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Darana Carvalho De Azevedo

ASSISTÊNCIA SOCIAL X ASSISTENCIALIZAÇÃO:


notas de uma análise crítica

RESUMO

Atualmente a concepção que se tem da assistência social enquanto


uma política pública tem dividido os intelectuais desta área de
atuação. Muitos fatores históricos e contemporâneos têm
favorecido a pulverização deste dilema, como a herança do
clientelismo, da cultura cívica particularista, corporativista com fraco
poder de organização, além das novas formas de relação entre a
sociedade civil, o setor privado e o Estado imputando menor
responsabilidade deste último para com o social. Diante este
contexto, observam-se muitos questionamentos e até mesmo
conjecturas a respeito da capacidade da assistência se caracterizar
de fato como uma política pública comprometida com a
emancipação da cidadania, assim uns defendem que assistência
social não passa de um mito e outros acreditam na sua capacidade
de ampliação do campo da proteção social. Enfim, as duas
vertentes possuem questionamentos importantes que delatam
situações que precisam, de fato, ser superadas. Contudo negar a
assistência, o que já temos, o que já conquistamos não me parece
ser um avanço, ampliar a visão, ir além, acredito que este sim deva
ser o caminho certo a seguir.

PALAVRAS-CHAVE: Assistência social – Política Social – Direitos


sociais – Cidadania.

ABSTRACT

Currently the design that has been on social assistance as a public


policy has divided the intellectuals of this area. Many historical and
contemporary factors have favored the spraying of this dilemma, as
the legacy of patronage, particularist civic culture, corporatist, with

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low power to organize and new forms of relationship between civil


society, private sector and the charging less serious latter to the
social. Ahead this context, there are many questions and even
assumptions about the capacity of the assistance actually be
characterized as a public policy committed to the empowerment of
citizenship, and some argue that welfare is only a myth, others
believe its ability to expand the field of social protection. Finally, the
two sides have important questions that reveal situations that are, in
fact, be overcome. However deny assistance, which we already
have, what we've gained does not seem to be a step forward,
expand the vision to go beyond, I believe that this one should be the
right way forward.

KEYWORDS: Social assistance - Social Politics - Right social -


Citizenship.

INTRODUÇÃO

São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Art. 6° da CF/1988, grifo nosso).

E uma nova era se inicia, a partir de então, a Assistência Social é afirmada como um
direito social, sendo um marco histórico e legal de ruptura com o assistencialismo. Assim, como
política social pública, a assistência social inicia seu transito para um campo novo: dos direitos,
da responsabilidade estatal, da intersetorialidade, tendo seus direitos formalizados pela Lei
Orgânica de Assistência Social – LOAS:
A Assistência Social é direito do cidadão e um dever do Estado, é Política de Seguridade Social
não contributiva, que provê os mínimos sociais garantidos, realizado através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, garantindo o atendimento as
necessidades básicas (Art. 1º da LOAS/ 1993).

Como pode ser observado, ela é incorporada no tripé da Seguridade Social, juntamente
com a previdência social e a saúde. Tal iniciativa possibilita o oferecimento da proteção social
sem a necessidade de contribuição, destacando-a da previdência social e inovando no que se
refere à cultura e história da proteção social no Brasil.
Contudo, é fato irrefutável que os direitos sociais no Brasil são marcados por sua
natureza histórica, deixando o estigma da filantropia, da ajuda, do clientelismo, de uma cultura
cívica particularista, corporativista, com fraco poder de organização que somadas com as atuais
determinações conjunturais impõe grandes limites aos seus propósitos.
É em razão deste quadro que se observa a ascensão de discursos divergentes quanto à
concepção da Assistência Social como política, aquinhoando os profissionais entre os que a
defendem como uma real possibilidade de ampliação do campo da proteção social e outros que
a afirmam como “um mito” que colabora para uma “assistencialização” da proteção social.

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Detendo-se nestas alocuções, o presente trabalho pretende esboçar um levantamento


bibliográfico destas principais vertentes de avaliação da assistência social, fornecendo material
para uma análise crítica do seu papel na atual conjuntura.

ANÁLISE DAS DIFERENTES CONCEPÇÕES DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Através das avaliações realizadas sobre a Política de Assistência Social observa-se


traços que são herdados de nossa história e cultura político-econômica, assim como sinais das
determinações neoliberais, dificultando a realização da Lei Orgânica de Assistência Social -
LOAS como esta foi prevista.
De forma que, ao se ponderar alguns princípios e diretrizes desta lei como supremacia do
atendimento às necessidades sociais; primazia da responsabilidade do Estado na sua condução;
respeito à autonomia do cidadão; descentralização e outros indicadores como intersetorialidade;
distribuição dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social e acesso identifica-se ações
que reafirmam a focalização, a redução, a residualidade, a centralização e a regressividade,
como veremos a seguir.
Quanto à supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de
rentabilidade econômica, aponta-se uma desregulamentação do Estado, onde este passa a
intervir o menos possível nas questões de regulamentação da economia, tornando-se mínimo
para o social, assistindo apenas os mais necessitados de forma residual, emergencial e
temporária. Tal fato pode ser verificado através da distribuição de recursos do Fundo Nacional
de Assistência Social que aponta para uma ampliação dos gastos com benefícios em detrimento
dos serviços.
Neste contexto, o Estado distribui o que seria de sua responsabilidade para o setor
público não estatal e para o setor econômico, de forma que quem tem condições deve comprar o
direito de acesso à saúde, à educação, entre outros, aniquilando, assim, a diretriz de primazia da
responsabilidade do Estado.
Conseqüentemente, tais medidas afetam diretamente os critérios de acesso operando no
intuito de restringir a abrangência da política assistencial, limitando-a as situações de pobreza
extrema:
A abrangência desta política é ainda muito restrita: hoje os benefícios, serviços e programas não
atingem mais do que 25% da população que teria direito, com exceção do Benefício de
Prestação Continuada e do Bolsa Família, que vêm crescendo nos últimos anos. (BOSCHETTI,
2007)

Com efeito, efetiva-se a revalorização da rede de atividades filantrópicas, do privado, do


voluntarismo e do a-politicismo. Nesta perspectiva há uma re-filantropização da assistência
desconectando-a de uma dimensão técnico-pedagógica e política, ou seja, da noção de direito.
A ascensão do serviço voluntário, desprofissionaliza a intervenção, remetendo-as ao
mundo da solidariedade e incitando práticas clientelistas, um desrespeito à dignidade e
autonomia do cidadão.
Ao contrário do que é esperado, a descentralização de corte municipalista, como relata
Bravo; Pereira (2001) acarreta a indefinição das competências e atribuições dos Estados,
necessitando uma redefinição de objetivos, funções e reforma administrativa das agências

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governamentais, que agora possuem novas atribuições. Não alcançando, assim, o objetivo de
manter a centralidade de suas funções redistributivas, de sua capacidade corretiva das
desigualdades regionais e individuais, e de permitir a participação da população.
Dando continuidade ao resultado de alguns indicadores nota-se que a focalização intui
para a segmentação das atividades. Contudo estas partes segmentadas não se encontram
articuladas o que dificulta o objetivo de um trabalho intersetorial reduzindo-a e isolando-a como
política específica, reforçando uma perspectiva assistencialista.
Mediante, estes dados alguns autores como Ana Elisabete Mota (2008) e Mavi Rodrigues
(2009), defendem que está havendo uma assistencialização da Seguridade Social. Segundo
Mavi Rodrigues (2009), o SUAS por ser muito recente, ainda não está construído, de forma, que
acredita que qualquer análise do mesmo, tem que se basear em tendências, no sentido de
apontar esboços do que pode vir a ser o SUAS e seu significado.
Sendo assim, a autora propõe uma avaliação da assistência social num contexto de
aprofundamento do neoliberalismo, tentando ao mesmo tempo avaliar o significado do Sistema
Único de Assistência Social - SUAS na história da Assistência Social pública brasileira e também
suas tendências futuras, situadas não apenas no âmbito da política de assistência social mas
também nas demais políticas sociais de escopo da seguridade social.
Seguindo este modelo, ela defede a existência de um paradoxo: de um lado reconhece
que o SUAS tem a potencialidade de, efetivamente, colocar a assistência social no Brasil no
campo de uma política pública. Isto porque
ele pressupõe a construção de um sistema único, nacional, descentralizado e hierarquizado e
com controle popular, que dá a assistência social uma padronização em confronto com sua
história de ações segmentadas, fragmentadas e descontínuas no tempo. (RODRIGUES, 2009:
22).

Mas por outro lado, seguindo uma análise destes ganhos por uma perspectiva da
seguridade social, mediante seu desmonte frente ao quadro macroeconômico neoliberal, de
privatização da previdência social e da saúde, de contigenciamento dos recursos públicos a
[1]
serem destinados as políticas sociais , a autora conclui que o SUAS está aquém daquele
projetado no papel.
Endossa este fato lembrando que os recursos são muito mais destinados aos programas
[2]
de transferência de renda mínima do que à montagem da rede de proteção básica ,
confirmando a tendência da política de realizar-se de forma diminuta, se afirmando como um
sistema de proteção focado, voltado esclusivamente a atender ou a diminuir a pobreza absoluta.
Afirma ainda que, mantida a contrareforma do Estado (privatização da saúde e da
previdência) o SUAS pode ser usado na direção da edificação de uma seguridade social pública
meramente assistencial.
É válido reforçar que a autora não nega a importância da adoção de políticas voltadas
para reduzir a pobreza absoluta, mas defende que se não buscar ir para além deste objetivo a
política de proteção social não avança, assim como também não atinge os patamares de
cidadania pretendido.
Enfim, para Mavi Rodrigues a assistência social cresce em detrimento do esvaziamento
das demais políticas sociais. E mais do que isto, é vista como a ancora da proteção social,

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substituindo o lugar ocupado pelo direito do trabalho antes do neoliberalismo, o que para ela é
uma ilusão, visto que,
a assistência social não é capaz de incorporar e integrar a massa, os inúteis para o capital. Não
é capaz de alçar patamares civilizatórios. Ela é apenas capaz de construir uma seguridade
pobre, voltada para os segmentos que se convencionou – erroneamente - chamar de excluídos
sociais. (RODRIGUES, 2009: 24)

[3]
Contudo, uma outra vertente defendida por Sposati declara que a idéia de
assistencialização da proteção social significa a negação da Política de Assistênica. Para
defender esta hipótese ela elenca quatro pontos explanados a seguir.
O primeiro se refere a questões, que no seu entender, marcam as Políticas Sociais
contemporânes e com isto a gestão, sendo estas: falta de avanço tecnológico; baixo consenso
entre as três instâncias de governo, observando que a descentralização tem o intuito de
aproximar-se do cidadão mas há discrepâncias na constituição dos municipios; baixa ampliação
e qualificação de recursos humanos; maior flexibilização das regras para ampliar iniciativas do
mercado em detrimento das públicas; neopotismo da gestão local; ritmo diferenciado entre
legislativo, executivo e judiciário; baixa relação de intersetorialidade entre as políticas sociais; e
por fim, lenta e travada concretização destas.
Como pode ser percebido, Sposati reconhece em sua avaliação os pontos de
estrangulamantos da política, aponta ainda, alguns determinantes do modelo neoliberal, mas
considera um equivoco enquadra-los com o desmonte da Política Social, pois acredita que os
Conselhos e Conferências devem interferir na construção histórica, podendo traçar novos rumos.
Sua segunda observação, mostra que a seguridade ficou identificada com a noção de
Proteção Social sendo determinada pelo conceito do que é previdência social, ou seja, recebe
forte influência da idéia de cidadania regulada. De forma que, se discute sua vinculação com os
estigmas da tutela e da subordinação em contraposição aos ideais de emancipação e
autonomia, fetichizando, desta forma, a política de assistência social.
Diante deste ponto, Sposati afirma que a Proteção Social é um instrumento de força e
não meio meramente de proteção no sentido de preservação, elenca, ainda, a presença de um
caráter educativo de uma política de desenvolvimento, superando a visão da proteção como algo
inferior sem perspectiva para o futuro.
Num terceiro momento, a autora defende que a Assistência Social alarga o campo da
proteção social para novos segmentos de classe, ampliando a efetivação do campo dos direitos
humanos e do acesso aos direitos sociais, sendo assim, uma antítese da assistencialização.
Seguindo este pensamento, é conclusivo que a assistência não é uma mera política que
fornece alcance para as demais, como se não houvesse nela resolutividade.
Por último, declara haver mistificações em torno da Assistência Social que impedem sua
valoriazação, sendo algumas delas: crença em que o desenvolvimento da assistência social
seria um retrocesso, pois não apostam na capacidade de ruptura; entendimento da assistência
como mediadora ou processadora de outras políticas e; equivocada distinção de políticas sociais
estruturantes e processantes.
Enfim, Sposati tenta defender a necessidade de compreender a assistência para além de
seu caráter paliativo, desvelando as determinações sociais e históricas que atuam para dar-lhe

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existência no interior das relações de classe, contribuindo assim, para o fortalecimento do


processo organizativo dos setores populares.

CONCLUSÃO

Diante as avaliações expostas por Sposati é possível levantar a hipótese de que na


assistência social está contida a possibilidade de negação dele próprio e de sua constituição
como espaço de expansão da cidadania às classes subalternizadas. Ora, não tem como negar
que assistência é um campo concreto de acesso a bens e serviços pela população pauperizada.
O que se deve desprezar é a concepção paternalista, desmobilizadora e opressiva, porém,
o que acontece é uma negação ao seu caráter reacionário negando toda assistência,
submetendo, assim, a profissão a um bloqueio paralisante.
Este fato pode ser observado quando se ignora a existência de duas faces das Políticas
Sociais – de um lado, instrumento de superação (ou redução) de tensões sociais, de outro,
espaço de expressão de interesses contraditórios das classes sociais.
Sendo assim, as Políticas Sociais são mais que meios de reprodução das condições de
vida do trabalhador; são formas de realização de direitos sociais e, conseqüentemente, da
cidadania.
Considerar que a prestação de serviços é meramente reprodutora, paternalista, opressora,
significa afirmar que a prática profissional é unidirecional, realizando somente o interesse do
capital. Há que se recuperar no âmbito da ação profissional os interesses dos setores populares.
Há que se ter presente que esses serviços atendem as necessidades concretas da população.
Superar a leitura fetichizada da assistência no Serviço Social é movimento que vai além da
questão profissional. Implica, de um lado, apreende-la como mecanismo histórico presente nas
políticas brasileiras de corte social. De outro, criar estratégias para reverter essas políticas, na
conjuntura da crise da sociedade brasileira, para os interesses populares. Implica ainda desvelar
o campo da assistência como instância de mediação inerente ao Serviço Social.
É preciso tornar claro que a prestação de serviços assistenciais não é o elemento
revelador da prática assistencialista. O caráter assistencialista, quando presente na prática do
Assistente Social não é decorrência simples e direta da tarefa, da atividade que cumpre, mas
sim da direção que imprime às mesmas. Conseqüentemente, a questão não se reduz ao objeto,
mas a como ela se desenvolve.
As finalidades das ações devem ser compreendidas para além delas mesmas, em relação
aos elementos políticos, sociais, e econômicos que as determinam e às circunstâncias históricas
em que se desenvolvem.
É fato que a prática do Assistente Social não resolve em si mesma os problemas
estruturais e de fundo das populações, mas nem por isso se deve impedi-la de concretizar
respostas em direção ao atendimento de suas necessidades tangíveis, articulando-as com
reivindicações maiores que encaminham o processo de mudança estrutural.
Enfim, o caminho está traçado, as minudências ainda são obscuras, mas uma coisa é certa
a rejeição persistente das atividades tidas como de assistência social faz com que estas se
mantenham inalteradas!

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YAZBEK, M. C. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 1993

[1]
Apesar do aumento de arrecadação do orçamento da seguridade social, que passou de 6,12% do PIB em 1999
para 12,39% em 2005, as reformas da previdência foram efetivadas mediante a alegação de um suposto déficit, sendo
que o próprio Tribunal de Contas da União (TCU), ao analisar as contas do Governo Federal de 2005, reconheceu que
não há déficit na previdência. O que ocorre é uma realocação dos recursos do orçamento da seguridade social para
pagamento dos juros da dívida pública e geração do superávit primário: a Desvinculação das Receitas da União
(DRU) permitiu ao Governo Federal retirar R$ 45,2 bilhões do orçamento da seguridade social entre 2002 e 2004, que
deveriam ser utilizados para as políticas de previdência, saúde e assistência social e poderiam ampliar os direitos
relativos a estas políticas sociais. (BOSCHETTI, 2007)
[2]
Em 2004, de um orçamento executado de R$ 227.145.544,00 (duzentos e vinte e sete bilhões, cento e quarenta e
cinco milhões e quinhentos e quarenta e quatro mil reais), o BPC ficou com R$ 5.748.738, (2,53%), a Renda Mensal
Vitalícia ficou com R$ 1.828.506 (0,80%), a Bolsa Família ficou com R$ 4.929.680 (2,17%) e as demais ações do
FNAS, cujos recursos são repassados aos Fundos Estaduais e Municipais, ficaram com apenas R$ 1.090.790
(0,40%).

[3]
Palestra proferida na Universidade Federal Fluminense no primeiro semestre de 2009.

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