O documento discute as teorias sobre como determinar o local onde um crime ocorreu quando os atos e resultados ocorreram em locais diferentes. A teoria da ação considera o local do crime onde os atos foram cometidos, enquanto a teoria do resultado considera o local onde o resultado ocorreu. Essas teorias podem levar a conflitos de jurisdição e impunidade. Uma terceira teoria busca solucionar esses problemas.
O documento discute as teorias sobre como determinar o local onde um crime ocorreu quando os atos e resultados ocorreram em locais diferentes. A teoria da ação considera o local do crime onde os atos foram cometidos, enquanto a teoria do resultado considera o local onde o resultado ocorreu. Essas teorias podem levar a conflitos de jurisdição e impunidade. Uma terceira teoria busca solucionar esses problemas.
O documento discute as teorias sobre como determinar o local onde um crime ocorreu quando os atos e resultados ocorreram em locais diferentes. A teoria da ação considera o local do crime onde os atos foram cometidos, enquanto a teoria do resultado considera o local onde o resultado ocorreu. Essas teorias podem levar a conflitos de jurisdição e impunidade. Uma terceira teoria busca solucionar esses problemas.
“Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a
ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir -se o resultado”.
(art. 6. C.P.) A determinação do lugar em que o crime se
considera praticado, é decisiva no tocante à competência penal internacional.
Surge o problema quando o iter se desenrola em lugares
diferentes.
Assim, num crime de homicídio em que os atos executórios
e o resultado morte ocorram em locais diversos, temos de ter em consideração a seguinte distinção: ou os lugares diferentes estão no mesmo país, ou em país diverso.
Na 1ª hipótese, a questão sobre a competência é
solucionada pelo que contém no art. 70 caput do CPP: “A competência será, de regra determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou , no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução”. Entretanto, posta a questão em termos internacionais, a solução não é assim tão fácil, uma vez que nem sempre coincidem as legislações penais internas a respeito da matéria.
Várias teorias têm sido aventadas para fixar em tais casos o
local do crime. Destas, três são as mais importantes: a) Teoria da ação (ou da atividade) – Lugar do crime é onde for praticada a ação ou realizada a omissão.
Se uma pessoa é atingida no Brasil e vem a falecer no
Uruguai, nosso país seria o lugar do crime.
O defeito desta teoria é excluir a atuação do Estado em
que foi efetivamente consumado o ataque ao bem jurídico tutelado, onde o crime produziu, afinal, seus efeitos anti -sociais. b) Teoria do resultado – Lugar do crime é onde se verifica o resultado típico do crime, sendo irrelevante a intenção do agente e o lugar em que a ação foi praticada.
Exclui, assim, a atuação do Estado onde a ação foi
praticada, cujo interesse na repressão penal do fato é manifesto.
Essas duas teorias têm ainda o defeito de provocarem
conflito negativo de jurisdição (quando o Estado em que se deu a ação adota a teoria do resultado, e aquele em que se deu o resultado adota a teoria da ação), conduzindo à impunidade do criminoso.