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O surgimento da Pecuária no Estado de Rondônia

O crescimento populacional de Rondônia teve um grande impulso com o


“Ciclo Agrícola” que consolidou sua vocação como Estado produtor da
Amazônia e entreposto comercial da Região Norte do país. As marcas
características desse ciclo são a presença maciça de investimentos federais
nos projetos de colonização e a intensificação do fluxo migratório. O efeito
imediato deste último fator foi à rápida formação de aglomerados urbanos e a
ocupação efetiva do Estado ao longo da BR-364, de forma acelerada e
desordenada, o que tornou impraticável a ação do governo no que se refere ao
controle ou antecipação de medidas necessárias, como infra-estrutura de
saúde, educação e transporte, para atender a esse grande contingente. Este
processo provocou no Estado a quebra da estrutura espacial existente e que
até então estava condicionada aos ciclos extrativos, concentrando a economia
nos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim. A partir do Ciclo Agrícola essa
hierarquia foi alterada e o eixo de importância econômica do Estado deslocou
se para os municípios situados ao longo da BR-364. O resultado do processo
de deslocamento populacional em direção a Rondônia pode ser visualizado nos
números que dão conta da sua evolução a partir de 1980, sobretudo nesta
década, em que houve um crescimento anual de 7,9% ao ano, o que
comparado com o verificado para o Brasil (1,97% ao ano) e com a própria
Região Norte (3,9% ao ano), pode ser considerado explosivo. Com base no
Relatório sobre Desenvolvimento Humano total do PNUD/IPEA de 1996, com
referência aos dados dos Indicadores Municipais 1995/1996 da SEPLAN,
estimava-se uma densidade de 5,62 hab./Km² distribuída por 52 municípios,
refletindo a construção e consolidação de conglomerados urbanos no Estado.
Este relatório aponta como último dado, datado de 1991, um crescimento
urbano em Rondônia no período de 1980/1991 de 10,1%, substancialmente
superior ao observado para a Região Norte (6,3%) e para o Brasil (3%). A
população total do Estado de Rondônia, para o final de 1998, foi estimada em
1.300.000 habitantes, o que denota diminuição do fluxo migratório. Cumpre
destacar também que esta população é predominantemente jovem conforme
dados do IBGE sobre a contagem da população em 1996, que tem 81,2% de
seus habitantes com menos de 40 anos, tem neste aspecto um grande
potencial empreendedor. Cerca de 40% da população rondoniense está
sediada na área rural, representando maior potencial para produção de
alimentos e, desta forma, possibilitando a introdução de novas atividades agro-
industriais nos núcleos urbanos, ampliando as oportunidades de geração de
novos empregos.

Considerando a trajetória de criação e crescimento do Estado de


Rondônia pode-se avaliar que a taxa de crescimento populacional e a
emergente necessidade de geração de fontes de subsistência, levou a
população imigrante a optar pela alternativa mais evidente que era abertura de
campo, “quem não desmatava perdia sua terra”, para a agricultura e pecuária,
o que em função das condições de fatores e preços de oportunidade
favoreciam a expansão da criação do gado bovino e conseqüentemente, a
produção leiteira e ainda, a instalação de indústrias processadora do leite.
O potencial agropecuário de Rondônia é favorecido com a vasta
extensão de terras e clima quente, o que leva os detentores de propriedades
rurais a investirem na pecuária, isso leva a maior produção de leite, a qual se
constitui na principal fonte de renda para o pequeno produtor rural,
representando sua subsistência.

O papel da Pecuária na Economia de Rondônia

A economia do estado de Rondônia tem como principais atividades a


agricultura, a pecuária, a indústria alimentícia e o extrativismo vegetal e
mineral. Em 2007, o Produto Interno Bruto (PIB) do estado era de
aproximadamente R$ 15 bilhões, representando 11,2% do PIB da região Norte
e 0,56% do PIB nacional. Já em 2009, o PIB do estado saltou para R$ 20,2
bilhões, representando 12,4% do PIB da região Norte e 0,62% do PIB nacional.
O PIB Per capita do estado é de R$ 13.455,56. A agropecuária representa
23,6%, da composição econômica do Estado de Rondônia.
Atualmente, o estado possui um rebanho bovino de 11.709.614 de
cabeças de gado (8.107.541 com finalidade de corte e 3.622.073 com
finalidade leiteira), sendo o 7º maior do país. Em 2008, Rondônia foi o 5º maior
exportador de carne bovina do país, de acordo com dados da Abrafrigo
(Associação Brasileira de Frigoríficos), superando estados tradicionais, como
Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Além da pecuária
de corte, a pecuária leiteira também se destaca no estado, com uma produção
total em 2007 de cerca de 708 milhões de litros de leite, sendo o maior produtor
da região Norte e 7º maior produtor nacional.

Rondônia é líder em produtividade no setor agropecuário leiteiro


nacional. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), de 2009, o Estado é responsável pela produção
anual de 747 milhões de litros de leite, o que resulta em uma média de 487
litros da bebida por habitante por ano, totalizando 1,4 milhões por ano.

A pecuária bovina de corte e leite vêm se desenvolvendo com grande


rapidez a partir dos anos 80. A criação de suínos, aves, ovino, caprinos e
bubalinos tem crescido, ainda que não nos índices do rebanho bovino
A pecuária foi à atividade do setor primário que mais se expandiu nos
últimos anos no Estado, especialmente a bovina, que hoje se apresenta como
plenamente capaz de satisfazer o consumo interno e ainda oferecer
excedentes exportáveis. A pecuária de corte possui nível tecnológico mais
elevado que a pecuária de leite e tem evoluído mais rapidamente junto com a
expansão das áreas de pastagens, contra uma estagnação, até mesmo
redução de áreas de lavoura.
A pecuária de leite se desenvolveu mais nas áreas de pequenas e
médias propriedades, como fator de agregação de renda aos agricultores
tradicionais e se caracteriza pelo seu baixo nível tecnológico e baixa
produtividade. No entanto, a grande quantidade de leite produzida no estado
tem provocado a expansão da indústria de laticínio.
A avicultura é pouco expressiva e insuficiente para atender à demanda
local, em decorrência da falta de competitividade com a produção originária do
Sul do país, em função da dependência na importação do componente protéico
da ração animal.
A produção de suínos, ovinos e caprinos ainda é atividade pouco
representativa no estado, quer pela falta de estímulo e incentivo, quer pela
baixa demanda de consumo, em função do hábito alimentar da população.
O rebanho bubalino no estado é composto principalmente das raças Jafarabadi e
Mediterrâneo com poucos exemplares da raça Murrah. O rebanho não apresenta aptidão
para produção de leite sendo basicamente explorado para produção de carne. Não existe
disponibilidade de fêmeas para venda em virtude do búfalo ter uma vida reprodutiva muito
longa (em torno de 20 anos) o que faz com que os produtores não comercializem matrizes,
sendo vendido apenas animais para abate.
Anexo

Imagens retiradas do Google imagem


Bibliografia

 http://www.fefa-ro.com.br/ronatural/mais/
palestra_grecelle_ropecuaria.pdf
 www.fiero.org.br/downloads/anexos/
proj_diagnostico_rondonia.pdf
 http://www.idaron.ro.gov.br/portal/
 www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1248265804.pdf
 PT.Wikipedia.org/wiki/Rondônia#Economia
Introdução

Com o grande fluxo migratório para o Estado em sua criação, houve


desmatamento para abrir pastagem e iniciar a habitação do estado, com esses
campos abertos e o clima favorável iniciou-se a agropecuária, onde que a
pecuária teve papel fundamental para a solidificação da economia do estado
tendo como principais agentes o gado de corte e o gado leiteiro, fazendo-se
com que a economia se elevasse em pouco tempo fazendo de Rondônia líder
de corte da região Norte, líder nacional em produtividade de leite, 7º maior
produtor de leite nacional e a 5º maior exportadora de carne do Brasil.
Conclusão

Concluímos que, a pecuária é de extrema importância para o estado de


Rondônia, pois, ela representa 23,6% da economia do estado e ajuda a
estabilizar o setor no país, já que, sua produção é absurdamente expansiva
tendo cada vez mais importância na economia nacional.

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