases da obra, tais como os
custos com mão de obra, materiais, equipamentos, métodos de execução de serviços e prazos de
início e fim estimados. Essas informações precisam estar acessíveis a todos os responsáveis pela
obra, a fim de serem consultadas sempre que for preciso.

É comum as obras atrasarem devido à insuficiência de mão de obra ou erros nas solicitações de
materiais. Por isso, é importante trabalhar com uma programação antecipada das compras e das
contratações, procurando estar sempre à frente das etapas definidas no planejamento.

Fique atento a alguns pontos importantes que devem constar no planejamento da sua obra:

• Cronograma de execução detalhado da obra;

• Cronograma de pagamentos/recebimentos;

• Ferramentas e equipamentos que serão utilizados na obra;

• Necessidade de contratação de mão de obra e/ou terceirização;

• Licenciamento e regularização da obra;

• Planejamento do canteiro de obras;

• Projetos arquitetônico, estrutural, hidráulico, elétrico, ambiental, prevenção de incêndio etc.;

• Necessidade de financiamento;

3. Gestão Operacional E Logística

A gestão operacional e logística da obra é importante para otimizar a produção e evitar atrasos no
cronograma. Deve-se analisar fatores como:

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• A organização do canteiro de obras;

• O fluxo de materiais e de pessoas no local;

• A proporção das instalações provisórias;

• A seleção de equipamentos de transporte.

Também é preciso garantir a integridade física dos colaboradores do canteiro de obras, pois
acidentes geram um clima de instabilidade, prejudicam o trabalhador, a equipe e a empresa.

Para garantir a segurança e aumentar a produtividade no canteiro de obras, é aconselhável:

• Manter o canteiro de obras limpo e organizado;

• Fiscalizar o uso de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e de Equipamentos de Proteção


Individual (EPIs);

• Interditar a obra com andaimes, tapumes e telas de segurança, para evitar acidentes com
pedestres;

• Obedecer às normas de segurança;

• Manter os materiais e equipamentos em locais apropriados.

Outro procedimento operacional que deve ser realizado durante a execução da obra é o diário de
obras. Ele possibilita uma visão realista dos acontecimentos do dia a dia da construção e proporciona
uma melhor compreensão de como as etapas e tarefas estão sendo cumpridas, sua evolução e o
motivo de eventuais atrasos.

Por exemplo, se um serviço que estava agendado para um determinado dia precisou ser reagendado
por motivos de chuva ou por falta de material, é importante que essas ocorrências sejam registradas
no diário de obras.

4. Planejado X Realizado

Para garantir um melhor desempenho dos processos de gerenciamento de obra você deve monitorar
constantemente todas as atividades. Isso pode parecer um pouco cansativo, porém se você definir
uma técnica de avaliação eficiente poderá verificar a evolução de cada etapa dos serviços realizados
com mais praticidade.

O principal procedimento utilizado para verificar a evolução da obra, tanto na parte física quanto na
financeira é a medição da obra. Deve-se estimar o percentual de obra pronta, sempre levando em
consideração os quantitativos dos serviços levantados, que pode ser cruzados com os
valores orçados para a obra. Com a medição das atividades realizadas, é possível verificar se os
custos e prazos estão dentro do que foi planejado para essa determinada fase da obra. Para facilitar
na gestão dos valores que foram gastos em cada atividade, etapa por etapa, pode-se utilizar
um softwareespecífico para o setor da construção, o que torna essa atividade mais rápida e assertiva.

5. Aprendizado

Ao contrário do que muitos pensam o planejamento de obras e serviços não é estático. Por esse
motivo é preciso utilizar o método planejado x realizado durante e após a conclusão das atividades,
verificando se os valores foram efetivamente gastos conforme o montante previsto no orçamento e se
as atividades foram executadas nos prazos e sequencia definidas no planejamento.

Com essa técnica é possível conhecer como seus custos são destinados. Assim, é possível obter
composições de custos próprias, e ser cada vez mais assertivo nos próximos orçamentos.

Além disso, após concluir a análise, você terá em mãos um material completo com informações
importantes da obra para consultas e planejamentos futuros.

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Para facilitar o processo de planejamento e controle da obra e serviços, utilize softwares de gestão
específicos para o segmento da construção civil, como o Mais Controle ERP.

Com as dicas explanadas ao longo deste post, esperamos que você consiga melhorar o
planejamento e controle de obras e serviços da sua empresa.

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