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Indução Da Ciclicidade
Indução Da Ciclicidade
Manejo da Amamentação
Desmame Precoce
Essa técnica é utilizada nos EUA nos casos em que é mais econômico alimentar o
bezerro do que a vacas lactantes. Em geral, essa prática se restringe às
condições de seca grave, o que permite que as vacas retornem a ciclicidade mais
cedo, pois reduzem as altas necessidades nutricionais relacionadas a
amamentação.
Massagem Uterina
Velez et al. (1990) não observaram diferença quanto aos índices de cio e prenhez
no 90o dia pós-parto entre as vacas que receberam uma única massagem uterina
no 30o dia pós-parto ou uma massagem uterina semanalmente, do 9 o ao 51o dia
pós-parto ou até o primeiro estro.
Efeito Macho
A maioria dos estudos sugere que talvez o “efeito macho” ocorreria através de
percepções olfativas na forma de feromônios transmitidas do macho para a fêmea,
o que aumenta os pulsos de LH e induz uma onda pré-ovulatória de LH e a
ovulação. Contudo, o mecanismo exato através do qual a presença do touro ativa
os processos fisiológicos que iniciam a retomada dos ciclos estrais não foi
esclarecido, pois outros indícios mostram que nem a progesterona nem o LH nas
vacas são afetados pela presença do touro (CUSTER et al., 1990).
Métodos hormonais
GnRH
Uma única injeção de GnRH administrada por volta do dia 21 a 31 pós-parto induz
um pico de LH e a ovulação em vacas de corte com bezerro ao pé no pós-parto
(KESLER et al., 1980; TWAGIRAMUNGU et al., 1995; RANDEL et al., 1996). Da
mesma forma, a administração de duas injeções de GnRH com um intervalo de 10
dias também induz a atividade cíclica em vacas de corte. Entretanto, a vida útil do
CL induzido pelo GnRH é geralmente mais curta do que a dos CL formados após
ovulação espontânea (KESLER et al., 1980).
Gonadotrofinas
O eCG também pode ser utilizado em associação com progestinas. Perez et al.
(2004) verificaram que vacas que receberam eCG tiveram melhor
desenvolvimento folicular (1,8 0,2 vs. 1,2 0,1 mm; P<0,01), maior detecção de
estro antes da IATF (42,1 vs. 26,4%; P<0,01) e maior taxa de sincronização (75,3
vs. 64,5%; P<0,05) do que as vacas que não receberam eCG, mas não
detectaram efeito da aplicação de eCG na taxa de concepção à IATF (53,6% nas
vacas tratadas vs. 50,3% nas vacas não tratadas).
Progestinas
O objetivo desse curso não é discutir manejo nutricional e sim apresentar algumas
estratégias que auxiliam a minimizar problemas nutricionais. Deve-se sempre
lembrar que as ferramentas apresentadas auxiliam na indução da ciclicidade e não
são capazes de corrigir falhas graves de falta de disponibilidade de alimentos.
São inúmeros os estudos nos quais o tratamento com monensina pré e/ou pós-
parto modifica as respostas metabólicas em vacas leiteiras no período pós-parto,
porém alguns estudos não evidenciam alterações significativas da monensina nos
parâmetros reprodutivos. Mas, devido à redução das concentrações plasmáticas
de AGNE e cetonas e o aumento das concentrações plasmáticas de insulina e
glicose, teoricamente a monensina poderia melhorar a eficiência reprodutiva pós-
parto de vacas de corte.
A avaliação do desenvolvimento folicular foi realizada nos dias 43,9 ± 23,15 e 54,3
± 23,08 pós-parto por ultra-sonografia, utilizando-se o aparelho modelo Aloka 500-
V, com transdutor linear de 7,5 MHz, via retal. A condição corporal foi avaliada
(escala de 1 a 5; adaptado de EDMONSON et al., 1989) no mesmo momento que
foi realizada a primeira avaliação folicular.
12,0
Diâm etro Folicular (m m )
11,5
11,0
10,5
10,0
9,5
9,0
8,5
8,0
6
21
27
34
43
52
66
79
97
113
126
144
177
198
319
IGF-I (ng/mL)
Controle Monensina
100
90
Prenhez Acum ulativa (%)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 40 80 120 160
Estação de Monta (dias)