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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


ESCOLA ESTADUAL LICEU CUIABANO “MARIA ARRUDA MÜLLER”

RAÍZES E IDENTIDADE
BRASIL

TURMA 3ª ANO M– ENSINO MÉDIO

CUIABÁ-MT – NOVEMBRO DE 2022.

ESTADO DE MATO GROSSO


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL LICEU CUIABANO “MARIA ARRUDA MÜLLER”
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL LICEU CUIABANO “MARIA ARRUDA MÜLLER”

RAÍZES E IDENTIDADE
BRASIL

Trabalho de pesquisa teórico


será apresentado no Raízes e
Identidade da Escola Estadual “Maria
de Arruda Muller”, do 3º ano M do
Ensino Médio, sob orientação do
professor conselheiro e a
coordenadora geral.

CUIABÁ – MT, NOVEMBRO DE 2022.


SUMÁRIO:

Página 1 INTRODUÇÃO

Página 2 GEOGRAFIA DO PAÍS

Página 3 HISTÓRIA DO PAÍS

Página 4 ECONOMIA DO PAÍS

Página 5 BANDEIRA

Página 6 CULTURA

Página 7 RELIGIÃO E PONTOS TURÍSTICOS

Página 8 CULINÁRIA

Página 9 FUTEBOL ARGENTINO

Página 10 ORIGEM DO FUTEBOL

Página 11 PARTICIPAÇÕES EM COPAS DO MUNDO

Página 12 RETROSPECTIVAS NAS COPAS DO MUNDO

Página 13 O RACISMO É O ADVERSÁRIO

Página 14 AS “HINCHADAS” E O MACHISMO

Página 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


INTRODUÇÃO
A Argentina é um país localizado na América do Sul e tem como capital a cidade
de Buenos Aires. Possui mais de 2,7 milhões de km² de extensão, sendo assim
o segundo maior do subcontinente. O maior lago do país é compartilhado com o
Chile e, em sua parcela argentina, recebe o nome de lago Buenos Aires. Além
disso, grande parte do norte e nordeste da Argentina está inserida na
Bacia Platina, uma das bacias hidrográficas mais importantes da América do Sul.
Dentre os principais rios que banham o território argentino, estão:
•rio Paraguai
•rio Paraná
•rio Uruguai
•rio Iguaçu
O território argentino apresenta grande variedade paisagística e climática, com
destaque para uma parcela da Cordilheira dos Andes, a oeste, e a extensa região
da Patagônia, ao sul.
A Argentina tem mais de 45 milhões de habitantes, que desfrutam de boa
qualidade de vida, e a segunda maior economia da América do Sul. O país é um
grande produtor de soja, trigo e carne bovina, que são alguns de seus principais
produtos de exportação.
A elevação média na Argentina é de 595 metros. Por outro lado, seu pico mais
elevado é também o maior da América do Sul. Trata-se do Aconcágua, nos
Andes, situado a 6.969 metros acima do nível do mar. A cobertura vegetal da
Argentina é muito diversa. Os terrenos mais elevados são recobertos por
bosques e vegetação de altitude, e a cobertura vegetal, de modo geral, é
formada:
•pelo bioma Chaco, que se concentra no norte do país e é formado por árvores
espaçadas de pequeno e médio porte e gramíneas
•pelos pampas (campos gerais)
•pelas florestas decíduas e estepes ao sul, na região da Patagônia
•pelas áreas desérticas, no Noroeste
•pela tundra, no extremo sul do país
GEOGRAFIA DO PAÍS
A Argentina é um país localizado na América do Sul e tem como capital Buenos
Aires, que atualmente abriga um terço da população nacional: 16,5 milhões de
habitantes. Possui mais de 2,7 milhões de km2 de extensão, sendo assim o
segundo maior do subcontinente. O território argentino apresenta grande
variedade paisagística e climática, com destaque para uma parcela da
Cordilheira dos Andes, a oeste, e a extensa região da Patagônia, ao sul.
A Argentina tem mais de 45 milhões de habitantes, que desfrutam de boa
qualidade de vida e da segunda maior economia da América do Sul. O país é
um grande produtor de soja, trigo e carne bovina, que são alguns de seus
principais produtos de exportação.
• Nome oficial: República Argentina.
• Gentílico: argentino.
• Extensão territorial: 2.780.400 quilômetros quadrados.
• Localização: América do Sul.
• Capital: Buenos Aires.
• Clima: temperado.
• Governo: República Federal Presidencialista.
• Idioma: espanhol
• Religiões:
- 92,1% (cristianismo);
- 3,1% (agnósticos);
- 1,9% (islamismo);
- 1% (judaísmo);

- 1%(ateísmo);
• População: 44.490.000 habitantes.
• Densidade demográfica: 14,5 habitantes/quilômetro quadrado.
• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,845 (muito alto).
• Moeda: peso argentino.
• Produto Interno Bruto: US$ 519,9 bilhões de dólares.
• PIB per capita: US$ 11. 683 dólares.
• Gini: 38,6%.
• Fuso horário: UTC-3.
• Relações exteriores:
-Organização das Nações Unidas (ONU);
- Organização Mundial do Comércio (OMC); -União de Nações Sul-Americanas
(Unasul); - Mercosul;
• Faz fronteira com: Brasil; Bolívia; Chile; Paraguai e Uruguai

HISTÓRIA DO PAÍS
Registros arqueológicos provam à presença dos primeiros habitantes na região
da Argentina há aproximadamente 13 mil anos. Segundo estudos, esses
habitantes eram nômades.

Os espanhóis se estabeleceram e começaram a colonizar a região da Argentina


em 1516, quando o navegador espanhol Juan Diaz de Sólis, navegando pelo Rio
da Prata, tornou oficial a conquista do território. Até então, a região dos pampas
era habitada por nações indígenas e a região norte era parte do Império Inca. A
capital, Buenos Aires, foi fundada em 1534.
Ainda no século XVI é iniciada a exploração da prata na região. No século XVII
os espanhóis passam a utilizar a mão de obra indígena para a exploração da
prata. Aos poucos os povos indígenas foram sendo conquistados e dizimados
pelos espanhóis. Os índios guaranis argentinos foram catequizados pelas
missões jesuíticas nesse mesmo período. A Companhia de Jesus foi expulsa da
Argentina em 1767.
Enquanto colônia, a Argentina se envolveu em dois conflitos. Em 1776,
espanhóis e índios guaranis argentinos iniciaram uma luta para expulsar os
portugueses da região do Rio da Prata, e em 1806 a Argentina resistiu a invasão
inglesa.
Em 9 de julho de 1816 a Argentina se tornou independente. Devido à exigência
de autonomia provincial feita pelos federalistas do interior, e da oposição a essa
autonomia dos unitaristas de Buenos Aires, após a Independência iniciou-se a
guerra civil. Somente em 1853 os unitaristas conseguiram promulgar a Primeira
Constituição da Argentina. Em 1865, a Argentina forma com o Brasil e o Uruguai
a tríplice aliança, para lutar contra as forças paraguaias. A Guerra do Paraguai
foi vencida pela tríplice aliança em 1879.
Do fim do século XIX até as primeiras décadas do século XX, foi o período de
grande imigração dos europeus para a Argentina, sobretudo dos italianos. O
inicio do século foi marcado também pelos Governos Radicais, que debilitaram
a democracia e a economia, que sofreu sucessivas crises.
A partir de 1946 a Argentina passa a ser governada pelo presidente populista
Juan Domingos Perón, em um período de ouro para o povo argentino. Em 1955
Péron foi deposto e exilado por um golpe militar, sendo que retornou a Argentina
e ao poder em 1973, governando por um breve período até a sua morte. Tão
carismática quanto Perón, sua esposa Isabelita Perón assumiu seu lugar, mas
foi obrigada pelos militares a renunciar em 1976, instalando-se novamente uma
ditadura no país.
Após sucessivos golpes, governos militares, e dezenas de mortos e
desaparecidos políticos (os considerados subversivos), em 1983 a Argentina
volta a ser uma democracia, com a eleição do presidente Raul Afonsin. Em 1989
Afonsin renunciou em favor ao presidente eleito Carlos Menem, que permaneceu
na presidência por dois mandatos consecutivos, até 1999.
Fernando de La Rua foi eleito para o lugar de Menem. Os cortes e ajustes que
Fernando de La Rua fez na tentativa de evitar a crise econômica acabaram
gerando grande insatisfação popular e várias greves, o que foi o motivo de sua
renúncia. No ápice da crise, em duas semanas a Argentina chegou a ter cinco
presidentes. O mandato provisório de Eduardo Duhalde durou até 25 de maio de
2003, quando Nestor Kirchner, eleito pelo povo, assumiu a presidência.
A ECONOMIA DA ARGENTINA
A economia da Argentina tem muitos recursos naturais, um setor agrícola
orientado para exportação, o baixo indicie de analfabetismo, e uma base
industrial relativamente diversa, é a 22º maior no mundo, seu poder de
compra está estimado em Us$ 18.600, é o 62º maior do mundo, A economia e a
segunda maior superada apenas pela economia do Brasil.
A Argentina e membro do mercado comum do Sul(Mercosul), da organização
mundial do comercio (OMC) e da união de nações sul-americanas (UNASUL).
Em meados do século XIX, a economia da Argentina começou a experimentar
um rápido crescimento na exportação de matérias-primas de gado. Com as
mudanças na produção e exportação de forte crescimento de sua economia
estar dentro das principais potências mundiais. Durante esses anos manteve a
sua posição de destaque como a 10ª nação mais rica.

BANDEIRA DA ARGENTINA
A bandeira da Argentina traz em seu centro o sol de maio, símbolo que se tornou
sinônimo de independência. É confeccionada nas cores nacionais: azul-celeste
e branco
A bandeira da Argentina é um dos símbolos nacionais mais importantes
desse país sul-americano. Ela apresenta duas faixas na cor azul-celeste e uma
faixa branca centralizada, todas na horizontal, com a figura do sol de maio
posicionada no centro do retângulo. A bandeira foi confeccionada por
Manuel Belgrano e oficialmente adotada em 1816, após a independência do
país
SIGNIFICADO DA BANDEIRA
O azul-celeste representa o céu azul do país, embora essa cor
seja também associada à ideia de liberdade e independência.
O azul-celeste pode ser visto ainda como uma referência as cores utilizadas pela
casa de Bourbon, dinastia monárquica de origem francesa que
reinou também na Espanha no século XVIII e teve influência direta nas colônias
espanholas na américa do sul.
O SOL DE MAIO
é uma figura de coloração amarelo-ouro e marrom, com um rosto humano,
que está posicionado exatamente no centro da bandeira. Ela e composta por um
total de 32 raios: metade deles é flamejante e gira em sentido horário, enquanto
a outra metade, disposta alternadamente entre os raios em aparente movimento,
é representada de forma retilínea
CULTURA DA ARGENTINA
A cultura da Argentina é diversa, uma de suas variedades geográficas é a
combinação das muitas identidades étnicas principalmente a europeia que
compõem sua população. A cultura Argentina tem como origem a mescla de
outras que se encontraram durante o período das imigrações, empanadas e
futebol são pontos óbvios de referência argentina. Comida, música e dança são
tradições profundamente enraizadas e mais conhecidas no mundo exterior, mas
muitas crenças e histórias populares também são tidas como válidas em todo o
país, apesar da falta de evidências empíricas.

A cultura argentina é formada por elementos das culturas dos povos nativos sul-
americanos e europeus, principalmente. Cerca de 97% da população da
Argentina tem alguma herança europeia, ao passo que os indígenas e
descendentes de africanos representam, respectivamente, 2,4% e 0,4% dos
moradores daquele país. A língua oficial é o espanhol, e a religião que apresenta
o maior número de adeptos é a católica romana, seguida dos evangélicos.
Uma das principais formas de expressão cultural na Argentina é a música. O país
é internacionalmente conhecido pelo tango, ritmo que nasceu em Buenos Aires
no século XIX a partir de influências caribenhas, europeias e africanas. A
produção cinematográfica argentina tem grande importância para a indústria na
América Latina e tem ganhado cada vez mais espaço nos principais festivais
internacionais de cinema.
O país tem também uma ampla tradição na literatura e nos quadrinhos.
Nascido nas cidades de Montevidéu e Buenos Aires, o tango se tornou um forte
símbolo da Argentina. E não é à toa, já que a dança a dois tem uma coreografia
complexa, que testa a habilidade e o entrosamento do casal de bailarinos.
Lá é possível tomar um café e se sentar em confortáveis poltronas para ler um
livro, sem o compromisso de comprá-lo. A livraria fica na Av. Santa Fe 1860.
No âmbito artístico o país conta com um quadro variado de atividades de
destaque no mundo como a pintura, escultura, literatura, teatro e música.
Passando da música para a mesa podemos destacar dentre as delícias
gastronômicas argentinas a carne com grande tradição no mundo. Para
conhecer mais do sabor inconfundível da carne da Argentina nada melhor do
que conhecer os restaurantes chamados parrilla.
RELIGIÃO
O Artigo 14 da Constituição Argentina garante aos cidadãos a liberdade de
professar livremente seu culto, enquanto o artigo 76 estabelece a
obrigatoriedade do presidente e seu vice pertencerem à comunhão católica
apostólica romana. Apesar da liberdade de culto assegurada pela carta, o Estado
reconhece o caráter predominante da Igreja Católica, que conta com um status
jurídico diferenciado em comparação com as demais religiões. Ademais, o artigo
2º da mesma constituição diz que o Estado Nacional deve apoiar a religião
Católica Apostólica Romana, religião essa que é legalmente equiparada a uma
Entidade Não-estatal de Direito Público, segundo o Código Civil argentino. Este
regime diferenciado não implica, no entanto, em elevar o catolicismo romano ao
status de religião oficial da República. Apesar da maioria dos argentinos se
identificarem como católicos, a grande maioria não é praticante. De acordo com
pesquisas recentes, apenas 17% dos argentinos frequentam serviços religiosos
regularmente.[2] De acordo com uma pesquisa lançada pelo Pew Research
Center em 2019, apenas 37% dos argentinos consideram a religião algo muito
importante na vida, e uma porcentagem similar considera que a religião tem
pouca ou nenhuma influência em suas vidas, fazendo da Argentina um dos
países menos religiosos da América Latina.

PONTOS TURÍSTICOS DA ARGENTINA:


Os principais pontos turísticos da Argentina são repletos de história, cultura e
beleza natural. De norte à sul, desvende as rochas glaciais, o passado das
cavernas e divirta-se na neve. Deguste vinhos nos vinhedos, brinque nas praias
e ainda surpreenda-se.
Obelisco:
Um monumento histórico e icônico da cidade de Buenos Aires, foi construído em
1936 para comemorar os 400 anos da capital da Argentina. Foi erguido na Praça
da República, no encontro de duas grandes avenidas e até hoje atrai diversos
turistas.
CATEDRAL METROPOLITANA:
A principal igreja católica da Argentina é considerada um dos feitos mais
importantes de períodos antepassados. Contundo, já sofreu algumas reformas,
mas ainda leva consigo bastante história do período colonial. Localizada no
centro de Buenos Aires, é frequentemente visitada e reverenciada.
Praias de Mar del Plata:
Mesmo sendo pouco visitada por brasileiros, esse é um dos principais pontos
turísticos da Argentina. Assim, a cidade é famosa principalmente por seus
cassinos e também por realizar muitas festas. Uma longa extensão de praias
inclui no cenário muito surf e diversão por quem passa por lá. Sendo assim, os
pontos turísticos da Argentina vão muito além desses. Logo, são inúmeros os
passeios, lugares e atividades que você pode conhecer por lá.

CULINÁRIA:
A culinária argentina é descrita como uma mistura cultural de influências
mediterrâneas trazidas pelos espanhóis durante o período colonial e,
posteriormente, por imigrantes italianos e espanhóis para a Argentina durante os
séculos XIX e XX, com influências de uma mistura cultural adicional de criollos
(devido aos colonizadores espanhóis) com os povos indígenas da Argentina
(como mate e humitas).
Típico asado argentino:
O consumo anual argentino de carne bovina foi em média de cem quilos (220
libras) per capita,[1] aproximando-se de cento e oitenta quilos (396 libras) per
capita durante o século XIX; consumo médio de 67,7 kg (149 libras) em 2007.
Além do asado (o churrasco argentino), nenhum outro prato combina mais
genuinamente com a identidade nacional. No entanto, a vasta área do país e a
sua diversidade cultural levaram a uma gastronomia local de vários pratos.
As grandes ondas imigratórias consequentemente imprimiram uma grande
influência na culinária argentina, afinal a Argentina foi o segundo país do mundo
com mais imigrantes com 6,6 milhões, perdendo apenas para os Estados Unidos
com 27 milhões, e à frente de outros países receptores de imigração como como
Canadá, Brasil, Austrália, etc.
O povo argentino tem fama de gostar de comer. As reuniões sociais são
geralmente centradas na partilha de uma refeição. Convites para jantar em casa
são geralmente vistos como um símbolo de amizade, cordialidade e integração.
O almoço em família de domingo é considerado a refeição mais significativa da
semana, cujos destaques muitas vezes incluem asado ou massa.
Outra característica da culinária argentina é a preparação de comidas caseiras
como batatas fritas, rissóis e massas para comemorar uma ocasião especial,
encontrar amigos ou homenagear alguém. A comida caseira também é vista
como uma forma de demonstrar afeto.
Os restaurantes argentinos incluem uma grande variedade de cozinhas, preços
e sabores. As grandes cidades tendem a hospedar de tudo, desde

cozinha internacional sofisticada a bodegones (tabernas escondidas tradicionais


baratas), restaurantes menos elegantes e bares e cantinas que oferecem uma
variedade de pratos a preços acessíveis.

FUTEBOL ARGENTINO: HISTÓRIA E TRADIÇÃO


A paixão pelo futebol não é casual. A Argentina foi seguramente um dos maiores
discípulos que tiveram os ingleses no mundo. Desde os colégios do país
começaram a surgir jovens que tinham uma rara comunhão com a bola. Foi
assim que começaram a aparecer jogadores a fundar clubes e somar títulos. A
Associación del Fútbol Argentino é a mais antiga da América do Sul e a oitava
mais antiga do mundo. O futebol do país não só foi o pioneiro na América em
organização, como foi também, em 1912, o primeiro do continente a afiliar-se à
FIFA. Uma marca que marcou as gerações seguintes. Em toda sua existência (a
AFA foi fundada em 21 de fevereiro de 1893), a Seleção Nacional venceu os
Campeonatos Mundias de 1978 e 1986, sendo vice em 1930 e 1990. Obteve
ainda, a medalha de Ouro nas Olimpíadas de 2004 e 2008 e as de Prata em
1928 e 1996, além de 15 Sulamericanos. Ganhou também mais de 100 torneios
internacionais. Hoje grande parte dos clubes mais poderosos do planeta tem em
seu plantel pelo menos um jogador argentino. A Argentina é uma verdadeira
potência futebolística, que invariavelmente ocupa os primeiros lugares no
ranking da FIFA. O crescimento e os títulos não são produto do acaso. É a obra
de um trabalho cada vez mais sério e profundo, ao ponto que os juvenis, em
constante crescimento, somaram muitas conquistas ao futebol nacional: 5
mundiais Sub 20 (1979, 95, 97, 2001 e 2005), 02 Torneios Esperanzas de Toulón
(1975 e 98), 04 Sulamericanos Sub 20/21 (1967, 97, 99 e 2003), 02
Sulamericanos Sub 16/17 (1985 e 2003), 03 Torneios Pré-Olimpicos (1960, 64,
80 e 2004), 02 Jogos Odesur (1982 e 86) e 07 Pan-Americanos (1951, 55, 59,
71, 95, 2003 e 2019)
ORIGEM DO FUTEBOL ARGENTINO:
Em 1840 chegou através dos Portos de Buenos Aires o esporte que mais adiante
se converteu no preferido de toda a Argentina, o futebol. Os ingleses buscavam
na América do Sul uma vida melhor e trouxeram com eles, para o lazer, como
diz a história "una vejiga de vaca como pelota y un par de piedras para demarcar
los arcos". A construção de ferrovias no País, propiciou a chegada de muitos
britânicos que acabaram formando colonias e muitos colégios para a educação
de seus filhos. Em 20 de junho de 1867 houve a primeira partida de futebol na
Argentina. E o responsável por tão nobre ato, foi o Buenos Aires Cricket Club,
nos Bosques de Palermo, próximo, atualmente ao prédio onde está o Planetário.
Um grupo de sócios encabeçados pelos irmãos Thomas e James Hogg
resolveram, no mês de maio, convocar por intermédio de um edital no Diário "The
Standard", pessoas a uma reunião para propulgar a prática do futebol. E assim,
no dia 09 do mesmo mês se fundou o Buenos Aires Football Club e se organizou
o encontro entre colorados e brancos (todos da mesma equipe): os colorados
ganharam por 4 a 0, em uma partida que se iniciou às 12:30 e terminou às
14:30h. Thomas Hogg, eufórico, disse: "Esse é o maior passatempo, o mais fácil
e mais barato para a juventude da classe média e para o povo" - mas na verdade
só jogavam os ingleses e os clubes exclusivos da colônia. Entre 1880 e 1882
chegaram mais de 500.000 imigrantes na Argentina e um deles, Alejandro
Watson Hutton, trouxe entre suas malas, algumas bolas de futebol e "infladores".
Este britânico nasceu em Glasgow, Escócia, e era graduado em humanidades
na Universidade de Edimburgo. Em 1882 desembarcou no país para trabalhar
no Colégio Saint Andrew. Alí implantou a prática desportiva e cultural e o
interesse pelo futebol cresceu entre os alunos, enquanto que a relação de Hutton
com as autoridades do colégio se deterioravam e por causa dessas divergências
resolveu fundar a "English High School", base do mítico "Alumni".
PARTICIPAÇÕES EM COPA DO MUNDO:
Como já dizia toguro; “em pleno 2022, ano de copa do mundo”, Vale a pena
lembrar das participações da seleção Argentina nessa competição que é a maior
quando se trata de duelos entre seleções. A seleção argentina participará de sua
18a edição da Copa do Mundo de Futebol em 2022. A Seleção da Argentina só
não participou dos mundiais de 1938, 1950 e 1954 e não se classificou para a
Copa do Mundo de 1970. A seleção argentina venceu as Copas do Mundo de
1978 e 1986 e foi vice-campeã em 1930, 1990 e 2014. A Argentina venceu a
Copa das Confederações de 1992 (chamada na época de Copa Rei Fahd). A
Argentina, juntamente com o Uruguai, é a maior vencedora da Copa América
com 15 títulos. A Seleção Argentina também foi duas vezes

campeã da Copa dos Campeões CONMEBOL-UEFA (Finalíssima). A seleção


argentina conquistou a medalha de ouro no futebol masculino dos Jogos
Olímpicos de 2004 e 2008 e a medalha de prata em 1928 e em 1996.
RETROSPECTO DA SELEÇÃO DA ARGENTINA EM COPAS
1930 - Vice-campeã 1934 – Eliminada na 1a Fase 1938 –
Desistiu 1950 - Desistiu 1954 – Não disputou 1958 –
Eliminada na 1a Fase 1962 – Eliminada na 1a Fase 1966 – Eliminada nas
Quartas de Final 1970 – Não se classificou 1974 –
Eliminada na 2a fase 1978 – Campeã 1982 –
Eliminada na 2a fase 1986 – Campeã 1990 –
Vice-campeã 1994 –
Eliminada nas Oitavas de Final 1998 – Eliminada nas Quartas de Final 2002 –
Eliminada na 1a Fase 2006 – Eliminada nas Quartas de Final 2010 –

Eliminada nas Quartas de Final 2014 – Vice-campeã 2018 –


Eliminada nas Oitavas de Final 2022 –
Disputará a Copa do Mundo do Catar de 2022 2026 –

O RACISMO É O ADVERSÁRIO:
Episódios envolvendo injúrias raciais protagonizadas por argentinos têm sido
recorrentes nas competições sul-americanas; jornalistas do país comentam o
tema A maioria dos casos de racismo velado a brasileiros nas competições sul-
americanas têm como centro a Argentina. Aspectos característicos da formação
do povo argentino e o colonialismo reforçam esta identidade europeia,
abominando qualquer estereótipo que não se enquadre dentro deste perfil. No
ano passado, o presidente argentino Alberto Fernández deu uma desastrosa
declaração em encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez. Os
mexicanos vieram dos índigenas, os brasileiros das selvas e nós, chegamos em
barcos que vinham da Europa", disse Fernández, remetendo-se a uma canção
do roqueiro argentino Litto Nebbia, de 1982. A música em questão era uma ironia
ao mito eurocêntrico da formação do povo argentino, já que Litto posteriormente
fala sobre a diversidade. Todavia é sempre presente na Argentina a discussão
sobre a identidade do povo local. Destaca-se dentro dos estudos sobre a
constituição da sociedade argentina o autor Domingos Faustino Sarmiento, que
inclusive chegou a ser presidente do país em 1868. Dentre seus escritos está o
livro 'Civilização e Bárbarie', que trazia em conceitos a ideia de que 'o argentino
é um europeu nascido na América'. Inspirado no modelo de desenvolvimento dos
Estados Unidos, Sarmiento acreditava que a miscigenação foi a pior herança
pela Espanha e Portugal, já que teria feito prevalecer 'raças' na região incapazes
de serem civilizadas. Em contrapartida, a colonização inglesa na América do
Norte não admitiu a incorporação indígena, propiciando que as colônias, quando
iniciaram o processo de independência, fossem capazes de manter suas
tradições cristãs graças à pureza da raça europeia. Sarmiento então incentiva a

imigração, acreditando que o progresso só viria com uma população de matriz


europeia.
AS ‘HINCHADAS’ E O MACHISMO:
O que Nahuel, Jornalista do Clarín, destacou em sua fala é algo que vem sendo
debatido entre teóricos que acompanham o futebol argentino. Para muitos, além
dos fatores históricos, o que sustenta o comportamento discriminatório das
'hinchadas' argentinas é o machismo. Os cantos discriminatórios estão
presentes em quase todos os jogos de futebol e em todos os campos do país,
com níveis variados e também repercussões díspares. Assim, ficam registrados
discursos homofóbicos, antissemitas, xenófobos, racistas, classistas, além de
infindáveis ofensas e insultos que, embora muitas vezes não ultrapassem os
limites do confronto dialético, às vezes levam a atos de violência física,
confrontos armados e até mesmo assassinatos, como apontou recentemente
Julián Martinez, integrante do Observatório da Discriminação no Esporte, em
artigo na revista 'Inclusive 4'. "As campanhas de conscientização que visam
combater a discriminação e a violência neste esporte não devem perder de vista
aquele núcleo de onde emergem todos os slogans discriminatórios e ofensivos,
que não é mais do que a masculinidade hegemónica e as formas concretas que
assume no contexto do futebol. Erradicar, ou pelo menos reduzir, as
manifestações violentas (verbais e físicas) inevitavelmente caminhará de mãos
dadas com o questionamento daqueles comportamentos que a sociedade tem
apresentado aos homens como desejáveis e esperados", escreveu Julián. Os
questionamentos apresentados por Julián Martinez não são uma exclusividade
apenas do futebol argentino, mas, sim, de toda uma estrutura social que fez dos
campos um lugar excludente, de racismo, xenofobia, misoginia, antissemitismo
e outras agressões. Os agentes que fazem parte do jogo precisam se impor e
combater o 'vale tudo' que macula os campos e transformar esta realidade,
mesmo que de forma lenta, é uma obrigação. Enquanto condutas forem
normalizadas por jogadores, instituições, torcedores e imprensa, não será
possível dizer que o futebol é um lugar para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Mundoeducação
Toda matéria
Brasilescola
Meuartigo
Infoescola

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