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ASSOCIAÇÃO PARA AJUDAS PSICOSSOCIAIS (AAPS)

PROJECTO MENTE ABERTA

A Associação Para Ajudas Psicossociais (AAPS) pretende ser uma associação humanitária,
não governamental, unipessoal e sem fins lucrativos, vocacionada em acções de carácter solidário
na promoção do bem-estar psicológico e social da comunidade.

O Projecto Mente Aberta surgiu devido à necessidade de introduzir, em Escolas do Ensino


Médio e Universidades, matérias de saúde mental e orientação ao autoconhecimento de habilidades
e capacidades dos alunos e estudantes face ao processo de escolha de cursos para formação técnica
ou universitária, e também na carreira profissional. Este projecto tem como objectivo promover a
saúde mental de adolescentes e jovens, assim como, incentivar e auxiliar na prática do
autoconhecimento – entender a ti mesmo – sobre os seus interesses, aptidões, habilidades e
capacidades face a tomada de decisão nas escolhas de cursos técnicos e universitários, ou ainda,
carreira profissional.

A Associação Para Ajudas Psicossociais (AAPS) através do Projecto Mente Aberta, foi
projectada, numa primeira fase, para actuar nas seguintes áreas:

1. Educação
a. Escolas de Ensino Médio e Pré-universitário

A educação é uma das principais bases da sociedade. A escola constitui-se como um dos
espaços sociais e psicopedagógicos de direito do indivíduo, que fortalece a educação. É nesta
instituição que o indivíduo aprende a arte da democracia e a se prevenir de comportamentos
desviantes, atitudes não aceitas pela sociedade ou que são fora dos conformes. Contudo, é na escola
que se aprende a desenvolver capacidades do indivíduo de modo a permitir-lhe viver e trabalhar
com dignidade, participar plenamente na melhoria de qualidade de vida, tomar decisões
fundamentais e prosseguir a sua aprendizagem ao longo da vida.

A finalidade da escola é adequar as necessidades individuais ao meio social, por esta razão
deve se organizar de forma a retratar, o quanto possível, a vida. Não obstante, o Projecto Mente
Aberta propõe-se a trabalhar, junto das escolas, os seguintes pontos:
✓ Orientação vocacional e profissional dos alunos

Grupo-alvo: Alunos da 10a e 12a classes de ambos gêneros

A orientação vocacional pode ser entendida como o processo de ajudar uma pessoa a
desenvolver e aceitar uma imagem adequada de si mesmo/a e a transformar essa imagem numa
realidade, retirando daí, satisfação para si e para a sociedade.

A partir do projecto Mente Aberta, os alunos terão a oportunidade de receber orientação


em relação à escolha de cursos técnicos e universitários, assim como, carreira profissional que se
adequem com os seus interesses, aptidões, habilidades e capacidades. Isto é, estimular ao aluno, a
prática do autoconhecimento – o saber o que se quer seguir, os seus contras e prós ou, o que se
assemelha a ele – na tomada de decisão face a escolha de grupos ou categorias de ensino, cursos
técnicos ou universitários e carreira profissional.

✓ Combater o consumo de drogas nas escolas

Grupo-alvo: Alunos adolescentes e jovens de todas as classes do Ensino Médio Pré-universitário

Actualmente, vivemos em uma sociedade onde os adolescentes tendem a adoptar, com


facilidade, hábitos de conduta que não são saudáveis (fumar, consumir álcool ou drogas lícitas e
ilícitas, entre outras) que são geralmente classificados como aliados ao sedentarismo precoce, e
contribuem para o risco a saúde da juventude.

O projecto Mente Aberta visa desencorajar o uso e consumo de drogas em adolescentes e


jovens através de palestras e de conversas abertas, de maneira a fazer entender que o uso e consumo
de drogas nestas fases têm maiores chances de criar, no indivíduo, comportamentos desviantes, e
ainda, quando em consumido em excesso, interfere no desenvolvimento normal do corpo humano,
prejudicando a saúde e acelera o envelhecimento.

✓ Combater e desencorajar o bullying nas escolas

Grupo-alvo: Alunos adolescentes e jovens de todas classes nos diferentes níveis de ensino

O bullying constitui um conjunto de comportamentos agressivos que ocorrem entre


crianças, adolescentes e jovens dentro do espaço escolar. Esses comportamentos são, muitas vezes,
constituídos por ofensas verbais, ameaças, humilhações, podendo chegar a agressões físicas.
Todo e qualquer tipo de bullying, inclusive o escolar, envolve desequilíbrio de poder entre
as pessoas envolvida. É caracterizado pela repetição ao longo do tempo, transmitido por atitudes
agressivas que podem causar danos físicos e psicológicos às suas vítimas.

Neste sentido, de modo a combater este meio no seio das escolas, o projecto Mente Aberta
pretende:

1. Promover campanhas de conscientização e desenvolver políticas que visam a


capacitação de equipas pedagógicas e de professores para lidar com este problema;
2. Orientar crianças e jovens a dar apoio emocional a quem sofre bullying;
3. Acompanhamento individualizado à vítima de bullying;
4. Manter os canais de comunicação abertos; e
5. Trabalhar na questão do respeito às diferenças individuais.

✓ Incentivar ao não abandono escolar


O abandono escolar é um fenómeno complexo, dinâmico e multifacetado, que resulta de
uma combinação de factores sociais, económicos, educativos e familiares, muitas vezes associado
a desvantagens socioeconómicas. Contudo, ressalta-se que os adolescentes e jovens abandonam a
escola precocemente por diversas razões, que são muito específicas a cada um. Alguns abandonam
porque têm problemas pessoais, outros devido a dificuldade de saúde ou emocionais, alguns pela
insatisfação com a sua escolaridade – em casos de baixo aproveitamento pedagógico, inadaptação
de métodos de ensino e aprendizagem, assim como, relações tóxicas com colegas e professores –
que cria um clima negativo ao ambiente escolar.

Maioritariamente, os alunos que abandonam precocemente a escola são indivíduos que se


encontram susceptíveis de provir de contextos socialmente desfavorecidos (com agregados
familiares em situação de desemprego, famílias monoparentais ou agregados que estejam a passar
por situações de tensão); e de grupos mais vulneráveis (crianças portadoras de deficiência e que
têm necessidades educativas específicas ou com mães adolescentes); ou ainda, oriundos de uma
minoria ou da imigração por diversos motivos.

Logo, neste sentido, existe a necessidade de se fazer uma intervenção do psicólogo para
compreender “os porquês” do abandono escolar de modo a prevenir e desencorajar esse fenómeno.
Em geral, estas serão as actividades a serem implementadas em escolas, que servirão tanto
de apoio psicológico quanto social.

b. Universidades

Grupo-alvo: Estudantes do 1o, 3o e 4o anos de todos os cursos

O ingresso no ensino superior apresenta desafios, daí a importância de se oferecer


programas que promovam a saúde mental do universitário, assim como, na preparação para a
realidade profissional e para os desafios de carreira.

A transição do ensino médio para o ensino superior é complexo e pode envolver


importantes desafios para aqueles que iniciam a via universitária, além de exigir do estudante
inúmeras habilidades para lidar com tais desafios e ser bem-sucedido no ambiente. A vivência na
adaptação académica pode ser considerada como preditora do sucesso e da satisfação no
desenvolvimento de carreira.

Em geral, a adaptação do aluno que passa a ser estudante universitário se estabelece em


quatro pilares, a destacar, adaptação com tarefas complexas da academia (novos ritmos e
estratégias de aprendizagem, sistema de ensino e avaliação que, quando não adaptadas, contribuem
para a retenção e a desistências), social (padrões de relacionamento novos, e ampliação da rede
social), pessoal (estabelecimento de um forte sentido de identidade), e vocacional – com a
definição de metas de carreira.

Portanto, torna-se importante compreender as principais dificuldades vivenciadas pelos


estudantes durante esse período, no exercício do seu papel social, de académico universitário,
sobretudo para prevenir de situações que contribuem para o adoecimento do estudante ou à
insatisfação com o ensino. Trata-se comum, ainda, o uso de drogas lícitas e ilícitas entre a
população estudantil universitária, como forma de enfrentar os desafios vivenciados no ensino
superior. Assim sendo, é necessário a criação de programas de intervenção que ofereçam suporte
a esta população, mediante serviços de atendimento ou aconselhamento psicológico voltados para
a saúde mental, assim como, para o desenvolvimento de habilidades especificas requeridos na vida
profissional e pessoal do académico através.
O atendimento às necessidades psicológicas de estudantes universitários por meio de
propostas ou programas de intervenção ainda são escassos. Por esta razão, o projecto Mente
Aberta, pretende apoiar a comunidade académica da seguinte maneira:

✓ Realizar intervenções psicológicas individuais e em grupo com a população universitária;


✓ Oferecer espaço de partilha e comunicação sobre questões da vida académica ao jovem
ingressante à universidade;
✓ Auxiliar aos estudantes na construção de planos de carreira articulados com a avaliação
de oportunidades no mercado de trabalho e das habilidades pessoais;
✓ Auxiliar o estudante no desenvolvimento de estratégias para enfrentar dificuldades na vida
académica;
✓ Contribuir para o desenvolvimento de habilidades e competências que permitam ao
estudante atender às exigências da vida académica e de carreira (actividades de estudo);
✓ Reorientar o estudante em caso de mudança de curso;
✓ Contribuir para a redução de índices de desistências e retenção associados a questões
psicossociais.

Em geral, estas serão as actividades a serem implementadas nas universidades, que servirão
tanto de apoio psicológico quanto social, com incentivo a melhoria da saúde mental do estudante
universitário, assim como, na reorientação no processo de tomada de decisão face às trocas de
cursos que se assemelhem às suas qualificações específicas.

Condições Necessárias Para a Implementação do Projecto Mente Aberta

O projecto Mente Aberta tem o intuito de suscitar no indivíduo, de que ter a capacidade de
conhecer a si mesmo, os seus interesses, suas habilidades, aptidões e capacidades, enfim, os seus
valores enquanto ser social, este indivíduo tem muitas chances de dar o seu melhor para o sustento
de sua saúde mental, física e social de uma maneira mais assertiva. Entretanto, para que o projecto
comece a implementar as actividades acima descritas, necessitam:

1. Capacitação de seus membros em metodologias e técnicas de aconselhamento psicológico


e (re)orientação profissional.

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