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Traduz-se pelos atos de fazer justiça com as próprias mãos, no qual o indivíduo
reage a um determinado ato praticado por seu semelhante de forma violenta e
desproporcional.
Nesta fase, existiam dois tipos de penas: a “pena da perda da paz”, quando um
sujeito era banido do convívio com seus pares, ficando a própria sorte e a mercê dos
inimigos, e a pena da “vingança de sangue”, aplicada a um integrante de um grupo rival,
gerando assim uma verdadeira guerra entre os agrupamentos sociais.
Idade Antiga
Neste período, reconhecia-se a figura dos delitos públicos, ou seja, aqueles que
envolviam traição e ou conspiração política contra o Estado, sendo os outros delitos
tidos como privados, como por exemplo furto, dano e injúria
Ressalta-se que os julgamentos dos crimes públicos eram presididos por um juiz
e eram realizados em tribunais especiais, chamados de sinédrios. A pena aplicada era a
capital.
A prisão era vista apenas como o caráter de custódia, como um depósito, no qual
os condenados aguardavam a execução da pena propriamente dita.
Cabe ressaltar também a presença das provas ordálias ou juízo de deus, cuja
prova da inocência baseava-se em superstições e penas cruéis. Ex: caminhar sobre o
fogo ou mergulhar sobre a água fervendo.
Idade Moderna
Na Idade Moderna desenvolveu-se o período humanitário, durante do Século
XVIII, no período do Iluminismo, tendo como um grande percussor o marquês Cesare
Beccaria, que escreveu a obra clássica “Dos delitos e das penas”, que pugnava pela
abolição da pena de morte e das penas cruéis, sendo um dos idealizadores das ideias
previstos na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, uma vez que
os pensadores desta época defendiam as liberdades do indivíduo e aplicação do
princípio da dignidade humana.
Para Beccaria a pena tinha uma concepção utilitarista, que procurava torna-se
um exemplo para o futuro e não uma vingança para o passado, de forma que para o
referido autor era “melhor prevenir delitos, do que castiga-los”.
Por fim, ano de 1942, surgiu o Código Penal brasileiro de 1940 (Decreto Lei
2.848/1940), sendo o projeto elaborado por Alcântara Machado. Este Código passou por
uma reforma em sua parte geral, com o advento da Lei nº 7.209/1984, com uma nítida
influência finalista, no qual humanizou as sanções penais, adotou penas alternativas,
bem como reintroduziu em nosso ordenamento jurídico a aplicação do sistema dias
multa