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De
início houve aumento dos crimes capitais, todos sendo punidos com a morte. A
penalidade com a fogueira, antes reservada apenas a crimes políticos excepcionais,
passa a ser empregada contra os incendiários, os sacrílegos, os mágicos, os
parricidas e alguns outros criminosos que agiam contra a majestade. A mutilação e
a tortura se fez presente. Indo para a esfera dos crimes religiosos, apenas a heresia
e a incredulidade eram reprimidos pelo suplício final. Com a igreja, a pena de morte
passou a ser agravada, consistindo na ação de ser queimado vivo ou arrastado
sobre trilhos. No entanto, a instituição religiosa tinha como preferência empregar
penitências e mortificações. Em caso de repressões sangrentas, o culpado era
encaminhado para a justiça secular. Essa situação durou até o século XIV.
Elas começam a fazer a sua aparição na cidade. Contrário ao que diz Schoemann,
parece certo que em Atenas, em alguns casos, o aprisionamento era limitado a título
de pena especial. Demóstenes diz expressamente que os tribunais têm o poder de
punir com a prisão ou qualquer outra pena. Platão, em seu livro As leis, ele esboça
uma cidade ideal em que o aprisionamento é a principal forma de repressão.
Entretanto, essa ação ficou pouco desenvolvida em Atenas. Da mesma forma em
Roma.
Somente nas sociedades cristãs que a prisão teve todo o seu desenvolvimento. No
início da sua aplicação não passava de um meio de vigilância, mas ao passar dos
anos converteu-se como uma verdadeira pena. O máximo era a detenção perpétua
e solitária em uma cela que emparedavam.
A partir daí a prática passou para o direito laico. No século XVIII os criminalistas
reconhecem a prisão tendo caráter de pena, em casos definidos de quando era
perpétua, quando substituía por comutação a pena de morte. No direito penal de
1791 ela se tornou a base do sistema repressivo, em conjunto com a pena de morte
e a gargalheira. Todavia a prisão não era considerada penalidade suficiente,
adicionando privações alimentares e correntes aos condenados. Com a atualização
do código penal em 1810 essas penas adicionais foram deixadas de lado, exceto os
trabalhos forçados. Consecutivamente, os trabalhos forçados foram suavizados,
tornando- se uma simples detenção. A pena de morte foi excluída de vários códigos,
ficando cada vez mais rara.