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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

Campus Aproximado de Pinhalzinho


Componente Curricular: Psicopatologia do Trabalho
Professoras: Aline Bogoni
Acadêmicas: Andréia Weber e Scheila Foltz
Semestre/Ano: 2º/2016

Desemprego

Segundo Pinheiro e Monteiro (2007) o desemprego hoje é um dos assuntos mais preocupantes, visto que se evidencia como um fenômeno
mundial. Apesar de relevante, a relação entre desemprego e saúde mental tem sido mais preocupante, pois se acarretam inúmeros problemas
psicológicos ou até mesmo físicos. Algo que chamou nossa atenção foi no campo da Psicologia do Trabalho se têm uma ênfase maior nas
questões do trabalho, sofrimento psíquico e a figura do trabalhador., que para nossa profissão é uma campo muito amplo para se trabalhar com
pessoas desempregados, até porque vem a cada dia aumentando mais e a demanda também.
Em outras palavras, não vemos como pensar o homem desconsiderando essa categoria e muito menos como pensar as consequências do
desemprego desconsiderando o fato de que o trabalho foi e permanece central para o ser humano. Assim, as reações do desempregado à sua
condição não são fruto apenas das perdas materiais que sofreu, mas sim da impossibilidade de expressar-se, desenvolver-se e deixar sua marca no
mundo como todos nós esperamos.
Vale apena ressaltar que Marx também formulou uma lei da população para explicar o desemprego. Chamou-a de “lei capitalista do
desemprego”, e a considerou uma consequência da propriedade privada dos meios de produção. Segundo ele, na sociedade burguesa a
acumulação do capital faz com que uma parte da população operária se torne inevitavelmente supérflua. É eliminada da produção e condenada à
fome. Essa “superpopulação relativa” toma diferentes nomes, segundo os aspectos que apresenta:

(1) Superpopulação flutuante, constituída pelos operários que perdem seu trabalho por certo tempo, em consequência da queda da produção, do
emprego de novas máquinas, do fechamento de empresas. Com o incremento da produção, uma parte desses desempregados volta a se empregar;
e também consegue emprego uma parcela dos novos trabalhadores que alcançaram a idade produtiva. O número total dos operários empregados
aumenta, mas numa proporção decrescente em relação ao aumento da produção.
(2) Superpopulação latente, constituída pelos pequenos produtores arruinados e principalmente pelos camponeses pobres e pelos operários
agrícolas que estão ocupados na agricultura somente durante parte do ano. Ao contrário do que ocorre no setor industrial, o progresso técnico na
agricultura provoca uma diminuição absoluta da demanda de mão-de-obra.
(3) Superpopulação estagnada, constituída pelos grupos numerosos de pessoas que perderam definitivamente seu emprego e cujas ocupações
irregulares são pagas muito abaixo do nível habitual de salário. Encontram-se entre esses os trabalhadores domésticos e os que vivem de trabalho
ocasional1.

Desemprego Descrição:
1 Significados do O desemprego é um problema econômico sério e está entre os mais graves problemas sociais2. O problema do
potencial problema desemprego é extremamente complexo, a começar por sua medida. Quando o fenômeno se acentua, cresce a
ênfase na escolha dos índices, pois cada parte escolhe o que lhe é mais favorável.


1
http://www.coladaweb.com/economia/emprego-e-desemprego
2
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/o-problema-do-desemprego-ek01tdhtiqbgh1zblfiikqn2m
2 Índices de ocorrência O IBGE divulgou que a taxa de desemprego ficou em 6,8% na média de 2014, e seria o menor índice desde 2012
(quando atingiu 7,4% no ano) e também abaixo dos 7,1% registrados em 20133.
3 Estudos relacionados ao O desemprego priva o indivíduo de uma estruturação funcional de vida, a qual era fortemente influenciada pelo
adoecimento emprego. Tais funções referem-se a relações interpessoais, metas e objetivos para além do nível individual, status
e identidade, e estruturação de uma rotina de tempo. Dessa forma, o trabalhador desempregado vivencia um
processo de deterioração advindo do desemprego, cuja ressignificação só poderia ser contestada com a provisão
de um novo trabalho.
E com isso os sentimentos relacionados à situação de desemprego constantemente têm conotação negativa,
desagradável, sendo associado a um sofrimento, muitas vezes, esse sofrimento está associado à responsabilização
que o indivíduo sente frente a essa situação, descrevendo-a como produto de deficiências pessoais.
E ainda os trabalhadores desempregados atribuem a responsabilidade dessa situação a si próprios e a associam à
falta de estudo, à idade, ao despreparo para mudanças tecnológicas e condições internas, sendo assim agrega um
estado interno de sofrimento e autor responsabilização a uma legitimidade externa e social, a qual confirma sua
inutilidade, o que pode desencadear sentimentos de vergonha, desamparo, exclusão e incidir em sua saúde4.
4 Implicações Psicológicas Dentre as consequências psicossociais do desemprego, destacam-se as afetações ao bem-estar psicológico do
homem, intimamente relacionadas às ocorrências de deterioração do bem-estar físico, bem como de desagregação
social. As principais afecções ao bem-estar psicológico seriam: transtornos mentais leves (saúde mental geral),
depressão, rebaixamento da autoestima, sentimento de insatisfação com a vida, dificuldades cognitivas e


3
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/o-problema-do-desemprego-ek01tdhtiqbgh1zblfiikqn2m
4
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572009000100006
dificuldades de relacionamento familiar. O desemprego é causa de sofrimento e doenças na medida em que
desorganiza as relações familiares, quebra os laços afetivos, gera relações conflituosas, que, em alguns casos,
termina com separações, retorno da família à cidade de origem e intensificação de doenças pré-existentes ou
aparecimento de novas doenças5.
5 Implicações Sociais O desemprego ocorre quando um trabalhador é demitido ou entra no mercado de trabalho a procura de emprego e
não consegue uma vaga de trabalho. É uma situação difícil para o trabalhador, pois gera problemas financeiros e,
em muitos casos, problemas psicológicos depressão, ansiedade, no trabalhador e em sua família.
Também ocorre a substituição de mão de obra por máquinas: nas últimas décadas, muitas vagas de empregos
foram fechadas, pois muitas indústrias passaram a usar máquinas na linha de produção.
Outra questão é quando um país passa por uma crise econômica, o consumo de bens e serviços tende a diminuir.
Muitas empresas demitem funcionários como forma de diminuir custos para enfrentar a crise6.

6 Medidas de Prevenção A Psicologia, dessa forma, pode e deve, com sua multiplicidade de abordagens e modos de atuação, dedicar cada
em Psicologia no contexto vez mais atenção a esse fecundo campo de pesquisa e intervenção que é o mundo do trabalho.
do trabalho e social Nesse sentido, cabe pensar sobre o papel do psicólogo na questão do desemprego como uma possibilidade de
reflexão teórica e de intervenção no campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho, da Psicologia Clínica e
da Saúde Mental, tendo em vista a complexidade de tal situação. Alguns estudos apontam que ações da Psicologia
nessa questão necessitam ser incluídas no âmbito das políticas públicas e em parceria com outros saberes que
permitam um olhar interdisciplinar para se compreender o desemprego. Ademais, o olhar da Psicologia sobre o
desemprego tem uma especificidade científica, que se refere à compreensão da subjetividade do desempregado e


5
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172007000200004
6
http://www.suapesquisa.com/economia/causas_desemprego.htm
do sofrimento humano que essa situação pode ocasionar, bem como a compreensão de fatores sócio-históricos
que se inter-relacionam com esse fenômeno 7.
7 Reflexões do grupo Diante das pesquisas e muita leitura pode-se observar que o desemprego atinge inúmeras pessoas hoje em nosso
sobre as descobertas meio social, e com isso a Psicologia tem um papel fundamental em buscar essa pessoas desempregadas pois
quando a procura aumenta e não se encontra emprego começa a acarretar doenças psicológicas que muitas vezes
não é percebido no inicio, e quando se percebe pode estar avançado demais. Para isso nos profissionais de
Psicologia temos muito que realizar trabalhos para que não aconteça esse tipo de adoecimento após uma perda de
um trabalho. Até mesmo se uma pessoa ficar com depressão ela vai necessitar de muito suporte para conseguir
passar por isso. E hoje em nosso meio social tudo gira em torno do mundo capitalista, e ainda mais quando uma
pessoa tem família que precisa e de certa forma sente-se pressionada a buscar um trabalho para trazer o sustento
da casa, muitas vezes essa pessoa não suporta a pressão e pode até desencadear transtornos mentais.

Achamos interessante destacar que os principais focos dos estudos tratam da associação entre desemprego e saúde mental. As
informações de pesquisas empíricas que reforçam a existência de relações entre a situação de desemprego e a deterioração do bem-estar
psicológico dos trabalhadores desempregados.
Também quero destacar um vídeo que achamos importante https://www.youtube.com/watch?v=2rtqQ5vY7UU, nos mostra uma historia
motivadora. E esse que mostra um pouco da nossa realidade brasileira https://www.youtube.com/watch?v=qFQquKRvE90.


7
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-66572009000100006

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