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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

Propriedade Rural Ritter


PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM III

SÃO MIGUEL DO OESTE - SC


2017
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

PROPRIEDADE RURAL RITTER


PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM III

ALUNA: CRISTIANE RITTER RA 1756705

Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM III, apresentado como um dos


pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso
Superior de Tecnologia em Agronegócio.

ORIENTADOR (a): PROFESSOR ROGERIO TRABALLI

SÃO MIGUEL DO OESTE - SC


2017
RESUMO

Este estudo tratou-se de um Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM III,


referente ao projeto de pesquisa realizado no primeiro bimestre do segundo semestre
do curso superior em Tecnologia de Agronegócio da Universidade Paulista – UNIP.
Neste trabalho buscou-se aplicar os conhecimentos adquiridos na teoria e coloca-los
em prática em uma propriedade rural. A propriedade rural escolhida encontra-se no
interior do município de Iporã do Oeste – SC, localizada na comunidade de Monte
Maria, sedo que a mesma atua no ramo da bovinocultura leiteira, possuindo dois
colaboradores. Foram abordadas as disciplinas de contabilidade, com os tópicos:
Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados do Exercício, a situação de
liquidez da empresa e o grau de endividamento da mesma, ainda a disciplina de
estatística aplicada, sendo utilizada para organizar os dados e com isto obter a
melhor decisão e a disciplina de fundamentos e importância da logística, para
melhorar o processo de venda dos produtos e a aquisição dos materiais necessários.
Foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo para a análise do
funcionamento da propriedade. Como principal resultado pode-se analisar que
atualmente as propriedades rurais precisam estar em constante adaptação às
exigências do mercado comprador. Com base nisso sugeriu-se algumas melhorias
como, a implantação de um sistema de gestão financeira, melhorando e sabendo
assim a situação financeira da propriedade e a melhoria do plantel animal de
produção, isso para que a empreendimento rural possa prosperar e aumentar o seu
porte.

Palavras-chaves: Projeto. Contabilidade. Estatística. Logística. Agronegócio.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÂO ......................................................................................................8
2 CONTABILIDADE .....................................................................................................9
2.1 Balanço Patrimonial .........................................................................................9
2.1.1 Ativo ............................................................................................................10
2.1.1.1 Ativo circulante .....................................................................................10
2.1.1.2 Ativo não circulante ..............................................................................11
2.1.1.2.1 Ativo realizável a longo prazo ........................................................11
2.1.1.2.2 Investimentos .................................................................................11
2.1.1.2.3 Imobilizado .....................................................................................11
2.1.1.2.4 Intangível ........................................................................................12
2.1.2 Passivo .......................................................................................................12
2.1.2.1 Passivo circulante .................................................................................12
2.1.2.2 Passivo não circulante ..........................................................................12
2.1.2.3 Patrimônio líquido .................................................................................13
2.1.2.3.1 Capital social ..................................................................................13
2.1.2.3.2 Reservas de capital ........................................................................13
2.1.2.3.3 Reservas de lucro ...........................................................................14
2.1.2.3.4 Ajustes de avaliação patrimonial ....................................................14
2.1.2.3.5 Prejuízos acumulados ....................................................................14
2.1.2.3.6 Ações em tesouraria .......................................................................15
2.2 Demonstração de Resultados do Exercício .................................................16
2.3 Indicadores de liquidez ..................................................................................17
2.3.1 Liquidez imediata ........................................................................................17
2.3.2 Liquidez geral..............................................................................................18
2.3.3 Liquidez corrente ........................................................................................18
2.3.4 Liquidez seca ..............................................................................................19
2.4 Grau de endividamento ..................................................................................19
3 ESTATÍSTICA APLICADA ......................................................................................21
3.1 Coleta de dados ...................................................................................................21
3.1.1 Contínua .....................................................................................................21
3.1.2 Periódica .....................................................................................................21
3.1.3 Ocasional ....................................................................................................21
3.2 Crítica dos dados ............................................................................................22
3.3 Apuração dos dados ......................................................................................22
3.4 Exposição ou apresentação dos dados ........................................................22
3.5 Análise dos resultados obtidos .....................................................................22
3.6 Estatística na empresa ...................................................................................23
3.7 Média aritmética ..............................................................................................24
3.8 População ........................................................................................................24
3.9 Amostra ...........................................................................................................24
4 FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA .............................................26
4.1 Fluxo logístico.................................................................................................26
4.1.1 Vantagem em produtividade .......................................................................27
4.1.2 Vantagem em valor .....................................................................................27
4.1.3 Vantagem competitiva por meio da logística ..............................................28
4.2 Missão do gerenciamento logístico ..............................................................28
5 CONCLUSÃO .........................................................................................................29
6.REFERÊNCIAS .......................................................................................................30

.
6

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Estrutura de um Balanço Patrimonial ........................................................ 10


Figura 2 - Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício .............................. 16
Figura 3 - Fluxo logístico ........................................................................................... 27

Gráfico 1 - Produção da Propriedade Rural Ritter por um ano .................................. 23


Gráfico 2 - Animais da Propriedade Rural Ritter ....................................................... 25

Quadro 1 - Balanço Patrimonial da Propriedade Rural Ritter .................................... 15


Quadro 2 - Demonstração de Resultado de Exercício da Propriedade Rural Ritter .. 17
7

LISTA DE ABREVIATURAS

DRE Demonstração do Resultado do Exercício


LSA Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76)
PIM Projeto Integrado Multidisciplinar
UNIP Universidade Paulista
8

1. INTRODUÇÂO

Para a elaboração deste PIM - Projeto Integrado Multidisciplinar III será


analisado uma pequena propriedade rural familiar, que atua no ramo da
bovinocultura leiteira. Está situada no interior de Iporã do Oeste – SC, localizada na
comunidade de Monte Maria. A Propriedade Rural Ritter, atua cerca de 30 anos na
área, possuindo no seu quadro de colaboradores duas pessoas.
Este trabalho tem como objetivo aplicar os conhecimentos adquiridos na teoria
no decorrer do estudo das disciplinas e colocar em prática, buscando compreender
como funciona em uma propriedade rural.
Foram estudadas neste bimestre as disciplinas de Contabilidade com os
tópicos de balanço patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, os
tipos de liquidez e o grau de endividamento, a disciplina de Estatística Aplicada é
essencial para a tomada de decisão conforme os dados da empresa e a disciplina de
Fundamentos e Importância da Logística que busca compreender como funciona a
logística da venda dos produtos e/ou serviços vendidos pela empresa estudada.
A metodologia de pesquisa utilizada para a elaboração deste trabalho foi a
pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo.
Espera-se como resultado deste trabalho, conseguir aprontar melhorias para a
gestão da propriedade rural que foi analisada, isso para facilitar e agilizar o processo
de desenvolvimento do empreendimento rural e ampliar o porte da mesma.
9

2 CONTABILIDADE

Conforme Silva (2012, p.3),

O trabalho do profissional de contabilidade se inicia com a interpretação e o


registro dos fatos econômicos (escrituração), seguidos da apresentação da
posição econômica, financeira e patrimonial da empresa, através da
elaboração das demonstrações contábeis. Estas demonstrações são
submetidas então à análise de auditores independentes, que confirmarão e
validarão os valores nelas expressos, através de emissão de relatório.

Segundo Ribeiro (2013, p.4),

Dentre as informações destacam-se aquelas de natureza econômica e


financeira. As de natureza econômica compreendem, principalmente, os
fluxos de receitas e de despesas, que geram lucros ou prejuízos, e são
responsáveis pelas variações no patrimônio líquido. As de natureza
financeira abrangem principalmente os fluxos de caixa e do capital de giro.

A seguir, será apresentado o balanço patrimonial e a sua análise conforme a


propriedade rural analisada.

2.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial, conforme estabelecem os artigos 178 a 185 da


LSA, deve representar de forma quantitativa e qualitativa a posição
financeira e patrimonial da empresa, a qual é composta por bens, direitos e
obrigações em um determinado momento. Na sua elaboração, as contas
deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que
registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da
situação financeira da companhia, ou seja: Ativo, Passivo e Patrimônio
Líquido (SILVA, 2012, p.41).

O Balanço Patrimonial é apresentado em forma de um T, sendo que o lado


esquerdo é onde está situado o Ativo e o lado direito está o Passivo (RIBEIRO,
2013).
Na figura 1, é apresentada a estrutura de um balanço patrimonial. Podemos
observar que o balanço patrimonial está divido em dois itens: ativo e passivo. Dentro
de cada um desses itens, possui vários subitens que facilitam o entendimento e
consequentemente facilitam a elaboração do mesmo.
10

Figura 1 - Estrutura de um Balanço Patrimonial

Fonte: Cintra (2013)

A seguir serão apresentadas as duas classificações do balanço patrimonial: o


Ativo e o Passivo.

2.1.1 Ativo

“No Ativo, as contas representativas dos bens e dos direitos serão dispostas
em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, em dois
grandes grupos: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante” (RIBEIRO, 2013, p.403).
De acordo com Silva (2012, p.42), “Ativo é um recurso controlado pela
entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem
futuros benefícios econômicos para a entidade”.
Em seguida serão apresentados os dois grupos do ativo: o ativo circulante e o
ativo não circulante.

2.1.1.1 Ativo circulante


11

“Em síntese, pode-se dizer que serão classificados no ativo circulante o


dinheiro e os direitos que serão transformados em dinheiro durante o ciclo
operacional da empresa, além, é claro, das despesas do exercício seguinte”
(SANTOS et al., 2011, p.30).
O ativo circulante pode ser classificado em subgrupos, são eles: o caixa,
ficará o dinheiro e/ou cheques que a empresa possui e que ainda não foram
depositados em conta bancária. Sendo que o caixa pode ser controlado de duas
formas: o sistema de fundo fixo e o flutuante. As contas bancárias são os saldos
disponíveis para a empresa utilizar. As aplicações de curto prazo encontram-se
disponíveis de forma imediata a empresa, como exemplo, as poupanças e os fundos
de aplicação. E o numerário em trânsito (SANTOS et al., 2011).

2.1.1.2 Ativo não circulante

De acordo com Silva (2012, p.43), “Todos os demais ativos devem ser
classificados como não circulante. O ativo não circulante é composto por ativo
realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível”.
Em seguida, serão apresentadas as subdivisões do ativo não circulante.

2.1.1.2.1 Ativo realizável a longo prazo

São classificados os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte,


como empréstimos a sociedades, derivados de vendas e adiantamento a diretores
(SILVA, 2012).

2.1.1.2.2 Investimentos

Neste grupo encontram-se os investimentos a sociedades externas e direitos


de qualquer natureza que não são classificados em nenhum outro item. Como
exemplo, podemos citar as participações em outras empresas e imóveis de renda
(SILVA, 2012).

2.1.1.2.3 Imobilizado
12

Definido no inciso IV do art. 179 da Lei nº 11.638/07, que são todos os bens
corpóreos destinados a manutenção da empresa, neste se incluem veículos,
imóveis, máquinas, animais de produção, equipamentos de processamento
eletrônico de dados (softwares), entre outros (SANTOS et al., 2011).

2.1.1.2.4 Intangível

Definido no inciso do art. 179 da Lei nº 11.638/07, são todos os bens


incorpóreos destinados a manutenção da empresa, como exemplo, patentes,
marcas, direitos autorais, entre outros (SANTOS et al., 2011).

2.1.2 Passivo

Conforme Santos et al. (2011, p.23), “São os recursos consumidos pela


entidade para a geração de fluxos de caixa futuros. É a parte negativa do patrimônio
e está representada pelas obrigações da entidade.”
As contas do passivo são dispostas em ordem descrente do prazo de
vencimento e podem ser classificados em três: passivo circulante, passivo não
circulante e patrimônio líquido (SANTOS et al., 2011).

2.1.2.1 Passivo circulante

“Neste grupo serão classificadas as obrigações da empresa cuja liquidação se


espera que ocorra dentro do exercício social seguinte (art. 180)” (SANTOS et al.,
2011, p.39).
Devem ser registradas, as obrigações formalizadas como as não
formalizadas, isso se for possível calcular ou estimar o custo, são exemplos,
pagamento de fornecedores, pagamento de salários dos funcionários,
financiamentos a pagar, entre outros (SANTOS et al., 2011).

2.1.2.2 Passivo não circulante

Segundo Santos et al. (2011, p.41),


13

Serão classificadas no passivo não circulante as obrigações da companhia


cujo vencimento do título esteja inserido após o exercício social seguinte, ou
seja, referem-se aos mesmos itens classificados no passivo circulante, mas
com vencimento em prazo superior ao exercício seguinte. Além disso, serão
classificadas no passivo não circulante em subgrupo da receita diferida as
receitas recebidas antecipadamente, já deduzidas as despesas a elas
correspondentes.

Podemos citar exemplos de passivo não circulante, os fornecedores (LP),


financiamentos (LP) e aluguéis recebidos antecipadamente.

2.1.2.3 Patrimônio líquido

De acordo com Silva (2012, p. 45),

Na equação patrimonial, o Patrimônio Líquido se constitui no valor residual


dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os passivos.
Representam os valores aplicados no empreendimento pelos sócios
quotistas ou acionistas e pelas reservas, lucros retidos ou prejuízos
acumulados.

O Patrimônio líquido pode ser classificado nos seguintes grupos: capital


social, reservas de capital, reservas de lucro, ajustes de avaliação patrimonial,
prejuízos acumulados e ações em tesouraria.

2.1.2.3.1 Capital social

Conforme Santos et al. (2011, p.42), o capital social

É o investimento efetuado na empresa pelos sócios ou acionistas, fixado no


contrato social ou estatuto social da companhia. A conta de capital é a
expressão que os acionistas se obrigam a trazer para a formação do acervo
necessário à realidade do objeto social.

O capital social pode ser dividido em dois grupos: o capital subscrito que é o
valor que já foi entregue a empresa pelos acionistas. E o capital a integralizar é o
numerário que foi prometido pelos acionistas à empresa que ainda deve ser
realizado (SANTOS et al., 2011).

2.1.2.3.2 Reservas de capital


14

Conforme Santos et al. (2011, p.42), “As reservas de capital representam


valores recebidos pela empresa e que não transitam pelo resultado da companhia
como receitas”.

2.1.2.3.3 Reservas de lucro

“Representam lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específica,


e visam basicamente à proteção dos direitos dos acionistas e credores da
companhia” (SANTOS et al.,2011, p.43).
As reservas de lucro podem ser divididas em grupos, são eles: reserva legal,
reserva estatutária, reserva de contingências, reserva para incentivos fiscais, reserva
de retenção de lucros, reserva de lucros a realizar, reserva de prêmio na emissão de
debêntures e reserva especial – dividendo obrigatório.

2.1.2.3.4 Ajustes de avaliação patrimonial

De acordo com Silva (2012, p.47),

Nela deverão ser lançadas, enquanto não computadas no resultado do


exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de
aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do
passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos
na LSA ou em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. Os
valores lançados nesta conta transitaram ainda pelo resultado.

Os ajustes de avaliação patrimonial podem ser divididos em três grupos, ente


eles: o de reserva de reavaliação de ativos próprios, a reserva de reavaliação em
ativos de controladas e o ajuste a valor justo de instrumentos financeiros (SANTOS
et al., 2011).

2.1.2.3.5 Prejuízos acumulados

De acordo com Ribeiro (2013, p.408), os prejuízos acumulados são os


“Prejuízos apurados pela empresa no exercício atual, ou em exercícios anteriores,
até que sejam compensados com lucros, saldos de reservas ou assumidos pelos
sócios”.
15

Com a nova redação da LSA extinguiu-se a conta de Lucros acumulados,


sendo aplicada para empresas com sociedades por ações e não as demais (SILVA,
2012).

2.1.2.3.6 Ações em tesouraria

Segundo Santos et al. (2011, p.43),

As ações em tesouraria estão representadas pelas ações da companhia que


forem adquiridas pela própria sociedade nas operações permitidas pela Lei
nº 6.404/76. As ações em tesouraria devem ser apresentadas no Balanço
Patrimonial como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a
origem dos recursos aplicados em sua aquisição (art. 182, § 5º).

Pelo fato de ser uma pequena propriedade rural e não possuir a informação
do Balanço Patrimonial, para o desenvolvimento do trabalho, foram utilizadas
informações as informações represadas pelos colaboradores da propriedade
analisada e elaborado o Balanço Patrimonial, conforme apresentado no quadro 1.

Quadro 1 - Balanço Patrimonial da Propriedade Rural Ritter


ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Disponível R$ 1000,00 Fornecedores R$ 60000,00
Insumos R$ 4000,00 Impostos a Pagar R$ 1000,00
Produtos Agrícolas R$ 5000,00 Contas a pagar R$ 15000,00
R$ 10000,00 R$ 76000,00
Não circulante
Imobilizado R$ 90000,00 Patrimônio Líquido
Terras R$ 170000,00 Capital R$ 387500,00
Animais R$ 80000,00 Reserva de Capital R$ 4000,00
Implementos agrícolas R$ 120000,00 Reserva Legal R$ 2000,00
Bens de Escritório R$ 500,00 Lucros acumulados R$ 1000,00
R$ 460500,00 R$ 384500,00
TOTAL R$ 470500,00 TOTAL R$ 470500,00
Fonte: Autoria Própria (2017)

Conforme observado no Balanço Patrimonial podemos observar que


Propriedade Rural Ritter aplica em ativo imobilizado o valor de R$ 90000,00, possui
ainda o valor de R$ 170000,00 em terras, também possui R$ 80000,00 em animais e
16

o valor de R$ 120000,00 em implementos agrícolas, totalizando R$ 460000,00 em


ativo imobilizado.

2.2 Demonstração de Resultados do Exercício

Conforme Ribeiro (2013, p.416), “a Demonstração do Resultado do Exercício


(DRE) é um relatório contábil destinado a evidenciar a composição do resultado
formado num determinado período de operações da empresa”.
A DRE é dividida em contas de resultado e contas patrimoniais. As contas de
resultado são todas as despesas e custos incorridos e as receitas realizadas numa
determinado período. Já as contas patrimoniais são as deduções a as participações
do resultado (RIBEIRO, 2013).
Em seguida na figura 2 será apresentado o modelo da Demonstração de
Resultado do Exercício.

Figura 2 - Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício

Fonte: Pires (2016)


17

Como já citado anteriormente, a Propriedade Rural Ritter não possui a


Demonstração de Resultado do Exercício, será elaborado um conforme as
informações que já foram fornecidas pela propriedade, sendo apresentado no
quadro 2.

Quadro 2 - Demonstração de Resultado de Exercício da Propriedade Rural Ritter


ITENS R$
Receita bruta de vendas 8845,00
Devoluções de venda (140,00)
Impostos de vendas (267,00)
Receita líquida de vendas 8438,00
Custo do produto vendido (4769,00)
Lucro Bruto 3669,00
Despesas administrativas (587,00)
Despesas financeiras (130,00)
Receitas financeiras 2952,00
Resultado da equivalência patrimonial (675,00)
Lucro operacional 2277,00
Imposto de renda (120,00)
Contribuição social sobre o lucro (130,00)
Lucro líquido 2027,00
Fonte: Autoria Própria (2017)

2.3 Indicadores de liquidez

Segundo Silva (2012, p.138), “o objetivo do estudo da liquidez é avaliar o grau


de solvência da empresa, ou seja, capacidade financeira para saldar seus
compromissos”.
Os indicadores de liquidez podem ser divididos em quatros grupos, são eles:
liquidez imediata, liquidez geral, liquidez corrente e liquidez seca.

2.3.1 Liquidez imediata

Há de se ressaltar que este não é um dos índices de liquidez dos mais


importantes, pois normalmente as empresas mantêm poucos valores
disponíveis em Caixa, Bancos e, em contrapartida, as dívidas da mesma
podem ter vencimento de até 360 dias (SILVA, 2012, p.139).

Para se calcular o índice de liquidez imediata é necessário utilizar a seguinte


fórmula:
18

Através deste resultado podemos saber que quanto maior o índice de liquidez
imediata, melhor.
Trazendo as informações do Balanço Patrimonial para a fórmula da liquidez
imediata, obtemos o resultado de 0,13 de valores disponíveis de forma imediata para
atender as exigibilidades mais imediatas.

2.3.2 Liquidez geral

Através deste índice é possível perceber toda a capacidade de pagamento


da empresa a Longo Prazo, considerando tudo o que ela converterá em
dinheiro (a Curto e a Longo Prazo), relacionando-se com tudo o que já
assumiu como dívida (a Curto e a Longo Prazo) (SILVA, 2012, p.140).

O índice de liquidez geral pode ser calculado, através da fórmula:

Através do resultado obtido pela fórmula, podemos afirmar que quanto maior
o índice de liquidez geral, melhor.
Trazendo as informações do Balanço Patrimonial para a fórmula da liquidez
geral, obtemos o resultado de 0,0327. Como não havia sido informado o Exigível a
Longo Prazo que é o valor de R$ 15000,00 e o Realizável a Longo Prazo é de R$
8000,00. Concluímos que para cada R$ 1,00 de obrigações com terceiros a empresa
possui R$ 0,0327 de bens e direitos.

2.3.3 Liquidez corrente

Este índice demonstra quanto a empresa possui em dinheiro, em bens e em


direitos realizáveis no curto prazo, comparando com suas dívidas a serem
pagas no mesmo período. É o índice mais utilizado para medir a situação
(saúde) financeira das empresas (SILVA, 2012, p.140).

Para saber o índice de liquidez corrente, podemos utilizar a seguinte fórmula:

Com o resultado obtido podemos afirmar que quanto maior o índice de


liquidez corrente, melhor.
19

Trazendo as informações do Balanço Patrimonial para a fórmula de liquidez


corrente, obtemos o seguinte resultado de 0,13. Com isso, podemos definir que para
cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a propriedade possui R$ 0,13 de bens e
direitos também de curto prazo.

2.3.4 Liquidez seca

Este indicador é muito útil quando necessitamos ver a capacidade de


pagamento da empresa nas situações em que a mesma tem uma rotação
de estoque muito baixa, o que pode refletir uma má gestão sobre o volume
de compras de material para revenda ou industrialização (SILVA, 2012,
p.141).

Para calcular o índice de liquidez seca, utilizamos a seguinte fórmula:

Com o resultado obtido podemos concluir que quanto maior o índice de


liquidez seca, melhor.
Trazendo as informações do Balanço Patrimonial para a fórmula de liquidez
seca, obtemos o seguinte resultado 0,013. Com isso, podemos definir que para cada
R$ 1,00 de obrigações de curto prazo a empresa possuíra R$ 0,013 de bens e
direitos de curto prazo, isso se não considerarmos os estoques da propriedade.

2.4 Grau de endividamento

Silva (2012, p.143) afirma que

Para uso interno da empresa, os indicadores de endividamento sinalizam o


grau de risco acarretado pelos financiamentos. A administração financeira
também se preocupa com os níveis de endividamento porque bancos,
fornecedores, clientes e concorrentes também avaliam a solidez financeira
da empresa com base nesses indicadores.

O grau de endividamento da empresa pode ser calculado pela fórmula:

O Capital de terceiros é obtido pelo Passivo Circulante somando o Exigível a


Longo Prazo. Através do resultado do grau de endividamento da empresa obtido
podemos dizer que quanto menor for a porcentagem, melhor.
20

Trazendo as informações do Balanço Patrimonial para a fórmula do grau de


endividamento, obtemos o seguinte resultado 15,86%. Como não possuímos o
Balanço Patrimonial anterior da Propriedade Rural Ritter não conseguimos
apresentar quanto que a propriedade possui de capital próprio para R$ 1,00 de
dívidas.
21

3 ESTATÍSTICA APLICADA

Conforme Crespo (2009, p.3), “A Estatística é uma parte da Matemática


Aplicada que fornece métodos para a coleta, organização, descrição, análise e
interpretação de dados e para a utilização dos mesmos na tomada de decisões”.
Podemos afirmar que o método estatístico possui várias fases, entre elas
estão: coleta de dados, crítica dos dados, apuração dos dados, exposição ou
apresentação dos dados e análise dos resultados (CRESPO, 2009).

3.1 Coleta de dados

Após planejar e determinar quais características que serão coletadas, será


iniciado o processo de coleta dos dados. Essa coleta pode ocorrer de duas formas, a
coleta direta e a coleta indireta (CRESPO, 2009).
A coleta direta ocorre sobre elementos de registro obrigatório, como
nascimentos, casamentos, entre outros ou quando o pesquisador realiza ela através
de um questionário como é o caso do censo demográfico. A coleta direta pode ainda
ser dividida em três grupos: contínua, periódica e ocasional (CRESPO, 2009).

3.1.1 Contínua

Este tipo de coleta de dados ocorre de forma contínua, como é o caso dos
nascimentos, casamentos e óbitos (CRESPO, 2009).

3.1.2 Periódica

Este tipo de coleta de dados ocorre com um intervalo de tempo, como


exemplo pode-se citar os censos que ocorre a cada dez anos (CRESPO, 2009).

3.1.3 Ocasional

Este tipo de coleta ocorre somente em alguns casos específicos, não


possuindo um intervalo de tempo determinado, como é o caso de epidemias que
assolam grupos (CRESPO, 2009).
22

“A coleta se diz indireta quando é indeferida de elementos conhecidos (coleta


direta) e/ou do conhecimento de outros fenômenos relacionados com o fenômeno
estudado. Como exemplo, podemos citar a pesquisa sobre a mortalidade infantil [..]”
(CRESPO, 2009, p.5).

3.2 Crítica dos dados

Após ter obtidos os dados é necessário que os mesmos sejam criticados, isso
para encontrar possíveis falhas ou erros que ocorreram na obtenção dos mesmos. A
crítica dos dados pode ser dividida em dois grupos, a crítica externa e a crítica
interna (CRESPO, 2009).
“A crítica é externa quando visa ás causas dos erros por parte do informante,
por distração ou má interpretação das perguntas que lhe foram feitas; é interna
quando visa a observar os elementos originais dos dados da coleta” (CRESPO,
2009, p.5).

3.3 Apuração dos dados

De acordo com Crespo (2009, p.5), a apuração dos dados “Nada mais é do
que a soma e o processamento dos dados obtidos e a disposição mediante critérios
de classificação. Pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica”.

3.4 Exposição ou apresentação dos dados

Por mais diversa que seja a finalidade, os dados devem ser apresentados de
forma adequada, através de tabelas ou gráficos, isso para tornar mais fácil a
interpretação e a análise dos dados (CRESPO, 2009).

3.5 Análise dos resultados obtidos

O objetivo da estatística é tirar conclusão sobre o todo (que é a população) a


partir de uma parte do todo (que é a amostra). Através dessa análise podemos obter
23

os resultados que podemos utilizar para tomar decisões e fazer provisões (CRESPO,
2009).

3.6 Estatística na empresa

Conforme Crespo (2009, p.6),

A direção de uma empresa, de qualquer tipo, incluindo as estatais e


governamentais, exige de seu administrador a importante tarefa de tomar
decisões, e o conhecimento e o uso da Estatística facilitarão seu tríplice
trabalho de organizar, dirigir e controlar a empresa.

Crespo (2009, p.6) afirma ainda que

A Estatística ajudará em tal trabalho, como também na seleção e


organização da estratégia a ser adotada no empreendimento e, ainda, na
escolha das técnicas de verificação e avaliação da quantidade e da
qualidade do produto e mesmo dos possíveis lucros e/ou perdas.

Todos os planejamentos realizados devem ser documentados e registrados


para evitar esquecimentos, isso para evitar perda de tempo e fornecer um controle
eficiente trabalho (CRESPO, 20009).
Por se tratar de uma pequena propriedade rural familiar, que trabalha no ramo
da bovinocultura leiteira, será analisada a produção leiteira da propriedade no
decorrer do último ano, sendo analisado o período de outubro de 2016 à setembro
de 2017, conforme apresentado no gráfico 1.

Gráfico 1 - Produção da Propriedade Rural Ritter por um ano

Produção da Propriedade Rural Ritter


7000 6332 6661 6120 6247 6100
5572
Litros de liete produido

6000 5438
4988 5058 4917 4976 4958
5000
4000
3000
2000
1000
0

Mês de produção

Fonte: Autoria própria (2017)


24

Podemos observar com os dados obtidos pela Propriedade Rural Ritter,


levando-se em consideração os últimos doze meses (outubro de 2016 à setembro de
2017) que a produção total foi de 67367 litros de leite. Com esses dados, podemos
obter a média aritmética de produção.

3.7 Média aritmética

Crespo (2009, p.73) afirma que a “Média aritmética é o quociente da divisão


da soma dos valores da variável pelo número deles”.
Com isso, podemos obter a média, sendo a produção total de 67367 litros e o
total de doze meses, obtemos uma média de 5613,917 litros de leite por mês.
Além desses dados, foram ainda fornecidos que possuem ao todo 44 animais.
Esses 44 animais são a população da propriedade.

3.8 População

De acordo com Silva (201?),

Toda pesquisa estatística precisa atender a um público alvo, pois é com


base nesse conjunto de pessoas que os dados são coletados e analisados
de acordo com o princípio da pesquisa. Esse público alvo recebe o nome de
população e constitui um conjunto de pessoas que apresentam
características próprias, por exemplo: os usuários de um plano de saúde, os
membros de uma equipe de futebol, os funcionários de uma empresa, os
eleitores de um município, estado ou país, os alunos de uma escola, os
associados de um sindicato, os integrantes de uma casa e várias situações
que envolvem um grupo geral de elementos.

Para conseguir gerar mais informações para o administrador da propriedade


iremos utilizar apenas uma amostra da população de animais que ele possui.

3.9 Amostra

Segundo Silva (201?), “Amostra diz respeito a um subconjunto da população,


fração ou uma parte do grupo”.
Sendo que desse total, 23 animais são vacas em lactação que correspondem
a cinquenta e dois por cento (52%) do total, 3 vacas que estão secas que
25

correspondem a sete por cento (7%), 15 novilhas que correspondem a trinta e quatro
por centro (34%) e 3 animais para engorda que correspondem a sete por centro
(7%), conforme apresenta o gráfico 2.

Gráfico 2 - Animais da Propriedade Rural Ritter

Animais da Propriedade Rural Ritter

7%

34% Vacas em lactação


52% Vacas secas
Novilhas
7% Aniais para engorda

Fonte: Autoria Própria (2017)

Com todos esses dados que foram fornecidos, podemos gerar algumas
informações, como a produção mensal por vaca, a produção diária por dia por vaca
e a produção por ordenha por vaca.
Levando-se em consideração o último mês que foi fornecido as informações,
o mês de setembro de 2017, que a produção mensal foi de 6100 litros de leites,
possuindo 23 vacas em lactação, obtêm que cada vaca produziu nos trinta dias do
mês em média 265,21 litros de leite. Podemos obter a média de produção por dia
por vaca que foi de 8,84 litros e em cada ordenha cada vaca produziu 4,42 litros de
leite.
Com essa análise dos dados obtidos, o gestor da propriedade poderá
administrar e gerenciar de forma mais segura, sendo que as decisões tomadas
podem ser baseadas nos resultados obtidos. Isso tudo para o progresso e o
desenvolvimento da Propriedade Rural Ritter.
26

4 FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA

A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição,


movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e
os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais
de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e
futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo (CHRISTOPHER,
1997, p.2).

As empresas industriais, atacadistas e varejistas precisam adaptar-se


frequentemente com as mudanças e os avanços tecnológicos que ocorrem na
administração da logística (CORONADO, 2013).
A seguir, será apresentado como funciona o fluxo logístico.

4.1 Fluxo logístico

Na Logística, tratamos os fluxos sob três perspectivas: De materiais,


Financeiro e de Informação, aliás, esta perspectiva é observada em toda
organização e pensar de forma a integrar estes fluxos é o caminho para
uma consolidação forte e competitiva (OLIVEIRA, 2011).

O fluxo de materiais consiste na aquisição da matéria prima que será


transformada em um produto acabado que será transportado entre as etapas da
cadeia produtiva até chegar ao cliente final (OLIVEIRA, 2011).
O fluxo financeiro resume-se na contribuição financeira que vai do cliente final
até a do produtor da matéria prima. Essa parcela de contribuição financeira passa
por cada agente da etapa da produção, transporte e entrega do produto ao cliente
(OLIVEIRA, 2011).
E o fluxo da informação que transfere as informações que são apresentadas
pelo mercado consumidor ao fabricante (OLIVEIRA, 2011).
Em seguida, será apresentado na figura 3 um fluxo de logística, conforme os
conceitos apresentados anteriormente. Podemos observar que o fluxo inicia-se no
fornecimento do mercado, ou seja, os fornecedores. A partir desses fornecedores
ocorre o fluxo de produção ou de materiais, que são comprados e fornecidos.
Acontece a manufatura dos mesmos e a armazenagem (estoque) para em seguida
serem distribuídos conforme o fluxo de informação e o fluxo financeiro do mercado
consumidor.
27

Figura 3 - Fluxo logístico

Fonte: Nei (2010)

Para se obter lucro através da logística, precisamos ter vantagem competitiva


que conforme Coronado (2013, p.80), “vantagem competitiva introduz o conceito de
cadeia de valor, um conceito que serve de base para o raciocínio estratégico do
gestor sobre as atividades de qualquer negócio e a avaliação de seu custo relativo e
o papel na diferenciação”.
Podemos obter vantagem por diversos setores, entre eles: vantagem em
produtividade, vantagem em valor e vantagem competitiva por meio da logística.

4.1.1 Vantagem em produtividade

Santos (2009) afirma que “Quando a empresa por sua produção consegue
uma economia de escala, ela obtêm uma maior diluição de seus custos fixos,
significando uma redução no custo unitário de produção, um modo de demonstrar é
através da "curva da experiência" [...]”.
Na vantagem por produtividade haverá sempre uma empresa que irá competir
pelo valor do produto e que consequentemente irá vender em grande escala nesse
setor (CORONADO, 2013).

4.1.2 Vantagem em valor

Coronado (2013, p.81) afirma que “a adição de valor pela diferenciação é um


meio poderoso de alcançar uma vantagem defensável no mercado”.
Um antigo axioma em marketing diz que os “clientes não compram produtos,
eles compram satisfação”. Em outras palavras, não se compra o produto pelo que
ele é, mas pela promessa do que ele “proporcionará” (CORONADO, 2013, p.81).
28

4.1.3 Vantagem competitiva por meio da logística

Para ganhar uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes, uma


empresa atacadista/varejista deve proporcionar valor para seus clientes,
desempenhando as atividades de modo mais eficiente do que seus
concorrentes ou de forma que crie maior valor percebido pelo comprador
(CORONADO, 2013, p.83).

Conforme Coronado (2013, p.83), “pode-se afirmar sem sombra de dúvidas


que o gerenciamento logístico tem um potencial marcante para as empresas
atacadistas/distribuidoras e varejistas”.
Através da escolha de qual vantagem competitiva será utilizado pela empresa,
o gestor possui uma missão que precisa ser alcançada.

4.2 Missão do gerenciamento logístico

[...] Fica evidente que a missão de cada gestor, ao incorporar o


gerenciamento logístico, consiste em planejar, executar e controlar todas as
atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e
qualidade ao custo mais baixo possível, otimizando os resultados por meio
de pressões sobre os custos estruturais (fixos) e sobre os custos de
execução (variáveis) (CORONADO, 2013, p.83).

Por se tratar de uma propriedade rural de bovinocultura leiteira, a logística


baseia-se na venda dos produtos e/ou matéria prima produzida, ou seja, o leite in
natura e a aquisição dos insumos para a produção, como a ração, materiais de
limpeza, entre outros. Sendo que a vantagem competitiva é informada pelo mercado
comprador, sendo que é solicitada a gestão da qualidade do leite in natura
produzido, além de precisar competir em questão de produtividade, ou seja, em
grande quantidade. O produtor possui a opção de escolher para qual empresa irá
vender, sendo que a competividade do valor pago ao produtor pelo litro de leite
produzido é ditado conforme o mercado consumidor e os requisitos exigidos pela
empresa compradora. Sabendo disso, o gestor da propriedade precisa administrar
todas estas variáveis para atender todos os requisitos e ainda conseguir obter lucro,
mediante a situação.
29

5 CONCLUSÃO

O projeto foi realizado em uma pequena propriedade rural familiar, localizada


no interior de Iporã do Oeste – SC, na comunidade de Monte Maria. Sendo que a
mesma atua na área da bovinocultura leiteira e possui dois colaboradores.
Teve como objetivo vincular o que foi estudado nas disciplinas desse bimestre
com a prática que é realizada no cotidiano de uma pequena propriedade rural.
Sendo que foi realizada através de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo.
A elaboração deste trabalho foi baseada nas disciplinas de contabilidade,
estatística aplicada e fundamentos e importância da logística. Sendo que dentro
dessas disciplinas foram abordados os tópicos de Balanço Patrimonial,
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), os tipos de liquidez, o grau de
endividamento, sendo que a disciplina de estatística aplicada é utilizada para a
análise e ajuda na tomada de decisões facilitando assim a gestão do
empreendimento e ainda o funcionamento da logística na propriedade rural que foi
analisada.
Ao finalizar esse projeto e analisar a teoria das disciplinas abordadas com a
prática da propriedade verificou-se que a Propriedade Rural Ritter necessita de um
maior gerenciamento do seu financeiro, isso pelo fato de não possuir os elementos
básicos, como o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício,
entre outros. Observou-se que deverá buscar melhorar os seus índices de liquidez
imediata, liquidez geral, liquidez corrente e a liquidez seca, aumentando esses
índices irá diminuir o seu grau de endividamento consequentemente. Com estas
melhorias, a saúde financeira da propriedade estará propicia para o desenvolvimento
e a ampliação da sua produção.
Observou-se ainda que a propriedade deva buscar melhorar o seu plantel
animal de produção leiteira para aumentar o seu lucro e a produtividade, podendo
assim ser considerada uma propriedade de médio porte. Esse melhoramento poderá
ser buscado através de cursos, palestras e acompanhamentos com técnicos
especializados na área.
Ao concluir este projeto, percebe-se o quanto o cenário atual da maioria das
pequenas propriedades rurais necessita realizarem a gestão financeira, sendo que
essa possibilita uma facilidade na tomada de decisões, através da análise dos
resultados obtidos.
30

6.REFERÊNCIAS

CINTRA, Fredi. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL. 2013. Disponível em:


<http://contabinistracao.blogspot.com.br/2013/09/estrutura-do-balanco-
patrimonial.html>. Acesso em: 22 set. 2017.

CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos:


estratégias para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira,
1997.

CORONADO, Osmar. Logística Integrada: Modelo de Gestão. São Paulo: Editora


Atlas S. A., 2013. 240 p.

CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. 19. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
218 p.

NEI. O que é Logística? 2010. Disponível em:


<http://blog.nei.com.br/index.php/2010/03/29/o-que-e-logistica/>. Acesso em: 25 set.
2017.

OLIVEIRA, Francisco Marcio Ferreira de. A Importância do Fluxo de informação


na Logística. 2011. Disponível em:
<https://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-importancia-do-fluxo-de-
informacao-na-logistica/58149/>. Acesso em: 25 set. 2017.

PIRES, Osmar. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. 2016.


Disponível em: <http://contar-e-contabilizar.blogspot.com.br/2016/03/estrutura-das-
demonstracoes-financeiras.html>. Acesso em: 25 set. 2017.

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 9. ed. São Paulo: Editora Saraiva,
2013. 544 p.

SANTOS, José Luiz dos et al. Contabilidade Geral: Atualizada pela Lei nº
11.941/09 e pelas Normas do CPC. 2. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2011. 136
p.

SANTOS, Lucimar dos. LOGÍSTICA E A ESTRATÉGIA COMPETITIVA. 2009.


Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/logistica-e-a-estrategia-
competitiva/27192/>. Acesso em: 25 set. 2017.

SILVA, Alexandre Alcantara da. Estrutura, Análise e Interpretação das


Demonstrações Contábeis. 3. ed. São Paulo: Editora Atlas S. A., 2012. 272 p.

SILVA, Marcos Noé Pedro da. População e amostras. 201?. Disponível em:
<http://brasilescola.uol.com.br/matematica/populacao-amostras.htm>. Acesso em: 29
set. 2017.

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