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Licenciatura em Psicologia
Introdução às Ciências Sociais e Humanas
Docente: Rodrigo Vieira de Assis
BURNOUT E O TRABALHO
Introdução ............................................................................................................................. 3
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Alienação do Trabalhador
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Síndrome de Burnout
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Como a síndrome de Burnout tem muitas implicações na saúde mental e qualidade de
vida dos indivíduos e, em alguns casos, chega a colocar em risco a vida dos mesmos, no ano
de 2000, a Organização Mundial de Saúde decidiu declarar esta síndrome como um “fator de
risco ocupacional” (Guedes. 2020, p.12). A síndrome ainda não consta no Manual de
Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-5) mas, por exemplo, na Suécia já
é considerado como um diagnóstico justificativo de baixa médica e, em 1997, passou
oficialmente a pertencer à Classificação Internacional Estatística de Doenças e Problemas de
Saúde Relacionados (CID-10) com o código Z73.0, tornando-se rapidamente o diagnóstico
com maior crescimento na população pertencente ao setor público. (Guedes, 2020, p. 13).
Sintomas
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Diagnóstico, Tratamento e Prevenção
Influência no Trabalho
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que afeta a vida de diferentes formas. São muitas vezes associados a quadros de depressão
e ansiedade, dificultando por vezes o seu correto diagnóstico.
Existem três características principais que caracterizam uma pessoa que está
desenvolvendo a Síndrome de Burnout e que devemos estar atentos:
Fadiga: sensação de que a pessoa está ultrapassando os limites e não tem mais
recursos físicos e nem mentais para lidar com conflitos e situações do trabalho;
Ineficácia: sentimento de incompetência, em que a pessoa se sente desqualificada,
sem reconhecimento e improdutiva;
Ceticismo: postura negativa perante dificuldades e falta de interesse e preocupação
para com o trabalho.
Em casos de empresas que possuam um ambiente favorável a manifestação da
síndrome e que não atuem de forma a prevenir o surgimento com políticas de qualidade de
vida e de saúde mental e emocional, estão propícias a sofrer algumas consequências como
as relacionadas abaixo.
Baixa produtividade
Dificuldades em reter/contratar
Ninguém quer trabalhar numa empresa que grande parte dos funcionários sofre de
esgotamento físico e mental. É muito importante que as empresas se preocupem com
“employer branding”, ou seja, com a marca empregadora, é um dos fatores que mais contribui
para uma excelente captação de novos talentos.
A síndrome do Burnout afeta negativamente o recrutamento e pode acabar por afastar
grandes profissionais que querem trabalhar num ambiente de trabalho saudável e equilibrado.
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de insatisfação que estão a prejudicar os colaboradores. Um deles pode ser a síndrome de
burnout, por exemplo.
Um ambiente que exige uma carga horária excessiva e faz os seus colaboradores
trabalharem sob extrema pressão pode acabar por provocar um clima organizacional péssimo.
Desta forma, todos os colaboradores sentem-se mal e têm a perceção má sobre aquela
empresa, o que não contribui em nada para a produtividade e motivação.
Presenteísmo
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Considerações Finais
Apesar da Síndrome de Burnout ter ganhado destaque nos últimos anos, com a
revisão da literatura podemos perceber que há poucos estudos voltados para entender os
impactos e implicações que o fenómeno causa na esfera social e, também, os possíveis fatos
sociais que impactam para o desenvolvimento da síndrome nos indivíduos. Os estudos e
teorias até então desenvolvidas são voltados para a individualidade e para os fatores
subjetivos da pessoa que apresenta o transtorno, sempre apresentando as causas pessoais
que levaram ao desenvolvimento e apresentando formas de tratamento e prevenção voltados
para a mudança comportamental da pessoa.
Por ser um fenômeno de grande complexidade, as investigações não podem e nem
devem restringir-se a esfera individual, precisam ampliar-se para estudar quais características
do ambiente organizacional, como por exemplo os valores praticados e as políticas de
avaliações de desempenho e de promoção da saúde e qualidade de vida, que favorecem o
desenvolvimento, para que as propostas de prevenção sejam mais assertivas e aplicadas de
forma coletiva nas organizações.
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Referências Bibliográficas
Celidorio, E. S., Tarifa, G., Oliveira, J. F., Souza, M. P. O., Bunn, N. A. S. & Brandão, R. S.
(2021). Síndrome de Burnout [Trabalho de Conclusão de Curso Técnico em Farmácia, Etec
Deputado Salim Sedeh]. http://ric.cps.sp.gov.br/handle/123456789/8749
Oliveira, H. C., Gurguel, F. F., Costa, M. E. M., El-Aouar, W. A. (2014) Saúde Mental x
Síndrome de Burnout: reflexões teóricas. Revista Eletrônica do Mestrado em Administração,
6 (2), 53-66. https://repositorio.unp.br/index.php/raunp/article/view/756
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