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Niterói
2022
PAULA GONÇALVES DE ALMEIDA
Niterói
2022
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
1.1 PERGUNTA .......................................................................................................... 6
1.2 HIPOTESE ............................................................................................................ 6
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 7
2.1 GERAL .................................................................................................................. 7
2.2 ESPECIFICO ........................................................................................................ 8
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 10
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 13
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 14
4
1 INTRODUÇÃO
físico - que podem se agravar ao longo do tempo caso não seja realizado nenhum tipo de
intervenção para a redução de danos mais severos como a depressão ou outros transtornos
psicológicos. Pressuposto isso, em geral, o burnout é definido como uma reação negativa ao
estresse crônico no trabalho. (SHIROM, 2003; HONKONEN et al., 2006; AHOLA et al.,
2006 apud Vieria, I. 2010). Sendo assim, manifesta-se basicamente por sintomas de fadiga
persistente, falta de energia, adoção de condutas de distanciamento afetivo, insensibilidade,
indiferença ou irritabilidade relacionadas ao trabalho de uma forma ampla, além de
sentimentos de ineficiência e baixa realização pessoal, como explicitado por Vieira, I. (2010):
Trata-se de uma condição crônica (SHIROM, 2003), determinada principalmente
por fatores da organização do trabalho, tais como sobrecarga, falta de autonomia e
de suporte social para a realização das tarefas (MASLACH; SCHAUFELI; LEITER,
2001; SCHAUFELI; ENZMANN, 1998). A chamada reestruturação produtiva e as
demissões em massa também são apontadas como fatores de risco (KALIMO,
2000)
De forma cotidiana a síndrome de burnout vem tomando espaço no âmbito
organizacional, demandando uma maior atenção para os seus colaboradores e exigindo maior
atenção para a alta rotatividade que algumas especialidades tem apresentado, principalmente
os profissionais que, de certa forma, demandam cuidados e, por conseguinte, maior atenção ao
outro. Exemplo atestado pelos profissionais da área da saúde que apresentam altos níveis de
rotatividade na área de atuação.
Paiva et al. (2013), Tucker e Loughlin (2006) e Difiori et al. (2014), afirmam que
jovens trabalhadores são mais suscetíveis a situações de pressão ou estresse no trabalho. Em
seu trabalho Análise descritiva das dimensões do burnout: um estudo com jovens
trabalhadores Azevedo de Souza, M.B.C ; Helal, D.H e Martins de Paiva, K.C (2019) tecem
um esclarecimento quanto ao postulado pelos autores acima citados:
Os referidos autores explicitam que isso se dá devido aos jovens, geralmente, não
terem experiência no mercado de trabalho e não desenvolverem papéis de agentes
em suas atividades, sendo assim, frequentemente vítimas de circunstâncias
opressoras e violentas no trabalho. Constanzi (2009) e Paiva (2014) apontam ainda,
que, normalmente, os jovens entram no mercado de trabalho por meio de trabalhos
informais, com baixos salários e em atividades consideradas de baixo status social,
mesmo com formação educacional elevada. Bendassolli e Soboll (2011), por sua
vez, consideram que os jovens podem ser caracterizados dentro das populações mais
suscetíveis a vivenciarem estresse crônico ou doenças como burnout, que pertencem
ao grupo de patologias nexo-causais com o trabalho (patologias relacionadas à
própria atividade; patologias associadas à solidão ou ao sentimento de
indeterminação no trabalho; patologias associadas aos maus-tratos e à violência no
trabalho ou patologias de performance, consideradas como consequências dos
possíveis conflitos provenientes da entrada de sujeitos sem experiência no mercado
de trabalho).
6
1.1 PERGUNTA
1.2 HIPOTESE
2 OBJETIVOS
Validar emoções como stress, sentir-se sob pressão; enfatizar a importância de gerir a própria saúde mental e
bem-estar psicossocial, para além da saúde física.
Usar estratégias de coping úteis, como garantir descanso suficiente durante o trabalho ou entre turnos, ter uma
alimentação saudável, praticar atividade física e manter contacto com a família e amigos; uso de estratégias
que se demonstraram benéficas no passado em momentos de stress.
Evitar estratégias de coping prejudiciais, como o uso de tabaco, álcool ou outras substâncias.
Manter o contacto com familiares e amigos (e.g., através de meios digitais) e apoiar-se em colegas e outras
pessoas de confiança que estejam a passar por situações semelhantes.
Fonte: Mangas, Fernandes e Cardoso (2022, p. 228)
2.1 GERAL
para se caracterizar como SB deve ser constatado a ligação com o desgaste causado pelo
trabalho, porém, a depressão assim como a ansiedade, transtornos de humor, alterações
orgânicas como disfunção hormonal ou alterações metabólicas podem ser considerados como
um fator de risco para o acometimento da SB - O burnout é considerado como uma patologia
do trabalho pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) (BRASIL, 2016).
Alguns dos seus principais sintomas são: fadiga, distúrbio do sono, dores musculares,
cefaleia, irritabilidade, agressividade, incapacidade de relaxar, falta de atenção, alterações de
memória, lentidão, isolamento, onipotência, perda de interesse pelo trabalho ou lazer, ironia,
absenteísmo, entre outros. Como evidenciado por Carvalho; Magalhães (2011) APUD
Azevedo de Souza, M.B.C ; Helal, D.H e Martins de Paiva, K.C (2019) o prognóstico está
ligado a características pessoais e de trabalho como idade, sexo, nível educacional, tipo de
ocupação, tempo, instituição, turno, relacionamento e assédio.
O ambiente organizacional é o que apresenta a maior porcentagem em relação ao risco
para o adoecimento que enquadra a SB, o excesso de atividades, escassez de materiais para o
uso laboral, o ambiente competitivo e de pouca confiabilidade, geram o desgaste físico e
emocional do indivíduo.
Essa classe também mostrou que o sexo feminino apresentou maiores sintomas de
transtorno mental. As mulheres apresentaram níveis de burnout, estresse pós-
traumático, ansiedade e depressão maiores que os homens. Elas são mais suscetíveis
ao desenvolvimento do burnout por uma série de fatores que podem ocorrer de
forma individual ou simultaneamente: dupla jornada de trabalho, divididas entre
profissional, materno e doméstico; remuneração; relação com pacientes e familiares;
contato com a enfermidade; morte; falta de reconhecimento profissional; poucos
recursos humanos para prestar um serviço de forma adequada que resulta na
sobrecarga de trabalho; assim como a falta de autonomia no trabalho para tomar
decisões. (Soares et al, 2022, p.395)
2.2 ESPECIFICO
mulheres, deve-se estar atento aos sinais e sintomas que são apresentados ao decorrer da
evolução da SB, tais como:
Fase do aviso: os primeiros sinais são de natureza emocional como ansiedade,
depressão, tédio, apatia, fadiga emocional. Podem levar até um ano para aparecer e
pequenas mudanças na rotina da pessoa podem reverter os sintomas. Fase dos
sintomas moderados: se ignorados os sintomas da primeira fase se agravam e trazem
consigo outros sintomas físicos como: distúrbios do sono, dores de cabeça,
resfriados, problemas estomacais, dores musculares, fadiga física e emocional,
irritabilidade, isolamento e depressão. Fase da consolidação: e por fim,
experenciam-se sintomas como fadiga emocional e física generalizada, abuso de
substâncias como álcool, medicamentos e cigarros, pressão alta, problemas
cardíacos, enxaqueca, alergias sendo a mais comum a de pele, problemas de
relacionamento em ambientes generalizados, redução de apetite, perda de interesse
sexual, ansiedade, choros constantes, depressão e pensamentos rígidos. Neste
estágio torna-se necessário auxílio médico e psicológico urgente e por muitas vezes,
afastamento do local ou mudança de função no trabalho. Síndrome de burnout: As
novas formas de trabalho que adoecem. (Cândido S, Souza L. 2016)
A pressão gerada também está ligada com a expectativa de realização profissional, e
com a necessidade de suprir as demandas apresentadas por cliente/paciente que buscam ajuda
ao tratamento de algum tipo de sofrimento. Componentes como falta de exercício físico,
doenças pré-existentes são fatores que contribuem ao aumento do estresse que
consequentemente pode causar a SB. Como apontado por Merces MC, Gomes AM, Coelho
JM, Servo ML, Marques SC, D’Oliveira Júnior A. (2019, p.471):
As transformações do mundo do trabalho e as atuais condições precárias e também a
exposição crônica a múltiplos fatores deletérios levam ao quadro de estresse
ocupacional e a exacerbação deste, à presença da SB. Por conseguinte, essas
condições concorrerão para a redução da resiliência biológica e, portanto, afetarão a
homeostase, contribuindo para o desenvolvimento da SM.
A SB terá sua prevenção, visto os estudos, derivada da organização, dado o fato de que
ela se enquadra enquanto a provedora de métodos que possam agregar na vida do indivíduo,
com o ambiente de trabalho saudável, com materiais, espaço físico e tempo adequado para
desempenhar o seu trabalho. Por meio de campanhas de reconhecimento profissional,
reciclagem, estímulos pessoais e coletivos para integrar o colaborador a sua equipe.
Outras intervenções incluem a implementação de tarefas que reduzam os níveis de
stress (como a promoção do trabalho em equipa, da tomada de decisão e da
supervisão), melhorias no funcionamento das organizações de saúde, programas
formais de redução do burnout, ações de formação que forneçam informação sobre
práticas de autocuidado em saúde mental, programas de apoio a cônjuges e
dependentes dos profissionais de saúde. (Duarte Mangas, M. ., Pedro Fernandes, C.,
& Cardoso, A. B. 2022, p.228)
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3 METODOLOGIA
Tabela 2
Jorge F. S. O excesso de trabalho A busca pelo topo do poder, a necessidade de ser bem
Gomesa, Patrícia mata ou dá prazer? Uma sucedido na sociedade, poucos são aqueles que
Soaresb exploração dos conseguem estabelecer limites para atingir seus objetivos
antecedentes e profissionais sem realizar exaustivas jornadas de
consequentes do trabalho, fazendo com que a vida pessoal seja deixada de
workaholismo lada e como protagonismo o trabalho toma grande espaço
nas vidas dessas pessoas, que por consequência lidam
com o stress e desgaste emocional com o passar do
tempo.
. Santos, Ana; Profissionais de saúde O desgaste mental e o estresse são fatores decorrentes
Cardoso, Carmen mental: estresse e da grande responsabilidade de profissionais da saúde
estressores ocupacionais mental, o artigo visa o trabalho para prevenir e tratar as
stress e estressores causas do adoecimento por parte do profissional da
ocupacionais em saúde saúde menta.
mental
Cândido S, Souza Síndrome de burnout: as Entre os diversos fatores que geram adoecimento no
L novas formas de trabalho local de trabalho, a síndrome de burnout tem tomado
que adoecem espaço no quesito diagnostico e causas de afastamento
dos indivíduos que lidam diariamente com o estresse
organizacional.
Franco, Márcia; Síndrome De Burnout E Mediante aos novos estudos que possibilitaram
Reis, Karina; Seu Enquadramento Como diagnósticos a síndrome de burnout se tornou um termo
Fialho, Marcelito; Acidente Do Trabalho para identificar um adoecimento mental ocasionado
Oliveira, Ricardo; diretamente no ambiente de trabalho, impossibilitando o
Santos, Haroldo sujeito de realizar suas funções laborais, necessitando de
tratamento e acompanhamento psicológico ou de outras
áreas. Fazendo com que o indivíduo seja afastado do
trabalho.
Nunes, Bruna; Síndrome De Burnout O ambiente de trabalho tem grande importância na vida
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Amaral, Mônica Uma Correlação Com O daqueles que atuam diariamente no local, um ambiente
Ambiente De Trabalho: adoecedor é aquele onde os indivíduos lidam com a
Uma Revisão Da pressão e competição diária, abuso de autoridade, entre
Literatura. outros fatores que podem se tornar fatores prejudiciais
para a saúde mental.
Abreu, Klayne; Estresse ocupacional e Os profissionais da saúde mental lidam diariamente com
Stoll, Ingrid; Síndrome de Burnout no indivíduos sindrômicos, quando mal direcionado os
Ramos Letícia; exercício profissional da esforços do profissional se tornam incapazes de tratar
Baumgardt Rosana; psicologia essas doenças mentais, fazendo com que muitas vezes
Kristensen, esses profissionais adoeçam mentalmente por lidarem
Christian com tal estresse e expectativa de recuperação.
Fonte: O autor (2022).
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
REFERÊNCIAS
GOMES, Jorge F. S.; SOARES, Patrícia. O excesso de trabalho mata ou dá prazer? Uma
exploração dos antecedentes e consequentes do workaholismo: Too much work: a killer or a
pleasure? An empirical investigation of the antecedents and consequences of workaholism.
Psicologia, Lisboa, v. 25, p. 51-72, jun 2011.
PEREIRA, Ricardo; EUSEBIO, Rui. Riscos psicossociais. Uma ameaça no meio militar. O
papel da autoeficácia, qualidade da liderança geral e conflito trabalho-família no
burnout. SOCIOLOGIA ON LINE, Lisboa , n. 27, p. 79-98, dez. 2021 .
SOUSA, Viviane Ferro da Silva e ARAUJO, Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Estresse
Ocupacional e Resiliência Entre Profissionais de Saúde. Psicologia: Ciência e Profissão
[online]. 2015, v. 35, n. 3 [Acessado 20 Novembro 2022] , pp. 900-915.
SOUZA, Marina Batista Chaves Azevedo de ; HELAL, Diogo Henrique; PAIVA, Kely César
Martins de . Análise descritiva das dimensões do burnout: um estudo com jovens
trabalhadores. Cad. Bras.Ter.Ocup, São Carlos, v. 27, p. 817-827, 2019.
ZORZANELLI, Rafaela, Vieira, Isabela e RUSSO, Jane Araujo Diversos nomes para o
cansaço: categorias emergentes e sua relação com o mundo do trabalho. Interface -
Comunicação, Saúde, Educação [online]. 2016, v. 20, n. 56 [Acessado 20 Novembro 2022]
, pp. 77-88.