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Direito Penal I

Professor: Bruna Capparelli, Carlos Alberto Casimiro Nunes, Manuel Monteiro


Guedes Valente
Art.º 22 código Penal

Frequência data: -24 de Novembro


-12 de Janeiro

11/10/2021

O Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas voltadas à fixação dos limites do


poder punitivo do Estado, ou seja, a seu surgimento deveu-se principalmente para
limitar o poder do Estado.

- Declaração universal dos direitos humanos


- Iluminismo

 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL

 Durante muito tempo o crime era ligado ao pecado. “Ne peccetur” – para que se não
volte a pecar, neste sentido, não voltar a cometer um crime.

 Lei de Talião – “olho por olho, dente por dente” a consequência do crime era paga na
mesma medida. O art.º 206 (restituição ou reparação) da CRP, é um exemplo de artigo
atual que demonstra como era antigamente.

 Utilizava-se também a divindade para punir. O direito se confunde com a moral e a


jurisprudência se converte em um ramo das ciências sagradas.

 Com São Tomas de Aquino, o agente do crime é considerado como um animal. Divide-se
assim, entre os que cometem crimes daqueles que são os homens virtuosos. O agente do
crime é considerado um agente canceroso. São Tomás de Aquino sempre defendeu a
tolerância. Logo, havia forma de redenção e perdão.

 A inquisição utilizou o direito penal de forma mais persecutória. Utilizaram de forma


distorcida a teoria de São Tomás de Aquino. A finalidade era a salvação das almas, sendo
herege, através do julgamento, da condenação e da morte haveria a salvação da alma.
Regiam-se sob uma ideia de penitência e purgação.
 Magna Carta em 1215/1225 (Idade media)

 Código Brumário em 1635

 Carta dos direitos de Inglaterra

 declaração dos direitos da Virgínia

 Revolução francesa, vinha com a declaração dos direitos do homem e do cidadão, a


respeito de uma conceção de liberdade.

 Nesta fase final do séc. XVIII início do séc. XIX surge a codificação.

 A crise de Avignon; Oposição forte contra a inquisição; consequência do papel importante


de Lutero, que muda o modelo de pensar da ciência.

 A teleologia é substituída pelo racionalismo. Seguidamente do renascimento.

 O aparecimento das máquinas, tornou as pessoas letradas e a discernir das atitudes


cometidas pela igreja que iam contra os ensinamentos bíblicos. Desta forma percebendo
que as atrocidades cometidas até então não eram dignas dos verdadeiros ensinamentos
presentes na bíblia.

 o Direito Penal só deve intervir com o mínimo ético (parcial, sem religiões como
discernimento na condenação)

Direito Penal {

Como deve. Ser encarado o direito Penal.


Direito positivo

Direito Penal- pertence ao sistema

Direito Penal material


Direito penal processual mesma coisa que o adjetivo
Direito Penal penitenciário

-Tipologia tem a ver com abrangência de vários tipos:

-Tipo legal

Princípio Geral do Direito: rege as áreas científicas do direito

O direito penal esta dentro do direito público

Princípios. Gerais do direito de cada ramo do direito / cada área científica do direito
Princípio da Segurança esta consagrado na nossa constituição {em tempos normais,
porque ele entrega a constituição material, de. Forma que existe a constituição
material e formal

-Espaço da parcialidade
Artigo 13 CRP

-Princípio da proporcionalidade
-Princípio da Indisponibilidade

Princípio de Intervenção do direito penal

Legalidade a funcionar no direito penal e um direito que atravessa todo o direito

Há também o direito penal e fragmentário: escolha de situações que só o direito penal


pode resolver

Integridade física

Artigo 13

Artigo 19 CRP

Direito. Positivo: temos A constituição, convenção dos direitos humanos, ,


carta. Dos direitos. Fundamentais da união europeia, Pacto internacional dos Direitos
Civil

Lei de base - leis de período terminal

Jurisprudência: aplicação de tudo que esta aí no caso concreto

A Doutrina, influencia a jurisprudência

Doutrina:

Poder civil tem. A ver com a liberdade


Direito penal tem uma grande probabilidade. De ficar privado da liberdade

Espirito positivista e o espirito que rege.

Mais. Agressividade não Trás menos crime

13/10/2021

Marcos do iluminismo

Depois da 2 guerra vem o mundo catiano,


- Esses autores tem uma ideia como base...

Nem sempre o ser humano e olhado da mesma forma...

Ne peccetur: para que não se volta a cometer o crime (pecar)

Peccetur: pecar

Lei de talião: matou- também será morto ,

Artigo 206, n1

António subtraiu 1000 euros,


- O António chega com 1400 euros, chega ao Berto entrega-lhe
- Berto diz logo vai

206- a politica contra os crimes do património,

Deixa de ter os direitos os cidadão, será excluído da sociedade.

Em Sãs tomas de Aquino- é considerado uma besta aqueles que cometem um crime
Também considera que o agente do crime é uma pulga

Ele dizia ao filho que Tinha que respeitar os outros

Só recentemente a igreja católica pediu perdão


Julgava e executava,
Se não com as decisões do santo oficio seriam eles a serem julgado

Jesuíta: cientista, espírito muito critico

{Magna carta libertaria}

Carta dos direitos dos estados unidos da américa


Declaração universal dos direitos do cidadão

Vulgata Bíblia do latim: falada para o povo

Mais vale punir do que prevenir

Durante muito tempo nós tivemos o crime ligado a ideia de pecado, e usava-se a
expressão “Ne Peccetur” (para q n volte a pecar- para q n volte a cometer o crime).

Retribuição pura – a ofensa e a sansão eram equivalentes, “olho por olho, dente por
dente” lei de Talião.

Teoria restaurativa/Dto penal restaurativo/justiça penal restauradora – Art206 CP

Se a vítima se considera ressarcida o Dto penal n terá q atuar

Utilizava-se a divindade para punir, tendo várias ideias do agente do crime para cada
filosofo.
São tomas de Aquino (pai do perdão) dizia q se devia separa os homens de mal dos
virtuosos, considerava o agente do crime como um cancro para a sociedade, mas o
mesmo desenvolve a teoria do perdão e de os reinserir.

A inquisição utilizou o direito penal de forma persecutória. Utilizaram a teoria de São


tomas, mas muito destorcida.
A finalidade era a salvação das almas, pq quem cometia o crime era o “pecador” e isto
durou até meados do sec 18.

-A magna carta de 1215 e depois foi ratificada em 1225.


-cod Brumário de 1635,
-Carta dos Dto de Inglaterra,
-Declaração dos Dto da Virgínia,
-Carta dos Dto do usa
-1789 declaração dos Dto do cidadão
*Na fase do final do séc. 18 e início do 19 surge a codificação e deve-se tal a Napoleão,
trazendo tal a legalidade e segurança jurídica. Ele defendeu q o tratamento deveria ser
feito pelo primeiro nome.

-Os descobrimentos vieram afastar a ideia do teocentrismo.


-Crise de avignon

*com o aparecimento das máquinas de escrever cada vez mais tornaram-se as pessoas
letradas e viram-se perante a situação de descoberta das mentiras por parte da igreja.

-Começa nessa altura uma oposição forte a inquisição;


Dai surge o afastamento da religião quanto ao facto dos crimes, onde passou-se a ter
leis codificadas com intensão prevenir para o futuro “mais vale prevenir do q punir”
Cezar Bacaria

19/10/21

O Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas voltadas à fixação dos limites do


poder punitivo do Estado, ou seja, a seu surgimento deveu-se principalmente para
limitar o poder do Estado.

1. Evolução/ enquadramento histórico do Direito Penal

1.1. Breve análise do Direito penal da antiguidade à modernidade.

 Durante muito tempo o crime era ligado ao pecado. “Ne peccetur” – para que se não
volte a pecar, neste sentido, não voltar a cometer um crime.

 Lei de Talião – “olho por olho, dente por dente” a consequência do crime era paga na
mesma medida. O art.º 206 (restituição ou reparação) da CRP, é um exemplo de artigo
atual que demonstra como era antigamente.

 Utilizava-se também a divindade para punir. O direito se confunde com a moral e a


jurisprudência se converte em um ramo das ciências sagradas.

1.2.  Da lei «As doze tábuas», do agente do crime como doença (Protágoras),
como um não membro da comunidade - inimigo da comunidade - (anônimo de
Jâmblico), como «velut bestia» e abertura a reconciliação e expiação do mal - a
salvação do pecador - (S. Tomás de Aquino) à influência da Reforma, da Renascença
e do Iluminismo no desenho de um Direito penal moderno.
 Com São Tomas de Aquino, o agente do crime é considerado como um animal. Divide-se
assim, entre os que cometem crimes daqueles que são os homens virtuosos. O agente do
crime é considerado um agente canceroso. São Tomás de Aquino sempre defendeu a
tolerância. Logo, havia forma de redenção e perdão.

 A inquisição utilizou o direito penal de forma mais persecutória. Utilizaram de forma


distorcida a teoria de São Tomás de Aquino. A finalidade era a salvação das almas, sendo
herege, através do julgamento, da condenação e da morte haveria a salvação da alma.
Regiam-se sob uma ideia de penitência e purgação.

 Magna Carta em 1215/1225 (Idade media)

 Código Brumário em 1635

 Carta dos direitos de Inglaterra

 Declaração dos direitos da Virgínia

 Revolução francesa, vinha com a declaração dos direitos do homem e do cidadão, a


respeito de uma conceção de liberdade.

 Nesta fase final do séc. XVIII início do séc. XIX surge a codificação.

 A crise de Avignon; Oposição forte contra a inquisição; consequência do papel importante


de Lutero, que muda o modelo de pensar da ciência.

 A teleologia é substituída pelo racionalismo. Seguidamente do renascimento.

 O aparecimento das máquinas, tornou as pessoas letradas e a discernir das atitudes


cometidas pela igreja que iam contra os ensinamentos bíblicos. Desta forma percebendo
que as atrocidades cometidas até então não eram dignas dos verdadeiros ensinamentos
presentes na bíblia.

 o Direito Penal só deve intervir com o mínimo ético (parcial, sem religiões como
discernimento na condenação)

Séc. XIX e XX: O direito penal, coloca as pessoas dentro do estado legal e dentro dos
estados de natureza
 Passagem do teocentrismo para o homocentrismo.
 Construção do homoeconómico, levou à construção pensamento político e jurídico
 O estado de natureza tem um poder de intervenção própria que não tem ação do direito
 Há determinados crimes que não merecem perdão e merecem ser “expurgados”, outros
crimes poderiam haver a possibilidade de poderem manter-se no estado de legalidade.

 Escola clássica – há uma aposta na defesa da prevenção, responsabilidade dos factos.


(teoria da culpabilidade) A teoria da prevenção: o direito penal atua sobre o facto, dentro
dos princípios de proporcionalidade, da legalidade e dos limites impostos pelo código
penal

 O direito penal dos pós II guerra mundial é uma teoria fortemente kantiana. Buscando a
ideia de liberdade, igualdade, legalidade e humanidade.

 A ciência penal global – teoria de que a dogmática e a fronteira transponível da política


criminal. No entanto, com a escola clássica

 Na escola positivista, defenderam uma teoria, onde o conhecimento não era


desenvolvido. A ideia era limitar o poder político e económico através da lei. Dentro desta
linha positivista criaram a teoria fisiológica do crime e do criminoso. No entanto, não
pode ser uma teoria admitida como uma teoria científica reta, pois apenas foi estudado
por uma perspetiva

 Anos mais à frente, um pensador defende que para além da parte fisiológica do crime, é
importante também a parte humana. O meio social vai determinar a ideia de perigo. Esta
teoria do meio social dá espaço à ordem social como valor supremo. Ou seja, a pessoa é
responsabilizada não pelo que ela praticou, mas pelo perigo que ela representa para a
sociedade (teoria atual mais desenvolvida) e não é uma teoria positivista.

 Nesta fase, outro pensador identifica o agente do crime, nos casos concretos, casos de
reincidência, ou seja, criou as bases do que mais tarde se vem a designar como os estados
de perigosidade, cuja consequência jurídica são os casos de segurança.

 Teoria do inimigo – a pessoa é perseguida pelo que ele faz não pelo que ele é.

 Tendências (modelos do direito penal)


 garantista humanista, parte do pressuposto da legalidade restrita;

 modelo securitário, a polícia assume toda a sua função persecutória sobre a sua função do
plano criminal: lei ordem – tolerância 0 – Estado-polícia (polícia=lei=supremacia)

 sistema justicialista – quem é o dono da aplicabilidade dos crimes eram os juízes


(supremacia dos juízes)

 Movimentos totalitários – voltando ao tempo em que a segurança do coletivo se sobrepõe


a qualquer situação individual. “coisificação do ser humano” os indivíduos deixam de ser
tratados como sujeitos do direito. A utilização do terrorismo para mudar o direito penal e
reforçar o poder persecutório e abrir a porta à securativização (segurança) e policiazação
do direito penal.

 Funções do direito penal:

 Garantia
 Segurança
 Coesão social (princípio da confiança), repõe-se o valor da confiança, quando isso não
acontece ocorre uma desconfiança do sistema de justiça.
 Equilíbrio (tutela dos bens jurídicos e tutela do cidadão e dos seus direitos) Ex.: há limites
temporais, subjetivos, obtenção de provas para a perseguição de um cidadão.
 Desta forma, a Teoria do Inimigo nega o direito penal e nega o direito na sua plenitude.

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