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Belito Abílio António Luciano

Sobrecarga de tarefas como um desencadeador do desgaste emocional e da


síndrome do esgotamento profissional: estudo em docentes da Universidade
Rovuma.
Projecto de Pesquisa

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Belito Abílio António Luciano

Sobrecarga de tarefas como um desencadeador do desgaste emocional e da


síndrome do esgotamento profissional: estudo em docentes da Universidade
Rovuma.

Projecto de pesquisa de carácter avaliativo, a ser


apresentado na Faculdade de Educação e Psicologia –
FACEP, Nampula, para obtenção do Grau de
Licenciatura em Psicologia Social e das Organizações
com habilitações em Comportamento Organizacional,
4° ano. Sob orientação da docente:

MA. Dezena Vicente

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4

1. PROBLEMATIZAÇÃO ..................................................................................... 5

2. OBJECTIVOS DE PESQUISA .......................................................................... 6

2.1. Geral............................................................................................................... 6

2.2. Específicos...................................................................................................... 6

2.3. Hipóteses ………………………………..……………………………………… 6

3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 6

4. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................... 9

4.1. Sobrecarga de tarefas ...................................................................................... 9

4.1.6. Iniciativas para evitar a sobrecarga de trabalho .......................................... 12

4.2. Desgaste ou exaustão emocional ................................................................... 12

4.2.1. Conceito de exaustão emocional ................................................................ 12

4.3. Síndrome de Burnout .................................................................................... 13

4.3.1. Causas ....................................................................................................... 16

4.3.2. Sintomas ................................................................................................... 17

4.3.3. Tratamento ................................................................................................ 19

4.1.3. Medidas preventivas .................................................................................. 20

5. METODOLOGIA ............................................................................................ 23

5.2. Universo em Estudo e Amostra ..................................................................... 24

5.3. Instrumentos de recolha de dados .................................................................. 24

5.4. Tecnicas de Analise dos Dados ..................................................................... 25

5.5. Validade e Fiabilidade do Estudo .................................................................. 26

5.6. Limites e Limitações da Pesquisa .................................................................. 26

II. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 28


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I. INTRODUÇÃO

A boa execução das tarefas dentro das organizações depende em grande parte da
maneira como elas são geridas e das diferentes componentes que tornam a pratica mais
adequada ao indivíduo, como o domínio da área em actuação, as condições do ambiente
de trabalho, os métodos de trabalho, o clima organizacional.

Os diversos aspectos que constituem a identidade do indivíduo e que se apresenta de


grande significância é o trabalho e suas relações. Alguns autores identificam que um dos
caminhos encontrados pelo homem para satisfação de seus desejos é o trabalho,
elemento essencial em sua qualidade de vida (ALVES, 2013).

Segundo Markus e Lisboa (2015), o trabalho pode ser identificado pelo indivíduo na sua
realização pessoal e no prazer da actividade, duas condições importantes da vida
humana. Actuar na área de identificação profissional abre espaço para o
desenvolvimento psicossocial do homem, conferindo-lhe uma identidade, culminando
com uma grande sensação de prazer.

O desgaste emocional é um estado que merece bastante atenção, cuidado e que não deve
ser subestimado e nem naturalizado. As manifestações incluem sintomas físicos, como
dores de cabeça, alteração no sono, excesso de apetite e queda de cabelos. As alterações
psicológicas vão desde choro fácil, ansiedade, desesperança, dificuldade em
memorização, até reacções de agressividade e impulsividade. Atitudes como
negligenciar as próprias necessidades e não assumir limites podem ocasionar intensos
desgastes emocionais.
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1. PROBLEMATIZAÇÃO

Toda prática laboral é pautada por riscos ambientais e pela possibilidade de surgimento
de diversas doenças, entre elas o desgaste emocional e a síndrome do esgotamento
profissional.

A sobrecarga de tarefas está directamente ligada ao esgotamento emocional e a


insatisfação na realização de uma actividade. Desta feita, percebe-se cada vez mais o
aumento de incidência de patologias relacionadas ao alto nível de exigências do meio
laboral, as quais afectam o físico e o psicológico do profissional, em especial a alguns
docentes da Universidade Rovuma.

O alto nível de exigências propicia maior vulnerabilidade aos profissionais (docentes),


tornando-os mais instáveis na medida em que estes vão exercendo suas actividades
favorecendo assim a incidência da síndrome do esgotamento profissional. Por outra, a
ausência de conhecimento por parte dos docentes permite que os sintomas da síndrome
não sejam percebidos, gerando assim consequências severas no seu local de trabalho,
assim como na sua vida social.

Na Universidade Rovuma, este fenómeno pode ser uma ameaça a saúde física e
psicológica e a carreira de alguns profissionais, em especial aos docentes. Uma vez que
alguns destes apresentam sinais como irritabilidade, dificuldades de concentração,
lapsos de memória, mudanças repentinas de humor, pessimismo e cansaço físico e
mental durante a leccionação. Numa escala de 100%, alguns docentes manifestam estes
sinais de 40% a 55%, isto é, em alguns docentes os sinais tendem a ser mais frequentes
e notáveis nos dias laborais (de Segunda-feira à Sexta-feira) e ocorrem com menos
frequência quando estes leccionam aos sábados. Neste sentido, os sintomas vão
abrangendo à aqueles docentes cuja a tarefa exige envolvimento pessoal, directo e
intenso, devido a esta exigência estes apresentam-se com a falta de motivação e
interesse no desenvolvimento de suas actividades percebendo-se assim mudanças
repentinas de comportamento.

Devido o aparecimento frequente destes sinais que nos remetem ao desgaste emocional
em alguns docentes da Universidade Rovuma, constitui o seguinte problema de
pesquisa: Como a sobrecarga de tarefas pode influenciar no desgaste emocional e
na síndrome do esgotamento profissional?
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2. OBJECTIVOS DE PESQUISA
2.1. Geral
 Avaliar a predominância do desgaste emocional e da síndrome do esgotamento
profissional e sua relação com a má execução das actividades em docentes da
Universidade Rovuma.
2.2. Específicos
 Descrever o comportamento de docentes resultantes do desgaste emocional e da
síndrome do esgotamento profissional;
 Explicar a predominância do desgaste emocional dos docentes no contexto de
trabalho;
 Verificar o nível de ocupação dos docentes no contexto de trabalho;
 Sugerir estratégias para minimizar a incidência do esgotamento profissional.

2.3. Hipóteses

As hipóteses são as susceptíveis respostas a um problema, elas podem ser refutadas ou


podem servir para a resolução do problema. Lakatos e Marconi (1999:199).

Para este trabalho de pesquisa se tem as seguintes hipótese:

 A sobrecarga de tarefas aumenta o nível de incidência do desgaste emocional e


da síndrome do esgotamento profissional.
 O nível de incidência do desgaste emocional e da síndrome do esgotamento
profissional varia de docente para docente dependendo da carga horária do
trabalho.
 A sobrecarga de tarefas deixa o profissional esgotado e o torna inadequado para
a sua função.

3. JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa surge na medida em que é notável o estado físico-mental de alguns


docentes da Universidade Rovuma e percebe-se que estes na maioria das vezes não se
fazem presentes no seu sector de trabalho com a total disposição, pois apresentam
sintomas ou sinais que nos remetem ao desgaste emocional devido a sua rotina de
trabalho. Pois, é comum, um docente leccionar em todos períodos existentes na
universidade Rovuma (laboral: manha e de tarde) e pós-laboral (de noite), e ainda mais
no ensino à distância (EAD), passando este todo dia a trabalhar, e outra situação
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semelhante a esta, também torna-se comum, um único docente leccionar não só na


universidade Rovuma mas também em outras universidades existentes na Província em
que este se encontra. E como resultado de todo esforço este profissional acaba
desencadeando uma serie de patologias, dentre elas o desgaste emocional e a síndrome
do esgotamento profissional devido a sobrecarga de tarefas.

A nível internacional, os primeiros estudos relacionados ao burnout ou também


denominada síndrome do esgotamento profissional (SEP), iniciaram a partir da década
de 70. O precursor foi médico e psicanalista americano Freudenberger, o qual em suas
experiências profissionais sofreu pelas suas frustrações e dificuldades, o levando a
exaustão física e mental. O estudioso a descreveu como um sentimento crónico de
desânimo, apatia e despersonalização que atinge o trabalhador. E, em 1979, a síndrome
de burnout foi registrada entre professores através de um estudo descritivo envolvendo
este grupo de profissionais.

A nível nacional, os estudos relacionados a síndrome de burnout, foram feitos pelos


professores da Universidade Rovuma Mussa Abacar, Gildo Aliante e Isabel Nahia
(2018), estes relatam mais acerca do stress ocupacional. Onde estes afirmam que a
cronicidade dos factores de estresse nos professores pode desencadear o Burnout. Uma
vez que a compreensão de factores de estresse fornece perspectivas de prevenção e
intervenção específicas para essa população, é necessário o desenho de programas
preventivos de modo a capacitar e treinar os professores na gestão do estresse, o que
pode propiciar a conscientização destes na promoção de hábito de boas práticas de
saúde ao nível fisiológico e psicológico. Portanto, tais programas devem ter como foco
ajudar os professores a desenvolverem mecanismos saudáveis de enfrentamento ao
estresse na sua prática profissional, pois a falta de informação pode favorecer o
agravamento da doença.

Inspirando-se, nesses estudos passados, estamos convictos de que o estudo dessa


temática permitirá que o profissional saiba dos riscos que irá enfrentar na medida em
que este estará inserido a uma rotina exaustiva e intensa.

Para o nível académico esta temática será de extrema importância uma vez que será uma
fonte de obtenção de informações relacionadas ao desgaste emocional e servirá como
uma motivação para o estudante de modo a desenvolver pesquisas relacionadas a, áreas
de psicologia assim como em outras diversas áreas.
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A nível científico, será de grande valia na medida em que, estudo desta temática vai
despertando atenção de estudantes dinamizando assim esta área de maneira a
proporcionar mais inovações, conteúdos e novidades científicas relacionadas ao
desgaste emocional devido a sobrecarga de tarefas.

E para a sociedade este estudo será relevante pois ira contribuir para a melhoria da
sociedade, compreensão do mundo laboral em que o individuo esta inserido, contribuirá
também para a emancipação do homem no ambiente laboral.

Neste sentido, há necessidade de conceber um estudo que permita perceber as causas da


manifestação da síndrome do esgotamento profissional e as consequências geradas
devido a sobrecarga de tarefas. É nessa perspectiva que se concebe o presente trabalho
de pesquisa cuja implementação se assenta num tema complexo mas de grande
importância para o mundo académico, cientifico e a sociedade em geral.
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4. REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo, são arrolados os conceitos de sobrecarga de tarefas, desgaste emocional


e a sindrome do esgotamento profissiona, sob perspectiva de vários autores, as causas,
factores, sinais e sintomas e consequências. Também, são inclusos alguns estudos feitos
ao nível internacional e nacional com enfoque ao desgaste emocional e da sindrome do
esgotamento profissional.

4.1. Sobrecarga de tarefas

A actividade do trabalhador, na tentativa de responder as exigências dos


sistemas de trabalho, é traduzida por uma carga de trabalho. Carga de trabalho é a
presença, numa determinada situação de trabalho, de tensões constantes entre a
existência do processo e a capacidade de resposta do trabalhador as tensões biológicas e
psicológicas (FRUTUOSO e CRUZ, 2005).

4.1.1. Conceito de Sobrecarga de tarefas ou de trabalho

Em geral, a sobrecarga de trabalho pode ser definida como o excesso de serviço sobre
os colaboradores, considerando questões como longas jornadas laborais, grandes
demandas para serem executadas em curtos prazos, entre outras situações que
sobrecarreguem nossa condição biopsicológica. (PEREZ, 2013)

De forma simplificada, a sobrecarga de trabalho pode ser definida em duas


dimensões: física e mental. A física está relacionada com as posturas, gestos e
deslocamento dos indivíduos. Já a dimensão mental, está conecta aos aspectos
subjectivos, como: sentimentos, afectos, emoções, cognições (FRUTUOSO e CRUZ,
2005).

No que se refere a demanda psicológica exigida pelo trabalho, existe o


trabalhar sob pressão de executar as tarefas, sejam elas exigidas pelo supervisor ou
chefia, ou mesmo em relação ao tempo. O excesso desta demanda gera sobrecarga
(DANTAS, 2014).

A sobrecarga de trabalho está directamente ligada ao esgotamento emocional


e insatisfação na realização da actividade. E ainda, está directamente ligada a
qualidade de vida no trabalho, e significativamente em dois pontos: Satisfação
laboral e conflito trabalho – família (PEREZ, 2013).
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Tanto em trabalhos braçais quanto intelectuais, a sobrecarga pode ter efeitos


gravíssimos para a saúde física e mental dos colaboradores. Além disso, é correcto
afirmar que não apenas os profissionais são prejudicados em razão de trabalho
excessivo. A empresa, por sua vez, também acaba colhendo resultados amargos,
prejudicando, inclusive, sua reputação. Afinal, o colaborador é o principal activo de
qualquer organização. Se ele não estiver bem, afectará todo o processo.

4.1.2. Causas da sobrecarga de trabalho

Segundo FRUTUOSO e CRUZ (2005), as causas da sobrecarga de trabalho podem ser:

 Longas jornadas de trabalho em muitas organizações.


 Desorganização: podemos citar a desorganização como um dos principais

factores. Isso porque uma empresa desorganizada sempre se complica para


cumprir seus compromissos e acaba por sobrecarregar os funcionários,
precisando que eles estendam suas cargas horárias para dar conta das demandas.
 Equipes enxutas: Outra razão para o excesso de trabalho é o fato de equipes
pequenas serem responsáveis por uma grande quantidade de projectos. Ou seja,
as horas formais de serviço nunca são suficientes para atender às demandas.
Com o tempo, o cansaço vai se acumulando e gerando prejuízos ao corpo, à
mente, às relações interpessoais, à satisfação dos colaboradores e, por
consequência, aos resultados da empresa.
 Metas exageradas: Não nos esqueçamos, ainda, das metas praticamente
inatingíveis que algumas empresas colocam sobre seus profissionais. Elas
requerem, de igual modo, longas jornadas de trabalho e um esforço descomunal
para alcançar os objectivos propostos, gerando um desgaste muito grande nos
colaboradores e um estresse altamente prejudicial.

4.1.3. Sinais de sobrecarga de trabalho e Identificação dos Sintomas Físicos

Um levantamento feito pelo Isma (International Stress Management), em 2013, mostra


que 88% dos trabalhadores entrevistados declararam ser ansiosos, 83% disseram estar
angustiados e 74% se declararam preocupados no momento da entrevista. Esses
desconfortos, para 69% desses profissionais, estão relacionados ao trabalho.

Nessa perspectiva, alguns sinais da sobrecarga de trabalho são:


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 Dores aleatórias no corpo em razão das longas jornadas de trabalho, seja por
movimentos repetitivos, seja por posições estáticas;
 Ansiedade em excesso em virtude dos prazos e das cobranças e que, se não
tratada, pode se tornar em transtorno e prejudicar a saúde mental e a qualidade
de vida do colaborador;
 Alterações no sono, acordar cansado e com dores de cabeça são outros indícios
de sobrecarga de trabalho.

Assim como nos sintomas emocionais, o Engenheiro de Segurança do Trabalho deve


estabelecer uma relação próxima com sua equipe para que os funcionários tenham a
liberdade de apresentar suas queixas físicas, as quais não precisam ser expostas,
necessariamente, em uma conversa formal, mas também durante bate-papos
descontraídos e momentos de maior interacção.

4.1.4. Riscos da sobrecarga de trabalho

Todos esses sintomas indicam para a sobrecarga de trabalho, podem trazer riscos para a
saúde dos colaboradores e afectar, negativamente, os resultados da empesa. Por isso, é
preciso agir para evitar o excesso de serviço a fim de melhorar a qualidade de vida dos
profissionais e o clima organizacional como um todo.

4.1.5. Medidas preventivas

Com o objectivo de prevenir a síndrome de burnout, algumas medidas podem ser


indicadas pelo gestor para implementação na sua organização:

 Proporcionar condições de trabalho atractivas e gratificantes;


 Implementar programas de socialização visando melhorar o clima
organizacional;
 Investir no aperfeiçoamento profissional;
 Reconhecer a necessidade de educação permanente;
 Implantação de sistemas de avaliação que concedam aos funcionários um papel
activo e de participação nas decisões laborais;
 Dar suporte social as equipes e;
 Fomentar suas decisões.
 Modificar os métodos de prestação de cuidados;
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 Aplicar testes para verificação do estado físico e emocional do funcionário


como, por exemplo, o Maslach Burnout Inventory (MBI).

4.1.6. Iniciativas para evitar a sobrecarga de trabalho

Diante de todos esses factores, está mais do que clara a importância em investir em
acções que previnam a sobrecarga de trabalho e melhorem o ambiente organizacional.
Assim, todos são beneficiados, tanto os colaboradores quanto a empresa.

Para tanto, vale a pena pensar em estratégias para enfrentar as causas que resultam em
trabalho excessivo. Trouxemos algumas ideias para ajudar:

 Delegue melhor as funções;


 Invista na organização da empresa;
 Promova treinamentos;
 Realize palestras e eventos internos;
 Incentive a realização de exercícios físicos;
 Organize os objectivos;
 Defina as prioridades;
 Crie cronogramas;
 Estabeleça metas racionais;
 Invista em optimização e em tecnologia;
 Crie bons planejamentos;
 Pense em alternativas como o home office na empresa.

4.2. Desgaste ou exaustão emocional


4.2.1. Conceito de exaustão emocional

A exaustão emocional é definida como uma resposta ao estresse ocupacional crónico,


caracterizada por sentimentos de desgaste físico e emocional. O indivíduo sente que está
sendo super exigido e reduzido nos seus recursos emocionais (Maslach & Jackson
1986).

Para Cordes & Dougherty (1993) e Zohar (1997), a exaustão emocional é,


primordialmente, uma resposta às demandas dos estressores que os empregados devem
enfrentar, tais como a sobrecarga de trabalho, os contactos interpessoais, o papel
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conflituoso e os altos níveis de expectativas do indivíduo com relação a si próprio e a


sua organização. A exaustão emocional reflecte, portanto, os efeitos de demandas
organizacionais e individuais (Cordes & Dougherty, 1993).

A exaustão emocional pode comprometer a saúde mental e física dos trabalhadores e


deteriorar a qualidade de vida no trabalho e o funcionamento da organização.

Diversos estudos têm abordado a relação entre a exaustão emocional e variáveis da


organização e do trabalho.

Na sua meta-análise dos correlatos das três dimensões do burnout, Lee e Asforth
(1996), por exemplo, examinaram 61 pesquisas. Os resultados revelaram correlações
altas e moderadas entre a exaustão emocional e variáveis organizacionais e do trabalho.
Por um lado, a exaustão emocional correlacionou-se positivamente com o papel
conflituoso, a sobrecarga, a pressão no trabalho e o estresse ocupacional. Por outro lado,
correlacionou-se negativamente com o suporte social proveniente de fontes externas ao
ambiente laboral (cônjuge, amigos, parentes), o suporte do supervisor, as expectativas
não atingidas pelo trabalhador e a inovação e a participação no trabalho.

4.3.Síndrome de Burnout

Origem etnológica e conceito

Conforme FERRARI (2014), O termo burnout tem origem na língua inglesa, a partir da
união de dois termos: burn e out, que respectivamente significam queimar e fora. A
união dos termos é melhor traduzida por algo como “ser consumido pelo fogo”.

A partir da década de 80, autores como Maslach e Jackson (1981) apud Codo; Vasques-
Menezes (2014), passaram a usar esse termo para designar a síndrome como uma
reacção à tensão emocional crónica gerada a partir do contacto directo e excessivo com
outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou com
problemas. Cuidar exige tensão emocional constante, atenção perene; grandes
responsabilidades espreitam o profissional a cada gesto no trabalho. O trabalhador se
envolve afectivamente com os seus clientes, se desgasta e, num extremo, desiste, não
aguenta mais, entra em burnout. A síndrome é entendida como um conceito
multidimensional que envolve três componentes:
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 Exaustão Emocional – situação em que os trabalhadores sentem que não podem


dar mais de si mesmos a nível afectivo. Percebem esgotada a energia e os
recursos emocionais próprios, devido ao contacto diário com os problemas.
 Despersonalização – desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de
cinismo às pessoas destinatárias do trabalho (usuários / clientes) –
endurecimento afectivo, ‘coisificação’ da relação.
 Falta de envolvimento pessoal no trabalho – tendência de uma ‘evolução
negativa’ no trabalho, afectando a habilidade para realização do trabalho e o
atendimento, ou contacto com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a
organização.

A definição ainda não é um conceito fechado, mas pode ser considerado como um
estado de exaustão emocional, mental e físico causado pelo estresse excessivo e
prolongado, ligado ao trabalho (Ferrari, 2014 & Helpguide, 2014).

Ela ocorre quando a pessoa se sente sobrecarregada e incapaz de atender às demandas


constantes. Como o stress continua, começa a perder o interesse ou a motivação que o
levou a assumir um determinado papel, de forma que as coisas já não o importam mais e
qualquer esforço lhe parece ser inútil. O desgaste emocional danifica os aspectos físicos
e emocionais da pessoa. (Einstein, 2009)

Caracterizada por ser o ponto máximo do stress profissional, pode ser encontrada em
qualquer profissão, mas em especial nos trabalhos que exijam envolvimento
interpessoal directo e intenso em que há impacto na vida de outras pessoas. Afecta
principalmente, profissionais da área de serviços “educação, saúde, assistência social,
recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que
enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno” (Einstein,
2014).

Conforme Conheça (2014), Outras características que podem incentivar a síndrome são:
idealismo elevado, excesso de dedicação, alta motivação, perfeccionismo, rigidez.

Em um momento inicial, a principal característica é a dedicação extrema à actividade


profissional, identificada muitas vezes por horas extras em excesso. Para isso,
negligencia-se a vida pessoal, reduzindo o convívio familiar e o interesse em possíveis
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hobbies ou outras actividades prazerosas, até passar a uma dedicação quase exclusiva ao
trabalho (Einstein, 2013).

A correria do dia-a-dia, as relações entre chefes e subordinados, a sobrecarga de tarefas


e a pressão institucional compõem uma rotina extenuante. Com o isolamento social, a
exaustão tende a se intensificar e o quadro piora. “Nesse momento, a pessoa percebe
que tem algo errado, já que não consegue mais se organizar, fica mais intolerante e
perde a empatia com os outros. Nada a atrai. No trabalho, sente-se exaurida e não tem
válvula de escape”, relata Ana Merzel.

Kernkraut, psicóloga coordenadora do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria


do Einstein. “O que começa com a exigência de uma grande dedicação vai culminar em
falta de interesse, perda de sentido e desligamento emocional do trabalho. E isso se
estende também à vida pessoal”, completa a Dra. Mara Fernandes Maranhão, psiquiatra
do Einstein (Einstein, 2013).

A síndrome, como grande parte das condições psíquicas relacionadas ao trabalho, não
se instala repentinamente. Ela aparece de forma silenciosa e pode progredir por vários
anos consecutivos, passando de um mal-estar geral para um forte sentimento de
exaustão. Em geral, os primeiros a observarem as alterações no indivíduo são os
familiares, que chamam a atenção para certa mudança de comportamento (Einstein,
2013).

Pessoas que já têm histórico de depressão ou ansiedade são mais vulneráveis, assim
como, aquelas que tem o trabalho como a principal fonte de bem-estar, realização e
auto-estima (Einstein, 2013).

Alguns autores afirmam que a denominação deve levar em conta a questão da exaustão
emocional, outros autores afirmam que essa síndrome é uma resposta inadequada do
sujeito diante de uma situação de estresse crónico (Ferrari, 2014).

O profissional tem direito a afastar-se do trabalho assim que for diagnosticada a


síndrome. É preciso que as empresas se conscientizem da urgência de reavaliar a cultura
de exigir dos funcionários metas, às vezes, impossíveis para um ser humano (Conheça,
2014).
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4.3.1. Causas

As causas da síndrome de burnout compreendem um quadro multidimensional de


factores individuais e ambientais, que estão ligadas a uma percepção de desvalorização
profissional. O trabalho, que deveria ser uma fonte de alegria e realização, torna-se,
cada vez mais, um factor de stress. Isso significa que não se pode reduzir a causa a
factores individuais como a personalidade ou algum tipo de propensão genética, apesar
destas também influenciarem na incidência da síndrome. O ambiente de trabalho e as
condições de realização podem também determinar o adoecimento ou não do sujeito
(Ferrari, 2014).

Problemas de relacionamento com colegas, clientes e chefes, a falta de cooperação entre


funcionários, de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e também de autonomia
são grandes causadores do nível máximo de stress. Fortes candidatos são aqueles
conhecidos como workaholics, que se identificam bastante com o trabalho, vivem para
ele e têm níveis de exigência muito altos (Einstein, 2009).

Com base na afirmação anterior, as pessoas mais propensas ao desenvolvimento do


burnout, são aquelas que possuem como características pessoais o perfeccionismo, viver
sempre na “via expressa”, e a síndrome do super-humano. Cada uma está associada ao
desempenho máximo de alguma maneira e é fácil se deparar com algumas delas, pois a
maioria das empresas e muitas famílias premiam e incentivam estes comportamentos. A
curto prazo todos eles podem gerar o desempenho máximo, mas a longo prazo são
armadilhas para o esgotamento (Lau, 1997, p. 133).

Segundo Hoffmann (1998) apud LIPP (2005), A idade do indivíduo também é um


factor que pode influenciar no aumento da probabilidade de incidência da síndrome,
deve-se levar em conta que a idade possibilita reacções diferentes aos eventos
estressores da vida.

Com relação ao sexo, homens e mulheres não só diferem em características biológicas,


mas também na variedade de papéis que desempenham socialmente. Assim, a
interacção entre os papéis sociais e os eventos negativos da vida podem produzir
resultados diferentes nas respostas de stress (Lipp, 2005).

Kenney (2000) apud LIPP (2005), comparou estressores, traços de personalidade e


problemas de saúde por faixa etária em mulheres, concluindo que as mulheres jovens
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(18 a 29 anos) e de meia-idade (30 a 45 anos) eram as mais estressadas em razão das
demandas nas diversas actuações como esposa, mãe, responsável por pais idosos,
trabalhadora e sem suporte físico e emocional de seu parceiro, com essas dificuldades
do trabalho e familiares contribuindo para seus problemas de saúde.

Já a ocupação não demonstra interferir como causa, se o indivíduo é executivo, se é o


patrão, o dono do capital, sua cabeça vira um computador que trabalha dia e noite,
buscando maior eficiência na empresa, menos custos, mais lucro. Se, pelo contrário, é
empregado, nunca está satisfeito com o que ganha, acha que está sendo explorado, não
se sente livre porque tem sempre que fazer as coisas como são programadas por outros,
é obrigado a fazer horas extras para ganhar mais um pouco, leva trabalho para casa,
vende férias, entre outros (TELES, 1993, p. 59).

Desta forma, qualquer pessoa que se sinta sobrecarregada e desvalorizada está em risco
de esgotamento, do trabalhador de escritório ao trabalhador que não tenha tido um
período de férias ou um aumento de salário ou, até mesmo, a dona-de-casa, exausta
lutando com a pesada responsabilidade de cuidar dos filhos e do trabalho doméstico
(HELPGUIDE.ORG, 2014).

São raríssimas as pessoas que trabalham naquilo que gostam, sentem alegria no que
fazem e não se deixam dominar pela compulsão do trabalho. Existe muita gente que,
desejando fugir de uma série de coisas, inclusive de seus conflitos inconscientes e de
sua ansiedade, trabalha num ritmo acelerado, numa verdadeira compulsão. O que se faz
no tempo livre e a forma de encarar o mundo pode ter um grande papel na ocorrência da
síndrome (HELPGUIDE.ORG, 2014).

4.3.2. Sintomas

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, existem aproximadamente 130


sintomas da síndrome de burnout. De um modo geral, o sintoma típico da síndrome é a
sensação de esgotamento físico e emocional que se reflecte em atitudes negativas, como
ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor,
irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão,
pessimismo, baixa auto-estima. Além destes, a falta de energia, entusiasmo, motivação,
ideias, alegria, satisfação, interesse, sonhos, concentração e autoconfiança
complementam o quadro. (VARELLA, 2014)
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Cada um apresenta os seus próprios sintomas, mas deve-se destacar:

 Indisposição para agradar ou ser agradado;


 Desejo de alguma coisa que não se sabe o que é;
 Atitudes negativas em relação à vida e a si próprio;
 Sensação de que dará muito trabalho e gastará muita energia para fazer aquilo
que antes parecia ser divertido;
 Sensação de estar preso em uma esteira rolante;
 Sensação de estar sempre carregando uma cruz;
 Excesso de coisas para fazer e pouco tempo para se dedicar a elas.

A mentalidade de vítima é um sintoma clássico de esgotamento, além da síndrome do


“eu não quero”: “eu não quero ir para o trabalho”, “não consigo pensar em nada
divertido”, “não quero fazer minhas tarefas ou ver amigos” (LAU, 1997, p. 131).

As manifestações físicas associadas a síndrome são: dor de cabeça, enxaqueca, cansaço,


sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insónia, crises de asma, distúrbios
gastrointestinais. Em mulheres, as alterações no ciclo menstrual são um sintoma físico
importante (FERRARI, 2014).

Com relação aos sintomas denominados disfuncionais, destaca-se pelo menos três deles:

 Sexualidade, o indivíduo perde o interesse pelo sexo ou se sente insatisfeito por


mais que experimente;
 Apetite, a pessoa perde o interesse pela comida ou sente a necessidade de ingerir
muitas calorias, principalmente o que engorda e é pouco nutritivo. Novamente a
pessoa come sem se sentir satisfeita e; (LAU, 1997, p. 130);
 Sono, o indivíduo não consegue dormir ou dorme demais, usando o sono como
uma fuga da vida pela qual perdeu o interesse. A pessoa acorda cansada e
inquieta.

Essa soma de mal-estares pode levar ao alcoolismo, ao uso de drogas e até mesmo ao
suicídio. No dia-a-dia, a pessoa fica ainda arredia, passa a ser irónica, cínica e a
produtividade cai. Muitas vezes, o profissional acredita que a melhor opção seja tirar
férias; entretanto, quando volta, descansado, retoma a postura anterior. Há casos de
pessoas que saíram de férias, descansaram e estavam bem, mas, ao voltar ao trabalho,
apresentaram os sintomas novamente (Einstein, 2009).
19

Um segundo efeito secundário do esgotamento é o controle pouco saudável. Quando o


indivíduo se recusa a assumir a responsabilidade pelo próprio comportamento, fica
exausto e perde a paciência; explode e acha justificativas para estabelecer limites
punitivos para os outros.

É crucial perceber que o esgotamento não é uma coisa que acontece apenas uma vez na
vida. Ele pode tomar conta do indivíduo várias vezes. Se aprendermos a reconhecer os
sintomas, é possível controlá-los antes que faça grandes danos e recuperar rapidamente
o equilíbrio (LAU, 1997, p. 132).

4.3.3. Tratamento

Para um tratamento eficaz, é importante ressaltar a relevância de um diagnóstico


realizado de maneira competente, para que não se cometam erros, como a confusão
entre burnout e depressão, bastante comum nos estágios iniciais, pela similaridade de
sintomas. O ideal é procurar um especialista no tema e fazer exames psicológicos.
(Ferrari, 2014)

Para sua detecção, deve-se fazer um exame minucioso e analisar se os problemas


enfrentados estão relacionados ao ambiente de trabalho ou à profissão. É necessário
avaliar se é o ambiente profissional que causa o stress ou se são as atitudes da própria
pessoa que passam a ser o estopim (Einstein, 2009).

Assim como a grande maioria dos casos de adoecimento psicológico com


consequências de somatização (são os problemas de saúde que ocorrem devido a causas
mentais e emocionais), o tratamento da síndrome de burnout deve compreender uma
estratégia multidisciplinar: farmacológico, psicoterapêutico e médico (FERRARI,
2014).

Com relação ao uso de medicamentos, o tratamento normalmente associa-se a


antidepressivos e ansiolíticos. Os mais utilizados são os anti-depressivos, que tendem a
diminuir a sensação de inferioridade e de incapacidade, que são os principais sintomas
manifestados pelos portadores da síndrome de burnout (FRAZÃO, 2014).

A psicoterapia é determinante, pois o terapeuta ajuda o paciente a ultrapassar as crises,


através da orientação do indivíduo e de sua família, potencializa os efeitos do uso de
medicamentos através da ressignificação e da retomada dos sentidos da história de vida
20

do sujeito. As terapias podem ser em grupos, incluindo aulas de dança e teatro que
proporcionam ao indivíduo a troca de experiências, o autoconhecimento, maior
segurança e o convívio social. Além desses, o acompanhamento médico e a alteração de
hábitos são dimensões importantes, como actividade física regular e exercícios de
relaxamento, os quais também ajudam a controlar os sintomas (VARELLA, 2014).

Para Helpguide.org (2014), o processo de tratamento do burnout pode ser resumido de


acordo com a abordagem “Três R”:

 Reconhecer: prestar atenção aos sinais de alerta da síndrome;


 Reverter: desfazer o dano por meio do gerenciamento dos sintomas e busca de
apoio;
 Resiliência: construção da capacidade de resistência ao stress por meio do
cuidado da saúde física e emocional.
4.1.3. Medidas preventivas

As medidas preventivas relacionadas ao burnout, assim como o tratamento, precisam


ser abordadas como problemas colectivos e organizacionais e não como um problema
individual. Desta forma, podem ser categorizadas em três grupos principais: estratégias
individuais, estratégias grupais e estratégias organizacionais (BARRETO, 2008).

As estratégias individuais, de modo geral, referem-se à formação em resolução de


problemas, assertividade, e gestão do tempo de maneira eficaz, formação e capacitação
profissional, ou seja, tornar-se sempre competente no trabalho, estabelecer parâmetros,
objectivos, participar de programas de combate ao stress:

 Não usar a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e
não desfrutar momentos de descontracção e lazer. Mudanças no estilo de vida
podem ser a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
 Conscientizar-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as
crises de ansiedade e depressão não são um bom remédio para resolver o
problema;
 Avaliar quanto as condições de trabalho estão interferindo na qualidade de vida
e prejudicando a saúde física e mental. Avaliar também a possibilidade de
propor nova dinâmica para as actividades diárias e objectivos profissionais;
21

 Começar o dia com um ritual de relaxamento, ao invés de saltar da cama assim


que acordar, passar pelo menos quinze minutos meditando, escrevendo em um
diário, fazendo alongamentos suaves, ou ler algo inspirador;
 Adoptar uma alimentação saudável e hábitos de sono, quando o indivíduo come
direito e descansa bastante, se tem a energia e resiliência para lidar com
dificuldades e exigências da vida;
 Estabelecer limites, não sobrecarregar-se. Aprender a dizer "não" lembrando que
dizer "não" permite que a pessoa diga "sim" para as coisas que realmente quer
fazer;
 Fazer uma pausa diária de tecnologia. Definir uma hora todos os dias para se
desligar completamente. Deixar de lado o computador portátil, desligar o
telefone e interromper a verificação de e-mail;
 Alimentar o lado criativo. Criatividade é um poderoso antídoto para burnout.
Experimentar algo novo, iniciar um projecto divertido, ou retomar um
passatempo favorito. Escolher as actividades que nada têm a ver com o trabalho;
 Aprender a gerir o stress. Quando se está a caminho do burnout, a pessoa pode
se sentir impotente. Aprender a gerir o stress pode ajudar a recuperar o
equilíbrio;
 Tomar posições proactivas ao invés de uma abordagem passiva para problemas
no local de trabalho. A pessoa se sente menos impotente, caso a mesma afirme-
se e expresse suas necessidades. Caso o indivíduo não tenha a autoridade ou
recursos para resolver o problema, deve-se conversar com um superior;
 Esclarecer a descrição do trabalho. Perguntar ao chefe a descrição actualizada de
deveres e responsabilidades do cargo. Apontar as funções exercidas que não
estão de acordo com a descrição do trabalho;
 Caso o aparecimento da síndrome pareça inevitável, deve-se fazer uma ruptura
completa do trabalho. Sair de férias ou utilizar os dias de afastamento para
recarrega as baterias e ter perspectiva.

As estratégias grupais consistem em buscar o apoio grupal juntamente com os colegas


e supervisores. Deste modo, os indivíduos melhoram as suas capacidades, obtêm novas
informações e apoio emocional ou outro tipo de ajuda (ALENCAR et al., 2013).

Já as organizacionais, são de extrema importância pois o problema está no contexto


laboral, compreendem relacionar as estratégias individuais e grupais para que estas
22

sejam eficazes no contexto organizacional. Melhorar o clima organizacional, através de


programas de socialização para prevenir o choque com a realidade e implantação de
sistemas de avaliação que concedam aos profissionais um papel activo e de participação
nas decisões laborais. Proporcionar condições de trabalho atractivas e gratificantes,
modificar os métodos de prestação de cuidados, reconhecer a necessidade de educação
permanente e investir no aperfeiçoamento profissional (por exemplo, formação em
assertividade), dar suporte social às equipes e fomentar a sua participação nas decisões,
entre outros (ALENCAR et al., 2013).

Entretanto, Phillips (1984) apud BARRETO (2008) assevera que a primeira medida
para evitar a síndrome de burnout é conhecer suas manifestações.

Sensação de estar acabado ou síndrome do esgotamento profissional é uma


resposta prolongada a estressores e interpessoais crónico do trabalho. O
trabalhador desgasta-se e em um dado momento desiste, perde energia ou se
“queima” completamente.
23

5. METODOLOGIA

Segundo BRUYNE (1991), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos em


sua génese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma “metrologia” ou
tecnologia da medida dos factos científicos. A metodologia deve ajudar a explicar não
apenas os produtos da investigação científica, mas principalmente seu próprio processo,
pois suas exigências não são da submissão estrita a procedimentos rígidos, mas antes da
fecundidade na produção dos resultados.

5.1. Tipos de Pesquisa


 Quanto a abordagem

Para este estudo elegemos a pesquisa de natureza quantitativa pois permite a


análise de dados por meio de técnicas matemáticas; prevê a ocorrência dos fenómenos e
permite o empregue de questões fechadas (respondidas em escala de Likert), o que
facilita agrupar para cada questão as respostas dos entrevistados e com a quantidade de
respostas a definição de espaço amostral e amostra (Pereira, 2018).
O método estatístico (abordagem quantitativa) escolhido para esta pesquisa terá
o papel de fazer descrição quantitativa sobre a sobrecarga de tarefas como um
desencadeador do desgaste emocional e da sindrome do esgotamento profissional em
docentes da UniRovuma e permitirá estabelecer a relação das variáveis
sociodemográficas e laborais. Este método permitirá verificar o nível de ocorrência do
desgaste emocional e da sindrome do esgotamento profissional em docentes da
UniRovuma. As vantagens deste método se fundamentam nos processos estatísticos,
pois estes, permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar
se essas verificações simplificadas têm relações entre si (Lakatos &Marconi, 2003).
Este método permitirá avaliar as potenciais fontes do desgaste emocional e da síndrome
do esgotamento profissional no exercício da actividade laboral de docentes da
UniRovuma.

 Quanto aos objectivos

Para este estudo, será feita uma pesquisa descritiva, pois ela tenderá a descrever as
características da população ou fenómeno, e visará o estabelecimento de relações entre
variáveis (Prodanov & Freitas, 2013). A razão da eleição deste típo de pesquisa
descritiva é fundamentalmente a necessidade de relacionar as variáveis
24

sociodemográficas e laborais com a ocorrência do desgaste emocional e da sindrome do


esgotamento profissional nesta população alvo da pesquisa.

 Quanto aos procedimentos

Em relação aos procedimentos técnicos, far-se-á uma pesquisa de campo; pois ela, é
usada com o objectivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema para o qual procurou-se uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira
comprovar, ou ainda, descobrir novos fenómenos ou as relações entre eles Prodanov e
Freitas (2013). Tornou-se ainda uma pesquisa de campo por necessitar a realização de
uma pesquisa bibliográfica brevia sobre o tema em questão antes de começar com a
pesquisa e a verificação do nível do estágio do problema, facto possível mediante a
releitura dos trabalhos feitos apartir dos estudos realizados em diferentes paises.

5.2. Universo em Estudo e Amostra


Este estudo centrar-se-á ao nível da estrutura mais ínfima envolvendo profissionais,
docentes da Universidade Rovuma em Nampula. Ira se usar como amostra da pesquisa
150 docentes da universidade Rovuma. A amostragem nessa pesquisa será estratificada,
pois os sujeitos da mesma pertenceram a cursos diferentes obedecendo uma escolha
intencional.

Amostra da População em Estudo (Docentes)


Idade (i) Género Anos de Faculdades
M F experiência
i ≤ 30 30 50 De 2 a 5 anos Ciências Nat., Matemática e
Estatística
i ≤ 40 10 20 De 5 a 15 anos Educação e Psicologia
i > 40 15 25 De 15 a 30 anos Letras e Ciências Sociais
Total 55 95

Total: 150

5.3. Instrumentos de recolha de dados


A pesquisa será operacionalizada através da aplicação do questionário de dados
sociodemográficos, laborais e o Questionário de Sobrecarga de tarefas como
desencadeador do desgaste emocional e da síndrome do esgotamento profissional. O
questionário de dados sociodemográficos será concebido para obter informações das
25

variáveis do tipo: idade, género, anos de experiência. Igualmente, será administrado o


Questionário preconizado pelo HSE, Health Safety Executive – Indicator Tool (HSE-
IT). O HSE-IT pretende avaliar as consequências geradas a partir da sobrecarga de
tarefas.
O questionário será composto por itens, que serão distribuídos por sete
dimensões, sendo respondidos numa escala tipo “likert” de cinco pontos (0=Nunca;
1=Raramente; 2=Às vezes; 3=Frequentemente; 4=Sempre): i) demandas; ii) controle;
iii) apoio da chefia; iv) apoio dos colegas; v) relacionamentos; e vi) cargos; vii)
comunicação e mudanças (Edwards et al, 2004).

Optou-se por este instrumento, pelo simples facto deste ser um instrumento de fácil
aplicação, de baixo custo e com boas propriedades psicométricas, tem um potencial
prático relevante, à medida que disponibiliza aos pesquisadores um instrumento e um
método para o diagnóstico dos factores psicossociais desencadeantes do desgaste
emocional e síndrome do esgotamento profissional nos trabalhadores no interior das
organizações. Nesse sentido, o método do HSE-IT, ao propor uma avaliação quanti-
qualitativa, amplia a possibilidade de identificar com maior amplitude as situações reais
de sobrecarga na respectiva organização pesqu1isada.

5.4. Técnicas de análise de Dados


Os dados serão analisados com auxilio do pacote estatístico Statistical Package for
Social Sciences(SPSS). Este instrumento de análise permite o processamento dos dados
através da geração dos resultados mediante o cálculo matemático, representação dos
dados em gráficos ou tabelas e permite ainda a interpretação dos dados mediante a
descrição das variáveis e o estabelecimento da relação das variáveis entre si. O SPSS é
uma ferramenta para análise de dados utilizando técnicas estatísticas básicas e
avançadas (Mundstock; Fachel, Camey; Agranonik, 2006). Para provar as correlações
existentes entre as dimensões e variáveis em estudo, serão feitas as operações
matemáticas básicas como o cálculo da moda, média, desvio padrão, que permitirão a
representação dos dados em tabelas com frequências absolutas e relativas; e operações
matemáticas avançadas como o cálculo de escores de cada dimensão, análise factorial,
cálculo da confiabilidade do coeficiente alpha do Cronbach das seis dimensões e alpha
geral do instrumento.
26

5.5. Validade e Fiabilidade do Estudo


De forma a garantir a fiabilidade das informações a obter, seguiu-se, com rigor todas as
recomendações relativas as fases a contemplar nos processos de concepção, validação
e/ou administração dos instrumentos que são utilizados.

No sentido de confiar os factos e conferir-lhes maior qualidade e valor, recorreu-se a


diferentes tipos de triangulação de dados. Pretende-se triangular dados provenientes de
diversos métodos, de diferentes informadores e até de momentos distintos. Para garantir
a fiabilidade do estudo, na análise do conteúdo, explicar-se-á pormenorizadamente os
critérios utilizados e tentar-se-á aplica-los com rigor e de forma igual ao longo de todo
trabalho.

Também vai se debruçar na análise pormenorizada das categorias e unidades de análise


utilizadas em estudos recentes no âmbito da mesma temática, de modo a que se possa
adoptar e permitir a garantia da fiabilidade dos resultados.

No que diz respeito a validade do estudo, esta será garantida na medida em que a
descrição dos dados decorreu da problemática em estudo e, respeitando todas as etapas
do processo de análise, tentou-se reproduzir fielmente a realidade dos factos.

5.6. Limites e Limitações da Pesquisa


Qualquer pesquisa cientifica apresenta limites e limitações. A presente pesquisa apesar
de pairar sobre ela horizontes de contribuições no campo teórico-prático para os estudos
sobre a síndrome do esgotamento profissional, não foge à regra. Sendo assim, seguem-
se as limitações do mesmo.

Este trabalho irá se limitar ao estudo sobre a sobrecarga de tarefas e sua relação com a
síndrome do esgotamento profissional em docentes da UniRovuma, podendo ser
comparado com outras comunidades do País.

5.7. Procedimentos de Colecta e Cuidados Éticos


A colecta de dados ocorrerá entre meses de Setembro e Outubro de 2022
antecedida pela oficialização junto a UniRovuma. A oficialização formal será feita
através da solicitação da autorização por meio de um requerimento anexado a credencial
emitida pela Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Rovuma datada de 5
de Setembro de 2022. No requerimento serão explicados os objectivos, a metodologia e
relevância da pesquisa, cujo teor será abonatório. Importa informar que a Universidade
27

Rovuma vinculada o presente estudo é recente e foi fundada em 2019. Sendo assim,
ainda não possui um Comité de Ética para Pesquisa. E para efeitos de legalização das
pesquisas, essas são avaliadas e credenciadas pela Direcção Académica das Faculdades
ou Registo Académico dependendo da situação.
Posteriormente, seguir-se-á pela apresentação das Faculdades onde serão
submetidos ao inquérito alguns docentes que estiverem disponíveis.
Feita a apresentação, o pesquisador apresentar-se-á aos diversos docentes,
explicando os objectivos, a metodologia da pesquisa, os benefícios e riscos, e pedirá a
participação livre dos mesmos. Os que aceitarem em participar da pesquisa, serão
entregues primeiro o termo de consentimento livre e esclarecido e posteriormente lhes
serão entregue os questionários dentro de um envelope e receberam as devidas
instruções para o seu preenchimento. Além da participação livre na investigação, serão
cumpridos outros preceitos exigidos nas pesquisas com seres humanos, tais como:
respeito pelo anonimato, sigilo e confidencialidade das informações fornecidas.
28

II. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBERT EINSTEIN. Entenda a síndrome de burnout. 2013. Disponível em:


<http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/entenda-a-sindrome-
deburnout.aspx>. Acesso em: 07 abr. 2022.

ALBERT EINSTEIN. Síndrome de Burnout. 2009. Disponível em:


<http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/sindrome
deburnout.aspx>.

Aliante G, Abacar M. Fontes de Stress Ocupacional em Professores do Ensino Básico e


Médio em Moçambique, Brasil e Portugal: uma revisão sistemática de literatura. Rev.
Internac. em Líng. Portug. 2018; 4 (33): 95-110.

Comissão de Revisão Curricular Central, Normas para Produção e Publicação de


Trabalhos Científicos na Universidade Pedagógica, Maputo, Janeiro de 2009.

CONHEÇA as causas da síndrome de burnout: pessoas que sofrem com a Síndrome de


Burnout consomem mais café, álcool e podem até tentar suicídio. 2014. Disponível em:
<http://www.hagah.com.br/especial/sc/qualidade-de-vida-sc/19,0,3333385,Conheca-
ascausas-da-Sindrome-de-Burnout.html>.

DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho.


Tradução de Ana Isabel Paraguay e Lúcia Leal Ferreira. São Paulo: Cortez, 2012.

FERRARI, Juliana Spinelli. Síndrome de Burnout. 2014. Disponível em:


<http://www.brasilescola.com/psicologia/sindrome-burnout.htm>.

FRAZÃO, Arthur. Síndrome de Burnout. 2014. Disponível em:


<http://www.tuasaude.com/sindrome-de-burnout/>. Acesso em: 02 abr. 2014.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2007.

HELPGUIDE.ORG. Preventing Burnout: signs, symptoms, causes, and coping


strategies. 2014. Disponivel em <http: // www. helpguide. org/mental/burnout _ signs _
symptoms. htm>. Acesso em: 07 jun. 2022.
29

JBEILI, Chafic. A síndrome do esgotamento profissional. 2008. Disponível em:


<http://sosindromes.blogspot.com.br/2008/04/sndrome-do-esgotamento-profissional.
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KOCHE, José CARLOS. Fundamentos de metodologia científica. Teoria da


Ciência e prática da pesquisa. 14. Ed. rev. e ampl. Petrópolis, RJ, Vozes, 1997.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica.


2.ed. rev.ampli. São Paulo, Atlas, 1991.

LIPP, Marilda Emmanuel Novaes (organizadora). Mecanismos neuropsicofisiológicos


do stress: teoria e aplicações clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.

QUIVY, Raymond & CAMPENHOUDT, Luc van. Manual de investigação em


Ciências Sociais. 2.ed.. Lisboa, Gradiva- Publicações Ltd., 1998.

RIBEIRO, Maria Nazareth. Teste 2: MBI -Maslach Burnout Inventory -General Survey.
[20-- ?]. Disponível em: <http://www.nazarethribeiro.com/mbi.pdf>. acesso em 11 jun
2022.
30

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Declaro que fui esclarecido, de forma detalhada, sobre a pesquisa que tem como título
“SOBRECARGA DE TAREFAS COMO UM DESENCADEADOR DO DESGASTE
EMOCIONAL E DA SINDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL: um
modelo teórico - explicativo” bem como da importância de sua realização. Esta pesquisa
possui os objectivos descritos a seguir:

 Avaliar a predominância do desgaste emocional e da síndrome do esgotamento


profissional e sua relação com a ma execução das actividades em docentes da
UniRovuma;
 Descrever o comportamento de docentes resultantes do desgaste emocional e da
síndrome do esgotamento profissional.

A supervisora responsável por esta pesquisa, Mestre Dezena Vicente e o estudante de


Licenciatura Belito Abílio António Luciano (telefone: 848833482 e 870441766;
endereço electrónico: belitoabilio99@gmail.com), vinculado no curso de Licenciatura
em Psicologia Social e das Organizações assumem os seguintes compromissos com
todos os participantes: 

Não há nenhum risco aos participantes da pesquisa, já que os entrevistados serão


submetidos apenas a questionários e testes de resolução simples.

É garantido ao entrevistado, se for da sua vontade, deixar a pesquisa a qualquer


momento e para tal foram fornecidos telefones de contacto.

Prestar esclarecimentos antes e depois da pesquisa.

A identidade dos participantes não será revelada e as informações que forem prestadas
poderão ser utilizadas somente para fins científicos.

_________________________________________ Nome e Assinatura do Participante


da Pesquisa

_________________________________________ Nome do pesquisador: Belito Abílio


António Luciano, Telefone: 848833482 e 870441766
31

Questionário Health Safety Executive – Indicator Tool.

O presente questionário visa recolher dados sobre A Sobrecarga de tarefas como um


desencadeador do desgaste emocional e da síndrome do esgotamento profissional. O
mesmo visa para a obtenção do grau Académico de licenciatura em Psicologia Social e
das Organizações. Por isso, pede-se a sua colaboração para que preencha e responde as
perguntas abaixo.

Dados Sociodemográficos:

Nível académico: __________ Função que exerce (quando aplicável) _____________

Idade__________________ Anos de Experiência ___________________________

Instruções: Em baixo encontra-se uma lista de características que são frequentes em


situações de sobrecarga de tarefas. Por favor, leia cada item cuidadosamente. Indique
quantas vezes experienciou cada característica durante os 15 dias, incluindo hoje,
colocando um círculo no número que melhor lhe corresponde.

0=Nunca; 1=Raramente; 2=As vezes; 3=Frequentemente; 4=Sempre

Itens Avaliação
01 As exigências de trabalho feitas por colegas e supervisores são 0 1 2 3 4
difíceis de combinar.
02 Tenho prazos inatingíveis. 0 1 2 3 4
03 Devo trabalhar muito intensamente. 0 1 2 3 4
04 Eu não faço algumas tarefas porque tenho muita coisa para 0 1 2 3 4
fazer.
05 Não tenho possibilidades de fazer pausas suficientes. 0 1 2 3 4
06 Recebo pressão para trabalhar em outro horário. 0 1 2 3 4
07 Tenho que fazer meu trabalho com muita rapidez. 0 1 2 3 4
08 As pausas temporárias são impossíveis de cumprir. 0 1 2 3 4
09 Posso decidir quando fazer uma pausa. 0 1 2 3 4
10 Consideram a minha opinião sobre a velocidade do meu 0 1 2 3 4
trabalho.
11 Tenho liberdade de escolha de como fazer o meu trabalho. 0 1 2 3 4
12 O meu horário de trabalho pode ser flexível. 0 1 2 3 4
13 Recebo informações e suporte que me ajudam no trabalho que 0 1 2 3 4
faço.
14 Posso confiar no meu chefe quando eu tiver problemas no 0 1 2 3 4
trabalho.
15 Tenho suportado trabalhos emocionalmente exigentes. 0 1 2 3 4
16 Quando o trabalho se torna difícil, posso contar com ajuda dos 0 1 2 3 4
colegas.
17 Sinto que sou perseguido no trabalho. 0 1 2 3 4
18 As relações no trabalho são tensas. 0 1 2 3 4
32

19 Estão claras as minhas tarefas e responsabilidades. 0 1 2 3 4


20 Eu sei como fazer meu trabalho. 0 1 2 3 4
21 O meu trabalho exige mais do que posso dar. 0 1 2 3 4
22 Meu trabalho me faz sentir emocionalmente exausto. 0 1 2 3 4
23 Quando me levanto de manhã sinto cansaço só de pensar que 0 1 2 3 4
tenho que encarar mais um dia de trabalho.
24 Perco paciência com algumas vítimas. 0 1 2 3 4
25 Sinto que a carga emocional do meu trabalho é superior àquela 0 1 2 3 4
que posso suportar.
Adaptado: Health Safety Executive – Indicator Tool (HSE-IT) de Edwards et al, 2004.

Fim

Obrigado pela colaboração!

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