Você está na página 1de 239

GEOGRAFIA DA PARAÍBA

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO PARAIBANO


• A Paraíba é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
• Localiza-se no leste da Região Nordeste.
• Limita-se com três estados: Rio Grande do
Norte (norte), Pernambuco (sul) e Ceará (oeste), além do Oceano
Atlântico (leste).
• Seu território é dividido em 223 municípios e apresenta uma área de
56 467,242 km²,[1] pouco menor que a Croácia.
• Com uma população de cerca de quatro milhões de habitantes, a
Paraíba é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil.
• A capital e município mais populoso é João Pessoa.
• Outros municípios com população superior a cem mil habitantes
são Campina Grande, Santa Rita e Patos.
• Antes da colonização portuguesa, a Paraíba foi habitada por várias
tribos indígenas.
• Em 1534, foi subordinada à Capitania de Itamaracá, adquirindo
autonomia política em 1574 com a criação da Capitania da Paraíba,
anexada a Pernambuco em 1756 e recuperando sua autonomia em
1799, existindo como unidade política separada desde então.
• A Paraíba foi participante da Revolução Pernambucana de 1817 e
da Confederação do Equador (1824).
• No ano de 1930, Getúlio Vargas indicou o presidente do estado (hoje
governador), João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, como vice-
presidente do Brasil.
• O assassinato de João Pessoa por João Duarte Dantas foi o estopim
para a Revolução de 1930.
• A Paraíba é berço de brasileiros notórios, como Epitácio Pessoa (ex-
presidente do Brasil), Pedro Américo (pintor de renome
internacional), Assis Chateaubriand (mais conhecido por ter fundado
o Museu de Arte de São Paulo e a TV Tupi), Celso Furtado (um dos
economistas mais influentes da história latino-americana), além de
escritores como Ariano Suassuna, Augusto dos Anjos, José Américo
de Almeida, José Lins do Rêgo, dentre muitos.
• A Paraíba está localizada a leste da Região Nordeste do Brasil, fazendo
divisa com os estados do Rio Grande do Norte (norte),
de Pernambuco (sul) e do Ceará (a oeste) e o Oceano Atlântico (a
leste).[49]
• A distância linear entre seus pontos extremos é de 263 quilômetros
no sentido norte-sul e de 443 quilômetros no sentido leste-oeste.[50]
• O ponto mais a leste da Paraíba, a Ponta dos Seixas, em João Pessoa,
é também o ponto mais oriental do Brasil e da América.[49]
• Sua área territorial é de 56 467,242 km²,[1] sendo um dos menores
estados do país.
• O relevo da Paraíba é diversificado, e varia desde planícies no litoral a
depressões no sertão.
• No litoral há a Planície Litorânea e, no restante da zona da mata, os
tabuleiros, formados a partir de acúmulos de terras que descem de
localidades mais altas.
• No agreste, região de transição entre o litoral e o sertão, o relevo é
formado por depressões situadas entre os tabuleiros e o Planalto da
Borborema, com altitudes entre trezentos e oitocentos metros.
• Por último, no sertão, há a Depressão Sertaneja, desde o município
de Patos até a Serra da Viração.
• Mais da metade do território estadual é dominada por rochas muito
antigas e resistentes formadas durante o período Pré-Cambriano, há
mais de 2,5 bilhões de anos.[51]
• Desse período também se formaram alguns sítios arqueológicos do
estado, como a Pedra do Ingá.
• As principais serras localizadas na Paraíba são: Serra do Teixeira (onde
está localizado o Pico do Jabre, ponto culminante da Paraíba com uma
altitude de 1 197 metros acima do nível do mar), Serra da Paula
(1 147 m), Serra do Tabaquino (1 120 m), Serra do Pesa (1 084 m) e
Serra do Cariris Velho (1 070 m).[50]
• Devido à sua proximidade com a Linha do Equador a Paraíba possui
um clima quente, com temperaturas elevadas durante todo o ano, e
variado conforme o relevo local.
• Na região litorânea, o clima é classificado como tropical úmido, com
temperaturas médias em torno de 24 °C, e duas estações, uma seca
no verão e outra chuvosa no outono e no inverno, e precipitações
médias iguais ou superiores a 1 700 mm por ano.
• Mais para o interior, após a Serra da Borborema, o clima abundante é
o semiárido, caracterizado pelas chuvas escassas e irregulares, com
baixa pluviosidade, que por vezes é inferior aos 500 milímetros
anuais.[51][52]
• Cabaceiras, na região da Borborema, possui o título de município
mais seco do país.[48]
• Patos, no sertão, é a cidade mais quente da Paraíba.[53]
• Quase 98% do seu território está incluído no Polígono das Secas.[54][55]
• De acordo com Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da
Paraíba, as classes de solos existentes no estado são: afloramentos de
rocha (que cobre 0,26% do território estadual), areias
quatzosas (1,17%), bruno não
cálcico (25,95%), cambissolos (0,84%), gleissolos (0,04%) latossolos (0
,60%), podzóis hidromórficos (0,49%), podzólico vermelho amarelo
(14,36%), planossolos (0,86%), regossolos (4,77%), solos aluviais
(3,38%), solos indiscriminados de mangue (0,26%), solos
litólicos (39,11%), solos solonétzicos solodizados (3,98%), terra roxa
estruturada (0,54%) e vertissolos (3,39%).[56]
• No Brasil, a Paraíba encontra-se inserida na região hidrográfica do
Atlântico Nordeste Oriental.[57]
• Em se tratando apenas das bacias hidrográficas do estado, a Paraíba é
abrangida por um conjunto de onze bacias, sendo a maior de todas a
do rio Piranhas, que cobre 26 047,99 km² de área e é formada pelas
sub-bacias hidrográficas do rio Piancó (9 424,75 km²), do Médio
Piranhas (4 461,48 km²), do rio Seridó (3 442,36 km²), do rio do
Peixe (3 420,84 km²), do rio Espinharas (2 981,60 km²) e do Alto
Piranhas (2 588,45 km²).[50]
• A segunda maior bacia é a do Rio Paraíba, com uma área de
20 071,83 km² e formada pelas sub-bacias do Alto Paraíba
(6 717,39 km²), do Rio Taperoá (5 666,38 km²), do Baixo Paraíba
(3 925,40 km²) e do Médio Paraíba (3 760,65 km²).
• As demais bacias hidrográficas da Paraíba são as dos
rios Mamanguape (3 522,69 km²), Curimataú (3 313,58 km²), Jacu (97
7,31 km²), Camaratuba (637,16 km²), Gramame (589,38 km²), Abiaí (5
85,51 km²), Miriri (436,19 km²), Guaju (152,62 km²)
e Trairi (16,08 km²).[50]
• Alguns rios da Paraíba nascem em serras do Planalto da Borborema e
deságuam no litoral do estado, sendo o principal o Rio Paraíba, que
nasce na Serra de Jabitacá, no município de Monteiro, percorrendo
cerca de 360 quilômetros até desaguar no mar, destacando-se
também os rios Curimataú e Mamanguape.
• Outros têm sua nascente no sertão e sua foz no litoral do Rio Grande
do Norte; o principal é o rio Piranhas, o mais importante do sertão
paraibano, que tem como principais afluentes os rios do Peixe, Piancó
e o Espinharas, tendo sua nascente na Serra do Bongá, próximo à
divisa da Paraíba com o Ceará e deságua em Macau, no litoral norte-
riograndense, sendo aproveitável para a irrigação em parte do seu
curso.[51]
• Os principais reservatórios de água da Paraíba estão localizados
em Coremas: a Barragem Doutor Estevam Marinho, também
conhecido por Açude Coremas (591 646 222 m³) e o açude Mãe
d'Água (640 000 000 m³).
• Outros grandes reservatórios são os açudes Epitácio
Pessoa (567 999 136 m³), em Boqueirão; Engenheiro
Ávidos (255 000 000 m³) e Lagoa do Arroz (80 220 750 m³),
localizados em Cajazeiras;[50] Cachoeira dos Cegos (71 887 047 m³),
em Catingueira; São Gonçalo (44 600 000 m³),
em Sousa; Capoeira (53 450 000 m³), em Santa Terezinha; Engenheiro
Arcoverde (36 834 375 m³), em Condado; Farinha (25 738 500 m³)
e Jatobá (17 516 000 m³), localizados em Patos; e Santa Luzia,
em Santa Luzia (11 960 250 m³).[58]
• No litoral, predominam os tabuleiros, com manguezais e espécies
da Mata Atlântica, enquanto no sertão, especialmente após a
formação do Planalto da Borborema, predomina a caatinga, típica do
clima semiárido.
• Na flora, algumas das espécies mais encontradas são a baraúna, o
batiputá, a mangabeira, o mandacaru, a peroba, a sucupira e xique-
xique.[51][54]
• Com o objetivo de preservar e conservar a flora, a fauna, os recursos
hídricos, as características locais, bem como
recuperar ecossistemas degradados e promover o desenvolvimento
sustentável, entre outros motivos, foram criadas algumas unidades de
conservação.
• Em 2010, a Paraíba possuía 37 unidades de conservação, sendo
dezesseis estaduais; nove reservas particulares do patrimônio
natural (RPPN), dos quais sete sob jurisdição federal e duas sob
jurisdição estadual; sete federais e cinco municipais.[50]
• Em virtude da remoção da cobertura vegetal ou da caça, de uma lista
de 46 espécies ameaçadas de extinção na Paraíba, conforme estudo
da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA),
cerca de 25 têm (ou tinham) seu habitat na zona da mata.[59]
• Segundo o censo brasileiro de 2010, a população do estado da
Paraíba era de 3 766 528 habitantes, sendo a décima terceira unidade
da federação mais populosa do país, concentrando cerca de 2% da
população brasileira[60][61] e apresentando uma densidade
demográfica de 66,70 habitantes por quilômetro quadrado.[62]
• De acordo com este mesmo censo demográfico, 2 838 678 habitantes
viviam na zona urbana (75,37%) e 927 850 na zona rural (24,63%).
• Ao mesmo tempo, 1 824 379 pessoas eram do sexo
masculino (48,44%) e 1 942 149 do sexo feminino (51,56%),[63] tendo
uma razão de sexo de 93,94.[64]
• Sua capital, João Pessoa, com seus 723 515 habitantes, concentrava,
neste mesmo ano, 19,2% da população estadual[65] e possuía a maior
densidade demográfica da Paraíba (3 421,30 hab./km²).[66]
• Da população total do estado, considerando-se a nacionalidade,
3 765 131 (99,96%) eram brasileiros, sendo 3 764 722 brasileiros
natos (99,95%) e 409 naturalizados brasileiros (0,01%), além de 1 397
estrangeiros (0,04%).[67]
• Simultaneamente, 3 464 844 pessoas eram nascidas no próprio
estado (91,99%) e os 301 684 restantes eram de outros estados ou
até mesmo do exterior (8,01%).[68][69][70]
• Dos 223 municípios do estado, apenas quatro possuíam população
superior a cem mil habitantes (João Pessoa, Campina Grande, Santa
Rita e Patos), seis entre 50 e 100 mil habitantes (Bayeux, Sousa,
Cajazeiras, Cabedelo, Guarabira e Sapé), 20 entre vinte e cinquenta
mil, 56 entre dez e vinte mil, 68 entre cinco e dez mil, 63 entre dois e
cinco mil e seis abaixo de dois mil habitantes (Areia de
Baraúnas, Coxixola, Riacho de Santo Antônio, Quixaba, São José do
Brejo do Cruz e Parari).[71][72]
• Entre 2000 e 2010, a Paraíba registrou um crescimento populacional
9,51%, inferior às médias da região Nordeste (11,29%) e do Brasil
(12,48%).[73]
• O Índice de Desenvolvimento Humano do estado da Paraíba é 0,722,
considerado alto conforme dados do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento.
• Segundo o último relatório, divulgado em 2019 com dados relativos a
2017, o seu valor era de 0,722, estando na 20ª colocação a nível
nacional e em quarto a nível regional, sendo superado pelos estados
de Pernambuco (0,727), Rio Grande do Norte (0,731) e Ceará (0,735),
e à frente
de Alagoas (0,683), Maranhão (0,687), Piauí (0,697), Sergipe (0,702),
e Bahia (0,714).[74].
• Considerando-se o índice da educação, seu valor é de 0,555 (24º), o
índice de longevidade é de 0,783 (22º) e o de renda é 0,656 (22º).[6]
• A incidência de pobreza, em 2003, era de 57,48% (sendo 61,75% o
índice de pobreza subjetiva) e o índice de Gini no mesmo ano era
0,46.[75]
• Em 2009, a taxa de fecundidade era de 2,25 filhos por mulher,
a décima maior do Brasil.[76]
• A Região Metropolitana de João Pessoa é a primeira do estado, criada
em 2003.
• Seis anos depois, em 2009, a região de Campina Grande foi criada.
• Nos anos seguintes, o número de regiões metropolitanas que foram
instituídas expandiu, sendo que em 2011 foram as
de Guarabira e Patos; em 2012 as de Barra de Santa
Rosa, Cajazeiras, Esperança e Vale do Piancó; e em 2013 as
de Araruna, Itabaiana, Sousa e Vale do Mamanguape.[78][79]
• Ao todo são doze regiões metropolitanas.
• De acordo com o censo de 2010, a população da Paraíba é formada
por católicos apostólicos
romanos (76,958%), protestantes (15,16%), espíritas (0,615%), testem
unhas de Jeová (0,467%), católicos apostólicos
brasileiros (0,219%), mórmons (0,113%), católicos
ortodoxos (0,052%), candomblecistas (0,035%), umbandistas (0,029%
), esotéricos (0,023%), judaístas (0,017%), religiosos
orientais (0,014%), tradições indígenas
(0,010%), espiritualistas (0,004%), islâmicos (0,002%), hinduístas (0,0
02%) e religiosos afro-brasileiros (0,001%), além de outras
religiosidades.
• Havia também os sem religião (5,661%), dentre os
quais ateus (0,106%) e agnósticos (0,046%); pessoas com religião
indeterminada e/ou múltiplo pertencimento (0,154%); os que não
souberam (0,154%) e não declararam (0,016%).[80]
• Na Igreja Católica, a Paraíba pertence à Regional Nordeste II, que
também abrange os estados de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande
do Norte, e seu território está inserido na Província Eclesiástica da
Paraíba,[81] formada pela Arquidiocese da Paraíba e suas quatro
dioceses sufragâneas: Cajazeiras, Campina
Grande, Guarabira e Patos.[82][83]
• A Paraíba também possui os mais diversos credos protestantes ou
reformados, entre as quais a Igreja Cristã Maranata, Igreja Luterana, a
Igreja Cristã de Nova Vida, a Igreja Universal do Reino de Deus,
a Igreja Presbiteriana, a Igreja Metodista, as igrejas batistas, as igrejas
Assembleias de Deus, a Igreja Adventista do Sétimo Dia,
a Congregação Cristã no Brasil, entre outras.
• Como já mencionado, 15,16% da população paraibana declararam-se
evangélicos, sendo que 8,45% pertenciam às igrejas evangélicas de
origem pentecostal, 3,259% às evangélicas de missão (3,259%) e
3,451% a evangélicas não determinadas.[80]
• Conforme dados do censo de 2010, 52,948% da população
declararam-se como pardos, 39,672% como brancos, 5,611% pretos,
1,238% amarelos e 0,517% indígenas, além dos que não declararam
(0,013%).[84]
• Tal como os brasileiros, a origem dos paraibanos está ligada
à miscigenação entre brancos (vindos da Europa), os indígenas locais
e os negros (vindos da África).
• Isso contribuiu para que a população paraibana fosse considerada
como mestiça.
• Os pardos constituem a maioria da população do estado e, entre eles,
os principais são os caboclos, que predominam no interior e no litoral
norte, enquanto nas regiões do agreste e do Cariri (mais
especificamente o centro-sul paraibano), a população de mestiços é
formada principalmente por mulatos.[86]
• A identidade mestiça foi reconhecida como um grupo étnico-racial-
cultural pela lei estadual N.º 8.374, de 9 de novembro de 2007, que
também instituiu o Dia do Mestiço na Paraíba, comemorado desde
então no dia 27 de junho.[87]
• Existem também pequenas populações de cafuzos dentro do
estado.[86]
• Os descendentes de europeus ocupam em especial os maiores
centros urbanos, bem como as regiões do brejo e alto sertão.
• Ao contrário do que ocorreu em Pernambuco, na Bahia e no
Maranhão, a Paraíba teve pouco destaque na cultura da cana-de-
açúcar, o que fez com que pouca oferta da mão de obra africana
viesse ao local e, consequentemente, contribuiu para que apenas
uma pequena parte da população atual seja formada por negros.[86]
• Restam, contudo, algumas poucas comunidades
de quilombos espalhadas por várias partes do estado.[88][89]
• Na região litorânea, os índios potiguaras, que já chegaram a ocupar
grande parte da costa litorânea do Nordeste, desde o Maranhão até
Pernambuco, ocupam uma área de apenas 33 mil hectares de terra
nos municípios de Baía da Traição, Marcação e Rio Tinto.[90][91]
• Os índios tabajaras, que outrora foram milhares, restam pouco menos
de mil deles, distribuídos pela microrregiões de João Pessoa e
do Litoral Sul.[92][93]
• De acordo com dados do "Mapa da Violência 2012", publicado
pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de
homicídios por 100 mil habitantes, que era de 10,8 em 1980, subiu
para para 33,8 em 2009 (ficando acima da média nacional, que era de
27,0).
• Nos mesmos anos, o número de homicídios subiu de 519 para 1 269.
• Em geral, a Paraíba subiu catorze posições no ranking nacional dos
estados e Distrito Federal por taxa de homicídios, passando da
vigésima posição em 2000 para a sexta em 2010.
• João Pessoa e região metropolitana possuíam taxas quase duas vezes
maiores que a do estado (64,3), enquanto que, no interior, o mesmo
era menor que a média estadual (21,2).[94]
• Em 2000, os dois municípios mais populosos da Paraíba
concentravam 67,6% dos casos de homicídios do estado, número que
se reduziu para 55% em 2010.
• Considerando-se todos os municípios com mais de cem mil
habitantes, que em 2000 eram responsáveis por 25% do total de
homicídios, passaram, em 2010, para 35% do total do mesmo.
• Entre os municípios acima de 50 000 e abaixo de 100 000 habitantes,
destacam-se Cabedelo e Bayeux, que apresentaram forte crescimento
nos níveis de violência.
• Ao mesmo tempo, a região metropolitana da capital registrou um
forte aumento de 164,2% nas taxas de homicídios, enquanto no
interior do estado registrou queda de 30,4%.[94][95]
• Conforme o "Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros 2008",
também publicado pelo Instituto Sangari, os municípios paraibanos
que apresentavam as maiores taxas de homicídios por grupo de cem
mil habitantes eram João Pessoa (46,7), Conde (40,5), Campina
Grande (36,2), São Mamede (33,4) e São Sebastião do
Umbuzeiro (33,4).[96]
• A Paraíba é um estado da federação, sendo governado por três
poderes, o executivo, o legislativo e judiciário.
• A atual constituição do estado foi promulgada em 5 de outubro de
1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas
constitucionais.[46]
• São símbolos oficiais do estado a bandeira, o brasão e o hino.[46]
• O poder executivo, sediado no Palácio da Redenção,[97] está
centralizado no governador do estado, eleito pelo voto popular para
mandatos de quatro anos, podendo ser reeleito para mais um
mandato.
• O primeiro governador republicano do estado foi Venâncio Augusto
de Magalhães Neiva, em 1 de dezembro de 1889, primeiramente
indicado pelo Governo Provisório e depois por eleição
democrática.[98]
• O atual é, desde 1° de janeiro de 2019, João Azevêdo Lins Filho,
do Cidadania, e a vice Ana Lígia Costa Feliciano, do Partido
Democrático Trabalhista (PDT), eleitos no primeiro turno das eleições
de 2018 com 58,18% dos votos válidos.[99]
• O poder legislativo estadual está sediado na Assembleia Legislativa da
Paraíba, formada por 36 deputados eleitos para mandatos de quatro
anos.[100]
• O primeiro presidente da assembleia legislativa foi José Lucas de
Souza Rangel, em 1835, e o atual é Gervásio Maia.[101]
• No Congresso Nacional, a representação paraibana é de três
senadores e doze deputados federais.[100]
• O poder judiciário da Paraíba possui sede no Tribunal de Justiça da
Paraíba, e é composto por dezenove desembargadores.[102]
• Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por
meio de comarcas, classificadas em primeira, segunda ou terceira
entrância; ao todo, existem 77 comarcas instaladas na Paraíba, sendo
39 de primeira entrância, 33 de segunda e cinco de terceira.[103]
• De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, o estado da Paraíba
possuía, em novembro de 2016, 2 885 534 eleitores, o que representa
1,972% do eleitorado brasileiro.[104]
• A Paraíba é a nona unidade da federação em número de municípios,
com 223, e a terceira do Nordeste (atrás apenas da Bahia e
do Piauí).[105]
• João Pessoa, a capital, é o município mais antigo, fundado em 1585
por carta régia. Matureia, na região da serra de Teixeira, e Santa
Cecília, no agreste, são os mais recentes, ambos emancipados em 14
de dezembro de 1995 através de lei estadual.[106]
• Os municípios, por sua vez, são agrupados em quinze regiões
geográficas imediatas, sendo estas incluídas em quatro regiões
geográficas intermediárias, segundo a nova divisão do IBGE vigente
desde 2017.
• As regiões intermediárias são: Campina Grande (formada
pelas regiões imediatas de Campina Grande, Cuité-Nova
Floresta, Monteiro e Sumé), João Pessoa (regiões imediatas
de Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Mamanguape-Rio
Tinto), Patos (Catolé do Rocha-São
Bento, Itaporanga, Patos, Pombal e Princesa Isabel) e Sousa-
Cajazeiras (Cajazeiras e Sousa).[107]
• Na divisão vigente até 2017, o território era dividido em
quatro mesorregiões (Agreste, Borborema, Mata e Sertão),[108] que se
subdividiam em 23 microrregiões: Brejo
Paraibano, Cajazeiras, Campina Grande, Cariri Ocidental, Cariri
Oriental, Catolé do Rocha, Curimataú Ocidental, Curimataú
Oriental, Esperança, Guarabira, Itabaiana, Itaporanga, João
Pessoa, Litoral Norte, Litoral Sul, Patos, Piancó, Sapé, Seridó Ocidental
Paraibano, Seridó Oriental Paraibano, Serra do
Teixeira, Sousa e Umbuzeiro.[109]
• Para outros fins, o governo da Paraíba divide o território estadual em
quinze regiões geoadministrativas:[110][111] Cajazeiras, Campina
Grande, Catolé do
Rocha, Cuité, Guarabira, Itabaiana, Itaporanga, João
Pessoa, Mamanguape, Monteiro, Patos, Pombal, Princesa
Isabel, Solânea (a mais recente)[112] e Sousa.
• A economia da Paraíba é a décima nona mais rica do país e a sexta da
região Nordeste (ficando atrás de Bahia, de Pernambuco, do Ceará,
do Maranhão e do Rio Grande do Norte, e à frente de Alagoas,
Sergipe e Piauí).
• De acordo com dados relativos a 2014, o Produto Interno Bruto da
Paraíba era de R$ 155 143 milhões e o PIB per capita de R$
16 722,05.[114]
• As maiores economias da Paraíba são João Pessoa, Campina Grande,
Cabedelo, Santa Rita e Patos.[115]
• Em 2010, considerando-se a população municipal com idade igual ou
superior a dezoito anos, 59,3% eram economicamente ativas
ocupadas, 32,2% economicamente inativa e 8,5% ativa desocupada.
• Ainda no mesmo ano, levando-se em conta população ativa ocupada
a mesma faixa etária, 40,30% trabalhavam no setor de serviços,
23,38% na agropecuária, 15,55% no comércio, 7,96% em indústrias
de transformação, 7,09% na construção civil e 1,15% na utilidade
pública.[116]
• No final do século XVI, quando começou a ocupação do território
paraibano, a economia da Paraíba era centralizada no setor
primário (agropecuária), principalmente no cultivo de cana-de-
açúcar.[118]
• Segundo o IBGE, a Paraíba possuía, em 2015, um rebanho de
10 647 748 galináceos, 1 170 803 bovinos, 566 576 caprinos, 501 362
ovinos, 312 409 codornas, 174 533 suínos, 52 683 equinos e 913
bubalinos.[119]
• No mesmo ano, o estado produziu, na lavoura temporária, cana-de-
açúcar (6 801 981 t), abacaxi (290 772 mil
frutos), mandioca (131 073 t), batata-
doce (30 192 t), tomate (13 045 t), milho (10 934 t), feijão (7 019 t), m
elancia (4 292 t), cebola (2 256 t), fava (1 439 t), batata-
inglesa (473 t), arroz (360 t), amendoim (252 t), algodão
herbáceo (228 t) e alho (10 t).[120]
• Já na lavoura permanente: banana (134 606 t), coco-da-
baía (36 385 t), mamão (30 810 t), tangerina (15 304 t), manga (11 30
6 t), maracujá (8 287 t), laranja (5 424 t), sisal (5 035 t), uva (2 196 t),
goiaba (2 023 t), limão (1 882 t), castanha de
caju (960 t), abacate (624 t), urucum (395 t) e pimenta-do-
reino (58 t).[121]
• Em 2011, os municípios que possuíam o maior produto interno bruto
agropecuário do estado eram, em ordem decrescente, Pedras de
Fogo, Santa Rita, Itapororoca e Araçagi.[117]
• A Paraíba tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 8,8 bilhões,
equivalente a 0,7% da indústria nacional e empregando 109.825
trabalhadores na indústria.
• Os principais setores industriais são: Construção (32,1%), Serviços
Industriais de Utilidade Pública, como Energia Elétrica e Água (23,9%),
Couros e Calçados (11,3%), Alimentos (6%) e Minerais não metálicos
(5,9%).
• Estes 5 setores concentram 79,2% da indústria do estado. [122]
• O perfil industrial da Paraíba está voltado principalmente para o
benefício de minerais e de matéria-prima vindas do setor primário.
• Os principais centros industriais da Paraíba, bem como os principais
industriais do estado, são: na zona da mata, a Região Metropolitana
de João Pessoa (Bayeux, Cabedelo, Conde, João Pessoa, Lucena e
Santa Rita), onde se encontram principalmente as
indústrias alimentícia, de cimento, de construção civil e a têxtil; no
agreste, Campina Grande, onde se destacam novamente as indústrias
de alimentos, como também as de bebidas, calçados, frutas
industrializadas e, mais recentemente, de software; no sertão,
Cajazeiras, Patos, São Bento e Sousa, com destaque para as indústrias
de confecções e a têxtil.
• A atividade industrial no estado encontra-se, até os dias atuais, em
processo de desenvolvimento, com intuito de gerar melhores
condições de vida à população.[123][124]
• Os maiores PIBs do setor secundário são João Pessoa, Campina
Grande, Santa Rita, Cabedelo e Caaporã.[117]
• No comércio, o valor de vendas em todo o estado chegou a 4,8
bilhões de reais, enquanto todo o setor terciário contribuiu com mais
de 25 bilhões.[125]
• O estado é o quinto maior em exportação no Nordeste, destacando-
se na exportação de bens de consumo, bens intermediários e de
capital.
• Açúcar, álcool etílico, calçados, granito, roupas, sisal e tecidos são os
principais produtos exportados da Paraíba para o exterior, destinados
principalmente para Austrália, Argentina, Estados
Unidos, Rússia e União Europeia.[126]
• Outra importante fonte de renda econômica na Paraíba é o turismo.
• Eleito melhor destino nacional do ano em 2013, cerca de um milhão
de turistas que visitam o estado todos os anos.[127]
• Com 55 praias,[128] o litoral paraibano possui aproximadamente 154
quilômetros de extensão, estendendo-se desde Mataraca, na divisa
com o estado do Rio Grande do Norte, até Pitimbu, na divisa com
Pernambuco.[50]
• A capital paraibana é considerada porta de entrada para o turismo no
estado da Paraíba.[129]
• Desde 1970, com a construção do Hotel Tropical Tambaú, João Pessoa
investiu bastante no setor turístico, o que contribuiu com o
desenvolvimento comercial na orla da cidade.
• Tendo como principal cartão-postal o Parque Sólon de Lucena, João
Pessoa possui 37 quilômetros de praias, como as
de Bessa, Manaíra e Penha e Tambaú, além de um vasto acervo
cultural e construções históricas, desde construções mais antigas
no centro histórico (como a Casa da Pólvora, o Centro Cultural São
Francisco, o cruzeiro monolítico, a Igreja de Nossa Senhora do
Carmo e o mosteiro de São Bento), até as mais recentes (tais como
o Hotel Globo e o Teatro Santa Rosa), além de contar com a segunda
maior reserva de Mata Atlântica do Brasil localizada em área
urbana.[27][130]
• Ainda em João Pessoa está localizado o Espaço Cultural José Lins do
Rego, no bairro de Tambauzinho, construído em uma área de
55 000 m³, onde funciona o primeiro planetário da região Nordeste,
além de ocorrerem apresentações culturais, exposições e feiras.[131]
• No litoral norte, destaca-se Cabedelo, uma das cidades mais
portuárias do país. Na cidade situam-se a Fortaleza de Santa Catarina
e a praia fluvial do Jacaré, no estuário do Rio Paraíba, que dispõe de
um pôr do sol ao som do Bolero de Ravel tocado diariamente por
Jurandy do Sax; de Intermares; de Camboinha e de Poço, onde, nas
duas últimas, está situada a ilha de Areia Vermelha.
• Outros destinos do litoral norte são Baía da Traição, município que
possui praias e redutos indígenas com aldeias, e Lucena, com
destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Guia.[132][133]
• O litoral sul possui algumas das praias mais bonitas do Brasil, entre as
quais as do Amor, de Carapibus, de Graú, de Jacumã, de Pitimbu e de
Tabatinga.
• Mas a mais famosa de todas elas é a de Tambaba, cercada
por falésias e matas densas, localizada na Barra de Garaú, no
município de Conde.
• É a primeira praia de naturismo da Região Nordeste e a segunda do
Brasil, atraindo milhares de visitantes anualmente.[132][133]
• As areias coloridas de Pitimbu são outro destaque do litoral sul.[134]
• Campina Grande, no agreste, é o principal destino turístico do
interior, abrigando, junto com João Pessoa, os principais eventos
realizados na Paraíba, como O Maior São João do Mundo, o festival de
Inverno, o Encontro da Nova Consciência, além de contar com hotéis
e diversos outros atrativos.[135][136]
• No município de Ingá, ainda no agreste, encontra-se o sítio
arqueológico mais visitado do estado, conhecido como Pedra do Ingá,
um dos monumentos pictográficos mais estudados no mundo, onde
estão gravadas dezenas de inscrições rupestres em baixo-relevo, com
mensagens que até hoje ainda não decifradas.
• Embora ainda fazendo parte do desconhecido, os achados da Pedra
do Ingá estão já há bastante tempo catalogados por notáveis
arqueólogos como um dos mais importantes documentos líticos,
motivando permanentes e incessantes pesquisas, que buscam
informações mais nítidas sobre a vida e os costumes de civilizações
passadas.[137]
• Outros importantes atrativos turísticos naturais e culturais do interior
paraibano são: na região agreste, a Cachoeira do Roncador (nos
municípios de Bananeiras e Borborema), o Memorial Frei Damião (em
Guarabira), a Pedra da Boca (em Araruna); na região da Borborema,
o Lajedo de Pai Mateus (em Cabaceiras); no sertão, O Melhor São
João do Mundo (em Patos),[138] a Estância Termal de Brejo das Freiras
(em São João do Rio do Peixe) e o Vale dos Dinossauros (em
Sousa).[27][134][139][140][141]

• Em 2009, existiam, no estado, 2 622 estabelecimentos hospitalares,
com 8 149 leitos.
• Dos estabelecimentos hospitalares, 1 825 eram públicos, sendo 1 762
de caráter municipal, 57 de caráter estadual e apenas seis de caráter
federal.
• 797 estabelecimentos eram privados, sendo 734 com fins lucrativos e
63 sem fins lucrativos.
• 79 unidades de saúde eram especializadas, com internação total, e
2 145 unidades eram providas de atendimento ambulatorial.[142]
• De acordo com uma pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios em 2008, 72,5% da população paraibana
avaliou sua saúde como boa ou muito boa, 65,2% afirmaram ter
realizado consulta médica nos últimos doze meses anteriores à data
da entrevista, 41,3% dos habitantes consultaram o dentista no
mesmo período e 7,2% da população esteve internado em leito
hospitalar.
• 29,5% dos habitantes declararam ter alguma doença crônica e apenas
12,2% dos residentes tinham cobertura de plano de saúde.
• No mesmo ano, 83,7% dos domicílios particulares permanentes
estavam cadastrados no programa Unidade de Saúde Familiar.[143]
• De acordo com a mesma pesquisa, na questão de saúde feminina,
24,4% das mulheres com mais de 40 anos fizeram exame clínico das
mamas nos últimos doze meses, 27,8% das mulheres entre 50 e 69
anos fizeram exame de mamografia nos últimos dois anos e 65,3%
das mulheres entre 25 e 59 anos fizeram exame preventivo para
câncer do colo do útero nos últimos três anos.[143]
• Em 2015, a Paraíba dispunha de 5 724 escolas de ensino pré-escolar,
4 632 estabelecimentos de ensino fundamental e 558 de ensino
médio, com um total de 808 693 matrículas.
• Nesses estabelecimentos de ensino existiam 34 907 docentes de
ensino fundamental, 10 839 de ensino médio e 5 724 do pré-
escolar.[145]
• Na lista de estados brasileiros por IDH, com dados de 2010, o fator
"educação" atingiu a marca de 0,555 de índice, segundo o Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ficando, em todo
o país, à frente apenas do Maranhão (0,547), do Pará (0,528) e de
Alagoas (0,520).[146]
• Tratando sobre o analfabetismo, a lista de estados brasileiros por taxa
de alfabetismo (mais o Distrito Federal) mostra a Paraíba com a
terceira maior taxa, com 20,2% de sua população considerada
analfabeta, mais que o dobro da média nacional (9,02%), de acordo
com o censo de 2010.[147]
• O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do estado, em
2015, foi de 4,9 para os anos iniciais (1ª à 4ª série), 3,8 para os anos
finais (5ª à 8ª série) e 3,4 para a terceira série do ensino médio.[148]
• Ainda em 2010, a Paraíba possuía uma expectativa de anos de
estudos de 9,24 anos, valor inferior à média nacional (9,54 anos).
• O percentual de crianças de cinco a seis anos na escola era de 94,13%
e de onze a treze anos cursando o fundamental de 81,67%.
• Entre os jovens, a proporção na faixa de quinze a dezessete anos com
fundamental completo era de 44,85% e de 18 a 20 anos com ensino
médio completo de 32,88%.
• Considerando-se apenas a população com idade maior ou igual a 25
anos, 37,67% tinham ensino fundamental completo,
27,42% analfabetos, 26,98% ensino médio completo e 8,02% superior
completo.[116]
• Em 2015, a distorção idade-série entre alunos do ensino
fundamental, ou seja, com idade superior à recomendada, era de
19,2% para os anos iniciais, 36,5% nos anos finais, sendo essa
defasagem no ensino médio de 32,8%.[149]
• Entre as várias instituições de ensino da Paraíba, estão o Centro
Universitário de João Pessoa (UNIPE),[150] a Faculdade de Ciências
Sociais Aplicadas (FACISA),[151] a Faculdade de Enfermagem Nova
Esperança (FACENE)[152], as Faculdades Integradas de
Patos (FIP),[153] o Instituto de Educação Superior da
Paraíba (IESP),[154] o Instituto Federal da
Paraíba (IFPB),[155] a Universidade Estadual da
Paraíba (UEPB),[156] a Universidade Federal de Campina
Grande (UFCG)[157] e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB).[158]
• A frota estadual em 2015 era de 1 114 851 veículos,
464 417 automóveis, 425 069 motocicletas, 71 436 caminhonetes,
59 590 motonetas, 27 858 caminhões, 24 091 camionetas, 7 492
utilitários, 7 002 ônibus, 4 391 micro-ônibus, 2 630 caminhões e
41 tratores de rodas, além de 20 834 em outras categorias.[159]
• Na Paraíba existem apenas dois aeroportos administrados
pela Infraero.[160]
• São eles o Aeroporto Presidente Castro Pinto (que está localizado a
onze quilômetros do centro de João Pessoa, no município de Bayeux,
é internacional e de porto médio, foi inaugurado em 1957 e
atualmente possui uma movimentação anual de até 2,3 milhões de
passageiros)[161][162] e o Aeroporto Presidente João
Suassuna (localizado em Campina Grande, a seis quilômetros da zona
urbana do município, inaugurado em 1957 e com um fluxo de até 250
mil passageiros por ano).[163][164]
• Há também outros aeroportos menores: Cajazeiras, Catolé do
Rocha, Conceição, Guarabira, Itaporanga, Monteiro, Patos, Rio
Tinto e Sousa.[165]
• No transporte rodoviário, a Paraíba é cortada por sete rodovias
federais, das quais três têm início no litoral do Rio Grande do Norte,
passando pela Paraíba e se estendendo até outros estados: BR-
101,[166] BR-104,[167] e BR-110.[168]
• Outras três têm início em solo paraibano: a BR-230 (Rodovia
Transamazônica), que parte de Cabedelo e se estende até a fronteira
do Brasil com o Peru, no Amazonas;[169] a BR-412, a única rodovia
federal localizada inteiramente em território paraibano, começando
no distrito de Farinha, município de Boa Vista, e terminando em
Monteiro, onde se encontra com a BR-110;[170] e a BR-427, ligando em
Pombal, no sertão, a Currais Novos (Rio Grande do Norte), onde se
encontra com a BR-226.[171]
• Um pequeno trecho da BR-116, com aproximadamente quatorze
quilômetros de extensão, também corta o estado da Paraíba,
passando somente pelo município de Cachoeira dos Índios, extremo
oeste do estado.[172]
• Há diversas outras rodovias estaduais,[173] que, junto com as rodovias
federais, somam 5 030 quilômetros de extensão (dos quais 1 400 sob
jurisdição federal),[174] sendo 2 140 km pavimentados, 1 468 km
implantados, 1 372 km em leito natural e 50 km planejados.[175]
• No transporte ferroviário, a Paraíba possui 660 quilômetros de
ferrovias,[176] a maior parte desativada e em péssimas condições.[177]
• Anteriormente, a Paraíba era servida por duas importantes ferrovias:
a primeira, operada pela Rede Ferroviária do Nordeste, tinha início
em Natal, capital do Rio Grande do Norte e chegava até a Paraíba,
possuindo um ramal em direção a Cabedelo e outro em Campina
Grande com destino a Patos e, posteriormente a Sousa; a segunda era
operada pela Rede de Viação Cearense, e partia de Fortaleza, capital
do Ceará, e, na Paraíba, chegava até Sousa, onde se encontrava com o
trecho da Rede Ferroviária do Nordeste.[178][179]
• Nos dias atuais, está ativo apenas o ramal que faz a ligação entre
Santa Rita, João Pessoa e Cabedelo, servindo aos trens
metropolitanos do Sistema de Trens Urbanos de João Pessoa,
administrado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos.[180]
• Quanto ao transporte marítimo, que é um dos vetores fundamentais
da economia do estado, a Paraíba possui o Porto de Cabedelo, que
está localizado vizinho à Fortaleza de Santa Catarina, na margem
direita do estuário do Rio Paraíba[181] e foi construído na primeira
metade do século XX, sendo inaugurado em 1935 e com a sua
administração exercida pelo governo da Paraíba até 1978, quando
passou a ser administrado pela Empresa de Portos do Brasil S.A.,
extinta em 1990, ano em que o porto teve sua administração exercida
pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte e, desde 1998, pela
Companhia Docas da Paraíba.[182]
• Há também o Porto de Capim, de pequeno porte, localizado em João
Pessoa, à beira do rio Sanhauá e permaneceu ativo até a inauguração
do porto de Cabedelo.[183]
• A responsável pelo abastecimento de água em 181 dos 223
municípios paraibanos, bem como a coleta de esgotos em 22
municípios, é a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, criada em
1966.[184]
• A principal distribuidora de energia elétrica do estado era a Sociedade
Anônima de Eletrificação da Paraíba (SAELPA), até 2007, ano em que
a empresa foi extinta e desde então o fornecimento de energia é
realizado pela Energisa, que atende em 216 municípios.[185]
• A voltagem da rede é de 220 volts.[186]
• Em 2010, a Paraíba tinha 84,87% do seus domicílios do estado tinham
água canalizada[187] e 99,29% com eletricidade,[188] além de 77,8%
com coleta de lixo.[189]
• No campo do serviço telefônico móvel, por telefone celular, a Paraíba
faz parte da "área 10" da Agência Nacional de Telecomunicações (que
compreende, além da Paraíba, os estados de Pernambuco, Ceará, Rio
Grande do Norte, Piauí e Alagoas)[190] e é servido por quatro
operadoras telefônicas: dados de fevereiro de 2013 apontavam
a Oi com a maior participação neste mercado no estado (33,04%),
seguida pela TIM (32,24%), Claro (25,91%) e Vivo (8,81%).[191]
• O código de discagem direta a distância de todos os municípios do
estado é 083.[192]
• Em 2010 63,73% dos domicílios tinham somente telefone celular,
15,37% telefone celular e fixo e 1,92% apenas telefone fixo.[193]
• Existem vários jornais em circulação em diversos municípios do
estado.
• Alguns deles são: Diário do Sertão (Cajazeiras); Jornal da
Paraíba e Rede Campina (Campina Grande); Alternativa
Nordeste, Click PB, Correio da Paraíba, Folha da Paraíba, Paraíba
News, Portal T5 e Portal BIP (João Pessoa) e Notícias do
Cariri (Monteiro), além de vários outros, como Paraíba
Online, Paraibeabá, Virgulino e Vitrine do Cariri.[194] Havia também os
jornais Diário da Borborema (Campina Grande) e O Norte (João
Pessoa), que saíram de circulação em 1º de fevereiro de 2012.[195]
• Há transmissão de canais nas faixas Very High Frequency (VHF) e Ultra
High Frequency (UHF).
• A Paraíba é sede de diversas emissoras de televisão, como: em João
Pessoa, a TV Arapuan (afiliada da Rede TV!),[196] TV Cabo
Branco (afiliada da Rede Globo)[197], TV Tambaú (afiliada ao SBT) e
a TV Miramar (afiliada à Rede Cultura),[198] TV Paraíba (afiliada à Rede
Globo);[197] no interior, a TV Borborema (afiliada do Sistema Brasileiro
de Televisão)[199] e a TV Itararé (afiliada da TV Cultura),[200] ambos
sediados em Campina Grande.
• As principais unidades das forças armadas presentes na Paraíba são:
no Exército Brasileiro, o estado é integrante do Comando Militar do
Nordeste, com sede em Recife, capital de Pernambuco, e abrange
toda a área do nordeste brasileiro, com exceção de uma pequena
parte do oeste do Maranhão;[201] na Marinha do Brasil, o estado faz
parte do 3º Distrito Naval, com sede em Natal, Rio Grande do
Norte;[202] e na Força Aérea Brasileira, a Paraíba integra o II Comando
Aéreo Regional - sediado na Base Aérea de Recife e com jurisdição
sobre todos os estados nordestinos, exceto o Maranhão -,[203] e o
3º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo,
ambos com sede em Recife.[204]
• A Polícia Militar da Paraíba foi criada durante o período imperial,
sendo órgão público em atividade mais antigo do estado.
• Tem por função primordial o policiamento ostensivo e a preservação
da ordem pública no estado da Paraíba.
• Ela é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o
Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil, sendo seus
integrantes denominados militares dos estados.[205][206]
• O Corpo de Bombeiros Militar do Estado da Paraíba é um comando
intermediário da polícia militar estadual, cuja missão consiste na
execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a
incêndio, buscas, salvamentos e socorros públicos, no âmbito do
estado da Paraíba.[207]
• Assim como ocorre com os policiais militares, os integrantes do Corpo
de Bombeiros também são denominados militares dos estados pela
constituição federal.[208]
• A Polícia Civil do Estado da Paraíba foi criada pela lei estadual nº
4273, de setembro de 1981, tem a função de polícia judiciária e é
responsável pela apuração das infrações penais, com o objetivo de
promover o bem-estar e a paz social da população.[209]
• O responsável pelo setor cultural do estado da Paraíba é o Conselho
Estadual de Cultura, juntamente com a Secretaria Estadual de Cultura.
• O conselho foi instituído pelo decreto estadual nº 32 408 de 14 de
setembro de 2011, está vinculado ao gabinete do governador e tem
por objetivo planejar e executar a política cultural do estado por meio
da elaboração de programas, projetos e atividades que visem ao
desenvolvimento cultural, além de defender a conservação do
patrimônio artístico, cultural e histórico da Paraíba.[211]
• Em todos os municípios da Paraíba ocorre uma diversa quantidade de
eventos, sendo os mais importantes: na capital, a festa da
padroeira Nossa Senhora das Neves e de Nossa Senhora da Penha;
em Campina Grande, O Maior São João do Mundo, já mencionado;
em Guarabira, a festa da Luz; em Pombal e Santa Luzia, a festa do
Rosário e, em Patos, a Festa de Nossa Senhora da Guia,[212] além de O
Melhor São João do Mundo.[213]
• Entre as danças mais praticadas encontram-se: bumba-meu-
boi, coco-de-roda, ciranda, nau-catarineta, pastoril e xaxado, muito
populares durante todo o ano, sendo algumas principalmente
durante o carnaval e o mês de junho, durante o período das festas
juninas.[214]
• Dentre os folguedos, estão a barca, a cavalhada, os cocos e as
lapinhas.[212]
• A literatura paraibana tem dado grandes contribuições para o cenário
literário brasileiro, destacando-se Augusto dos Anjos, Ariano
Suassuna, Assis Chateaubriand, Celso Furtado, Pedro Américo, José
Lins do Rego, José Américo de Almeida, Félix Araújo, José Nêumanne
Pinto, Lúcio Lins, Moacir Japiassu, dentre muitos.[215]
• Além dos escritores, também pode-se citar a literatura de cordel,
gênero literário geralmente expresso em folhetos expostos ou não em
barbantes, trazido pelos portugueses durante o período colonial;
além da Paraíba, esse tipo de produção também é típico dos seus
vizinhos Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.[216][217]
• A Paraíba também é terra de vários escritores, músicos e intelectuais,
e de várias outras personalidades, como os políticos Aurélio
Lira (presidente da Junta Militar de 1969), Epitácio Pessoa (presidente
do Brasil entre 1919 e 1922 e o único brasileiro a ocupar a presidência
dos três poderes da república), Humberto Lucena (que foi por duas
vezes presidente do Senado Federal do Brasil) e João Pessoa
Cavalcanti de Albuquerque (que foi candidato na chapa de Getúlio
Vargas à presidência da república em 1930, presidente do estado da
Paraíba entre 1928 a 1930, ano em que foi assassinado; atualmente, a
capital paraibana, João Pessoa, leva seu nome).[215]
• Outras personalidades famosas são André Vidal de Negreiros (governador
colonial português e herói da Insurreição Pernambucana de 1645), Assis
Chateaubriand (que foi empresário, jornalista, fundador do Museu de Arte
de São Paulo, membro da Academia Brasileira de Letras e político), Cláudia
Lira (atriz), Elpídio Josué de Almeida (historiador e político), Fábio Gouveia
(surfista), Inácio de Sousa Rolim (conhecido como padre Rolim, foi
educador, missionário e sacerdote), Ingrid Kelly (modelo), João Câmara
Filho (pintor), Piragibe (herói da conquista da Paraíba), José
Dumont (ator), Luiza Erundina (prefeita de São Paulo entre 1989 e 1993 e
atualmente deputada federal pelo estado de São Paulo), Maílson da
Nóbrega (ex-ministro da Fazenda do Brasil), Manuel Arruda
Câmara (religioso, médico e intelectual), Marcélia Cartaxo (atriz), os
irmãos Vladimir Carvalho e Walter Carvalho (cineastas) e Wills Leal
(jornalista).[215]
• O artesanato é uma das formas mais espontâneas da expressão
cultural paraibana.
• Em várias partes da Paraíba é possível encontrar uma produção
artesanal diferenciada, criada de acordo com a cultura e o modo de
vida local e feita com matérias-primas regionais, como os bordados,
a cerâmica, o couro, o crochê, a fibra, o labirinto, a madeira,
o macramê e as rendas.
• Alguns grupos reúnem diversos artesãos, disponibilizando espaço
para confecção, exposição e venda dos produtos artesanais.[218]
• Entre os principais centros de artesanato do estado estão: o Mercado
de Artesanato da Paraíba, em João Pessoa, espaço de 120 lojas com
vários produtos artesanais variados, como bordados e redes, além de
comidas típicas regionais;[219] a Feira de Artesanato de Tambaú,
também em João Pessoa, que possui lanchonetes, praças de
alimentação e restaurantes, além de contar com diversas
apresentações culturais;[220] a Casa do Artista Popular, igualmente
situada na capital, inaugurada em 2006, reunindo mais de mil peças e
representações do artesanato paraibano[221] e a Vila do Artesão,
em Campina Grande, que possui 77 chalés e é bastante procurada
durante o São João.[222]
• Além destes equipamentos permanentes, acontece, duas vezes ao
ano, o evento Salão do Artesanato Paraibano, vinculado ao Programa
de Artesanato da Paraíba do governo estadual, que conta com mais
de cinco mil artesãos.[223]
• Uma das edições do evento ocorre durante o verão em João
Pessoa[224] e a outra, durante o inverno em Campina Grande.[225]
• Participam dos eventos milhares de artesãos e visitantes todos os
anos.[224][225][226][227]
• O primeiro teatro construído na Paraíba foi o Minerva, localizado
em Areia, na segunda metade do século XIX (1859).
• Com o decorrer dos anos, foram surgindo novos espaços teatrais que
foram ganhando importância, como o Teatro Santa Rosa, no Centro
Histórico de João Pessoa, hoje o mais importante do estado.
• O teatro mais recentemente entregue é o Teatro Pedra do Reino, no
Centro de Convenções da capital.[228]
• Outros espaços teatrais da Paraíba são o teatro Santa Inês (em Alagoa
Grande); teatro Santa Catarina (Cabedelo); teatro Íracles Pires
(Cajazeiras); Espaço Paulo Pontes e teatros Elba Ramalho, Rosil
Cavalcanti e Severino Cabral (Campina Grande); teatros de Arena,
Ariano Suassuna, Cilaio Ribeiro, Ednaldo Egypto, Lampião, Lima
Penante, Paulo Pontes, Piollin e da SESI, além do Cine Teatro Banguê
(em João Pessoa); teatro Oficina de Artes (em Santa Rita) e cine-
teatro Gadelha (em Sousa).[229]
• O estado também possui vários museus, dentre os quais destacam-se
o Museu da Rapadura (em Areia), Museu de Arte Assis Chateaubriand
(está localizado em Campina Grande e é o mais famoso da
Paraíba;[230] foi inicialmente denominado Museu de Arte de Campina
Grande em 1967, ano de sua fundação, depois Museu Regional de
Arte Pedro Américo e, desde a década de 1980, o museu possui seu
nome atual),[231] o Museu Histórico e Geográfico (também em
Campina Grande), o Museu da Fundação Ernani Satyro (está situado
em Patos e possui arquitetura do século XIX, sendo doada
posteriormente para a fundação Ernani Satyro e atualmente possui
vários objetos e utensílios da antiga residência de Ernani Satyro),[232] e
o Museu Sacro (em João Pessoa).[212]
• A culinária da Paraíba é resultado
da miscigenação entre africanos, europeus e indígenas.[233]
• Buchada de bode, carne de sol preparado ao forno ou com purê de
macaxeira, galinha de cabidela, lagosta ao alho e óleo, moqueca de
camarão, moqueca de peixe, paçoca, panelada, peixe misturado a
camarão e legumes e pernil de cabrito assado são os salgados típicos
do estado, enquanto arroz doce, bolo de fubá, bolo de macaxeira,
bolo de milho, canjica, cuscuz de tapioca, pamonha, pudim de
macaxeira e pudim de tapioca são os principais doces.[234]
• Outros pratos típicos de todas as regiões do estado são arroz de
leite, arrumadinho, bode guisado, cabeça de gado, chouriço
doce, lagosta, macaxeira, mungunzá, pamonha, peixes, queijo assado
e tapioca.[235][236]
• Os pratos típicos também variam em cada região do estado.
• No litoral, destacam-se os frutos do mar, bem como os petiscos de
beira da praia.
• No interior, os pratos mais consumidos no cardápio são galinha a
cabidela e as carnes de bode e sol.
• Na região do brejo, onde estão localizadas algumas das principais
marcas de bebidas alcoólicas do Brasil, a cachaça é muito popular.
• No sertão, o principal cardápio são o arroz vermelho, as carnes e os
grãos.[236]
• A música paraibana varia em vários ritmos,
como baião, ciranda, forró e xote,[237] e destes são influenciados
vários grupos musicais e artistas.
• Algumas das personalidades musicais nascidas na Paraíba são Abdon
Felinto Milanês, Antônio Barros, Barros de Alencar, Bartô
Galeno, Bastinho Calixto, Biliu de Campina, Cecéu, Chico César, Elba
Ramalho, Flávio José, Genival Lacerda, Geraldo Vandré, Herbert
Vianna, Jackson do Pandeiro, Lucy Alves, Parafuso, Pinto do
Acordeon, Renata Arruda, Roberta Miranda, Sivuca, Zé Pacheco e Zé
Ramalho.[215]
• A Orquestra Sinfônica da Paraíba foi criada pelo professor Afonso
Pereira da Silva em 4 de novembro de 1945 por meio de uma
iniciativa da Sociedade de Cultura Musical da Paraíba e,
posteriormente, por meio de uma parceira entre a Universidade
Federal da Paraíba e o governo estadual.[238]
• A Paraíba e seu povo também são exaltados em canções.
• Alguns exemplos são o samba-exaltação "Meu Sublime Torrão" (1937)
de Genival Macedo, que se tornou o Hino Popular da Cidade de João
Pessoa através da Lei Municipal N. 1.601, de 16 de março de
1972,[239] e o hino não oficial da Paraíba,[240][241] o baião "Paraíba"
(1950) de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga,[242] o côco "Na Paraíba"
(1957) de Zé do Norte,[243] o samba "Paraíba" (1972), de Carlos
Magno e João Rodrigues,[244] o xote "Paraíba, Meu Amor" (1997)
de Chico César,[245] e o forró "Paraíba Joia Rara" (2011) de Ton
Oliveira.[246]
• O futebol foi introduzido pela primeira na Paraíba no início do século
XX, quando, em 1908, o estudante José Eugênio Soares trouxe
da cidade do Rio de Janeiro para o estado a primeira bola de futebol,
dando origem ao primeiro clube paraibano, o Club de Foot Ball
Parahyba.
• Em 1914, foi fundada a Liga Parahyba de Foot Ball e, cinco anos
depois, foi criada a Liga Desportiva Paraibana, cujo primeiro jogo
ocorreu em 25 de maio de 1919, no Hypodromo Parahybano.
• A Federação Desportiva da Paraíba foi criada em 1941,
transformando-se, seis anos depois, na atual Federação Paraibana de
Futebol, entidade responsável por organizar anualmente
o Campeonato Paraibano, disputado em duas divisões.[247]
• Até 2015, o Botafogo, de João Pessoa, era a equipe com o maior
número de títulos no campeonato estadual, com 27, seguido
pelo Campinense (19 títulos) e o Treze (14), ambos de Campina
Grande.[248]
• Dentre os jogadores e ex-jogadores paraibanos famosos
estão Mazinho (campeão da Copa do Mundo de 1994), Douglas
Santos (medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio
2016), Júnior (multicampeão pelo Flamengo) e Hulk (disputou a Copa
do Mundo de 2014).[249]
• A partir dos anos de 1960, natação também passou a ganhar
importância com o surgimento dos clubes pessoenses Astrea e Cabo
Branco e, posteriormente, ganharam atenção o polo aquático, o nado
sincronizado e as maratonas aquáticas.
• Em 1979, a paraibana Kay France tornou-se a primeira mulher
da América Latina a atravessar o Canal da Mancha,
entre França e Reino Unido, na Europa.
• O desenvolvimento da natação na Paraíba também tornou possível a
conquista de títulos nacionais ou internacionais de seus atletas,
destacando-se o pessoense Kaio Márcio, especialista no nado
borboleta e um dos melhores nadadores do país.
• Além da natação, há a prática de kitesurf e windsurf, no litoral.[247]
• Outras personalidades paraibanas no esporte são Zé Marco no vôlei
de praia (medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney
2000), Edinanci Silva no judô (ouro nos Jogos Pan-
Americanos de Santo Domingo 2003 e do Rio 2007), Aline "Pará"
no handebol (ouro no Pan de Santo Domingo 2003 e do Pan do Rio
2007)[250] e Ednalva "Pretinha" no atletismo (ganhou várias corridas
tradicionais de 10 mil metros).[251]
• Paraibanos também são destaques nos Jogos Paraolímpicos, entre
eles o velocista Petrúcio Ferreira (três ouros na Rio 2016),[252] eleito o
melhor do esporte paraolímpico em 2016,[253] o jogador
de golbol José Roberto Oliveira (prata em Londres 2012 e bronze no
Rio 2016) e os medalhistas de ouro no futebol de 5 Andreonni
Fabrizius (Atenas 2004 e Pequim 2008),[254][255] Daniel da Silva
(Londres 2012),[256] Fábio Vasconcelos (Atenas 2004, Pequim 2008 e
Londres 2012),[254][255][256] Luan Lacerda (Rio 2016),[257][258] Marcos
Felipe (Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio
2016),[254][255][256][257][258] Damião Ramos (Atenas 2004, Pequim 2008 e
Rio 2016)[254][255][257][258] e Severino "Bill" da Silva (Atenas 2004,
Pequim 2008 e Londres 2012).[254][255][256]
• Existem na Paraíba dois feriados estaduais, a data magna do Estado
da Paraíba, Fundação do Estado em 1585 e dia da sua padroeira
Nossa Senhora das Neves,em 5 de agosto, instituído pela Lei Estadual
n.º 10.601, de 16 de dezembro de 2015 e o feriado em homenagem à
memória do ex-presidente João Pessoa no dia 26 de julho, instituído
pela lei Lei Estadual 3.489/67, Art. 2º. [259][260]

Você também pode gostar