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ÁGUAS E SOCIEDADE
PRESIDENTE PRUDENTE
2022
IVAN SOUZA ISAEL DE BARROS
WELLINGTON TAFARELO ZITO
JONAS HENRIQUE MARCUSSO MICHELIN
ÁGUAS E SOCIEDADE
PRESIDENTE PRUDENTE
2022
SUMÁRIO
1. Introdução 1
1.1. Água no meio urbano 1
1.2. Qualidade da água e abastecimento humano 1
1.3. Esgoto, degradação ambiental e saúde 3
2. Desenvolvimento
3. Considerações Finais 12
4. Bibliografia 13
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Água no meio urbano
Sendo a água o recurso natural mais fortemente explorado, porém de fundamental para a
existência e a constância da vida e, sendo assim deve estar presente no ambiente em
abundância e qualidade apropriadas.Algumas regiões exigem uma maior demanda de água,
tais como os grandes centros urbanos, zonas de irrigação e os pólos industriai. Essa grande
demanda pelo recurso pode superar a oferta, tanto em termos quantitativos quanto
qualitativos (BRAGA et al. 2005).
O uso da água depende de diversos fatores, sendo eles sociais, econômicos e culturais, do
tratamento, e da forma de distribuição. Pela a Lei no 9.433/97 onde o abastecimento publico
e dessedentação de animais é prioridade do uso de recursos hidricos.Os principais vilões no
conflito do uso da água são abastecimento público, agricultura e energia. A da energia e do
abastecimento público, para a distribuição da água há uma relação de dependência da energia,
com isso só aumenta o conflito em relação a seu uso (BITTENCOURT, 2014).
1.2 Qualidade da água e abastecimento humano
Sendo a qualidade de vida intrinsecamente ligada à água dada sua função no corpo
humano, no preparo de alimentos, higienização de utensílios e pessoal (BRAGA et al. 2005).
Os mananciais ou nascentes são fontes de água doce, sendo elas superficiais ou
subterrâneas, com sua utilização para o abastecimento humano ou atividades com retorno de
capital. A eficácia desses mananciais é dependente da sua localidade, da demanda e da oferta
de água (BITTENCOURT, 2014).
Dentre as características da água para abastecimento doméstico pode se citar a ausência
de organismos patogênicos e substâncias tóxicas, a fim de prevenir danos ao bem-estar e à
saúde (BRAGA et al. 2005).
Os parametros para o abastecmento publico ou o IAP( Indice de Qualidade da Água
Bruta para fins de Abastecimento Público) dispoe de 3 grupos: Índice de Qualidade das
Águas (IQA): pH, temperatura d’água, oxigênio dissolvido, coliformes fecais, demanda
bioquímica de oxigênio, nitrogênio total, fósforo total, turbidez e resíduo total; Parâmetros
que avaliam a existência de substâncias tóxicas: cádmio, teste de mutagenicidade, chumbo,
potencial de formação de trihalometanos, mercúrio e níquel; Parâmetros que abalam a
qualidade organoléptica da água: manganês, fenóis, ferro, alumínio, zinco e cobre
(BITTENCOURT, 2014).
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Oxigênio dissolvido
O oxigênio dissolvido é um dos mais importantes pois está diretamente ligado a tipos de
organismos que podem sobreviver em um corpo d’água. Quando ausente, a existência de
organismos anaeróbicos é possibilitada o que confere um odor, aspecto e sabor indesejável
para à água. A concentração de oxigênio mínima para peixes e algumas espécies é de 2 mg/l
para a existência de formas de vida aeróbia superior. As variáveis que impossibilitam a
existência dessa de vida nos corpos de água está ligado a: características do despejo estão
ligados ao de consumo do oxigênio dissolvido no meio, como a natureza do material
biodegradável envolvido, com a facilidade com o mesmo é biodegradado pelos organismos
decompositores,a quantidade de poluente, a quantidade de oxigênio necessário para a
biodegradação, a vazão despejada etc.; características do corpo de água estão associadas à
disposição com que as cargas contaminadoras são misturadas ao meio aquático; e produção
de oxigênio: o oxigênio dissolvido no meio aquático pode ser criado pela ação fotossintética
dos organismos autótrofos ou pela reaeração, a qual forma-se na passagem do oxigênio
atmosférico para o meio aquático por meio da interface ar–água (BRAGA et al. 2005).
Demanda Bioquímica de Oxigênio
Demanda Bioquímica de Oxigênio ou DBO representa a quantidade de oxigênio
molecular necessário para a estabilização da matéria orgânica deteriorada aerobicamente por
via biológica (MOTA, 2012).
Altos valores de DBO representa geralmente lançamento de cargas orgânicas, em sua
maioria de esgotos domésticos. A ocorrência de altos valores desse parâmetro causa uma
diminuição dos valores de oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar mortandades de
peixes e eliminação de outros organismos aquáticos ( BITTENCOURT, 2014).
Nitrogênio total
O principal problema de com suas altas concentrações de nitrogênio é relacionado a
eutrofização. Sendo ele um elemento indispensável para o crescimento de algas, sua
abundância causa o crescimento demasiado desses organismos, causando interferências aos
usos do corpo d’água, gerando redução do oxigênio, gosto, transparência, odor, mortandade
de peixes, obstrução de cursos d’água, etc. (VON SPERLING, 2005).
Segundo Bittencourt (2014) Nos corpos d’água, o nitrogênio pode aparecer nas formas de
nitrogênio orgânico, nitrito amoniacal e nitrato. Nitratos são danosos para o ser humano, e
podem causar uma doença chamada metahemoglobinemia infantil, que é fatal para crianças.
Coliformes Fecais (CF)
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é preciso uma disposição adequada dos esgotos para a proteção da saúde pública (BRAGA et
al. 2005).
O saneamento básico tem como finalidade garantir a saúde, a segurança e o bem estar,
evitando a exposição de agentes contaminantes, resíduos, detritos, patógenos ou substâncias
tóxicas em geral ( BITTENCOURT, 2014). O saneamento básico constitui-se de
um conjunto de práticas que visam proporcionar níveis crescentes de salubridade ambiental
em um espaço geográfico, para o benefício da população que o habita. Efeitos positivos na
saúde e bem-estar da população podem ser gerados caso essas ações sejam implementadas
adequadamente ( Rosa et al, 2012).
A disposição inadequada de esgotos pode causar epidemias de febre tifóide, cólera,
hepatite, disenterias e diversos casos de verminoses. A grande mortalidade em píses em
desenvolvimentos por muitas vezes está ligado a disposição inadequada de esgotos, sendo as
crianças as principais vítimas (BRAGA et al. 2005).
Efeitos positivos do saneamento básico: melhoria da saúde da população e diminuição
dos custos aplicado ao tratamento de doenças; maior potencial produtivo das pessoas;
diminuição dos custos de tratamento da água para abastecimento; eliminação da poluição
estético-visual; geração de empregos, dinamização econômica e maior desenvolvimento do
turismo; conservação ambiental; etc.( Rosa et al, 2012).
Uma outra importante razão para o tratamento dos esgotos é a preservação do meio
ambiente. Uma exaustão de oxigênio dissolvido é ocasionado pela disposição de esgotos em
corpos hídricos onde exercem uma ação de deletéria, causando escurecimento da água,
mortandade dos peixes e outros organismos maus odores; pode haver a presença de uma
espuma podem ser causada pela presença de detergente nós esgoto e a agitação da massa
líquida. Os nutrientes fazem uma função ‘adubação’ da água, causando o crescimento
exacerbado de vegetais microscópicos que apresentam um odor e gosto desagradáveis
(BRAGA et al. 2005).
2. DESENVOLVIMENTO
Finalidade
Padrão de qualidade
iv) Turbidez - É uma medida do material particulado presente na água. Ela afeta a escolha
dos métodos de clarificação e pode definir se há ou não necessidade de pré-tratamento da
água a montante de outros processos.
v) Matéria Orgânica Natural (MON) - A presença de MON nas aguas apresenta relação
com a formação de subprodutos da desinfecção (principalmente durante a cloração), aumenta
a demanda de produtos coagulantes e oxidantes, e pode afetar numerosos processos de
tratamento.
vi) Sólidos Dissolvidos Totais (SDT) - Constituem uma medida do conteúdo de sais e de
minerais da água, o qual pode afetar tanto as necessidades de tratamento, em termos de
processos e operações, quanto a aceitabilidade de um manancial como fonte para
abastecimento.
Tipos de tratamentos:
Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe soda ou cal, que servem para ajustar o pH
aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento.
Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para
provocar a formação de flocos com as partículas coloidais.
Filtração – Logo após, a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão
antracito (antracitoso) sendo responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Desinfecção – É feita mais uma e última adição de cloro no líquido antes de sua saída da
Estação de Tratamento de Água para garantir que a água fornecida se livre de bactérias e
vírus até a casa do consumidor.
A maior parte dos resíduos é originada pelo sistema de transporte, ou seja, uma rua de
um bairro tem menos resíduos que uma grande avenida. Então, quanto maior a porcentagem
de ocupação do solo, maior será a quantidade de viagens e maior será a produção de resíduos
(TOMAZ, 2006).
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As cargas difusas estão intimamente associadas à geologia, ao uso do solo (presença e tipo
de floresta, práticas agrícolas e pastagens) e à morfologia da bacia de drenagem (THOMANN
& MUELLER, 1987).
Tipos de tratamento
Lagoas de Estabilização
Consideradas como uma das técnicas mais simples de tratamento de esgotos, as lagoas de
tratamento são mais comumente empregadas nas regiões quentes do Brasil. Estas utilizam
como fonte de energia a radiação solar, para a estabilização da matéria orgânica, sendo assim,
a temperatura é um fator importante para a implantação deste sistema. O tratamento por meio
das lagoas é constituído exclusivamente por processos naturais através de três zonas:
anaeróbia, aeróbia e facultativa (NASCIMENTO; FERREIRA, 2007).
De acordo com Von Sperling (1996) a utilização deste tipo sistema trata-se de uma forma
simples de tratamento de esgoto, baseada basicamente em movimentos de terra de escavação
e preparação de taludes. Além de ter como objetivo principal a remoção da matéria rica em
carbono, nas lagoas também pode ocorrer o controle de organismos patogênicos, em alguns
casos.
Ao longo do percurso do efluente por estas lagoas, que demora vários dias, uma série de
fenômenos contribui para a purificação do mesmo, sendo esses de maneira anaeróbia ou
aeróbia, conforme citado anteriormente. As lagoas de estabilização podem ser classificadas
com base na maneira em que a matéria orgânica é estabilizada, podendo ser classificadas
como: anaeróbias, facultativas ou maturação/polimento (VON SPERLING, 1996).
Lagoa Facultativa
A função das lagoas facultativas é a remoção de DBO, tendo eficiência de remoção na
faixa entre 75% e 80% (VON SPERLING, 1986). Estas lagoas necessitam de uma área
menor caso haja um pré-tratamento, como uma lagoa anaeróbia.
Esta lagoa possui profundidade na faixa entre 1,5 a 3,0 m, e como a estabilização da
matéria orgânica ocorre mais lentamente, implicando a necessidade de um elevado tempo de
detenção hidráulico, que pode variar de 15 a 45 dias. Nela, a DBO solúvel e finamente
particulada é estabilizada aerobicamente por bactérias dispersas no meio líquido, ao passo
que a DBO suspensa tende a sedimentar, sendo estabilizada anaerobiamente por bactérias no
fundo da lagoa. O oxigênio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido pelas algas, através
da fotossíntese. (Von Sperling (2002)
O processo de estabilização da matéria orgânica ocorre em três zonas distintas: nas zonas
aeróbica, facultativa e anaeróbia. A presença de oxigênio nessas lagoas é suprida pelas algas,
que produzem, por meio da fotossíntese, oxigênio durante o dia e o consomem durante a
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. Bibliografia
ROSA, André H.; FRACETO, Leonardo F.; (ORGS.), Viviane M. Meio Ambiente e
Sustentabilidade. [Porto Alegre - RS]: Grupo A, 2012. 9788540701977.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540701977/. Acesso
em: 12 jul. 2022.
STEINKE, V.A. & SAITO, C.H. (2008) Exportação de carga poluidora para
identificação de áreas úmidas sob risco ambiental na bacia hidrográfica da
Lagoa Mirim. Sociedade & Natureza, v. 20, n. 2, p. 43‑67
THOMANN, R.V. & MUELLER, J.A. (1987) Principles of surface water quality
modeling and control. New York: Harper & How, 644 p.