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JANUÁRIA – MG
universitário brasileiro. 21/12/1931 + 08/04/2022
Dalmo Dallari nasceu na cidade paulista de Serra Negra, em 1931. Seu pai era descendente de
italianos e era dono de uma sapataria. A família se mudou para a capital paulista em 1947
para que os filhos homens pudessem estudar. Dalmo cresceu ouvindo o pai explicar as
matérias de jornal para o povo humilde do campo, que era analfabeto. Sua liderança política
entre a população da cidade influenciou muito a vida de Dalmo. Seu tio morreu na Revolução
de 1932.
O hábito da leitura veio da mãe, que era uma leitora assídua e admirava autores como Castro
Alves e Álvares de Azevedo. Dalmo terminou o então curso clássico em Serra Negra e já
estava disposto a cursar direito quando se mudou para São Paulo.
Formou-se em direito pela Universidade de São Paulo em 1957. Foi aprovado, em 1963, no
concurso para livre-docente em teoria geral do estado na USP, e no ano seguinte passou a
integrar o corpo docente dessa universidade.
Em 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de teoria geral do
estado. Foi diretor da Faculdade de Direito da USP de 1986 até 1990. Na sua gestão foi
iniciada a construção do prédio anexo da Faculdade.
Em 1972, ajudou Paulo Evaristo Arns a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da
Arquidiocese de São Paulo, organização que promoveu a defesa dos direitos humanos e atuou
na proteção de presos políticos e perseguidos pelo regime militar.
Foi secretário dos Negócios Jurídicos da prefeitura de São Paulo de 1990 a 1992, na gestão da
prefeita Luiza Erundina.
Dalmo morreu em 8 de abril de 2022, aos 90 anos, na capital paulista, por insuficiência
respiratória. Deixou esposa (Sueli Gandolfi Dallari, também jurista e professora na Faculdade
de Saúde Pública), 7 filhos, 13 netos e 2 bisnetos. Do seu primeiro casamento, foi pai de
Maria Paula Dallari Bucci e Pedro Dallari, também professores na USP.
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