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AL 1.

3 Exploração

Objetivo geral:  Determinar a densidade relativa de metais por picnometria.


Densidade relativa
de metais

Sugestões (adaptadas do Programa)


■■
Sugere‑se a utilização de metais como cobre, alumínio ou chumbo, na forma de grãos, lâminas ou fios de
pequena dimensão.
■■
Devem discutir‑se erros aleatórios e sistemáticos ligados à influência da temperatura, devidos à formação de
bolhas de ar no interior do picnómetro, a uma secagem inadequada do picnómetro ou à presença de
impurezas no metal em estudo.
■■
Nesta atividade deve introduzir‑se o erro percentual associado a um resultado experimental, quando há um
valor de referência, e a sua relação com a exatidão desse resultado.

Aprendizagens específicas e transversais a promover


(adaptadas das Metas específicas e transversais)

Exclusivo do Professor
Aprendizagens específicas a atingir com esta AL
1. Definir densidade relativa e relacioná‑la com a massa volúmica.
2. Identificar a densidade relativa como uma propriedade física de substâncias.
3. Interpretar e utilizar um procedimento que permita determinar a densidade relativa de um metal por picnometria.
4. Determinar a densidade relativa do metal.
5. Indicar o significado do valor obtido para a densidade relativa do metal.
6. Determinar o erro percentual do resultado obtido para a densidade relativa do metal e relacioná‑lo com a
exatidão desse resultado.
7. Indicar erros que possam ter afetado o resultado obtido.

Aprendizagens transversais
Aprendizagens do tipo processual
■■
Identificar material e equipamento de laboratório e manuseá‑lo corretamente, respeitando regras de
segurança e instruções recebidas.
■■
Identificar aparelhos de medida, analógicos e digitais, o seu intervalo de funcionamento e a respetiva
incerteza de leitura.
■■
Efetuar medições utilizando material de laboratório analógico, digital ou de aquisição automática de dados.
■■
Representar um conjunto de medidas experimentais em tabela, associando‑lhes as respetivas incertezas de
leitura dos aparelhos de medida utilizados.

Aprendizagens do tipo conceptual


■■
Identificar o objetivo de um trabalho prático.
QR10-CLAB © Porto Editora

■■
Identificar o referencial teórico no qual se baseia o procedimento utilizado num trabalho prático, incluindo
regras de segurança específicas.
■■
Interpretar e seguir um protocolo.

23  EP
AL 1.3 Exploração das Atividades Laboratoriais

■■
Conceber uma tabela de registo de dados adequada ao procedimento.

QR10-CLAB © Porto Editora


■■
Utilizar regras de contagem de algarismos significativos.
■■
Distinguir erros aleatórios de erros sistemáticos.
■■
Indicar a medida de uma grandeza numa única medição direta, atendendo à incerteza experimental associada
à leitura no aparelho de medida.
■■
Determinar o erro percentual associado a um resultado experimental quando há um valor de referência.
■■
Associar a exatidão de um resultado à maior ou menor proximidade a um valor de referência e aos erros
sistemáticos, relacionando‑a com o erro percentual.
■■
Identificar erros que permitam justificar a baixa precisão das medidas ou a baixa exatidão do resultado.
■■
Generalizar interpretações baseadas em resultados experimentais para explicar outros fenómenos que
tenham o mesmo fundamento teórico.

Proposta de resolução das questões pré-laboratoriais


1 (B)

2 2.1 (D)
1.1

​ρ = ​ __ ​ = ________________
m 195,90 g
Exclusivo do Professor

   ​ = 12,6 ​g mL​​- 1​​


​   
V (​ 65,6 - 50,0)​ mL

2.2 Como o valor obtido se afasta do valor teórico ​​(11,3 ​g  cm​​- 3​)​​, é possível concluir que a amostra
1.1

ou não é pura ou, sendo pura, a técnica utilizada não é a mais adequada.

​  | ​ρt​eórico​​  − ​ρ​obtido​​ | ​ ​  | 7,14  − 7,59 | ​


3 ​Erro (%) = _______________
  
​   ​  × 100% = ​ ____________
    ​  × 100% = 6,30%​
​ρt​eórico​​ 7,14

Sendo este valor superior a 5%, o resultado da medição não é considerado aceitável por ser pouco
exato.

Proposta de execução da AL
Registo de dados

Neste caso, utilizou­‑se o metal chumbo.

Valor Incerteza do
Designação
medido instrumento de medição

Massa do metal/g ​m = ​mmetal


​ ​​​ ​2,0041​

Massa do picnómetro cheio


de água mais pedaços de ​M = ​m​picnómetro cheio de água​​ + ​mm
​ etal​​​ ​55,9811​ ​± 0,0001​
metal ao lado/g

Massa do picnómetro com água


​M ' = ​mpicnómetro
​ cheio de água + metal​​​ ​55,7973​
e pedaços de metal dentro/g

Temperatura da água*/°C ​​θ​água​​​ ​12,0​ ​± 0,1​

*Medida com um termómetro digital.

EP 24 
Densidade relativa de metais AL 1.3
Tratamento de resultados
1.ª etapa – Cálculo da densidade relativa do metal em estudo.

​m = (2,0041 ± 0,0001) g​

​M = (55,9811 ± 0,0001) g​

​M ' = (55,7973 ± 0,0001) g​

em que m
​ ​ é a massa do metal e ​M - M '​ é a massa de água deslocada. Assim:

​ ________ ​ 
​m​metal​​
​ ​ ​​
​d = ​ _________ = ​ ______________ = ​ _____________________________
ρ m etal ​Vmetal
​ ​​ ​mm​ etal​​
  ​     ​         ​​
​ρ​água (​ 4 °C)​​​ ______ ​m​água (​ 4 °C)​​​ ​mágua deslocada ​
​ (4 °C)​​​
​   ​ 
​Vá​ gua (​ 4 °C)​​​

​​d​metal (​ 12 °C)​​​ = _______ = ​ ___________________


m 2,0041 g
​     ​    
   ​ = 10,904​
M − M ' (​ 55,9811 − 55,7973)​  g

Consultando a tabela com os valores da massa volúmica da água a diferentes temperaturas que consta da
informação 1 da página 18, verifica‑se que:

​ρágua (4 °C) = 1,0000 ​g cm​​- 3​​ e ρ


​ água (12 °C) = 0,9995 ​g cm​​- 3​​

​ρágua ​
​ (12 °C)​​​ 0,9995 ​g cm​​- 3​
​ etal (​ 12 °C)​​​ × _________ = 10,904 × ​  ______________

Exclusivo do Professor
​​d​metal (​ 4 °C)​​​ = ​dm ​   ​      ​ = 10,90​
​ρá​ gua ​(4 °C)​​​ 1,0000 ​g cm​​- 3​

2.ª etapa – Determinação do erro percentual do resultado obtido para a densidade relativa do metal.

Cálculo da densidade relativa teórica do chumbo


​​ρ​chumbo ​​​​(4 °C)​​​ ____________
11,3​ g cm​​- 3​
​​d​chumbo​​  = ​ __________  ​ 

= ​    
    ​  = 11,3​
​ρá​ gua (​ 4 °C)​​​ 1,000​ g cm​​- 3​

Cálculo do erro relativo percentual

​Erro (%) = _______________ × 100% = ​ ________________


​|d​teórico​​  − ​d​obtido​​| |11,3 − 10,90|
​ 
    ​      ​  × 100% = 3,54%​
​dt​eórico​​ 11,3

Conclusões
■■
O resultado obtido para a densidade relativa do chumbo à temperatura de 4 ​ °C​foi de ​d = 10,90​e o erro
absoluto percentual associado a esta medição foi de 3​ ,54%​. Dado que este valor é inferior a 5
​ %​, pode
considerar-se que o resultado da medição da densidade relativa do metal apresenta um aceitável grau de
exatidão (valor experimental satisfatoriamente próximo do valor real). Conclui-se, assim, que o equipamento,
os materiais utilizados e o manuseamento dos mesmos foram adequados.

■■
O valor de ​​d​chumbo ​(4 °C)​​​  = 10,90​(massa volúmica do chumbo em relação à água, a ​4 °C​) significa que a massa
volúmica do chumbo obtida experimentalmente é 1 ​ 0,90​vezes superior à da água, a 4
​ °C​.

A partir deste valor experimental é possível obter a massa volúmica experimental do chumbo, a 4
​ °C​:
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​​ρ​chumbo ​​​​ (4 °C)​​​
___________ ​​ρc​ humbo ​​​​ (4 °C)​​​
​ (4 °C)​​​  = ​ 
​​dchumbo ​  ​  ⇔ 10,90 = ​ ____________
  
    ​ ⇔ ​​ρchumbo
​ ​​​​(4 °C)​​​  =  10,90 g ​cm​​- 3​​
​ρá​ gua (​ 4 °C)​​​ 1,000​ g cm​​- 3​

​​ 3​​de chumbo, à temperatura de 4


Este valor significa que cada cm​​ ​ °C​, tem de massa 1
​ 0,90 g​.

25  EP
AL 1.3 Exploração das Atividades Laboratoriais

Reflexões

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■■
A diferença entre o resultado obtido e o valor previsto poderá dever‑se a erros aleatórios (ou acidentais) e/ou
a erros sistemáticos, tais como:
– erros sistemáticos – formação de bolhas de ar dentro do picnómetro e deficiente calibração da balança
(dado que afetam o resultado das medições sempre no mesmo sentido).
– erros acidentais – cansaço ou distração do operador durante a execução da técnica e enganos fortuitos na
leitura de medições na balança e, se foi o caso, medições efetuadas por diferentes operadores (dado que
afetam o resultado das medições indiscriminadamente por excesso ou por defeito).
■■
No sentido de minimizar os erros acima descritos, eventualmente cometidos, e assim diminuir a diferença
entre o valor obtido e o tabelado, dever-se-á, por exemplo, tentar evitar a formação ou garantir a remoção de
bolhas de ar de dentro do picnómetro, melhorar-se a qualidade (melhor calibração) da balança (para minimizar
os erros sistemáticos enunciados) e realizar um maior número de leituras (para minimizar os erros acidentais).

Proposta de resolução das questões pós-laboratoriais


1 A massa volúmica, o ponto de fusão e o ponto de ebulição são propriedades físicas características de
cada substância. Isto porque uma substância quimicamente pura apresentará uma massa volúmica,
um ponto de fusão e um ponto de ebulição constantes, qualquer que seja a amostra da substância,
nas mesmas condições de pressão e temperatura.
Exclusivo do Professor

Nesta atividade laboratorial usou-se a picnometria para determinar a densidade relativa de um sólido
e, a partir da determinação experimental desse valor, foi possível, por comparação com a densidade
da água, conhecer a densidade (ou massa volúmica) do sólido para identificar uma substância.
Optou-se por esta técnica por ser mais rigorosa do que a determinação experimental mais simples da
massa volúmica, como a medição da massa do objeto e do seu volume (através, por exemplo, do
volume de água deslocada numa proveta) para calcular ​ρ = ​ __ ​ ​.
m
V

2 A determinação laboratorial da massa volúmica, para além de se usar para identificar uma substância,
também se usa para avaliar o grau de pureza de substâncias.
Comparando o valor medido através da atividade laboratorial com o correspondente valor teórico
(verdadeiro ou tabelado), é possível avaliar o grau de pureza de uma substância conhecida. Quanto mais
próximos forem esses valores, maior será o grau de pureza da substância. No caso do cobre, quanto
mais próximo for o valor experimental de ​ρ = 8,96​ g cm​​− 3​​ (valor tabelado) mais puro será o metal.

3 Se a técnica a usar for a picnometria, o líquido a usar como padrão não poderá ser a água; terá de ser
um líquido em que o cloreto de sódio não se dissolva (dado que importa “medir” o volume de líquido
deslocado). Por exemplo, pode utilizar‑se um óleo (substância apolar) cuja densidade seja conhecida.

4 Possível procedimento:
– colocar um gobelé sobre o prato da balança de menor incerteza de leitura disponível no laboratório e
fazer a sua TARA;
– medir 10 mL do líquido em estudo, com uma pipeta volumétrica (se possível de classe A/AS) de
capacidade 10 mL;
– registar o valor da massa indicado na balança;
– medir a temperatura do líquido;
​  = ​ __ ​ ​.
m
– calcular a massa volúmica do líquido à temperatura medida com base na relação ρ
V

EP 26 

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