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CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL · HISTÓRIA · ESCOLAS PENAIS · ESCOLA …

Evolução Histórica do Direito Penal e as Escolas Penais


jusbrasil.com.br
2 de Fevereiro de 2023

Evolução Histórica do Direito Penal e as Escolas Penais

Publicado por Isabella Souza ano passado  382 visualizações

Faculdade Santa Rita de Cássia - IFASC

Isabella Ferreira de Souza Mendes

Introdução
O estudo da mente do criminoso sempre foi um tema bastante
discutido e de extrema importância para o Direito Penal, pois,
desde os primórdios da sociedade há criminalidade e, é ai que
surge o Direito Penal, sempre buscando proteger a sociedade e
deixá-la cada vez mais pacífica.

Desse modo, pretende-se compreender a respeito da evolução


histórica do Direito Penal e as abordagens das Escolas Penais,
as quais contribuíram para o estudo do criminoso, do crime e da
vítima em si.

A partir desses estudos, surgiu a criminologia, uma importante


área para a ciência criminal que estuda os principais pontos da
criminalidade, fornecendo os instrumentos suficientes para a
criação e aperfeiçoamento das leis penais. Entender as razões
que motivam um indivíduo a delinquir e a sociedade em que
está inserido, é de suma importância para que juízes possam

 CURTIR  COMENT
fixar a pena adequada e proporcional de acordo com as
  
características de cada indivíduo
AR
AR
CRIMINOLOGIA · DIREITODireito Penal
PENAL · HISTÓRIA · ESCOLAS PENAIS · ESCOLA …
Evolução Histórica do Direito Penal e as Escolas Penais
O filósofo Thomas Hobbes (1651, p.3) menciona em sua obra Do
Cidadão, que “o homem é o lobo do próprio homem”, pois,
segundo ele, no princípio o homem vivia em seu estado de
natureza e não nasceu com a habilidade de conviver
civilizadamente, por conta disso foi criado o que é chamado
pelos filósofos contratualistas de Pacto Social. Tal avença
coletiva é resultado da necessidade criadora de um Estado
regulador, que fizesse com que a sociedade convivesse em
harmonia, criando leis e normas a serem seguidas por todos.
Assim nasceu o Estado e o Direito, ambos sucessivamente.

Dentro do direito temos várias ramificações e uma delas é o


Direito Penal, uma das áreas do Direito mais delicadas e
extremas, pois apenas através do Direito Penal o Estado
consegue restringir a liberdade do indivíduo.

Esse fato reforça, ainda mais, a necessidade de falarmos sobre a


história do Direito Penal na sociedade, sua compreensão
ajudará a compreender o sistema punitivo contemporâneo e
como ele atuará. Com outras palavras, Bitencourt (2020, p. 184)
reforça essa argumentação ao dizer: "é inquestionável a
importância dos estudos da história do Direito Penal,
permitindo e facilitando um melhor conhecimento do direito
vigente”.

Historicamente, o Direito Penal se consolidou com o


surgimento da sociedade e esteve em constante evolução ao
longo do tempo, sendo dividido em vingança divina, vingança
privada e vingança pública. Inicialmente, acreditava-se que o
crime era um pecado e cada pecado atingiria um ente divino e
sobrenatural, que estava conectado com o grupo através do
Totem. Para a libertação da ira dos deuses e para supostamente,
purificar
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL a· HISTÓRIA
alma ·do indivíduo
ESCOLAS delinquente,
PENAIS · ESCOLA … os membros o
Evolução Histórica
puniam do Direito Penal e as Escolas
ou sacrificavam, Penais extremamente severas.
sob penas
(NUCCI, 2020, p. 83)

Faz-se imprescindível mencionar que desde os primórdios, o ser


humano violou regras de convivência e os direitos de terceiros,
por este motivo, eram necessárias as aplicações de certas
punições. As penas impostas neste período estavam diretamente
ligadas a religião e a superstições, principalmente pelo fato de o
conhecimento científico ser quase nulo, todo o modo político e
socioeconômico era encarado com um olhar metafísico, onde os
homens interpretavam as más ações dos indivíduos como uma
afronta aos deuses cultuados.

Bitencourt (2020, p. 187) aponta que, a segunda fase, chamada


Vingança Privada, a vítima que foi lesada buscava a reparação
do dano sofrido por suas próprias mãos, de modo que o
delinquente sofresse as consequências de seus atos com
punições desumanas e desproporcionais, uma vez que a punição
era apenas para o interesse da vítima e o delinquente não
possuía nenhum direito ou garantia. É preciso considerar que
quando a infração era cometida por um membro do grupo, sua
punição era o banimento e, quando era cometida por um
membro de um grupo rival, a punição era uma verdadeira
guerra, a chamada “vingança de sangue”, que chegava a dizimar
grupos inteiros.

Para trazer uma certa proporcionalidade na aplicação da pena,


foi criada a lei de talião adotada no Código Hamurabi
(Babilônia) 2, bem como no Êxodo. A lei de Talião trouxe
pequenos traços ao que hoje conhecemos como o princípio da
proporcionalidade, trazendo uma certa igualdade e
racionalidade entre o crime cometido e a punição que era
aplicada (NUCCI, 2020, p.84). Essa lei acreditava que se um
homem arranca o olho de outro, este deverá ser punido da
mesma forma, é daí que se origina o famoso ditado: “olho por
olho ePENAL
CRIMINOLOGIA · DIREITO dente por · dente”.
· HISTÓRIA Para
ESCOLAS PENAIS entender
· ESCOLA … melhor esse processo, o
Evolução Histórica
Código dodeDireito Penal e asdispõe
Hamurabi EscolasemPenais
seu artigo 6º: “se alguém furta
bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem
recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto”.
(FREITAS, 2016, on-line)

É importante ressaltar que, por um tempo, a Lei de Talião se


tornou eficaz com relação a igualdade na punição do agente,
mas com o passar dos anos, ela se mostrou um tanto quanto
desumana e insuficiente para manter a paz e o desenvolvimento
de uma sociedade, pois nesta época ainda não tínhamos
nenhum tratado ou regulamentação que falasse sobre Direitos
humanos, aliás, isso nem se quer era pensado na época. Hoje
temos no Código Penal de 1940 e na Constituição Federal de
1988, O princípio da humanidade, corolário do supra princípio
da dignidade da pessoa humana, que proíbe que leis como a de
Talião sejam vigoradas.

Na fase da Vingança Pública, com o desenvolvimento político e


econômico mais avançado, surgiram as figuras dos monarcas ou
soberanos como autoridades públicas, que ficaram responsáveis
pela aplicação das penas impostas ao indivíduo infrator e eram
o poder central da população, ou seja, o Estado era detentor do
jus puniendi.

Em conexão com as considerações acima citadas, Assis dispõe:

Nessa fase há a nítida intervenção Estatal, e o predomínio da


proibição da autotutela é altamente presente. Cada cidadão fica
obrigado a se sujeitar a tutela Jurisdicional Estatal para ter a
garantia da justiça. Apesar do Estado intermediar a relação
jurídico penal das partes, a sanção ainda mantém as
características das outras demais fases, mostrando-se muitas
vezes cruel e intimidatória, ainda havia a presença da religião e
do misticismo
CRIMINOLOGIA · DIREITO e as
PENAL · HISTÓRIA penas
· ESCOLAS variavam
PENAIS · ESCOLA … desde fogueira,
Evolução Histórica do Direito Penalatée asa amputação
esquartejamento Escolas Penaise castigos corporais. (ASSIS,
2012, p. 253-258)

Tendo em vista os aspectos observados, mesmo com a


consolidação do Pacto social e a criação do Estado, essa
instituição demorou séculos para se democratizar e cumprir o
seu papel como sempre deveria ter sido. Na fase da Vingança
Pública, o Soberano era responsável pela aplicação das penas e
representava o interesse de toda a comunidade. Importa dizer
que a fase da vingança privada, não foi totalmente deixada de
lado na fase da vingança pública, uma vez que o Soberano se
tratava de uma figura completamente absolutista e ditatorial,
mantendo o controle sobre a sociedade e a vida dos indivíduos,
bem como seus bens materiais. Esse período se estendeu até os
fins do século XVIII e início do século XIX

Direito dos Povos

De acordo com vários estudiosos e fundamentado por


Bitencourt (2020, p. 190), fica evidente que no período da
fundação de Roma (753 a. C) as sanções mantiveram o caráter
religioso, confundindo-se com a figura do Rei e do Sacerdote.
Lei das XII Tábuas foi o primeiro código romano escrito que
“resultou da luta entre patrícios e plebeus. Essa lei inicia o
período dos diplomas legais, impondo-se a necessária limitação
à vingança privada, adotando a lei de talião, além de admitir a
composição”. (BITENCOURT, 2020, p. 87).

Em Roma, surgiu a distinção entre crimes públicos e crimes


privados, onde os crimes públicos eram aqueles considerados
uma traição ou conspiração política contra o Estado e, seu
julgamento era atribuição do Estado através de seu magistrado
e a sanção aplicada, era a pena de morte. Já os crimes privados
eram aqueles, realizados em desfavor do indivíduo, como
injúria,
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENALdano, furto,
· HISTÓRIA etc.PENAIS
· ESCOLAS O julgamento
· ESCOLA … desses crimes era de
Evolução Histórica do Direito Penaldaquele
responsabilidade e as Escolas Penais que foi ofendido, cabendo
indivíduo
ao Estado apenas o dever de regular suas ações.

No fim da República (80 a. C) surgiram um conjunto de leis


publicadas que catalogavam os comportamentos que eram
considerados criminosos, chamadas leges Corneliae e Juliae.
Bitencourt aborda que

As leges Corneliae preocuparam-se basicamente com aqueles


crimes praticados nas relações interpessoais dos cidadãos —
patrimoniais, pessoais etc. —, enquanto as leges Juliae
preocuparam-se, fundamentalmente, com os crimes praticados
contra o Estado, seja pelos particulares, seja pelos próprios
administradores, destacando-se oscrimes de corrupção dos
juízes, do parlamento, prevaricação, além de alguns crimes
violentos, como sequestro, estupro etc. (BITENCOURT, 2020,
p. 192)

Assim, percebe-se que os romanos tiveram uma importante


contribuição para a história do direito penal, remontando a
diversos institutos penais que integram a direito penal atual,
trazendo a distinção de crime, dolo, culpa, caso fortuito,
concurso de pessoas e muitas outras contribuições.

O Direito Germânico primitivo não era composto de leis


escritas, caracterizando-se como um Direito consuetudinário. O
Direito era concebido como uma ordem de paz e a sua
transgressão como ruptura da paz, pública ou privada, segundo
a natureza do crime, privado ou público. A reação à perda da
paz, por crime público, autorizava que qualquer pessoa pudesse
matar o agressor. Quando se tratasse de crime privado, o
transgressor era entregue à vítima e seus familiares para que
exercessem o direito de vingança, que assumia um autêntico
dever de vingança de sangue (BITENCOURT, 2020, p. 195)
O Direito
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL · Germânico era
HISTÓRIA · ESCOLAS considerado
PENAIS · ESCOLA … um direito
Evolução Histórica do Direito Penaloue seja,
consuetudinário, as Escolas
baseado Penaisnos costumes. Neste período,
o cometimento de um crime autorizava a qualquer pessoa matar
seu agressor, todavia, quando se tratava de crime privado, o
indivíduo era entregue a vítima e seus familiares, para que fosse
exercido o direito de vingança. Os povos germânicos também
adotaram a vingança de sangue, que foi gradativamente
substituída pela composição voluntária, depois obrigatória, que
se tratava do dever de equilibrar o prejuízo com certo valor
pecuniário, sendo que uma parte do valor ia para os familiares
da vítima e a outra parte dada ao tribunal ou ao rei.

Posteriormente, a composição parou de ser aplicada e começou


a ser aplicada a pena de Talião por influência do Direito
Romano. Mais tarde, começa-se a exigir uma conexão
psicológica.

Com predomínio na Idade Média, o Direito Canônico,


igualmente conhecido como o direito jurídico da Igreja
Apostólica Romana, inicialmente continha o caráter meramente
disciplinar, visando a reforma do delinquente, mas com o
fortalecimento do poder papal, o direito canônico estendeu-se
para leigos e religiosos. Segundo Bitencourt (2020, p. 198) a
jurisdição era dividida em rationare persona, onde o religioso
era julgado sempre por um tribunal da Igreja, qualquer que
fosse o crime praticado e rationare matéria, onde a
competência eclesiástica era fixada, ainda que o crime fosse
cometido por um leigo.

Dessa forma, os delitos foram divididos de acordo com o bem


jurídico que fora violado. Quando um delito ofendia o direito
divino, era chamado de delicta eclesiástica, quando lesavam
somente a ordem jurídica laica, eram chamados de delicta mere
secularia e, quando chamada delicta mixta, violavam as ordens
religiosas e laicas.
O direito
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL ·Canônico trouxe
HISTÓRIA · ESCOLAS PENAISa ·humanização
ESCOLA … das penas e se atentou
Evolução Histórica do Direito
ao aspecto Penal e as
subjetivo doEscolas
crime.Penais
O direito canônico foi contrário
às ordálias e aos duelos judiciários, que eram impostas no
direito germânico e trouxe a pena privativa de liberdade,
acreditando que o indivíduo deveria ficar enclausurado para
arrepender-se de suas atitudes e se convertesse.

Apesar de suas diversas contribuições, o direito canônico


permaneceu com suas punições desumanas e cruéis e foi um
período marcado por muitas atrocidades.

Período Humanitário

No transcorrer do Iluminismo, durante a Revolução Francesa,


surgiu o chamado Período Humanitário, também conhecido
como Século das Luzes. Esse movimento atingiu pensadores
como Rousseau, Montesquieu e Voltaire, que estavam dispostos
a censurar a legislação penal vigente e defender a liberdade e
dignidade individual de cada cidadão, buscando uma reforma
das leis e da administração da justiça penal. Esses dados são
reforçados por Crespo (2017), ao afirmar que o Iluminismo foi
visto como uma nova Era, onde ser humano passou a ser visto
como um sujeito que possuía direitos e o Estado, como a
manifestação do poder político, o qual deverá respeitar os
direitos naturais e aplicar penas justas e proporcionais ao crime
cometido.

Consideremos o que Bitencourt, dispõe sobre o assunto:

Este movimento de ideias, definido como iluminismo, atingiu


seu apogeu na Revolução Francesa, com considerável influência
em uma série de pessoas com um sentimento comum: a reforma
do sistema punitivo. O Iluminismo, aliás, foi uma concepção
filosófica que se caracterizou por ampliar o domínio da razão a
todas as áreas do conhecimento humano. O Iluminismo
representou
CRIMINOLOGIA · DIREITO uma· ESCOLAS
PENAL · HISTÓRIA tomada de· posição
PENAIS ESCOLA … cultural e espiritual de
Evolução Histórica
parte do Direito Penaldae associedade
significativa Escolas Penais
da época, que tinha como
objetivo a difusão do uso da razão na orientação do progresso da
vida em todos os seus aspectos. Em outros termos, esse
movimento também conhecido como a era da Ilustração, é
resultado da concorrência de duas correntes distintas.
(BITENCOURT, 2020, p. 205)

Influenciado pelos ideais iluministas, Cesare Bonessana,


Marquês de Beccaria, publicou a famosa obra Dos delitos e das
penas em 1764 e, se tornou o maior nome dessa evolução
humanitária do direito penal. Nesta obra, Beccaria trouxe uma
nova concepção acerca da finalidade do direito penal e das
penas aplicadas aos delinquentes, ele acreditava que as
punições não tinham o objetivo de punir o transgressor da lei,
mas sim, evitar que o mesmo volte a praticar o delito.

Sendo assim, concluímos que o apoio de pensadores como


Rousseau, Hobbes e Cesare Beccaria, com sua obra Dos delitos e
das Penas, foram imprescindíveis para a queda do absolutismo e
a ascensão do período humanitário, o qual trouxe consigo a
evolução do direito penal e uma forma mais racional e mais
humanitária de pensamentos, deixando de lado punições cruéis
e desproporcionais em relação ao delito cometido e adotando
penas mais justas ao infrator.

Escola Clássica

Logo após o Período Humanitário e o iluminismo, iniciou-se


uma fase de constante estudo e envolvimento intelectual, frente
ao conturbado histórico do direito penal. No século XIX,
surgiram correntes filosóficas, que foram chamadas de Escolas
Penais, as quais trouxeram os primeiros entendimentos teóricos
e doutrinários a respeito do fenômeno do crime e a finalidade
das penas. As escolas penais dividem-se em Escola clássica e
Escola
CRIMINOLOGIA · DIREITO Positiva,
PENAL · HISTÓRIA e· ESCOLAS
definidas
PENAIS por Asuá
· ESCOLA … (1964) citadas por
Evolução Histórica do Direito
Bitencourt Penalp.e as237)
(2020, Escolas
como: Penais
“o corpo orgânico de
concepções contrapostas sobre a legitimidade do direito de
punir, sobre a natureza do delito e sobre o fim das sanções”.

A escola clássica não surgiu como linha de pensamento, mas


sim de forma antagônica a aqueles que diziam haver explicações
científicas para a valoração jurídica do delito e teve uma
extrema importância para no Direito Penal. Essa escola foi
dividida na fase Teórico ou Teórico-filosófico, marcada pela
obra Dos delitos e das penas de Beccaria (1764) e pela fase
Prático ou Ético-Jurídico, marcada pelo filósofo Franchesco
Carrara.

A primeira fase, chamada Teórico ou Teórico-filosófico, ficou


marcada pela obra de Beccaria (1764), já citada anteriormente.
Devido às leis penais que eram aplicadas e ao absolutismo,
filósofos inspirados pela visão de Beccaria, buscaram uma
revolução no sistema punitivo vigente e buscaram defender o
indivíduo contra o arbítrio do Estado. É necessário ressaltar que
Beccaria foi inspirado pelo contratualismo e, acreditava que o
indivíduo tem total consciência de suas atitudes, sendo assim, a
conduta criminosa seria uma “escolha”. Dito isto, para que a
ordem social se mantenha intacta, o Estado tem o direito de
intervir e punir o indivíduo criminoso, contanto, que haja certas
limitações.

Francesco Carrara consolidou a Escola Clássica e trouxe a teoria


que o crime é um ente jurídico e era coagido por duas forças, a
física e a moral, ou seja, o crime não se trata somente de ato de
cometer um certo delito, podendo estar ligada também a uma
concepção subjetiva e psicológica. Outro ponto que merece
destaque é a questão do livre arbítrio que está ligada a
punibilidade do indivíduo, ou seja, um indivíduo apenas poderá
ser responsabilizado por seus crimes, se reconhecer sua culpa.
Carrara também trouxe a pena como meio de tutela jurídica. O
primeiro
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL objetivo da pena
· HISTÓRIA · ESCOLAS PENAISé ·retomar
ESCOLA … a ordem social que foi
Evolução Histórica do Direitopela
estremecida Penalaçãoe ascriminosa
Escolas Penais do agente, desde que isso
tenha sido produto de uma ação livre e consciente e, assim
como o direito prevê o crime, através dele também é previsto a
punibilidade, ou seja, se do direito a ação do agente é
caracterizada como delituosa é através dele que surgirá também
a maneira de concertar esse abalo social. Por último, o princípio
da reserva legal, também caracterizado por Carrara, dispõe que
o indivíduo somente será considerado criminoso quando sua
ação se chocar com uma lei que antecede o crime.

É inegável que ambas as escolas penais influenciaram para a


evolução da legislação atual, promulgada em 1940. Uma das
contribuições da Escola Clássica é o princípio da legalidade,
exposto no art. 1º do CPB e art. 5º, XXXIX da CF. De acordo
com Greco (2012, p. 94) a lei é a única fonte do direito penal
capaz de desaprovar e impor certos tipos de atitudes. O mesmo
autor enfatiza que tal princípio tem a função de proibir a
retroatividade da lei penal, proibir a criação de crimes e penas
baseados pelos costumes, proibir incriminações vagas e
indeterminadas e proibir o emprego de analogia para criar
crimes, fundamentar ou gravar penas. (GRECO, 2012, p.96).

Outro ponto que merece destaque é sobre a imputabilidade, que


também foi uma contribuição da Escola Clássica. A
imputabilidade penal é a possibilidade de culpar o agente
infrator, como afirma Conde (1988, p. 137 apud BITENCOURT,
2020, p. 1050), quem não tem a possibilidade de se
responsabilizar por seus atos, por não ter maturidade ou por
sofrer alterações psicológicas, não deverá ser considerado
culpado por seus atos e, também não poderá ser
responsabilizado penalmente.

O artigo 26 do Código Penal brasileiro, dispõe sobre a


imputabilidade:
Art. 26
CRIMINOLOGIA · DIREITO - É· HISTÓRIA
PENAL isento· ESCOLAS
de pena o agente
PENAIS · ESCOLA … que, por doença mental ou
Evolução Histórica do Direito Penalmental
desenvolvimento e as Escolas Penais ou retardado, era, ao
incompleto
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços,


se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por
desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). (BRASIL, CP, 1940)

Levando-se em conta o que foi observado, torna-se necessário,


portanto, afirmar que a Escola Clássica, em sua essência, trouxe
ao Direito Penal, priorização dos direitos do indivíduo e
preocupou-se em limitar o poder punitivo, visando a restituição
do indivíduo sem manchar a sua integridade física e moral.
Além de colaborar com princípios norteadores do Direito Penal,
como o princípio da legalidade e o princípio da
proporcionalidade.

Escola Positiva

Com o nascimento das ciências sociais, surgiu também, a Escola


Positiva, que trouxe uma visão diferente da vista anteriormente,
essa escola acreditava que o delinquente deveria ser punido por
suas infrações e o corpo social deveria ser protegido. Com
outras palavras, Bitencourt (2020, p.249) reforça essa
argumentação ao dizer que “a aplicação da pena passou a ser
concebida como uma reação natural do organismo social contra
a atividade anormal dos seus componentes”. A Escola Positiva,
assim como a Escola Clássica foi dividida em três fases, em
primeiro lugar, foi chamada de Fase Antropológica, que foi
marcada pelos estudos de Cesare Lombroso (1835-1909) com
sua obra
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL O homem
· HISTÓRIA delinquente
· ESCOLAS (1875).
PENAIS · ESCOLA … A segunda fase foi
Evolução Histórica
chamada do Direito PenalSociológica,
de Fase e as Escolas Penais
inspirada por Enrico Ferri (1856-
1929). Por último, a terceira fase chamada de Fase Jurídica, a
qual foi inspirada pela obra Criminologia (1891) de Rafael
Garofalo (1851-1934).

Iniciada por Cesare Lombroso, a fase Antropológica buscou


estudar a figura do criminoso em relação ao crime que cometia.
Na concepção de Lombroso, o indivíduo já nascia com a
predisposição de ser um criminoso e, acreditava que os estes já
nasciam delinquentes e apresentavam deformações e anomalias
em seus corpos, como assimetria do rosto, tatuagens,
irregularidades nos dedos e nos mamilos, entre outras. Apesar
das análises de Lombroso serem consideradas inconsistentes,
esses estudos tiveram um papel importante no desenvolvimento
da sociologia criminal e colaboraram com os estudos seguintes
sobre a causa do delito.

Enrico Ferri, criador da obra Sociologia Criminal, sustou a


teoria de que o crime era determinado por fatores
antropológicos, físicos e sociais. Ferri classificou os criminosos
como natos, loucos, habituais, ocasionais e passionais. Segundo
Bitencourt (2020, p. 256) Ferri não acreditava que prender o
indivíduo causaria uma mudança, por este motivo, era adepto
da ideia de readaptá-lo ao convívio social, porém, quando este
indivíduo se tratava de um criminoso habitual, não haveria
forma de recuperação de condutas reprováveis.

Rafael Garófalo foi o autor da obra chamada Criminologia


publicada no ano de 1885. Para Garófalo a violação da lei era
vista com um sentimentalismo, vista como uma violação aos
sentimentos de piedade e probidade existentes nos homens,
exceto nos agentes delituosos. a Faz-se útil levar em
consideração também que, este autor não acreditava que o
criminoso seria capaz de ressocializar-se, o que justifica sua
posição em favor da pena de morte.
Ademais,
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL · Bitencourt (2020,
HISTÓRIA · ESCOLAS PENAIS · p. 257)
ESCOLA … destaca os seguintes os
Evolução Histórica
aspectos do Direito Penal edaasEscola
principais Escolas Positiva:
Penais

O Direito Penal é um produto social, obra humana; b) a


responsabilidade social deriva do determinismo (vida em
sociedade); c) o delito é um fenômeno natural e social (fatores
individuais, físicos e sociais); d) a pena é um meio de defesa
social, com função preventiva e) o método é o indutivo ou
experimental; e f) os objetos de valor estudo do direito penal são
o crime, o delinquente, a pena e o processo. (BITENCOURT,
2020, p. 257)

A Escola Positiva também teve sua colaboração na evolução do


Direito Penal brasileiro, segundo Bitencourt (2020, p. 257) essa
escola contribuiu para a descoberta de novos fatos que
auxiliariam na ampliação do conteúdo jurídico, trouxe o
desenvolvimento de institutos como a medida de segurança, o
qual está presente nos artigos 96 a 99 do código Penal, visando
proteger a sociedade da periculosidade do agente. Trouxe a
suspensão condicional da pena, o tratamento assistencial ao
menor e uma nova ciência: a criminologia.

Diante dessas considerações, podemos afirmar que ambas as


escolas penais foram de suma importância para a evolução do
direito penal como um todo, trouxeram estudos importantes a
respeito do crime e do criminoso, além de incluir um caráter
humanista ao direito, o que fez com que os legisladores
levassem em consideração a honra do indivíduo e a sua
humanidade e buscarem sua ressocialização, em prol de
consertar o abalo causado na sociedade em consequência do seu
ato delituoso.

Neste momento, torna-se conveniente mencionar que a Escola


Clássica trouxe consigo um dos princípios norteadores do
direito penal, que é o princípio da legalidade, além de trazer a
discussão
CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL · acerca
HISTÓRIA · da imputabilidade
ESCOLAS PENAIS · ESCOLA … do agente, a qual torna-se
Evolução Histórica do Direito Penal
uma discussão e as Escolas Penais
imprescindível para os estudos da psicopatia. A
Escola Positiva, por sua vez, contribuiu com uma nova ciência,
chamada criminologia, a qual estuda o crime, a situação e a
personalidade do delinquente e todos que influenciam e que
poderão influenciar para a criminalidade. O direito penal em
sua essência deve tudo o que se tornou hoje a uma longa série
de estudos, pesquisas sociais e jurídicas que transpôs gerações
transformou-se significativamente, afinal, o direito como um
todo é uma ferramenta social e não poderia deixar de evoluir
junto à sociedade.

Criminologia

A palavra criminologia foi usada a primeira vez por Paul


Topinard em 1883 e aplicada por Rafael Garófalo em sua obra
Criminologia de 1885. (PENTEADO FILHO, 2020, p. 19)

A criminologia é uma ciência empírica e interdisciplinar e tem


como objeto de análise tudo o que se relaciona ao ato criminoso.
Para Nucci (2020, p. 76-77), a criminologia “é a ciência que se
volta ao estudo do crime, como fenômeno social, bem como do
criminoso, comoagente do ato ilícito, em visão ampla e aberta,
não se cingindo à análise da norma penal e seus efeitos, mas,
sobretudo, às causas que levam à delinquência [...]”

Segundo Penteado Filho (2020, p. 27-28) a criminologia utiliza-


se de métodos científicos em seus estudos, a fim de reunir
elementos seguros relacionados ao crime, ao criminoso, a vítima
e ao controle social, além de se preocupar em prevenir e
controlar o aumento de ocorrências de delituosas,
estabelecendo recomendações a respeito das medidas
preventivas mais adequadas.
Apesar
CRIMINOLOGIA · DIREITO de· HISTÓRIA
PENAL a criminologia reunir
· ESCOLAS PENAIS bastante
· ESCOLA … elementos
Evolução Histórica do DireitoaoPenal
relacionados e as Escolas
crime, Penteado Penais
Filho (2020, p. 26) acredita
que a criminologia ainda não consegue alcançar exatidão no que
se refere as causas e efeitos de certos crimes, mas cabe a ela
produzir um diagnóstico com o que já foi estudado.

Seguindo este argumento, Maíllo e Prado (2016, p. 30)


acrescentam que a criminologia: “Se ocupa em estudar as
tendencias do delito ao longo do tempo, por exemplo, se
aumenta ou diminui; da comparação entre diferentes países,
comunidades ou outras entidades; ou de estudar se o delito se
concentra em determinados lugares, momentos ou grupos de
pessoas.”

Assim, este capítulo buscou analisar a evolução histórica do


Direito Penal e suas mudanças com o passar dos anos e elucidar
a respeito das escolas penais, as quais trouxeram os primeiros
entendimentos teóricos e doutrinários a respeito das penas, do
crime e do criminoso, além de contribuir para a criação da
criminologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No primeiro capítulo do desenvolvimento foi analisada a


evolução do Direito Penal e da criminalidade, suas diversas
fases, seu conceito, seus objetivos e sua função, e por fim, tratou
de demonstrar a evolução das Escolas Penais, as quais
trouxeram os primeiros entendimentos teóricos e doutrinários a
respeito do fenômeno do crime e da finalidade das penas.
Estudar a evolução do Direito Penal e a evolução dos estudos a
respeito do crime e do criminoso, é importante para que
tenhamos um entendimento mais correto a respeito do
fenômeno criminal.

REFERÊNCIAS
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CRIMINOLOGIA · DIREITO PENAL · Leonardo. Escolas
HISTÓRIA · ESCOLAS penais.
PENAIS · ESCOLA … JusBrasil, 2016. Disponível
Evolução Histórica
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historica-do-direito-penal-e-as-escolas-penais

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