OS SETORES ECONÔMICOS DE

RONDÔNIA
TARCISO CASSARO
 CICLO DA AGRICULTURA
• Cronologicamente sucede ao ciclo da cassiterita, tendo se
beneficiado dos agregados populacionais de todos os ciclo
anteriores, consolidando Rondônia como estado produtor e
entreposto comercial da região nor-noroeste do país.

• Caracterizou-se por maciços investimentos federais nos

projetos de colonização, e grande intensificação do fluxo
migratório.

• CONSEQUÊNCIAS: Formaram-se rapidamente inúmeros

aglomerados urbanos, e ocuparam-se efetivamente as terras
ao longo da BR-364.
Os projetos de colonização quebraram a estrutura espacial então existente, condicionada aos CICLOS
EXTRATIVISTAS, e de economia concentrada nas cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim.

O eixo de importância do estado deslocou-se para os municípios que iam sendo criados ao longo da
rodovia que é a ESPINHA DORSAL da vida econômica do Estado.
A CONSTRUÇÃO DE UM ESTADO
• A ocupação e colonização
do espaço físico exigiu
maciças derrubadas e
queimadas da floresta
natural.

• O contingente populacional
sofreu INCREMENTO
EXPLOSIVO, a infraestrutura
urbana era deficiente, e a
MALÁRIA tornou-se
comum se não fosse a
gravidade da moléstia.
 PIB de RONDÔNIA
• A composição do PIB de Rondônia é a seguinte:
Agropecuária: 20,4%.
•
Indústria: 14,6%.
•
Serviços: 65%.

• Expansão da fronteira agrícola em Rondônia foi determinante para o desenvolvimento agropecuário.

• Os fluxos migratórios de agricultores se intensificaram a partir da década de 1970, sobretudo das regiões
Sul e Sudeste.

• As terras férteis são propícias para os cultivos de café, cacau, arroz, feijão, milho, soja, mandioca, etc.

• Na pecuária, o estado se destaca por ser grande exportador de carne bovina – principal produto de
exportação de Rondônia (60%).
 AGRICULTURA
• A agricultura representa um fortíssimo seguimento
do setor primário no Estado tendo em vista os
níveis de crescimento (quantidade) e o
desenvolvimento (qualidade), atingidos na última
décadas.

• Considerada uma das últimas fronteiras agrícolas

do país Rondônia recebeu uma grande corrente
migratória de agricultores oriundos do Centro-Sul,
predominantemente, a partir da década de 1970.
 Classificação dos solos de
Rondônia.

QUANTO A POTENCIALIDADE: Boa; regular e área atualmente desaconselháveis à

utilização agrícolas:
QUANTO AS PRINCIPAIS LIMITAÇOES: praticamente sem limitações (boa)
RONDÔNIA – SISTEMAS AGRÍCOLAS
• SISTEMA DE ROÇA OU AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA: os
produtores mudam do local de plantio de culturas tropicais, após o
esgotamento da capacidade produtiva do solo.
 PLANTATION
• Usado para a plantação em grandes extensões – latifúndios.

• Monocultura – soja, cana de açúcar.

• Voltada principalmente voltada para a exportação.

• Exploração de mão de obra barata.

• Favorecido pelo clima (quente) e solo Rondônia é grande

produtor de: feijão, milho, cacau, café, mandioca, banana,
etc.
 RONDÔNIA – NA ROTA DA SOJA.
• Os municípios de Vilhena,
Cerejeiras, Cabixi,
Pimenteiras, Colorado do
Oeste, Corumbiara e
Chupinguaia, localizados no
Sul de Rondônia, formam o
centro de produção e
expansão da soja.

• Essa sub-região é
denominada na linguagem da
imprensa local e dos meios
políticos como Cone-Sul.
Vilhena: centro de produção e expansão de soja
 Lavoura de soja – VILHENA - RO PORTO GRANELEIRO DE PORTO VELHO - RO

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo

com o órgão, a safra 2012/2013 deve ter um aumento de pouco mais
de 16%, com 589 mil toneladas.

A área plantada também é maior, neste ano foi registrado 147,7 mil
hectares, sendo que 25 mil ficam na região de Cerejeiras (RO), distante
800 quilômetros de Porto Velho, próximo a divisa com o Mato Grosso.
Maiores produtores: MG, SP, ES e PR.
Áreas em expansão: BA e Rondônia.

A cafeicultura do Estado de Rondônia está concentrada na produção da espécie Coffea canephora (robusta), estimada
em 98% do volume total de café produzido no Estado.

A possibilidade de crescimento da área cultivada está intimamente relacionada à permissão para novos
desmatamentos, à implantação de novos projetos de colonização, ao comportamento dos preços internacionais de
café e aos impactos de problemas relacionados às invasões de terra, dentre outros fatores.

Em períodos de preços desfavoráveis ao produto, observa-se uma tendência de substituição dos cafezais por
pastagens.
Rondônia, um dos maiores produtores de café .
terça-feira, outubro 23, 2012

• CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento)

anunciou que o estado de Rondônia deverá produzir
1.638,8 mil sacas de café Conilon sendo 14,7% a mais
que o ano passado.

• O Estado ocupa, hoje, o segundo lugar na produção

de café Conilon do país e o quinto no total da
produção cafeeira.

• O município de Cacoal, localizado no Centro-sul de

Rondônia, é o campeão dessa produção.
café Conilon Café Robusta
 Pequeno produtor – Ariquemes-RO

Rondônia é o terceiro maior produtor de cacau do Brasil, com cerca de 7% da safra

nacional. Este ano, a produção foi boa e deve render 18 mil toneladas, 10% mais do que
no ano passado.

A boa safra é resultado, entre outros fatores, do manejo. Os agricultores melhoraram a

forma de controle da principal praga da lavoura, a vassoura de bruxa, e hoje as perdas
não passam de 5%.

Depois de anos de decadência, o cacau ressurge com força em Rondônia, mas neste
novo ciclo ele migrou das grandes fazendas para as pequenas propriedades rurais, o que
tem fortalecido o tradicional modelo de agricultura familiar. O cacau tem ajudado a
diversificar a renda das famílias.
27/05/2013 07h02 - Atualizado em 27/05/2013 14h04
OUTROS PRODUTOS IMPORTANTES DE LAVORAS
TEMPORÁRIAS NO ESTADO DE RONDÔNIA.
• LAVOURAS TEMPORÁRIAS: são produtos que são cultivados anualmente
e têm uma única safra:
• Mandioca

• Milho;

• Arroz;

• Melancia;

• Cana de açúcar;

• Melancia e etc.
PRODUÇÃO AGRÍCOLA PERMANENTES
DO ESTADO DE RONDÔNIA.
• LAVOURA PERMANENTES: são que são plantados em determinadas
épocas, oferecendo várias colheitas em anos consecutivos.
• Urucum;

• Palmito;

• Cacau;

• Café;

• Borracha;

• Banana.
PECUÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA
• A pecuária foi bastante intensificada nos últimos 30 anos,
devido a chegada de muitos sulistas, proporcionada pelo
CICLO DA AGRICULTURA.

• Grandes áreas de florestas foram substituídas por

pastagens plantadas (de 41.006 hectares, em 1970, subiu
para 2.578.700 hectares, em 1996), destinadas a criação de
gado (bovino, equino, bubalino, caprino, etc.), pelos
pecuaristas.

• Nos últimos dez anos, o rebanho praticamente triplicou.

PECUÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA
• O rebanho bovino de Rondônia, segundo dados do IDARON- Instituto
de Defesa Animal de Rondônia ( vacinação de novembro de 2 005), é
de 11,4 milhões de cabeças, ocupando o 8º lugar do ranking brasileiro:

• 1º lugar – Mato Grosso;

• 2º lugar – Mato Grosso do Sul;
• 3º lugar – Minas Gerais;
• 4º lugar – Goiás;
• 5º lugar – Pará;
• 6º lugar - São Paulo;
• 7º lugar – Rio Grande do Sul;
• 8º lugar - Rondônia.

27/07/11 22:45 - AGRONEGÓCIO

PECUÁRIA DO ESTADO DE RONDÔNIA É
DO TIPO EXTENSIVA
• A pecuária de corte de Rondônia
pode ser caracterizada como
extensiva.

• PECUÁRIA EXTENSIVA: aquela que

é desenvolvida em grandes
extensões de terras, com gado
solto, geralmente sem grandes
aplicação de recursos tecnológicos,
investimentos financeiros nem
recursos veterinários importantes.

• Rondônia é o segundo maior

criador de gado bovino da região
Norte.
 EXTRATIVISMO RONDONIENSE
• O Extrativismo abrange um diversificado conjunto de atividades como a
pesca, a extração do látex, a extração de madeira, a extração de essências
de plantas, a coleta de frutos nativos (popunha, açai, buriti, castanha-do-
pará, palmito, etc.).

• Sendo as mais importantes atividades extrativas a MADEIRA E O MINÉRIO.

GARIPAGEM E IMPACTOS AMBIENTAIS

MADEIRA EXTRAÇÃO E POLÊMICAS
EXTRAÇÃO DE MADEIRA NO ESTADO
DE RONDÔNIA.
• A exploração madeireira é realizada em grande escala, visto
que transformou-se em uma atividade altamente lucrativa
devido o valor das madeiras nobres (maracatiara, cedro,
angelim, cerejeira, mogno, etc.).

• A existência de madeireiras é comum em quase todos os

municípios do estado, gerando empregos diretos e indiretos,
mas com grandes passivo AMBIENTAL.

• O impacto ambiental resultante do trabalho das indústrias de

madeiras é NEGATIVO porque não há uma efetiva
preocupação com a retirada das madeiras das florestas.
 RELAÇÃO DOS MADEREIROS E OS
POVOS DA FLORESTA.
• Os madeireiros invadem áreas indígenas e até reservas
biológicas na AMBIÇÃO de extrair madeiras de alta qualidade.

• Estas madeiras são destinadas à fabricação de móveis que

abastecem o mercado local e, em grande parte, são
EXPORTADAS.

• De 1975 e 1990 foram extraídos, em Rondônia, cerca de 3.591

metros cúbicos de toras, de acordo com dados do INSTITUTO
de PESQUISA da AMAZÔNIA (INPA). Neste particular Rondônia
só perde para o Pará.
Vista aérea de floresta amazônica devastada perto de Porto Velho, capital do Estado de Rondônia, uma
das regiões mais afetadas pelo desmatamento. (©Greenpeace/Marizilda Cruppe)
 CICLO DA CASSITERITA
• O subsolo rondoniense é relativamente rico em
minerais metálicos.

• Rondônia já foi o principal produtor de ESTANHO do

país, ficando 2º lugar na classificação dos estados
brasileiros produtores deste mineral .

• Atualmente, a produção de CASSITERITA está

concentrada no município de Ariquemes, no
garimpo BOM FUTURO.
 GARIMPO BOM FUTURO – ARIQUEMES (RO)

A EXPLORAÇÃO deste minério é realizada pela Empresa Brasileira de Estanho S/A – EBESA.
E pelos REQUETEIROS trabalho realizado manualmente feito por pessoas incluindo crianças
que catam o restolho da cassiterita deixado pelas máquinas.
 CICLO DA CASSITERITA
• A medida culminou com a remoção dos garimpeiros para fora de Rondônia, e
privilegiou um reduzido número de empresas de grande porte,
predominantemente multinacionais, o que, ironicamente, encerrou o Ciclo
da Cassiterita, já que deixaram de circular riquezas locais e o resultado
econômico da exploração passou a ser aplicado fora do Território.

• A exploração mecanizada do minério significou o primeiro impulso

industrial no Estado, e Rondônia passou, no final da década de 70, a ser
o maior produtor brasileiro, com 10.000 toneladas de cassiterita,
representando 67,43% da produção nacional.

• O mineral era exportado na forma bruta, sem qualquer beneficiamento

industrial, além de se constituir num setor oligopolizado, o que acarretava
limitação de emprego e de renda para o Território.
 GARIPAGEM DE OURO
• A garimpagem de “ordenada” de ouro, iniciou em 1979,
através da “reserva garimpeira do rio Madeira”, no trecho
compreendido entre as cachoeiras Teotônio e Paredão,
perfazendo uma área de 192 km quadrado.

• Principais reservas que se destacam: Abunã, Araras,

Periquitos.

• Na década de 1990, a produção do ouro declinou, devido

alguns FATORES: alto índice de criminalidade nos
garimpos, falta de uma política de mineração etc.
“Há 900 toneladas de ouro no rio Madeira, o que
seria suficiente para construir cinco hidrelétricas" do
porte das que estão sendo erguidas em Porto Velho.
 EXPLORAÇÃO DE CALCÁRIO NO
MUNICÍPIO DE PIMENTA BUENO
• A usina de calcário atual tem mais de 30 anos de
funcionamento e encontra-se defasada e com
uma capacidade de produção muito reduzida,
com a produtividade de 20 mil toneladas/ano.

• O calcário pode ser utilizado na produção de CAL,

CIMENTO, PEDRA DE CONSTRUÇÃO, MÁRMORE
e CALAGEM dos solos para diminuir a acidez.
Rondônia, implantará a produção de calcário após remodelagem da usina de Pimenta Bueno.
 INDÚSTRIA RONDONIENSE
• As atividades industriais ainda são pouco expressivas no conjunto
GEOECONÔMICO do Estado.

• Os principais tipos de indústrias estão diretamente ligadas ao SETOR

PRIMÁRIO.

• Indústrias de bens de consumo não duráveis: alimentos, vestuários e etc..

• Indústrias de bens de consumo duráveis: móveis, tábuas e etc.

• Agroindústrias predominante em Rondônia estão ligadas à: pecuária

bovina, extração de madeiras, do beneficiamento de alimentos, do
processamento de frutas, do pescado e da extração mineral e etc.
INDÚSTRIA MADEREIRA DO ESTADO
DE RONDÔNIA
• A indústria madeireira desenvolveu-se em função da
abertura da BR-364, aproveitando o retorno dos caminhões.

• As florestas de Rondônia são de extraordinária riqueza,

principalmente em mogno, vinhático e cerejeira.

• Responsável pela criação de grande número de empregos --

na derrubada das árvores e no preparo de tábuas, toras,
caibros, postes e dormentes --, a indústria madeireira é,
também, motivo de preocupação para os ecologistas, em
vista das devastações que tem causado.
Em virtude da falta de manejo adequado dos recursos florestais (extração de
madeiras), que gera a EXPLORAÇÃO PREDATÓRIA. Os produtos das madeiras nobres
são comercializados no âmbito do próprio estado e EXPORTADO.
INDÚSTRIA MADEREIRA DO ESTADO
DE RONDÔNIA
• Para solucionar o problema, o governo demarcou reservas na floresta e
criou incentivos ao reflorestamento.

• As madeireiras do estado passaram também a produzir compensados e

laminados e não só vender a madeira bruta.

• Existem no estado três importantes áreas de preservação ambiental:

• o Parque Nacional dos Pacaás Novos, com uma área de 6.764.000 hectares;

• as Reservas Biológicas do Jaru e Guaporé (947.000 ha);

• e a Floresta Nacional de Rondônia (300.000 ha).

A fiscalização realizada pela SEDAM no estado é intensa o que acarretou no
fechamento de algumas madeireiras em alguns municípios.
A BR 364 (Cuiabá-Porto Velho-Rio Branco) representava 16%
da produção, enquanto as indústrias localizadas na calha do
rio Amazonas.
 INDÚSTRIA MOVELEIRA
• Apesar da concorrência de fábricas.

• A localização geográfica, a falta de aprimoramentos

técnicos de mercado e a competitividade no âmbito
nacional, também, geram dificuldades para esse setor.

• Esse setor da indústria tem buscado soluções como:

parcerias com indústrias do Centro-Sul, através do
SIMPI (Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de
Rondônia).
INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA DO ESTADO DE RONDÔNIA.

• A Indústria de alimentos em Rondônia os demais ramos ocupando o primeiro lugar no

“RANKING”.

• Alguns produtos produzidos e adquiridos em outros estados agora são fabricados aqui e
abastecem o comércio local.

• Ainda muitos produtos ainda são industrializados e importados de outros estados do Centro-Sul.

• DESTAQUES:
• Indústrias de beneficiamento de cereais e grãos.

• Indústrias de laticínios;

• Indústrias de panificação;

• Frigoríficos e matadouros.
 INDÚSTRIA DE LATÍCINIO,
FRIGORÍFICOS E MATADOUROS
• INDÚSTRIA DE LATÍCINIO: Com um índice de aproximadamente 2.1 milhões de litros de leite
ao dia, Rondônia se destaca como o maior produtor da região Norte e Nordeste do Brasil e
o sétimo da produção nacional.

• A falta de políticas públicas e investimento em tecnologia por parte dos produtores, no

entanto, reduzem a possibilidade do Estado avançar no ranking brasileiro.

• Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que nos últimos
dez anos Rondônia dobrou a produtividade diária.

• Em 2000 eram produzidos pouco mais de 1 milhão de litros por dia. Em 2011 os números
subiram para 2.100 milhões de litros.

• Produção maior que os Estados do Amazonas, Acre, Roraima, Amazona, Pará, Tocantins,
Maranhão, Piauí e Ceará juntos.
 INDÚSTRIA LEITEIRA – produção
interna de RO.
• O último levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e
Reg Fundiária (Seagri) realizado em 2010, a cidade de Jaru dispara como a
maior bacia leiteira de Rondônia e da Amazônia com produção de anual de
81,883 milhões de litros.

• Em segundo aparece o município de Ouro Preto do Oeste com 64,465

milhões por ano.

• Em terceiro lugar Governador Jorge Teixeira com aproximadamente 31,474

milhões, ano.

• Fecham o ranking dos cinco primeiros Ji-Paraná com 36 milhões.

• Vale do Anari 35 milhões.