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ANÁLISE DE CONFIABILIDADE E

MODELAGEM CINÉTICA DE LAGOAS


FACULTATIVAS E DE MATURAÇÃO
OPERANDO EM SÉRIE NO NORDESTE
DO BRASIL

Matheus Sales Alves


Orientador: Prof. Dr. Erlon Lopes Pereira

FORTALEZA
2020
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

▪ Lagoas de estabilização : bacias rasas e de grandes dimensões


que usam processos naturais envolvendo algas e bactérias para
tratar águas residuárias.

▪ Uso favorável em países em


desenvolvimento com climas
tropicais.

▪ São sistemas altamente dinâmicos


e sujeitos à vários parâmetros
operacionais e ambientais de
interação. Figura 1. Exemplos de lagoas de estabilização em

operação no Brasil.

2
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

▪ Nordeste do Brasil: lagoas de estabilização firmaram-se como


tecnologia de tratamento de esgotos domésticos a partir da década de
70.

▪ Descaso com os procedimentos


de operação e manutenção.

▪ Baixo perfil de controle da


qualidade ambiental.

▪ Sistemas projetados com base


em dados obtidos em condições
ambientais e operacionais
diferentes da realidade regional.
Figura 2. Exemplos de lagoas de estabilização em
operação no Nordeste do Brasil.
3
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

▪ Pesquisas mais recentes com lagoas de estabilização no Brasil tem se


concentrado na região sudeste e, em sua maioria, com sistemas em
escala piloto.

▪ Existe apelo para uma


avaliação que integre dados
de vários sistemas em
escala real operando nas
condições típicas do
nordeste do Brasil. Figura 3. CEPTS/ETE Arrudas em Belo Horizonte - MG

4
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

▪ Desempenho e coeficientes de
Avaliação das
confiabilidade.
incertezas associadas
▪ Simulação Monte Carlo na
ao desempenho e
avaliação da probabilidade de
qualidade do efluente
Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
falha.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

Modelagem cinética
com abordagem ▪ Coeficientes cinéticos de
empírica e teoria de remoção de matéria orgânica.
reatores

5
Capítulo
Desempenho I: DESEMPENHO
e coeficientes de confiabilidade. E COEFICIENTES
DEnaCONFIABILIDADE
Abordagem probabilística avaliação do risco de falha.

6
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.1. Introdução

▪ Niku et al. (1979) definiram a confiabilidade de uma estação de


tratamento de esgotos (ETE) como o percentual de tempo em que
as concentrações esperadas no efluente cumpram os padrões de
lançamento especificados.

𝐶𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 1 − 𝑃 (𝐶𝑜𝑛𝑐. 𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 > 𝐶𝑜𝑛𝑐. 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎)


Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
▪ A probabilidade de uma meta ou padrão ser excedido depende da
função de distribuição de concentração dos diferentes parâmetros
de qualidade no efluente.

▪ Diversos autores reportaram que a função de distribuição de


probabilidade lognormal fornece um bom ajuste às concentrações
nos efluentes.

7
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.1. Introdução

▪ Niku et al. (1979) desenvolveram o coeficiente de confiabilidade


(CDC), índice que relaciona a concentração média de um parâmetro
com os padrões de qualidade a serem cumpridos em um nível de
confiabilidade desejado.

Desempenho e coeficientes de confiabilidade.


▪ Vale dizer
Abordagem que a metodologia
probabilística na avaliação de Nikude
do risco etfalha.
al. (1979) foi desenvolvida
para DBO e SST em sistemas de lodos ativados.

▪ Oliveira & Von Sperling (2008), Owusu-ansah et al. (2015), Alderson


et al. (2015) aplicaram a mesma metodologia em outros parâmetros
de qualidade e processos de tratamento, incluindo sistemas naturais
com operação passiva.
8
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.1. Introdução

▪ Objetivo geral

Investigar o desempenho e a confiabilidade de lagoas de estabilização


a partir de dados de monitoramento de sistemas operando em escala
real.

Desempenho e coeficientes de confiabilidade.


▪ Objetivos
Abordagem específicos
probabilística na avaliação do risco de falha.

I. Avaliar a eficiência e o percentual de atendimento considerando


diferentes critérios para lançamento de efluentes;

II. Discutir a aplicabilidade dos coeficientes de Confiabilidade (CDC)


de lagoas de estabilização.

9
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.1 Sistemas de lagoas de estabilização

▪ Foram utilizados dados das 10 ETEs em operação no Rio Grande


do Norte (RN).

▪ O clima varia de tropical chuvoso ao semiárido (classificação de


Köppen).

▪ Todos os sistemas recebem efluente predominantemente


doméstico.

▪ Compõem-se de uma lagoa facultativa primária (LFP) seguida de


duas lagoas de maturação em série (LMP e LMS).

10
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.1 Sistemas de lagoas de estabilização
Início de Vazão Destinação do
ETE Designação TDH Total (d)
Operação (m³.d-1) efluente
Reúso na
Caiçara S1 2002 108 29,71
agricultura
Ilha de Santana S2 1996 3940 17,13 corpo d’água
Passagem de
S3 2009 492 118,02 corpo d’água
Pedras
Cidade S4 2002 253 13,77 corpo d’água
Disposição no
Pipa S5 2003 646 18,40
solo
Disposição no
Ponta Negra S6 2001 7615 24,93
solo
Sítio Santana S7 2002 170 29,48 corpo d’água

Santo Antônio S8 2004 300 78,01 corpo d’água


Reúso na
Coqueiros S9 * 260 43,52
agricultura
Touros S10 2000 810 33,67 corpo d’água

Tabela 1. Caracterização geral das ETEs estudadas.


11
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE

Figura 4. Mapa de localização das 10 ETEs estudadas no Rio Grande do Norte . 12


Figura 5. Mapa de localização da ETE Caiçara no Rio Grande do Norte . 13
Figura 6. Mapa de localização da ETE Ilha de Santa no Rio Grande do Norte . 14
Figura 7. Mapa de localização da ETE Passagem de Pedras no Rio Grande do Norte . 15
Figura 8. Mapa de localização da ETE Cidade no Rio Grande do Norte . 16
Figura 9. Mapa de localização da ETE Pipa no Rio Grande do Norte . 17
Figura 10. Mapa de localização da ETE Ponta Negra no Rio Grande do Norte . 18
Figura 11. Mapa de localização da ETE Sítio de Santana no Rio Grande do Norte . 19
Figura 12. Mapa de localização da ETE Santo Antônio no Rio Grande do Norte . 20
Figura 13. Mapa de localização da ETE Coqueiros no Rio Grande do Norte . 21
Figura 14. Mapa de localização da ETE Touros no Rio Grande do Norte . 22
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.1 Sistemas de lagoas de estabilização

ETE Profundidade (m) Área superficial (m²) TDH (d)

LFP LMP LMS LFP LMP LMS LFP LMP LMS

S1 1.5 1,4 1,4 1119 546 546 15,6 7,1 7,1

S2 2,0 1,5 1,5 22950 7200 7200 11,7 2,7 2,7

S3 2,0 1,5 1,5 17775 7505 7505 72,3 22,9 22,9

S4 2,0 1,5 1,5 1352 260 260 10,7 1,5 1,5

S5 2,0 1,5 1,5 4600 896 896 14,2 2,1 2,1

S6 2,0 1,5 1,5 52510 28028 28548 13,8 5,5 5,6

S7 1,3 1,2 1,2 2698 703 551 20,6 5,0 3,9

S8 2,0 1,5 1,5 8418 2288 2090 56,1 11,4 10,5

S9 2,0 1,9 1,9 3024 1386 1386 23,3 10,1 10,1

S10 1,1 1,0 1,0 12876 6552 6552 17,5 8,1 8,1

Tabela 2. Caracterização das lagoas facultativas primárias (LFP), de maturação primária (LMP) e secundária (LMS) das

ETEs estudadas.

23
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.1 Sistemas de lagoas de estabilização

▪ O banco de dados é fruto do monitoramento mensal de cada


sistema, por um período de um ano, em diferentes dias da
semana, perfazendo um total de 157 coletas do esgoto bruto e dos
efluentes de cada lagoa.

▪ A análise do material coletado seguiu as recomendações descrita


no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater
(APHA, 2009).

24
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.1 Sistemas de lagoas de estabilização

▪ Para este capítulo, às seguintes variáveis foram consideradas:

I. Demanda Bioquímica de Oxigênio, em amostras não filtradas


(DBO) e filtradas (DBOf);
II. Demanda Química de Oxigênio Total, em amostras não
filtradas (DQO) e filtradas(DQOf);
III. Sólidos Suspensos Totais (SST);
IV. Fósforo Total (PT);
V. Amônia Total (AMT) e;
VI. Coliformes Termotolerantes (CTT).

25
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.2 Determinação e eliminação de outliers

▪ Regra empírica baseado na amplitude interquartil (IQR – Interquartile


Range) do conjunto de dados:

Lsup = Q 3 + 1,5 × Q 3 − Q1 Equação 1 Outlier


Máx
Linf = Q1 − 1,5 × Q 3 − Q1 Equação 2

Q3
Em que: Mediana
Q1
Q 3 = Terceiro quartil;
Mín
Q1 = Primeiro quartil.
Figura 15. Gráfico Box-plot e Outlier

26
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.3 Atendimento às metas de qualidade do efluente

▪ As concentrações dos parâmetros efluentes às 10 estações foram


comparadas com:

I. Limites de lançamento da Resolução Conama nº 430/2011;

II. Níveis de restrição para os padrões de lançamento propostos por


Morais et al. (2019) a partir da análise das legislações estaduais
brasileiras.

27
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.3 Atendimento às metas de qualidade do efluente

Parâmetro Muito restritivo Menos Restritivo


DQO (mg L-1) <120 >200
DBO (mg L-1) <60 >90
SST (mg L-1) <100 >150
NH3 (mg L-1) <5 >20
P Total (mg L-1) <1 >2
Coliformes termotolerantes
<104 >105
(ufc 100 mL-1)
Tabela 3. Níveis de restrição para os padrões de lançamento de efluentes adaptado de
Morais et al. (2019).

28
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.4 Teste de aderência e cálculo do coeficiente de
confiabilidade (CDC)

▪ O teste Kolmogorov-Smirnov (KS) foi empregado na avaliação


da aderência das concentrações à distribuição de probabilidade
Lognormal.

▪ O software utilizado para a execução dos testes foi o Statgraphics


Centurion XVIII.

▪ A escolha do teste KS baseia-se na sua simplicidade e por ser o


mais empregado para pequenas amostras (n ≤ 30).

29
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.4 Teste de aderência e cálculo do coeficiente de
confiabilidade (CDC)
Dados de concentração
efluente das lagoas de
estabilização
Probabilidade acumulada
de não excedência:
𝑋ഥ : Média
Confiabilidade de 95 %
𝑆 : Desvio padrão

𝑍95% : Variável normal


𝐶𝑉 ∶ 𝑆/𝑋ത
padronizada

𝐶𝐷𝐶 = 𝐶𝑉 2 + 1 × exp −𝑍1−∝ ln( 𝐶𝑉 2 + 1)

30
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.2. Metodologia
1.2.4 Teste de aderência e cálculo do coeficiente de
confiabilidade (CDC)

𝐶𝐷𝐶 = 𝐶𝑉 2 + 1 × exp −𝑍1−∝ ln( 𝐶𝑉 2 + 1)

Mx = CDC × Xs

Em que:
Mx: concentração média do constituinte.
Xs: meta de qualidade ou padrão fixado por alguma legislação
ou norma.
CDC: coeficiente de confiabilidade.
31
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.1 Atendimento às metas de qualidade no efluente final

1000 100%

800
75%
DBO (mg L-1)

600
50%
400

25%
200

0 0%

120 mg L-1 90 mg L-1 60 mg L-1

100%
600

500
75%
DBOf (mg L-1)

400

300 50%

200
25%
100

0
0%

25% 50% Mín Máx 75% 120 mg L-1 90 mg L-1 60 mg L-1

Figura 16. Medianas, quartis, mínimos e máximos das concentrações finais e os percentuais de atendimento
para DBO, em amostras filtradas e não filtradas.
32
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.1 Atendimento às metas de qualidade no efluente final

1500 100%

1200
75%
DQO (mg L-1)

900
50%
600

25%
300

0 0%

200 mg L-1 120 mg L-1

100%

800
75%
DQOf (mg L-1)

600

50%
400

200 25%

0 0%

25% 50% Mín Máx 75% 200 mg L-1 120 mg L-1

Figura 17. Medianas, quartis, mínimos e máximos das concentrações finais e os percentuais de atendimento
para DQO, em amostras filtradas e não filtradas.
33
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.1 Atendimento às metas de qualidade no efluente final

600 100%

500
75%
400
SST (mg L-1)

300 50%

200
25%
100

0 0%

150 mg L-1 100 mg L-1

100%
1.E+09
CTT (jNMP.100 mL-1)

75%
1.E+07

1.E+05 50%

1.E+03 25%

1.E+01
0%

25% 50% Mín Máx 75% 1E+05 ufc 100mL-1 1E+04 ufc 100mL-1

Figura 18. Medianas, quartis, mínimos e máximos das concentrações finais e os percentuais de atendimento
para SST e CTT.
34
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.1 Atendimento às metas de qualidade no efluente final

100 100%

80
75%

60
AMT (mg.L-1)

50%
40

20 25%

0 0%

20 mg L-1 5 mg L-1

100%
14
12
75%
10
PT (mg L-1)

8
50%
6
4
25%
2
0
0%

1 mg L-1 2 mg L-1
25% 50% Mín Máx 75%

Figura 19. Medianas, quartis, mínimos e máximos das concentrações finais e os percentuais de atendimento
para AMT e PT.
35
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.2 Coeficientes de confiabilidade (CDC)

▪ O teste K-S não rejeitou a hipótese de representatividade dos


dados amostrais de concentração pela distribuição de
probabilidade Log-normal (p-valor > 0.05).
LFPLFP
+ LMP
LFP + LMS
+ LMP

1.0 3.0

2.5
0.8

2.0
CDC (95%)

0.6

CV
1.5
0.4
1.0

0.2
0.5

0.0 0.0

Figura 20. Box-plot de CV e CDC por parâmetro e por efluente da série de lagoas, calculados para
um nível de confiabilidade de 95%.
36
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.2 Coeficientes de confiabilidade (CDC)

▪ Baixos CDC podem indicar condições operacionais menos


estáveis em decorrência da maior variabilidade das
concentrações no efluente.

▪ O próprio coeficiente de confiabilidade sofre com a flutuação


dos dados da tecnologia de tratamento de efluentes.

▪ A adoção de um CDC médio pode trazer uma previsão fora da


realidade por não considerar a faixa de variação do coeficiente
de confiabilidade.

37
M 1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.3 Concentrações de projeto
o
M
d
o
e
d
l
eo Concentração média ∶ Mx = CDC × Xs
lh
o
i
h
d Mo : Concentração afluente
ir k : Coeficiente cinético
d
á
ru
n : n° de lagoas
ál
u
i
lc Modelo hidráulico de Modelo hidráulico de
io mistura completa: fluxo em pistão:
cd
o
e
d
f
el
m
u
ix
so
te n MX MX
u
m −1 n ln
MO MO
rp
TDH = TDH = −
ai k k
cs
o
t
m
ã
p
o
l:
e
t 38
a
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.3 Concentrações de projeto

▪ A aplicabilidade do CDC depende da capacidade da tecnologia


em alcançar o nível de confiabilidade desejado em relação ao
padrão de lançamento estabelecido.

8 8

R DBOf (adimensional)
R DBO (adimensional)

6 6

4 4

2 2

0 0
LFP LMP LMS LFP LMP LMS

Figura 21. Razão (R) entre as concentrações reais observadas e as concentrações de projeto para alcance
das diversas metas de lançamento (nível de confiabilidade de 95%), considerando limites restritivos
(vermelho) e menos restritivos (azul).
39
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.3 Concentrações de projeto

▪ A aplicabilidade do CDC depende da capacidade da tecnologia


em alcançar o nível de confiabilidade desejado em relação ao
padrão de lançamento estabelecido.

5 5

R DQOf (adimensional)
R DQO (adimensional)

4 4

3 3

2 2

1 1

0 0
LFP LMP LMS LFP LMP LMS

Figura 21. Razão (R) entre as concentrações reais observadas e as concentrações de projeto para alcance
das diversas metas de lançamento (nível de confiabilidade de 95%), considerando limites restritivos
(vermelho) e menos restritivos (azul).
40
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE 1.3.3 Concentrações de projeto

▪ A aplicabilidade do CDC depende da capacidade da tecnologia


em alcançar o nível de confiabilidade desejado em relação ao
padrão de lançamento estabelecido.

8 1000

R CTT (adimensional)
R AMT (adimensional)

6
100

10
2

0 1
LFP LMP LMS LFP LMP LMS

0.5 0.25 0.75 0.5 0.25 0.75

Figura 21. Razão (R) entre as concentrações reais observadas e as concentrações de projeto para alcance
das diversas metas de lançamento (nível de confiabilidade de 95%), considerando limites restritivos
(vermelho) e menos restritivos (azul).
41
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE
1.4. Conclusões

▪ O material particulado atribuído as algas interferiu


negativamente nos percentuais de atendimento às metas de
qualidade estabelecidas para DBO e DQO.

▪ As remoções de coliformes termotolerantes não foram


suficientes para produzir efluentes com elevada qualidade
sanitária.
▪ Os sistemas avaliados mostraram dificuldade e, em vários
casos, total incapacidade em alcançar padrões de lançamento
restritivos para amônia e fósforo.

▪ Coliformes Termotolerantes apresentou os maiores


coeficientes de variação e, consequentemente, os menores
coeficientes de confiabilidade (CDC).

42
1. DESEMPENHO E COEFICIENTES DE CONFIABILIDADE
1.4. Conclusões

▪ A dispersão observada nos valores de CDC é problemática


para a definição de uma concentração média necessária para
alcançar uma meta de qualidade estabelecida.

▪ Foram observadas grandes distâncias entre as concentrações


reais e as necessárias para assegurar que 95% dos resultados
atenderiam às metas de lançamento, especialmente para os
limites classificados como mais restritivos.

▪ À vista disso, ao aplicar a metodologia aqui discutida deve-se


considerar a capacidade da tecnologia em alcançar o nível de
confiabilidade estabelecido.

43
Capítulo
Desempenho II: SIMULAÇÃO
e coeficientes de confiabilidade. MONTE CARLO NA
AVALIAÇÃO
Abordagem probabilísticaDA PROBABILIDADE
na avaliação do risco de falha. DE FALHA

44
2.1. Introdução
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ A falha em um sistema de tratamento de esgotos ocorre quando os


padrões requeridos para o lançamento do efluente são excedidos.
PROBABILIDADE DE FALHA

Falha = 𝐶𝑜𝑛𝑐. 𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 > 𝐶𝑜𝑛𝑐. 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎

▪ Devido eàcoeficientes
Desempenho escassez de de confiabilidade.
ferramentas computacionais disponíveis na
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
época, o trabalho pioneiro Niku et al. (1979) limitou-se a
distribuição lognormal para a avaliação da confiabilidade do
tratamento.

▪ Alternativas metodológicas para a análise da garantia em estações


de tratamento de esgoto têm sido pouco discutidas.

45
2.1. Introdução
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ A simulação Monte Carlo tem sido uma ferramenta estatística


importante para avaliar o grau de distanciamento de um cenário
PROBABILIDADE DE FALHA

desejado.

▪ Uma vez conhecida a função de distribuição de probabilidade


Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
característica do conjunto amostral, o método usa uma sequência
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
aleatória de números para atribuir valores às variáveis do sistema
que se deseja investigar.

▪ Deduz-se o comportamento global do sistema a partir do


comportamento da amostra.

46
2.1. Introdução
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ Objetivo geral

Aplicar e discutir o uso da simulação Monte Carlo como ferramenta de


PROBABILIDADE DE FALHA

avaliação da probabilidade de falha de sistemas de lagoas de


estabilização no atendimentos às normas ambientais.

Desempenho e coeficientes de confiabilidade.


Abordagem probabilística
▪ Objetivos na avaliação do risco de falha.
específicos
I. Caracterizar as Funções de Distribuição de Probabilidade
dominantes para os parâmetros analíticos considerados no
efluente das lagoas;
II. Identificar os parâmetros de qualidade com maior risco de falha ao
longo da série de lagoas.

47
2.2 Metodologia
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

2.2.1 Coleta de dados

▪ Para este capítulo, às seguintes variáveis serão consideradas:


PROBABILIDADE DE FALHA

I. Demanda Bioquímica de Oxigênio, em amostras não filtradas


(DBO) e filtradas (DBOf);

Desempenho e coeficientes
II. Demanda Químicadedeconfiabilidade.
Oxigênio Total, em amostras não filtradas
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
(DQO) e filtradas(DQOf);
III. Sólidos Suspensos Totais (SST);
IV. Amônia Total (AMT);
V. Coliformes Termotolerantes (CTT);
VI. pH.

48
2.2 Metodologia
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

2.2.2 Teste de aderência e critério de AIC

▪ Representação esquemática do processo de seleção da FDP:


PROBABILIDADE DE FALHA

Dados de concentração
Desempenho
efluente edas
coeficientes
lagoas dede confiabilidade.
Abordagem estabilização
probabilística na avaliação do risco de falha.
Distribuições
testadas:
Seleção da FDP com
Teste de aderência KS - Normal
o critério de AIC
(Kolmogorov- Smirnov) - Lognormal
(Akaike)
- Gama
- Weibull

Figura 22. Representação esquemática do processo de seleção da FDP.

49
2.2 Metodologia
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

2.2.3 Simulação e cálculo de probabilidade

▪ A partir da função de probabilidade que tenha aderência com os


PROBABILIDADE DE FALHA

dados, foram conduzidas simulações Monte Carlo com 3000


iterações.

N° de valores simulados > valor normativo


α=
Total de valores simulados

Valor normativo
50
2.2 Metodologia
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

2.2.3 Simulação e cálculo de probabilidade

▪ Utilizou-se a Equação 3 para o cômputo da probabilidade de


PROBABILIDADE DE FALHA

falha (α) quanto ao atendimento de normas ambientais.

N° de valores
N° de valores simulados
simulados > valor normativo
> valor normativo
α= α= Equação 3
Total deTotal
valores simulados
de valores simulados

▪ Neste capítulo foram empregados como valores normativos os


limites estabelecidos por Morais et al. (2019).

51
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ Testes estatísticos preliminares indicaram, em geral, a não


PROBABILIDADE DE FALHA

normalidade dos dados de concentração dos constituintes no


efluente

5 5
Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
Coefciente de assimetria

Coefciente de assimetria
3 3

1 1

-6 -3 -1 0 3 6 9 -6 -3 -1 0 3 6 9

-3 -3

-5 -5
Curtose Curtose

DBO DBOf DQO DQOf AMT SST CTT pH

Figura 23. Coeficientes de assimetria e curtose das concentrações efluentes das lagoas de
estabilização.
52
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

EB
PROBABILIDADE DE FALHA

10

N° de sistemas 6

Desempenho e coeficientes
4 de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
2

Weibull Gamma Normal LogNormal

Figura 24. Funções de Distribuições de Probabilidade que se ajustaram aos dados dos constituintes no esgoto
bruto (EB) e por modalidade de lagoa de estabilização (LFP, LMP e LMS).

53
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

LFP
PROBABILIDADE DE FALHA

10

N° de sistemas 6

Desempenho e coeficientes
4 de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
2

Weibull Gamma Normal LogNormal

Figura 24. Funções de Distribuições de Probabilidade que se ajustaram aos dados dos constituintes no esgoto
bruto (EB) e por modalidade de lagoa de estabilização (LFP, LMP e LMS).

54
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

LMP
PROBABILIDADE DE FALHA

10

N° de sistemas 6

Desempenho e coeficientes
4 de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
2

Weibull Gamma Normal LogNormal

Figura 24. Funções de Distribuições de Probabilidade que se ajustaram aos dados dos constituintes no esgoto
bruto (EB) e por modalidade de lagoa de estabilização (LFP, LMP e LMS).

55
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

LMS
PROBABILIDADE DE FALHA

10

N° de sistemas 6

Desempenho e coeficientes
4 de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
2

Weibull Gamma Normal LogNormal

Figura 24. Funções de Distribuições de Probabilidade que se ajustaram aos dados dos constituintes no esgoto
bruto (EB) e por modalidade de lagoa de estabilização (LFP, LMP e LMS).

56
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ Distribuição Log-normal: dominante para os parâmetros


coliformes termotolerantes, pH, DQO e DQOf no efluente das
PROBABILIDADE DE FALHA

lagoas.

▪ Distribuições Weibull e Gamma: dominante para os


Desempenho e coeficientes
parâmetros DQO de confiabilidade.
e DQOf no esgoto bruto e DBO e DBOf no
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
efluente das lagoas.

▪ Não apresentaram predominância de um modelo distributivo


específico: AMT e SST

57
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

100% 100%

Probabilidade de falha DBOf


Probabilidade de falha DBO 80% 80%

60% 60%
PROBABILIDADE DE FALHA

40% 40%

20% 20%

0% 0%
LFP LMP LMS LFP LMP LMS
Desempenho
100% e coeficientes de confiabilidade. 100%

Probabilidade de falha DQOf


Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
Probabilidade de falha DQO

80% 80%

60% 60%

40% 40%

20% 20%

0% 0%
LFP LMP LMS LFP LMP LMS
50% 25% 75%
50% 25% 75%

Figura 25 Box-plot de probabilidade de falha simulado por modalidade de lagoa para DBO e DQO, filtrada e
não filtrada, considerando limites restritivos (vermelho) e menos restritivos (azul).
58
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

100% 100%

Probabilidade de falha AMT

Probabilidade de falha SST


80% 80%

60% 60%
PROBABILIDADE DE FALHA

40% 40%

20% 20%

0% 0%
LFP LMP LMS LFP LMP LMS
Desempenho
100% e coeficientes de confiabilidade. 100%
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

Probabilidade de falha pH
Probabilidade de falha CTT

80% 80%

60% 60%

40% 40%

20% 20%

0% 0%
LFP LMP LMS LFP LMP LMS
50% 25% 75% 50% 25% 75%

Figura 26 Box-plot de probabilidade de falha simulado por modalidade de lagoa para AMT, SST, CTT e pH,
considerando limites restritivos (vermelho) e menos restritivos (azul).
59
2.3 Resultados e discussão
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ Correlação α CTT X razão TDH/H das lagoas:


r - 0,763 a - 0,874
PROBABILIDADE DE FALHA

▪ Correlação α CTT das lagoas de maturação X Ls DBO:


r 0,673 - 0,963

▪ Correlação
Desempenho α CTT das
e coeficientes lagoas de maturação X Ls DQO:
de confiabilidade.
Abordagem probabilística
r 0,745 - 0,950 na avaliação do risco de falha.

▪ Correlação α pH das lagoas de maturação X TDH/H :


r 0,871 - 0,903
2.4 Conclusões
2. SIMULAÇÃO MONTE CARLO NA AVALIAÇÃO DA

▪ As FDPs Log-normal, Weibull e Gama podem ser adotadas como


representativas do comportamento dos dados de concentração no
PROBABILIDADE DE FALHA

efluente das lagoas, devendo ser avaliado caso a caso.

▪ A DBO e DQO de amostras não filtradas apresentaram maior α ao


longo da série de lagoas, ainda que a garantia plena de
Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
atendimento
Abordagem a remoção
probabilística mínima
na avaliação de matéria
do risco de falha. orgânica tenha sido
alcançada nas simulações.

▪ Foi observado a relação entre variáveis físicas e operacionais das


lagoas de estabilização e a α para CTT e pH.

▪ Os resultados alcançados nas simulações propõem-se ser


representativos de todo o período operacional dos sistemas
avaliados.
61
Capítulo
Desempenho III: COEFICIENTES
e coeficientes de confiabilidade. CINÉTICOS DE
REMOÇÃO
Abordagem DE MATÉRIA
probabilística na avaliação do risco de falha.ORGÂNICA

62
3.1 Introdução
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

▪ Os modelos analíticos utilizados para descrever a remoção de


matéria orgânica em lagoas de estabilização baseiam-se na
cinética de primeira ordem.
MATÉRIA ORGÂNICA

▪ Os padrões de fluxo são frequentemente considerados como os


regimes idealizados de mistura completa e fluxo em pistão.
Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
▪ O coeficiente cinético de remoção (k), expresso em d-1, é
considerado um fator-chave para o projeto e previsão de
desempenho do sistema.

▪ Deve-se adotar coeficientes baseados em estudo em escala real


sob condições similares ao local onde estes sistemas serão
implantados.

63
3.1 Introdução
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

▪ Objetivo geral

Avaliar a cinética de remoção de matéria orgânica em de 10 sistemas


de lagoas de estabilização localizadas no Rio Grande do Norte,
MATÉRIA ORGÂNICA

nordeste do Brasil.

▪ Objetivos
Desempenho específicos
e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística
I. Avaliar a remoçãona deavaliação
matéria do risco de efalha.
orgânica sua influencia sobre o
comportamento dos parâmetros pH, OD e clorofila-a ao longo da
série de lagoas.
II. Estimar os coeficientes cinéticos de remoção (k) para DBO e
DQO, considerando os regimes hidráulicos ideais.
III. Avaliar a influência das características geométricas e critérios de
projeto sobre k.
64
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.1 Coleta de dados

▪ Para este capítulo, às seguintes variáveis foram consideradas:

I. Demanda Bioquímica de Oxigênio, em amostras não filtradas


MATÉRIA ORGÂNICA

(DBO) e filtradas (DBOf);

II. Demanda
Desempenho Química
e coeficientes dede Oxigênio Total, em amostras não filtradas
confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
(DQO) e filtradas(DQOf);

III. Oxigênio Dissolvido (OD);

IV. Clorofila-a;

V. Temperatura;

VI. pH.

65
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ Equação para o cálculo da concentração efluente em reatores de


mistura completa
MATÉRIA ORGÂNICA

SO
S=  1

n n  S O  n 
  TDH  k=   −1 Equação (04)
1
Desempenho + k   
 e coeficientes  
de confiabilidade. TDH  S  
Abordagem  n na avaliação do risco de falha.
 probabilística  

▪ Equação para o cálculo da concentração efluente em reatores de


fluxo em pistão:   S 
 Ln  
k=−   So  
S = S O  e − ( k TDH )  TDH  Equação (05)
 
 

66
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ O conjunto de dados de monitoramento foi agrupado por tipologia


de lagoas: lagoas facultativas (LFP) e lagoas de maturação (LM).
MATÉRIA ORGÂNICA

▪ No afluente foram admitidas as frações totais de DBO e DQO para


Desempenho
So. e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
▪ No efluentes apenas as amostras filtradas de DBO e DQO foram
consideradas para S.

▪ As lagoas de maturação primária e secundária foram


consideradas conjuntamente e modeladas como (n = 2) células
em série de igual volume.

67
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ O valor de k foi corrigido para a temperatura de 20 oC através da


equação de Van´t Hoff-Arrenhius:
MATÉRIA ORGÂNICA

 kT 
k 20 =  (T −20)  Equação (06)

Desempenho e coeficientes de confiabilidade.

Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

Em que,
k20 = coeficiente de remoção na temperatura de 20 oC (d-1);
kT = coeficiente de remoção em uma temperatura qualquer (d-1);
θ = coeficiente de temperatura (adimensional).
T = temperatura (oC).

68
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ Os coeficientes de remoção obtidos foram correlacionadas com:


MATÉRIA ORGÂNICA

I. Características físicas (comprimento/ largura e profundidade);


Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.
II. Fatores de projeto (tempo de retenção hidráulica e
carregamento orgânico superficial).

▪ Análises de regressão foram realizadas no intuito de derivar um


modelo de previsão alternativo para os valores de k.

69
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ O coeficiente de determinação (Eq. 07) e o índice de


concordância de Wilmott (Eq. 08) foram utilizados como
MATÉRIA ORGÂNICA

parâmetros estatísticos para avaliar o ajuste entre os dados


observados (Oi) e preditos (Pi) de k.
Desempenho e coeficientes de confiabilidade.

Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

n
(o i − o )  ( p i − p )
R = 
2 i =1 Equação (07)
 2 
i =1 (oi − o)  i =1 ( pi − p) 
n 2 n


 

n
( o − p ) 2

D = 1 −  n i =1 
i i Equação (08)
  ( pi − o − oi − o ) 2 
 i =1 
70
3.2 Metodologia
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

3.2.2 Determinação dos coeficientes de remoção (k)

▪ Os valores de k obtidos foram comparados com aqueles preditos


por equações empíricas. As seguintes referências foram
MATÉRIA ORGÂNICA

consideradas:

𝑘 =e coeficientes
Desempenho 0,132 × log de
𝐿S confiabilidade.
− 0,146 (ARCEIVALA, 1981) Equação (09)
Abordagem𝑘 probabilística
= 0,091 + 2,05na avaliação
× 104 × 𝐿do(VIDAL,
risco de1983)
falha.Equação (10)
S

𝑘 = 0,3 × (1,05)(𝑇−20) (HEAVEN et al., 2011) Equação (11)

𝑘 = 0,71 × (1,09)(𝑇−20) (USEPA, 1983) Equação (12)

Em que,
▪LS = carga superficial aplicada de DBO (kg.ha.d-1);
▪T = temperatura (oC).
71
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão
700

600

500

mg DBO L-1
400 EB
300
DBO/DQO:
MATÉRIA ORGÂNICA

200

100 0,52 - 0,88


0
EB LFP LMP LMS

50% 25% Max Min 75%

900 Efluente
750
final
mg DQO L-1

600
DBO/DQO:
450

300 0,53 - 0,76


150

0
EB LFP LMP LMS

Figura 27. Box-plot das concentrações médias de DQO e DBO no esgoto bruto (EB) e no efluente das
lagoas de estabilização dos 10 sistemas avaliados. Fração total (vermelho) e filtrada (azul).
72
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão
2000
A)
1500

kg ha-1d-1
1000

400 kgDBO ha-1 d-1


MATÉRIA ORGÂNICA

500

(Butler et al. 2017)


0
S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10

DBO5 DQO
2000

B)
1500
kg ha-1d-1

1000

500

0
S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10

DBO5 DQO

Figura 28. Cargas orgânicas superficiais de DBO e DQO nas lagoas facultativas primárias (A) e de maturação (B)
73
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

▪ Além do pH, houve um aumento na concentração de OD:

LFP: 1,5 - 3,7 mg L-1


MATÉRIA ORGÂNICA

LMP: 1,4 a 5,6 mg L-1


LMS: 2,8 a 5,8 mg L-1

▪ Em S2, S3, S4, S5 e S10:

Correlação [pH] X Ls DBO das lagoas facultativas:


r -0,861 p < 0.0001
Correlação [OD] X Ls DBO das lagoas facultativas:
r -0,827 p < 0.0001

74
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

▪ Clorofila-a:

LFP: 653 - 1497 μg L-1


MATÉRIA ORGÂNICA

LMP: 429 - 1093 μg L-1


LMS: 397 - 1219 μg. L-1

▪ Segundo Pearson (1996), 300 μg L-1 seria o valor mínimo para


evitar condições de falha.

▪ A Clorofila-a não apresentou correlação com o pH e OD.

75
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão
0.6

0.5

0.4

k (d-1) (20 oC)


0.3

0.2
MATÉRIA ORGÂNICA

0.1

0.0
DBO (LFP) DBO (LM) DQO (LFP) DQO (LM)

50% 25% Max Min 75%


0.15

0.12
k (d-1) (20 oC)

0.09

0.06

0.03

0.00
DBO (LFP) DBO (LM) DQO (LFP) DQO (LM)

50% 25% Max Min 75%

Figura 29 Coeficientes de remoção de DBO e DQO nas lagoas facultativas primárias (LFP) e de maturação (LM) para o
regime de mistura completa (A) e fluxo em pistão (B). 76
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

LF
Modelo
Parâmetro Ls
hidráulico TDH H TDH/H C/L Ls
MATÉRIA ORGÂNICA

removida

DBO -0.590 0.208 -0.659 0.080 0.875 0.908


MC
DQO -0.642 0.200 -0.712 -0.009 0.922 0.936

DBO -0.773 0.120 -0.825 0.133 0.917 0.911


FP
DQO -0.765 0.121 -0.817 0.083 0.931 0.909
LM

DBO -0.586 0.053 -0.609 0.738 0.975 0.991


MC
DQO -0.679 0.037 -0.692 0.776 0.777 0.861

DBO -0.599 -0.029 -0.622 0.767 0.975 0.985


FP
DQO -0.694 -0.046 -0.705 0.778 0.786 0.872

Tabela 4. Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre as taxas de remoção (k) e as características físicas / operacionais
das lagoas (α = 0,05).

77
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

LF
Modelo
Parâmetro Ls
hidráulico TDH H TDH/H C/L Ls
MATÉRIA ORGÂNICA

removida

DBO -0.590 0.208 -0.659 0.080 0.875 0.908


MC
DQO -0.642 0.200 -0.712 -0.009 0.922 0.936

DBO -0.773 0.120 -0.825 0.133 0.917 0.911


FP
DQO -0.765 0.121 -0.817 0.083 0.931 0.909
LM

DBO -0.586 0.053 -0.609 0.738 0.975 0.991


MC
DQO -0.679 0.037 -0.692 0.776 0.777 0.861

DBO -0.599 -0.029 -0.622 0.767 0.975 0.985


FP
DQO -0.694 -0.046 -0.705 0.778 0.786 0.872

Tabela 4. Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre as taxas de remoção (k) e as características físicas / operacionais
das lagoas (α = 0,05).

78
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

LF
Modelo
Parâmetro Ls
hidráulico TDH H TDH/H C/L Ls
MATÉRIA ORGÂNICA

removida

DBO -0.590 0.208 -0.659 0.080 0.875 0.908


MC
DQO -0.642 0.200 -0.712 -0.009 0.922 0.936

DBO -0.773 0.120 -0.825 0.133 0.917 0.911


FP
DQO -0.765 0.121 -0.817 0.083 0.931 0.909
LM

DBO -0.586 0.053 -0.609 0.738 0.975 0.991


MC
DQO -0.679 0.037 -0.692 0.776 0.777 0.861

DBO -0.599 -0.029 -0.622 0.767 0.975 0.985


FP
DQO -0.694 -0.046 -0.705 0.778 0.786 0.872

Tabela 4. Coeficiente de correlação de Pearson (r) entre as taxas de remoção (k) e as características físicas / operacionais
das lagoas (α = 0,05).

79
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

0.60 0.12
A.1 A.2
0.50
0.09

k (d-1) (20 oC)


k (d-1) (20 oC) 0.40

0.30 0.06

0.20
0.03
MATÉRIA ORGÂNICA

0.10

0.00 0.00
0 500 1000 1500 0 400 800 1200
-1
kg ha d -1
kg .ha-1.d-1
Mistura completa Fluxo pistão Mistura completa Fluxo em pistão

0.40 0.20
B.1 B.2
0.30 0.15
k (d-1) (20 oC)

k (d-1) (20 oC)


0.20 0.10

0.10 0.05

0.00 0.00
0 500 1000 1500 2000 0 400 800 1200 1600
kg ha-1d-1 kg ha-1 d-1
Mistura completa Fluxo pistão Mistura completa Fluxo em pistão

Figura 30. Coeficientes de remoção de DBO vs. carga superficial aplicada em lagoas facultativas (A.1) e de maturação (A.2).
Taxas de remoção de DQO vs. carga superficial aplicada em lagoas facultativas (B.1) e de maturação (B.2).

80
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

Modelo
Lagoa Parâmetro Equação R2 D
hidráulica
MATÉRIA ORGÂNICA

DBO5 𝑘20°𝑐 = 0.0003 × 𝐿𝑠 + 0.0113 0.766 0.853


MC
DQO 𝑘20°𝑐 = 0.0002 × 𝐿𝑠 + 0.0025 0.850 0.701
LF
DBO5 𝑘20°𝑐 = 6 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0135 0.840 0.606
FP
DQO 𝑘20°𝑐 = 4 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0064 0.868 0.615

DBO5 𝑘20°𝑐 = 8 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0040 0.973 0.913


MC
DQO 𝑘20°𝑐 = 7 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0053 0.705 0.694
LM
DBO5 𝑘20°𝑐 = 5 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0019 0.965 0.822
FP
DQO 𝑘20°𝑐 = 5 × 10−5 × 𝐿𝑠 + 0.0040 0.711 0.843

Tabela 5. Equações de regressão da taxa de remoção de DBO e DQO para 20 oC em função da


carga superficial aplicada (Ls) de acordo com o regime hidráulico ideal.

81
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

0.60 0.12
A.1 A.2
0.50
0.09
k (d-1) (20 oC)

k (d-1) (20 oC)


0.40

0.30 0.06

0.20
0.03
MATÉRIA ORGÂNICA

0.10

0.00 0.00
0 10 20 30 40 0 5 10 15 20
TDH/H (d m-1) TDH/H (d m-1)

Mistura completa Fluxo pistão Mistura completa Fluxo em pistão

0.40 0.20
B.1 B.2
0.30 0.15
k (d-1) (20 oC)

k (d-1) (20 oC)


0.20 0.10

0.10 0.05

0.00 0.00
0 10 20 30 40 0 5 10 15 20
TDH/H (d m-1) TDH/H (d m-1)
Mistura Completa Fluxo pistão Mistura completa Fluxo em pistão

Figura 31. Coeficientes de remoção de DBO vs. TRH / H em lagoas facultativas (A.1) e de maturação (A.2). Taxa de remoção de
DQO vs. TRH / H em lagoas facultativas (B.1) e de maturação (B.2).
82
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

Modelo
Lagoa Parâmetro Equação R2 D
hidráulica
MATÉRIA ORGÂNICA

−1.083
DBO 𝑘20°𝑐 = 1.9736 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.812 0.819
MC
DQO 𝑘20°𝑐 = 1.1016 × (𝑇𝐷𝐻Τ𝐻)−0.983 0.860 0.853
LFP
−0.995
DBO 𝑘20°𝑐 = 0.4465 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.880 0.587
FP
−0.948
DQO 𝑘20°𝑐 = 0.3358 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.896 0.604
−1.089
DBO 𝑘20°𝑐 = 0.0635 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.723 0.969
MC
−1.014
DQO 𝑘20°𝑐 = 0.1425 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.857 0.765
LM
−1.077
DBO 𝑘20°𝑐 = 0.0422 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.723 0.857
FP
−1.002
DQO 𝑘20°𝑐 = 0.0886 × 𝑇𝐷𝐻Τ𝐻 0.855 0.610

Tabela 6. Equações de regressão da taxa de remoção de DBO e DQO para 20 oC em função da razão
TDH/ H de acordo com o regime hidráulico ideal
83
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE
3.3 Resultados e discussão

▪ Diferenças entre as medianas é estatisticamente significativa


(Kruskal-Wallis p < 0,05).
1.8
MATÉRIA ORGÂNICA

1.5 50%
25%
1.2
Max
k (d-1)

0.9 Min
75%
0.6

0.3

0.0

USEPA (1983)
Vidal (1983)
Arceivala (1981)

Heaven et al. (2011)


MC FP MC FP
k = f(Ls) k = f(TDH/H)

Figura 32. Coeficientes de remoção de DBO nas lagoas facultativas estimadas por equações empíricas (a).
Eficiências observadas vs. Eficiências estimadas (b).
84
3.4 Conclusões
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

▪ As lagoas de estabilização estudadas demonstraram uma grande


capacidade de suportar elevadas cargas orgânicas e ainda
promover a remoção satisfatória de DBO e DQO.
MATÉRIA ORGÂNICA

▪ O aumento da taxa de carga orgânica não teve efeito direto nas


Desempenho e coeficientes
concentrações de confiabilidade.
de clorofila-a.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

▪ pH e DO, associados à produtividade primária, correlacionaram-


se negativamente com a carga orgânica aplicada.

85
3.4 Conclusões
3. COEFICIENTES CINÉTICOS DE REMOÇÃO DE

▪ O valor de k mostrou-se dependente do tipo de lagoa, das suas


configurações geométricas e operacionais.
MATÉRIA ORGÂNICA

▪ Esta informação pode ser adaptada em modelos preditivos a


Desempenho
adoptare coeficientes
em projetosdedeconfiabilidade.
lagoas com características semelhantes.
Abordagem probabilística na avaliação do risco de falha.

▪ Em comparação com as equações empíricas relatadas na


literatura, estes modelos levam a taxas de remoção mais
adequadas à realidade local.

86
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Desempenho e coeficientes de confiabilidade.
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87
“Mestre não é quem sempre ensina,
mas quem de repente aprende.”
João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas.

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