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5205/1981-8963-v12i4a230649p1168-1173-2018
Azevedo AP de, Cristino JS, Viana MF et al. Educação em saúde para acompanhantes...
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(4):1168-73, abr., 2018 1168
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i4a230649p1168-1173-2018
Azevedo AP de, Cristino JS, Viana MF et al. Educação em saúde para acompanhantes...
Azevedo AP de, Cristino JS, Viana MF et al. Educação em saúde para acompanhantes...
e atitudes em decorrência de a pesquisa ser eram do gênero feminino e apenas 27,8% eram
qualitativa.6 Diante disso, a finalidade foi do gênero masculino. A grande maioria (74%)
observar, descrever, explorar, classificar e, a era de Manaus, capital metropolitana do
partir de toda a sistematização, poder Estado do Amazonas, 20%, de outras cidades
analisar e interpretar os dados coletados que dentro do Amazonas e 6% eram oriundos de
mostram informações sobre aspectos outros Estados brasileiros.
relacionados a determinado fato ou Vale ressaltar que a prevalência das
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fenômeno. mulheres na prática de cuidados a pacientes
A operacionalização do estudo ocorria em internados é uma realidade presente no
uma roda de conversa semanal, dividida em cotidiano hospitalar.9 A escolha dos
seis momentos, com duração total de 60 acompanhantes é feita segundo preferência
(sessenta) minutos: no primeiro momento, ou necessidade da família e não por
ocorria o convite aos habilidades pessoais ou experiências prévias,
familiares/acompanhantes para compor uma bem como simplesmente pelo fato da falta de
roda de conversa na qual as cadeiras eram disponibilidade de tempo do gênero masculino
distribuídas de modo a promover a interação por este ser, na maioria das famílias deste
face a face. Posteriormente, era realizada estudo, o principal provedor do lar.
uma entrevista semiestruturada para verificar As atividades visavam à promoção da saúde
os conhecimentos de biossegurança dos por meio do diálogo buscando a troca de
mesmos. Num terceiro momento, um conhecimentos e habilidades de biossegurança
profissional fisioterapeuta os convidava a se aos acompanhantes/familiares que prestavam
levantar e fazer exercícios laborais. Em um cuidado aos pacientes internados. Era nítido o
quarto momento, com o auxílio do serviço de interesse dos cuidadores/familiares em
Psicologia, era oportunizado, ao ouvinte, contribuir mais no cuidado, porém, muitos
expressar seus anseios e se havia algo a ser questionamentos surgiam principalmente
feito para que sua estada no hospital se sobre medidas de proteção individual e
tornasse mais agradável discutindo temas para maneira correta de higienização das mãos.
suprir as necessidades físicas e espirituais. Ao verificar a faixa etária dos
No quinto momento, era ministrada uma participantes, observou-se que a maior
palestra por enfermeiros e outros profissionais prevalência estava entre os de 18 a 30 anos
da Comissão Interna de Controle de Infecção (30,2%), seguidos de 30 a 40 anos (24,4%) e
Hospitalar (CCIH), apresentando informações acima de 60 anos (7,5%). Mais da metade dos
sobre noções de Biossegurança, utilizando-se entrevistados (61,1%) tinha apenas o ensino
de cartazes e distribuindo uma cartilha fundamental.
resumida do conteúdo abordado a fim de Esse dado apenas afirma a importância de
orientar e direcionar o diálogo. No último disponibilizar, a esses acompanhantes, os
momento, eram solicitadas, aos usuários, cuidados de biossegurança, como observado
sugestões de melhoria desta atividade e por Soares e colaboradores (2017), a partir de
aplicado novamente o questionário uma linguagem simples e didática para que o
semiestruturado para avaliar a efetividade da conhecimento se torne acessível e entendível,
educação realizada. assim, promovendo mudanças de hábitos
Em relação aos aspectos éticos do trabalho, positivos no ambiente hospitalar.10
o mesmo respeitou as normas e os Quando indagados sobre como se proteger
procedimentos previstos na Resolução de contaminação em ambiente hospitalar, a
N.°466/12, do Conselho Nacional de Saúde, resposta mais frequente (49%) foi “a
que regulariza, em âmbito nacional, as priorização da higienização das mãos”. Isso
pesquisas com seres humanos e os ainda foi confirmado quando, respondendo ao
procedimentos foram realizados apenas após a pós-teste, os acompanhantes responderam
aprovação do protocolo pelo Comitê de Ética sobre qual dos assuntos abordados nos
em Pesquisa, da Fundação de Medicina encontros da Educação em Saúde não
Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado possuíam conhecimento e a maioria também
(FMT/HVD), sob Parecer N.° 220.205 e CAAE: respondeu: “o desconhecimento da forma
12430513.5.0000.0005.8 correta de higienização das mãos”.
RESULTADOS E DISCUSSÃO As mãos são, também, veículo de
transmissão de germes. Isso leva à reflexão
• Relato de Experiência sobre a necessidade de ensinar a forma
Em um período de um ano, foram correta de higienização das mãos não somente
realizados 49 encontros com um registro de para os que estão na assistência à saúde do
participação de 488 ouvintes. Destes, 72,2% paciente, mas para todos os que estão em
Português/Inglês
Rev enferm UFPE on line., Recife, 12(4):1168-73, abr., 2018 1170
ISSN: 1981-8963 https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i4a230649p1168-1173-2018
Azevedo AP de, Cristino JS, Viana MF et al. Educação em saúde para acompanhantes...
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