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Palimpsestos. A
literatura de
segunda mão.
Belo Horizonte:
Edições Viva Voz,
2010.
Defesa do pluralismo, da
recriação e do caráter
relacional da literatura.
Gérard Genette : crítico
literário francês e teórico da
literature.
• Junto a Roland Barthes e Tzvetan
Todorov, Genette foi responsável
por ajudar a moldar uma ciência
da narrativa/narratologia e uma
crítica literária nas bases do
estruturalismo.
• Genette investiga as maneiras
como as diferentes partes do
texto literário interagem,
identificando e analisando-as.
• Busca os elementos que
diferenciam um texto literário de
um não-literário, ilumina os
métodos pelos quais um texto
literário causa seus efeitos e volta
suas atenções também para a
dimensão performativa da
“instância narrativa” e do ato de
narrar.
• Genette fez a distinção
entre diegese (história) e
discurso narrativo.
• A diegese é a ação, o
desenrolar da história e
representa o universo
espaço-temporal no qual
se desenrola a narrativa.
Para Genette (1971), a
narrativa literária, ao
mesmo tempo, produz a
história e o discurso.
• Tempo do discurso ≠
tempo da história
(anacronias temporais).
• Analepses/ flashbacks-
prolepses/flashforwads
“Um palimpsesto é um pergaminho cuja primeira
inscrição foi raspada para se traçar outra, que não
a esconde de fato, de modo que se pode lê-la por
transparência, o antigo sob o novo. Assim, no
sentido figurado, entenderemos por palimpsestos
(mais literalmente hipertextos), todas as obras
derivadas de uma outra obra anterior, por
transformação ou por imitação. Dessa literatura de
segunda mão, que se escreve através da leitura o
lugar e a ação no campo literário geralmente, e
lamentavelmente, não são reconhecidos. Um texto
pode sempre ler um outro, e assim por diante, até
o fim dos textos. Este meu texto não escapa à
regra: ele a expões e se expõe a ela. Quem ler por
último lerá melhor”. (GENETTE, 2010).
Transtextualidade
“Eu diria hoje, mais amplamente, que este objeto (da poética) é a
transtextualidade, ou transcendência textual do texto, que
definiria já, grosso modo, como “tudo que o coloca em relação,
manifesta ou secreta, com outros textos”. A transtextualidade
ultrapassa então e inclui a arquitextualidade, e alguns outros tipos
de relações transtextuais” [...]
(GENETTE, 2010, p. 13).
Cinco tipos de transtextualidade,
dentre os quais a hipertextualidade
Texto A:hipotexto
Dom Quixote, de Miguel de Cervantes
Texto B: hipertexto
PIERRE MENARD, AUTOR DE DOM QUIXOTE
de Jorge Luís Borges .