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METAVERSOS E AMBIENTES VIRTUAIS COMO INSTRUMENTOS DE

INCLUSÃO CULTURAL, SOCIAL, ECONOMICA E AMBIENTAL EM FACE


DO DIREITO AMBIENTAL BRASILEIRO.
O surgimento da internet trouxe à tona novos espaços dentro de um território
infinitamente vasto e cheio de possibilidades. Muito se fala das consequências
negativas que essa realidade acarretou, mas também é importante fazer
menção ao lado positivo em que esses ambientes virtuais puderam servir como
instrumentos de inclusão para a população dessa sociedade da informação. É
visível como as tecnologias hoje se apresentam em praticamente todas as
áreas da vida humana, inclusive do lazer e entretenimento, trazendo cada vez
mais interatividade entre todos os âmbitos da vivência. O impacto de ter as
novas tecnologias refletindo nessas áreas vem sendo observados na
economia, no turismo, na cultura e até no desenvolvimento do País.
Sendo assim, o direito a existir dentro desse mundo digital, seja em jogos ou
em redes sociais, passa a estar incluso no direito ao lazer e ao entretenimento,
surgindo um conceito da “cibercultura”, definindo os agenciamentos sociais das
comunidades no espaço eletrônico virtual. São esses mundos virtuais que hoje
se fazem responsáveis em partes pela socialização das pessoas, possibilitando
aproximação, um certo intercambio, entre pessoas do mundo todo.
Tomando como exemplo o aconteceu na década de 60, quando as
modificações das leis laborais possibilitaram melhoras nas condições de vida
das famílias e fazendo com que passassem a ter tempo livre para poder
dedicar ao lazer e também possibilitaram condições econômicas para que o
lazer pudesse acontece. Podemos perceber que isso mostra como a
estabilidade econômica precisa caminhar junto a estabilidade político-social
para que sejam propícias as condições necessárias ao indivíduo e sua família
para que desfrutem dos seus momentos de lazer.
E foi durante a década de 90, com o fácil acesso à informação e à Internet, que
começou a despertar a necessidade de conhecer e interagir com outras
culturas, essa interatividade veio junto de entretenimento de alta tecnologia.
Sabendo que o direito ao lazer está constitucionalmente previsto no art. 6 da
CF/88 e é direito de todos independente de classe social, faz-se importante
mencionar que não se trata apenas de proporcionar ao indivíduo em nível
cultural e social, como também aumenta a satisfação e bem-estar,
influenciando diretamente na sua produtividade.
Por isso nas últimas décadas foi possível perceber grandes alterações
econômicas culturais, sociais e políticas. Essas alterações fizeram possíveis
melhoria na qualidade de vida em determinadas áreas onde as novas
tecnologias se agregaram de forma mais determinante, mesmo na vida dos que
se encontram na parte menos favorecida da sociedade. Ao tornar-se um canal
útil para a publicidade, a Internet passou a alcançar um público infinitamente
maior do que os outros meios de comunicação, graças à sua capacidade de
ultrapassar fronteiras e atingir pessoas por todo o mundo. Por essa e outras
razões, o uso da Internet passou a crescer cada vez mais ao passo que o uso
das outras formas de comunicação e entretenimento passaram a declinar,
sendo substituídos pela Internet.
Desse modo, com a Internet sendo uma nova forma de lazer, surgem diversas
comunidades virtuais que possibilitam a interação social com o mundo e não
mais apenas local. A possibilidade de ter essa troca entre pessoas por todo
mundo, saber seus costumes, conhecer sua cultura, só se tornou possível com
as novas tecnologias de comunicação e informação.
Além desse quesito social, o surgimento dessas novas tecnologias também foi
muito importante para os setores da economia, seja diante da transmissão de
informações de compra e venda de produtos no meio virtual, nos aparelhos que
passaram a existir e que se tornaram essenciais nas casas da população.

Crimes no Meio Ambiente Digital e a Sociedade da Informação / Celso Antônio


Pacheco Fiorillo, Christiany Pegorari Conte. – 2. Ed. – São Paulo: Sairaiva,
2016.

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