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A exatos três anos após deflagrar a primeira fase, a Operação Lava Jato chega

a um momento crucial com os 83 pedidos de inquérito apresentados pelo


procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal
(STF), para investigar políticos supostamente envolvidos com crimes de
corrupção e lavagem de dinheiro.

Ao todo, já foram 38 fases da Lava Jato durante os três anos de investigação.


Desde o início das investigações, houve 198 prisões, entre
temporárias e preventivas, de acordo com números da Justiça
Federal do Paraná e do Ministério Público Federal. Em alguns casos,
uma pessoa foi presa e, depois de ter sido liberada, foi presa
novamente em outra fase da Lava Jato.

Atualmente, 23 pessoas permanecem detidas em presídios. Entre


elas, estão o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP), o
ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e o ex-
ministro da Fazenda e da Casa Civil Antônio Palocci (PT-SP).
Há, ainda, outras 24 pessoas que deixaram a cadeia mas que continuam monitoradas
por meio de tornozeleira eletrônica. Entre elas, há investigados mantidos em prisão
domiciliar.
Veja abaixo quem permanece preso, segundo a Justiça Federal do Paraná:
• Jorge Antônio da Luz - operador financeiro ligado ao PMDB
• Bruno Gonçalves da Luz - operador financeiro ligado ao PMDB
• Sergio Cabral - ex-governador do Rio de Janeiro
• Carlos Emanuel de Carvalho Miranda - sócio de Cabral, apontado como operador
financeiro
• Rodrigo Tacla Duran - advogado, apontado como "operador de offshores"
• Adir Assad - empresário e lobista
• Eduardo Cunha - deputado cassado e ex-presidente da Câmara
• Antônio Palocci - ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos do PT
• Jose Aldemário Pinheiro Filho - ex-presidente da OAS
• Eduardo Aparecido de Meira - empresário ligado a José Dirceu
• Flavio Henrique de Oliveira Macedo - empresário ligado a José Dirceu
• João Cláudio Genu - ex-assessor parlamentar e ex-tesoureiro do PP
• Gim Argello - ex-senador
• José Antunes Sobrinho - sócio da empreiteira Engevix
• João Augusto Rezende Henriques - lobista
• Fernando Antonio F. Gourneaux de Moura - lobista
• José Dirceu - ex-ministro da Casa Civil de Lula e ex-deputado
• Jorge Luiz Zelada - ex-diretor da Petrobras
• Marcelo Odebrecht - ex-presidente da Odebrecht
• João Vaccari Neto - ex-tesoureiro do PT
• André Vargas - deputado cassado
• Pedro Correa - ex-deputado e ex-presidente do PP
• Luiz Argolo - ex-deputado
• Zwi Skornicki (prisão domiciliar) - engenheiro e operador financeiro
• José Carlos Bumlai (prisão domiciliar) - empresário e pecuarista
• Raul Schmidt Felipe Júnior (preso em Portugal aguardando extradição) - operador financeiro
• Branislav Kontic (monitorado por tornozeleira eletrônica) - ex-assessor de Antônio Palloci
• Idelfonso Colares Filho (prisão domiciliar) - ex-presidente da Queiroz Galvão
• Othon Zanoide de Moraes Filho (prisão domiciliar) - ex-diretor da Queiroz Galvão
• Ronan Maria Pinto (monitorado por tornozeleira eletrônica) - empresário
• Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho (prisão domiciliar) - ex-executivo da Odebrecht
• Alexandre Correa de Oliveira Romano (prisão domiciliar) - ex-vereador do PT
• Othon Luiz Pinheiro da Silva (prisão domiciliar) - ex-presidente da Eletronuclear
• Otavio Marques de Azevedo (prisão domiciliar) - ex-presidente da Andrade Gutierrez
• Elton Negrão de Azevedo Junior (prisão domiciliar) - ex-diretor da Andrade Gutierrez
• Marcio Faria da Silva (prisão domiciliar) - ex-executivo da Odebrecht
• Rogerio Santos de Araújo (prisão domiciliar) - ex-executivo da Odebrecht
• Milton Pascowitch (monitorado por tornozeleira eletrônica) - empresário e lobista
• Dario Queiroz Galvão Filho (prisão domiciliar - sócio da Galvão Engenharia
• Mario Frederico Mendonça Goes (prisão domiciliar) - lobista
• Nestor Cerveró (prisão domiciliar) - ex-diretor da Petrobras
• Fernando "Baiano" Soares (prisão domiciliar) - lobista e operador financeiro
• Eduardo Hermelino Leite (prisão domiciliar) - ex-vice-presidente da Camargo Corrêa
• Dalton dos Santos Avancini (prisão domiciliar) - presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa
• João Procópio de Almeira Prado (monitorado por tornozeleira eletrônica) - operador de contas no exterior de Alberto Youssef
• Alberto Youssef (prisão domiciliar) - doleiro
• Nelma Kodama (prisão domiciliar) - doleira ligada a Youssef
• Iara Galdino da Silva (monitorada por tornozeleira eletrônica) - doleira ligada a Youssef
Supremo
Se na primeira instância há diversas denúncias apresentadas e sentenças proferidas, no Supremo
Tribunal Federal a situação é diferente.
Apesar de 38 inquéritos terem sido abertos para investigar 111 pessoas (entre elas 29 deputados
federais e 12 senadores), há apenas cinco políticos com mandato que se tornaram réus na Corte.
São eles:
• Gleisi Hoffmann (PT-PR) - senadora
• Valdir Raupp (PMDB-RO) - senador
• Aníbal Gomes (PMDB-CE) - deputado federal
• Nelson Meurer (PP-PR) - deputado federal
• Vander Loubet (PT-MS) - deputado federal
Além deles, outras nove pessoas sem foro respondem a ação penal no Supremo por estarem
investigadas no mesmo processo dos políticos que se tornaram réus.
Outras duas denúncias foram recebidas pelo STF mas, por envolverem o deputado cassado Eduardo
Cunha, que perdeu a prerrogativa de foro perante o Supremo, foram remetidas à Justiça Federal.
Há, ainda, 11 denúncias contra parlamentares pendentes de decisão no STF, que deve decidir se os
torna réus ou se recusam a denúncia feita pela Procuradoria-Geral.
Foram denunciados e aguardam decisão do STF:
• Arthur de Lira (PP-AL) - deputado federal
• Eduardo da Fonte (PP-PE) - deputado federal
• José Otávio Germano (PP-RS) - deputado federal
• Luiz Fernando Faria (PP-MG) - deputado federal
• Mario Negromonte Junior (PP-BA) - deputado federal
• Roberto Britto (PP-BA) - deputado federal
• Benedito de Lira (PP-AL) - senador
• Ciro Nogueira (PP-PI) - senador
• Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) - senador
• Fernando Collor de Mello (PTC-AL) - senador
• Renan Calheiros (PMDB-AL) - senador
Durante a 13ª fase da Operação Lava-Jato, obras de arte de artistas renomados
foram encontradas na casa de alguns dos envolvidos na investigação
coordenada pela Polícia Federal. Assinale a alternativa que indica o lugar para
onde as obras apreendidas foram encaminhadas.

a) Museu Municipal de Arte (MuMA).


b) Museu de Arte Sacra (MASAC).
c) Museu Oscar Niemeyer (MON).
d) Museu de História Natural.
e) Museu do Expedicionário.
Foi um esquema de pagamento de propina a parlamentares para que votassem a
favor de projetos do governo. O esquema veio à tona no dia 6 de junho de 2005, por
meio da publicação feita pelo jornal “Folha de São Paulo” de uma entrevista do
deputado federal Roberto Jefferson, na qual ele revelava a existência do pagamento
de propina para parlamentares. Após quatro meses e meio de julgamento, o STF
decidiu pela condenação de 25 dos 38 réus do processo.
Assinale a alternativa que identifica o escândalo descrito no texto acima e que
completou 10 anos em 2015

a) Desmanche.
b) Anaconda.
c) Mensalão.
d) Lava-Jato.
e) Zelotes.
(VUNESP/CÂMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) No recente escândalo que envolve
grandes desvios de recursos públicos, alguns dos presos assinaram acordos de delação
premiada com o Ministério Público. A delação premiada

a) representa uma possibilidade de os réus primários cumprirem pelo menos metade da


pena em liberdade condicional.
b) garante ao poder judiciário manter o sigilo sobre os envolvidos que estejam exercendo
cargos públicos eletivos.
c) tem como objetivo explicar detalhes do esquema e receber, em contrapartida, redução
das penas.
d) possibilita aos presos manterem-se incógnitos e, sem os nomes divulgados, livres do
assédio da imprensa.
e) permite aos presos a ocupação de celas especiais e assistência jurídica e médica
garantida pelo Estado.
Leia as notícias a seguir.
I. A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta (17 de novembro), o ex-governador do Rio de
Janeiro. Ele é alvo de uma operação que apura casos de corrupção do governo estadual. O prejuízo é
estimado em mais de R$ 220 milhões. A operação desta quinta, que foi batizada de Calicute, é
resultado da ação coordenada entre as forças-tarefa da Lava Jato do Rio e do Paraná.
(G1, 17.11.2016. Disponível em: <https://goo.gl/u4uSOH>. Adaptado)
II. O secretário de Governo de Campos dos Goytacazes e ex-governador do Rio de Janeiro foi preso
por agentes da Polícia Federal. Ele é um dos investigados na Operação Chequinho, que apura o uso
do programa social Cheque Cidadão para compra de votos na cidade em 2016. O ex-governador foi
preso preventivamente, o que significa que não há prazo para libertação.
(G1, 16.11.2016. Disponível em:<https://goo.gl/RdKJZS>. . Adaptado)
As notícias I e II tratam, respectivamente, de
a) Benedita da Silva e Rosinha Garotinho.
b) Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes.
c) Marcelo Freixo e Marcelo Crivella.
d) Sérgio Cabral e Anthony Garotinho.
e) César Maia e Luiz Paulo Conde.
Leia o texto abaixo com bastante atenção.

O ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa deixou ontem a


carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba e foi levado, de avião, para o Rio de Janeiro,
onde cumprirá prisão domiciliar. Ele está usando uma tornozeleira eletrônica para
monitorar seus passos. Sua casa também será vigiada por policiais.
(Gazeta do Povo, 2/10/14, p. 13)

Assinale a alternativa que apresenta o apelido que a Polícia Federal do Brasil empregou
para o caso a que o texto se refere:

a) Operação Sete Léguas


b) Operação Lava Jato
c) Operação É Agora
d) Operação Quebra Gelo
e) Operação Pizza

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