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O CONTEÚDO ABAIXO TRATA APENAS DE ROTEIRO DE DISCIPLINA - CABE AO ALUNO (A) O INDISPENSÁVEL ESTUDO APROFUNDADO NAS OBRAS

APONTADAS NO PLANO DE ENSINO E SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES ESPLANADAS NAS AULAS – SOMENTE O ESTUDO DESTE ROTEIRO É
INSUFICENTE ÀS AVALIAÇÕES DA DISCIPLINA

03 - A
19 - O TEMPO E LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS
19.1 - Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis das 6 (seis) às 20
(vinte) horas, art. 212 caput do CPC;
19.2 – (§ 1º art. 212) – os atos iniciados antes das 20 horas poderão ser
concluídos depois, isto, quando o adiamento prejudicar a diligência ou
causar grave dano;
19.3 – (§ 2º art. 212) - independente de autorização judicial, as citações,
intimações e penhoras poderão ser realizadas durante as férias onde as
houver, nos feriados, ou nos dias úteis fora do horário estabelecido no caput
do art. 212, desde que seja observado o art. 5º, XI da CF;
19.4 – (§ 3º art. 212) – quando o ato tiver de ser praticado por meio de
petição em autos não eletrônicos, esta deverá ser protocolizada no horário
de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme dispuser a lei de
organização judiciária local;
19.5 - (213) a prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em
qualquer horário até às 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo;
(213 § único) o horário vigente no juízo onde o ato deve ser praticado, será
considerado para fins de atendimento do prazo;
19.6 – Férias forenses: são as paralizações que afetam, regular e
coletivamente, durante determinados períodos do ano, todo o
funcionamento do juízo por determinação de lei de organização judiciária;
- Férias forenses ou coletivas: O inc. XII incluído no art. 93 da CF pela
Emenda Constitucional nº 45 de 8/12/2004, determina que a atividade
jurisdicional seja ininterrupta, funcionando todos os dias em que não houver
expediente, através de juízes em plantão permanente. Assim, não existem
mais as férias coletivas, a exceção dos Tribunais Superiores STF, STJ, TST e
TSE. Tal regra foi driblada pela adoção do recesso de final de ano do art.
220 do CPC, .....!!!???
19.7 - Feriados
Feriados 1: consideram-se feriados os dias não úteis, ou seja, aqueles em
que habitualmente, não há expediente forense, como os sábados, domingos,
dias de festa (feriados) nacional ou local, quando as normas de organização
judiciária suspenderem a atividade judiciária nesses dias (art. 216);
Feriados 2: todo o dia em que não houver expediente forense deve ser
qualificado como feriado, para efeito processual;

19.8 – Atos praticados nas férias e nos feriados: Em caráter


excepcional o CPC permite a prática de atos durante as férias e feriados, art.
214, I e II, que são as citações, intimações e penhoras (art. 212, § 2º) e a
tutela de urgência (art. 214,II);

19.9 – Suspensão dos Prazos:


Suspensão de prazos 1: suspende-se o curso do prazo processual nos dias
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro inclusive (recesso de
final de ano) art. 220 do CPC;

1
Suspensão de prazos 2: ressalvadas as férias individuais e os feriados
instituídos por lei, os juízes, MP, Defensoria Pública e os auxiliares da justiça
exercerão suas atribuições no período acima; (220 § 1°);
Suspensão do prazo 3: durante a suspensão do prazo, não se realizarão
audiências nem sessões de julgamento (220 § 2°);
Suspensão do prazo 4: suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado
em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 313 do
CPC, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua
complementação, (art. 221 caput);
Suspensão de prazo 5: durante a execução de programas do poder
judiciário para promover a autocomposição, cabendo aos tribunais,
especificar com antecedência a duração dos trabalhos;

19.10 – A prorrogação de prazos: na comarca, seção ou subseção


judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar o prazo por
até 2 (dois) meses 222 caput;
A prorrogação de prazos: havendo calamidade pública o juiz poderá
exceder o prazo de prorrogação acima (art. 222, § 2°);
Redução de prazos peremptórios: não podem ser reduzidos pelo juiz
sem a anuência das partes (art. 222, § 1°);

19.11 – Decorrido o prazo sem a prática do ato: extingue-se o direito


de praticar ou de emendar o ato processual (223, caput);
Decorrido o prazo sem a prática do ato 1: fica assegurado à parte
provar que não o realizou por justa causa;
Decorrido o prazo sem a prática do ato 2: considera-se justa causa o
evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar ou ato por si
ou por mandatário, (223, § 1);

20 - O LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS.

ART. 217. “Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em
outro lugar em razão da deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido
pelo interessado e acolhido pelo juiz.”

Todos os atos processuais devem ser realizados na sede do juízo, porém, o


já citado art. 217 prevê exceção à regra, vejamos as possibilidades em
razão de: deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de
obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. (arts. 454, 481 e
483 do CPC.);

Exemplos de atos praticados fora da sede do juízo:


- critério da deferência: a tomada de depoimentos do Presidente da República, dos
Governadores, deputados e demais pessoas elencadas no art. 454;
- por interesse da justiça: a inspeção judicial in loco;
- pela natureza do ato: a perícia, os de comunicação processual, apreensão de
coisas e outros;

2
- por obstáculo: a ouvida de testemunha por carta precatória, o juiz poderá ouvir
enfermo na casa deste.

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