Você está na página 1de 3

Cultura da Dominica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A cultura da Dominica é alimentada pelo afluxo de


pessoas provenientes de uma vasta gama de origens.
Embora historicamente tenha sido ocupada por diversas
tribos indígenas, os arahuacos e as tribos kalinago eram
os que povoavam a ilha na época em que os colonos
europeus que chegaram a ela. Massacre é o nome do rio
dedicado à memória dos assassinatos de nativos pelos
colonos franceses e britânicos, devido aos quais o rio se
tingia de vermelho durante dias. Tanto franceses como
britânicos tomaram a ilha e importaram escravos da
África. Os caribenhos restantes vivem agora num
território de 15  km2 na costa da ilha e elegem o seu
próprio chefe.

A Dominica é frequentemente considerada uma


sociedade que está em migração do coletivismo para o
individualismo. A economia que anteriormente dependia
da agricultura está em desenvolvimento. Os sinais do
Mapa da Dominica
coletivismo são evidentes em localidades pequenas e
aldeias espalhadas por toda a ilha.

A psique nacional
A Dominica tem uma mistura de culturas: os nomes franceses misturam-se com nomes ingleses; um idioma
africano, comidas e costumes que se misturam com as tradições europeias, tudo faz parte da cultura crioula;
e os caribenhos ainda talham dugouts (canoas), constroem casas sobre pilares e tecem cestaria com caráter
distintivo. As influências rastafaris e negras também são comuns. Cerca de 1% da população do país
professa a fé Bahá'í.[1][2]

Com quase 80% de população católica, os valores das tradições


conservadoras são fortes. A família ocupa um lugar muito importante na
sociedade dominiquesa, e tanto assim é que se publicou um cartaz de
aviso do governo dominiquês sobre os perigos do transporte ilegal de
drogas que separam a família (seguido de prisão e da perda da vida)
como meio de dissuasão número um contra a delinquência.
Igrejas em Roseau, capital da
Ameríndios Dominica

Os povoadores originais da ilha chegaram à Dominica cerca de 400 a.C., quando os arawaks, um grupo de
pacíficos caçadores-recoletores, estabeleceram povoações de ilha em ilha através do Caribe oriental. Os
caçadores-recoletores mais agressivos, os índios caribes (ambos descendentes da tribo Ciboney), aniquilaram
os arawaks e tomaram o controlo da ilha. A maioria dos nativos do Caribe noutras ilhas caribenhas foram
assassinados, na sua maioria, por colonos europeus. Os nativos locais do Caribe dominiquês foram capazes
de se esconder em áreas que eram difíceis de penetrar pelos soldados europeus. A coroa inglesa concedeu um
território de 3700 hectares na costa leste da Dominica aos nativos caribenhos em 1903. Hoje em dia, só
restam cerca de 3000 caribenhos depois de anos de tratamento brutal pelos espanhóis, franceses e ingleses.
Vivem em oito povoados, e escolhem o seu próprio chefe.

No lado oriental da ilha, os descendentes dos índios caribes continuaram a praticar a sua cultura de longa
tradição, e o artesanato da construção de canoas e cestaria. A sua sociedade, no entanto, tem-se desenvolvido
e modernizado. As influências ameríndias permanecem na ilha através dos seus artefactos e dos sons da
língua moderna. Por exemplo, a palavra furacão tem origem numa palavra caribenha.

Outros colonos
Quando Cristóvão Colombo passou pela ilha, deu à Dominica o seu nome, e deixou alguns povoadores
europeus na ilha. Passariam anos antes de os colonos ingleses e franceses regressarem à ilha. Estas duas
potências europeias lutaram sem descanso pela ilha, e as suas culturas se uniram. Os escravos africanos
também deixaram uma marca indelével na ilha.

As influências francesas incluem o idioma nativo da ilha, uma comida crioula, e muitos nomes na toponímia.
Posteriormente os britânicos tomaram a ilha, e as influências notaram-se no idioma oficial, que é o inglês.
Os africanos também influenciaram a crioula e a comida, e também o estilo local de vestir.

Carnaval
Todos os anos os dominiqueses celebram o Carnaval
católico, uma festividade que se celebra durante três dias
antes da Quarta-feira de Cinzas. Devido à herança
francesa no país, a maioria dos cidadãos são católicos,
mas muitos não católicos também celebram o Carnaval.
Entre as atividades incluem-se a Competição Calypso
Monarch, a eleição da rainha do Carnaval, e os desfiles e
festas carnavalescos.

Música
Celebração do Carnaval na Dominica
A música e a dança são facetas importantes da cultura
dominiquesa. As celebrações anuais da independência mostram uma explosão de canções tradicionais e
danças precedida, desde 1997, por semanas de expressões crioulas como "Creole in the Park" (Crioulo no
Parque) e "World Creole Music Festival" (Festival Mundial de Música Crioula". A Dominica teve
proeminência na cena musical internacional quando em 1973 Gordon Henderson fundou o grupo Exile One
e um género musical original a que ele chamaria "Cadence-lypso" que abriu caminho à moderna música
crioula.

Gastronomia
A gastronomia da Dominica é similar à de outros países das Caraíbas. Entre os pratos comuns principais
estão pratos de carne (mais habitualmente frango, mas também cabra, carneiro ou vaca) cobertos de molho.
Os molhos podem ser de pimento, ou beberagens preparadas à base de frutas locais. Na ilha serve-se uma
grande variedade de frutas locais, desde o tamarindo ao maracujá, em sumo ou molhoa. A graviola descasca-
se e come-se crua. O sorrel, uma flor vermelha que só floresce na época de Natal, é fervida para preparar
uma bebida de cor vermelha brilhante.

Referências
1. Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor (14 de setembro de 2007). «International
Religious Freedom Report - Dominica» (http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/90250.htm).
United States State Department. Consultado em 3 de dezembro de 2008
2. «International > Regions > Caribbean > Dominica > Religious Adherents» (http://www.thearda.c
om/internationaldata/countries/Country_69_2.asp). thearda.com. thearda.com. 2001.
Consultado em 4 de dezembro de 2008

Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cultura_da_Dominica&oldid=59263941"

Você também pode gostar