Você está na página 1de 1

Literatura Hispano Americana e Outros Discursos e Linguagens

Profa. Idalia Morejón Arnaiz

Matheus Rodrigues de Barros

Nº USP: 11323814

Aluno matriculado no segundo horário do noturno

Um caráter bastante presente durante as aulas foram as obras de artistas cubanos, que
principalmente apresentavam suas experiências pessoais por meio de poemas, visuais ou não, e
buscavam representar também a vivência, história e cultura de seu povo. Entretanto, apresentando
dessa vez um poema de autoria feminina, uruguaia e não mais cubana, o sentimento de representar o
“comum” permanece presente, o título do poema já de início sugere algo íntimo e único, e veremos
em sua construção não apenas uma exposição do pôr do sol, mas aquele especifico da tarde de março
de 1972 e especialmente os sentimentos que foram causados na autora.
Algo tão comum e corriqueiro como o pôr do sol acaba exigindo diferentes formas de
exposição, e torna-se um desafio. Em seus poemas, Amanda trata de utilizar diferentes métodos para
cada um, ainda que sejam entendidos como individuais e podendo serem lidos assim, todos retomam
ao poema inicial escrito com caráter verbal, onde o desenvolvimento da ideia principal é mais claro.
No segundo poema, a presença de uma fórmula pode facilitar para determinados leitores a
compreensão do tema, trazendo uma forma sistemática, e o fato de haverem notas implica em uma
maior ajuda na absorção e faz-se bastante necessário.
Já em seu terceiro poema, propriamente um poema visual, a decodificação fica mais simples
com a leitura da obra “principal”, visto que nesse caso existem palavras e trechos que são retirados
diretamente da forma padrão escrita, e lida, da direita para esquerda, mas agora expostos de forma
simplificada que na segunda representação, com a diminuição do texto e símbolos, agora apresentados
em diferentes localizações e tamanhos em sua base, com palavras únicas e chaves buscando o
significado inicial proposto de seu relato daquela tarde. As nuvens cercam a luz, apresentada de forma
central, a tormenta está aos poucos esvaindo, organizada como um bloco, por onde foge o raio de luz
de vida, força maior representada pela autora.

Você também pode gostar