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Isso tem nome: ‘demência do preocupado’ | Ciência | EL PAÍS Brasil 08/09/16 15:20
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Cada vez mais esquecido? Isso tem nome: ‘demência do preocupado’ | Ciência | EL PAÍS Brasil 08/09/16 15:20
Se você não entende porque a sua produtividade é cada vez menor apesar de seu
esforço ser maior a cada dia, pode ser que sofra dessa demência, com outros
sintomas como falta de concentração e um sentimento de indecisão perpétua.
"Estar sempre alerta é desgastante, e a sensação de que constantemente há algo
nos escapando nos causa fastio. Combater passa por frear o ritmo e perguntar
ao que queremos dedicar o dia. Só a partir desse momento começamos a
eliminar todas aqueles acréscimos que não precisamos em nossa vida;
selecionar entre as atividades e tomar decisões faz com que tudo se torne um
pouco mais claro", aconselha García.
Avalie o seu caso concreto. "Todo mundo tem diferentes ritmos e formas de lidar
com a sua rotina. Alguns preferem acordar cedo e outros trabalhar à noite; há
pessoas que gostam de intercalar tarefas para evitar o tédio e outras se sentem
mais confortáveis se concentrando em uma tarefa só até o fim", continua:
"Normalmente, se ignora questões como a família, as doenças e as pessoas que
temos sob nossa responsabilidade, mas são variáveis que têm um grande peso
na maneira em que configuramos nossa vida". Se a nossa situação pessoal nos
faz sentir sobrecarregados, García recomenda que se procure ajuda em outras
pessoas e a criar em nosso entorno redes de apoio que nos poupem algum
trabalho.
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Cada vez mais esquecido? Isso tem nome: ‘demência do preocupado’ | Ciência | EL PAÍS Brasil 08/09/16 15:20
Para ajudar a reduzir esse ritmo de trabalho e evitar a dita demência, algumas
empresas decidiram implantar jornadas de seis horas de trabalho, que permitem
a seus funcionários desfrutar de mais tempo de lazer. Um bom exemplo disso
são as instalações da Toyota na cidade de Gotemburgo (Suécia). Seus
funcionários estão há 13 anos saindo duas horas antes do restante da Europa. A
implementação dessa medida resultou em um número menor de faltas e uma
produtividade maior.
E mais: nada disso funciona se você ficar grudado na celular quando sair do
trabalho. "Precisamos voltar a nos conectar com nós mesmos, começar a ouvir o
nosso corpo e levar em conta as nossas preocupações e tudo o que nos faz feliz",
conclui Isabel García. De fato não há nada que te motive mais do que passar a
próxima hora preso às redes sociais? Pois é.
As mulheres são as mais afetadas por esse sistema de valores. "É crucial que
aquelas que estão sobrecarregadas possam delegar as suas obrigações para
outras pessoas. Só assim poderão dedicar tempo a quem são realmente",
recomenda a psicóloga. Ainda assim, nem sempre é fácil. "A primeira coisa é
entender que está no seu direito de fazer isso; normalmente a culpa tem muito
peso sobre elas, e isso as impede de pensar exclusivamente em si mesmas", diz a
terapeuta.
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