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Mário Cesariny

Vasconcelos
CONTEÚDOS

Biográficos
Imagens relativo
Bibliográficos
Seleção de um texto
Leitura do texto
Análise do texto
Biográfia
Considerado o mais importante representante poeta português da
escola Surrealista, encontra-se em 1947 com André Breton, facto
determinante no desenvolvimento de seu trabalho literário.

Ainda nesse ano participa junto no Grupo Surrealista de Lisboa.

Algum tempo depois, por não concordar com a linha ideológica do


grupo, afasta-se de maneira polêmica e funda o "Grupo Surrealista
Dissidente".

Ao integrar-se ao Grupo Surrealista, muda o seu estilo, trazendo para


sua obra o "absurdo", o "insólito" e o "o inverossímil".

Em 2004 saiu Autografia, um documentário de Miguel Gonçalves Mendes


sobre o poeta e o homem.

Em 2005 aceitou o Prémio Vida Literária da APE e foi condecorado pelo


Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Nasceu a 09 Agosto 1923


Morreu em 26 Novembro 2006.
O VIRGEM NEGRA
Bibliográficos AS MÃOS NA ÁGUA
A CABEÇA NO MAR
PRIMAVERA AUTONOMA DAS ESTRADAS

Nobilíssima visão CORPO VISÍVEL


Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Conheço tão bem o teu corpo
Sonhei tanto a tua figura
Que é de olhos fechados que eu ando
A limitar a tua altura
E bebo a água e sorvo o ar
Que te atravessou a cintura
Tanto tão perto tão real
Que o meu corpo se transfigura
E toca o seu próprio elemento
Num corpo que já não é seu
Num rio que desapareceu
Onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Localização e Contextualizaçao

Autor:
Mário Cesariny de Vasconcelos
Titulo da obra:
Pena Capital
Data da primeira edição:
1957 anos

Ideológico:
geração do estado novo
É uma época de
ditadura e os escritores
vão criticar o estado e
falar dos problemas
sociais
Parte I - Introdução:
- Estrofe 1
- Início do poema com a expressão "Em todas as ruas te encontro".
- Estabelecimento do tema central da busca.

Parte II - Dualidade do Encontrar e Perder:


- Estrofes 2 e 3
- Desenvolvimento da dualidade entre encontrar e perder.
- Introdução do conhecimento profundo do corpo da pessoa amada.

Parte III - Intimidade Sensorial:


- Estrofes 4 e 5
- Descrição da familiaridade e intimidade sensorial com a pessoa amada.
- Menção à transfiguração do corpo.

Parte IV - Elementos Simbólicos e Surrealismo:


- Estrofe 6
- Introdução de elementos simbólicos como água, ar, rio desaparecido e braço que procura.
- Aprofundamento no surrealismo.

Parte V - Reflexão sobre o Amor:


- Estrofes 7 e 8
- Reflexão sobre a dualidade do amor e a busca constante.
- Menciona o rio desaparecido, possivelmente simbolizando o tempo e a mudança.
Na poesia "Em Todas as Ruas te Encontro" de Mário Cesariny, o esquema de rima é predominantemente do tipo ABAB, ou
seja, há uma alternância entre os sons finais dos versos. Isso significa que o primeiro e o terceiro versos de cada estrofe
rimam entre si, e o segundo e o quarto versos também rimam.

Vamos analisar as primeiras duas estrofes como exemplo:

1. Em todas as ruas te encontro (A)


2. Em todas as ruas te perco (B)
3. Conheço tão bem o teu corpo (A)
4. Sonhei tanto a tua figura (B)

Nesse esquema, "encontro" (verso 1) rima com "corpo" (verso 3) formando a rima A, e "perco" (verso 2) rima com "figura"
(verso 4), formando a rima B. Essa alternância de sons se mantém nas estrofes seguintes.

A rima é uma ferramenta poética importante, adicionando musicalidade e estrutura ao texto, além de contribuir para a
expressividade e ritmo da poesia.
A poesia "Em Todas as Ruas te Encontro" de Mário Cesariny apresenta várias figuras de estilo que contribuem para a
expressividade e a riqueza poética.

1. Anáfora
A repetição da expressão "em todas as ruas" no início de cada estrofe funciona como uma anáfora, enfatizando a ideia de
busca constante.
2. Antítese
A antítese está presente nas linhas "em todas as ruas te encontro / em todas as ruas te perco". Essa oposição de
encontrar e perder cria uma dualidade central no poema.
3. Metáfora
O poema usa várias metáforas, como "bebo a água e sorvo o ar / que te atravessou a cintura". Aqui, a água e o ar são
metáforas para elementos que conectam o eu lírico à pessoa amada.
4. Metonímia
A metonímia ocorre na linha "num rio que desapareceu", onde o rio pode ser interpretado como uma representação
simbólica do tempo ou da experiência que se perdeu.
Biográfia
5. Sinecdoque
A figura de linguagem da sinecdoque pode ser vista na linha "um braço teu me procura", onde o "braço" pode representar
a pessoa amada como um todo.
6. Personificação
A personificação ocorre quando o poeta descreve o corpo que "toca o seu próprio elemento". Aqui, o corpo é personificado
como tendo a capacidade de tocar e interagir independentemente.
7. Simbolismo
Várias imagens no poema têm um significado simbólico, como a água, o ar, o rio desaparecido, e o braço que procura.
Esses elementos contribuem para a complexidade do significado e das emoções na poesia.
8. Hipérbole
A expressão "sonhei tanto a tua figura" sugere uma intensidade de desejo ou idealização, podendo ser interpretada como
uma hipérbole, enfatizando a importância da pessoa amada.
Obrigada

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