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Revisão CPC

→ Atos Processuais:
• Forma -
a) idioma: os atos processuais devem ser efetuados em língua portuguesa, devendo ser traduzidos
ou transcritos.
b) escrito: os atos processuais devem ser exteriorizados de forma escrita;
c) publicidade: serão públicos todos os atos processuais. Exceções art. 189 do CPC.
d) Documentação: os atos processuais devem ser assinados e rubricados.
• Lugar – Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,
excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do
ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
• Tempo – Existe uma necessidade, dentro do processo, que cada ato seja praticado em horário de
expediente e lugar certo, podendo essa necessidade ser ignorada em casos especiais.
Exemplo dessa exceção, que está virando regra, é o próprio processo eletrônico, via PJE ou
qualquer outro sistema jurídico utilizado, pois o ato pode ser realizado até as 24 horas do dia fatal,
o que já aumenta em algumas a realização dos atos processuais pelas partes.
Vejamos o que dispõe o novo CPC na temática:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte)
horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão
realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora
do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da
Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa
deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o
disposto na lei de organização judiciária local.
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até
as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.Parágrafo único. O horário vigente
no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento
do prazo.
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais,
excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2º;
II - a tutela de urgência.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela
superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos,
quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os
domingos e os dias em que não haja expediente forense.
• Carta – Seus requisitos encontram-se preconizados no art. 260 do CPC. São eles:
a) Carta Rogatória: é um pedido realizado a órgão jurisdicional estrangeiro, onde um país
requisita de outro o cumprimento de determinada diligência judicial.
b) Carta de Ordem: trata-se da comunicação entre o juízo hierarquicamente superior para
que o outro, de hierarquia inferior, execute algum ato necessário e determinado. Ou seja, o
juiz que recebe a carta é subordinado ao tribunal de que ela emana.
c)Carta Precatória: é a comunicação realizada entre juízes da mesma hierarquia e país
(ambos brasileiros), onde, um juiz de uma comarca competente solicita a um juiz de outra
comarca. O cumprimento de atos essenciais ao prosseguimento judicial do feito.
→ Nulidades – É a sanção aplicável ao processo, ou ao ato processual, realizado com
inobservância da forma devida, ou em forma proibida pela lei processual. É um defeito.
a) Nulidade Relativa: viola exigência estabelecida pelo ordenamento legal
(infraconstitucional), estabelecida no interesse predominante das partes. O interesse, no
entanto, é muito mais da parte do que de ordem pública, e, por isso, a invalidação do ato
fica condicionada à demonstração do efetivo prejuízo e à arguição do vício no momento
processual oportuno.
b) Nulidade Absoluta: a formalidade violada não está́ estabelecida simplesmente em lei,
havendo ofensa direta ao Texto Constitucional, mais precisamente aos princípios
constitucionais do devido processo legal (ampla defesa, contraditório, publicidade,
motivação das decisões judiciais, juiz natural etc.).
As exigências são estabelecidas muito mais no interesse da ordem pública do que
propriamente no das partes, e, por esta razão, o prejuízo é presumido e sempre ocorre.
A nulidade absoluta também prescinde de alegação por parte dos litigantes e jamais
preclui, podendo ser reconhecida ex ofício pelo juiz, em qualquer fase do processo. São
nulidades insanáveis, que jamais precluem. A única exceção é a Súmula 160 do STF, que
proíbe o Tribunal de reconhecer ex officio nulidades, absolutas ou relativas, em prejuízo
do réu.
Hipóteses de suspensão (Art. 313 do CPC)
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV - pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou
de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a
produção de certa prova, requisitada a outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação
de competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo
processo constituir a única patrona da causa;
→ Prazos já iniciados voltam a correr pelo saldo (221 CPC).
→ Nenhum ato processual pode ser praticado (314 CPC).
→ Suspensão de prazos (214 a 220 CPC).
→ Extinção do processo: SEMPRE POR SENTENÇA
-Com apreciação do mérito: 487 CPC (SENTENÇA DEFINITIVA)
-Sem apreciação do mérito: 485 CPC (SENTENÇA TERMINATIVA)

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