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30/06/2021 SEI/ERJ - 4531272 - Estudo Técnico Preliminar

Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado da Casa Civil e Governança
Subsecretaria de Logística

ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR -


LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

1. INTRODUÇÃO
Trata o presente de Estudo Técnico Preliminar necessário para assegurar a viabilidade da
contratação de determinada solução, mensurar os riscos, determinar estratégias, fornecer subsídios para a
elaboração do Termo de Referência e, bem como, definir um plano de sustentação para a solução
demandada.
O estudo aqui apresentado recai sobre a realização de licitação centralizada, para eventuais
e futuras contratações descentralizadas, em favor dos Órgãos e Entidades pertencentes ao Poder Executivo
Estadual, para a contratação de serviços de Locação de Veículos.
Trata-se de um modelo de serviço adotado de forma comum e habitual pela Administração
Pública do Estado do Rio de Janeiro, tendo obtido bons resultados para as Contratantes.
Em outras linhas, o presente Estudo Técnico Preliminar tem por finalidade avaliar o
histórico do modelo de Locação de Veículos atualmente em execução no Estado, observar as necessidades
dos órgãos integrantes do Poder Executivo, levantar os requisitos técnicos necessários para atender essas
necessidades, aferir as condições que o mercado oferece e, por fim, analisar a viabilidade da contratação
centralizada.
Assim, a delimitação da solução nos termos e condições estipulados, não é decisão de livre
arbítrio desta equipe. Aqui estão pautados elementos que, fundamentadamente, tem a capacidade e
potencial para, em tese, considerando o caso concreto, melhor atender ao Interesse Público.
 
1.1. Justificativa da Necessidade de Contratação
Nestas primeiras linhas, tem-se em vista que, para atender suas demandas operacionais e
administrativas, os órgãos da Administração Pública precisam movimentar pessoas e recursos.
No caso do Governo do Estado do Rio de Janeiro, servidores são transportados diariamente
para exercer atividades que vão desde fiscalizações, operações de urgência e emergência, até translado de
servidores para eventos profissionais, reuniões e para o transporte de materiais, para dar apoio às diversas
atividades desenvolvidas.
Essa diversidade de atividades implica em uma demanda por veículos de características
plurais, que é atendida, atualmente, por meio dos contratos de locação de veículos, aquisição de frota
própria, e, mais recentemente, pelo serviço de transporte remunerado privado individual denominado “RJ
Mobi”, além da contratação de condutores e fornecimento de combustíveis.
Ao fim, a contratação da solução estipulada tem o objetivo dar suporte aos trabalhos
administrativos dos Órgãos e Entidades que compõem o ERJ, de forma a possibilitar o cumprimento ágil e
eficiente dos trabalhos desenvolvidos.
 
1.2. Instrumentos de Planejamento
Em linhas iniciais, faz-se necessário arrolar que esta SUBLOG/SECCG, como Órgão
Central de Logística do ERJ, tem a prerrogativa de tomar as diligências indispensáveis a fim de dotar de
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maior racionalidade e destreza os procedimentos administrativos para a contratação dos serviços em


comento, na forma do § 1°, art. 3°, do Decreto Estadual n° 42.092/2010 c/c o art. 6° do Decreto Estadual
n° 42.301/2010.
Aproveitamos para salientar que a atual gestão busca adotar procedimentos atinentes ao
contingenciamento de despesas, objetivando a otimização dos gastos públicos. Nesta direção, esta Pasta
está empenhada em adequar-se à nova realidade do Governo Estadual.
Por essa razão, e alinhado à avaliação realizada pela Coordenadoria de Compras
Centralizadas desta Subsecretaria de Logística/SECCG, identificou-se que a demanda pelos serviços de
locação de veículos, de forma a atender satisfatoriamente o Interesse Público, constitui uma necessidade
dos Órgãos e Entidades da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Os fatos narrados acima se subsumem às normas preconizadas na Resolução SECCG n°
17/2019, as quais foram instituídas com o condão de aperfeiçoar a qualidade dos gastos públicos, traçando
categorias estratégicas no âmbito da Política Estadual de Gestão de Suprimentos, fazendo remissão ao
Decreto Estadual n° 45.802/16, de forma sistêmica, dispondo o seguinte:
"Art. 1º - Ficam instituídas como Categorias Estratégicas da Política Estadual de Gestão
Estratégica de Suprimentos – GES, com fundamento no Art. 8° do Decreto Estadual n° 45.802, de 26
de outubro de 2016, as seguintes contratações:
V – Serviços de Apoio Administrativo, Técnico e Operacional;"
Noutro passo, aludindo à norma estipulada no Decreto Estadual n° 45.802/2016, tem-se por
esta licitação centralizada a oportunidade de a Administração perseguir e alcançar o princípio da
economicidade, que pode ser obtida através de melhoria de Gestão, pelo aumento do poder de barganha,
gerando um aperfeiçoamento na qualidade dos gastos públicos, aproximando as compras realizadas às
praticas vigentes no mercado.
Os serviços elencados têm sua importância técnica-operacional para o desenvolvimento
hábil dos trabalhos desempenhados pelos Órgãos e Entidades do ERJ, uma vez que estes foram definidos
de forma a atender precisamente as necessidades identificadas, dotados de requisitos mínimos para a
satisfação da expectativa da contratação, não sendo desarrazoados ou de luxo.
Caminhando ao final dessas primeiras linhas, o presente fundamenta-se, também, na
homenagem aos princípios da eficiência, padronização, legalidade e os demais princípios e regras que
norteiam a Administração Pública.
 

1.3. Resultados pretendidos do atendimento da demanda

Tem-se em vista que, com a instituição do procedimento, esta SUBLOG/SECCG visa


preservar o caráter ininterrupto das atividades administrativas e operacionais do ERJ, agindo de forma
planejada, a fim de prevenir riscos e prejuízos ao Erário, ambicionando melhorias de gestão – tais como o
aumento do poder de barganha e a obtenção de economia de escala.
Assim, instaura-se a licitação centralizada, para eventuais e futuras contratações
descentralizadas em favor dos Órgãos e Entidades que compõem o corpo administrativo do Poder
Executivo Estadual.
Noutros passos, com o condão de atender satisfatoriamente as necessidades identificadas,
observando as peculiaridades do objeto e para alcançar os resultados pretendidos, é oportuno o emprego
dos seguintes recursos:
a. Disponibilização de plataforma eletrônica para apresentação e verificação das
demandas dos Órgãos que demonstrarem interesse; com vistas a estabelecer uma
maior margem de negociação no certame e, também, para mensurar, em estimativa
aproximada, a dimensão do pleito;
b. Disponibilização dos meios pertinentes, sejam físicos ou eletrônicos, para a
realização da pesquisa de mercado e da pesquisa de preços, as quais possibilitam a
mensuração da dimensão do pleito e a verificação da aproximação do trabalho às
práticas vigentes no mercado;

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c. Disponibilização de recursos materiais (artigos de escritório e de informática) e


humanos (pessoal apto e capacitado), para viabilizar a realização dos trabalhos.
A presente demanda é proveitosa na medida em que identifica-se que o serviço de locação
de veículos, de forma a atender satisfatoriamente o Interesse Público, constituem uma necessidade em
comum dos Órgãos e Entidades da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro. Pelo exposto até
aqui, os resultados pretendidos são:

a. O atendimento satisfatório da contratação;

b. O alcance de uma larga racionalização e economia aos gastos públicos;

c. A preservação do caráter ininterrupto das atividades administrativas e


operacionais do ERJ;

d. A prevenção de riscos ao Erário; e

e. O alcance de indicadores para a medição e aperfeiçoamento da gestão.

2. ANÁLISE DE CENÁRIO
2.1. ​Levantamento das soluções do mercado
Neste tópico urge a importância de pesquisar e determinar as soluções capazes de atender
satisfatoriamente os ambientes produtivos que gozam os diversos setores de atuação deste Estado – que
estão alinhadas aos princípios e regras que regem a Administração.
Nossa investigação tem o condão de identificar empreendimentos possíveis de aproximar as
compras públicas da Administração Estadual às praticas adotadas pelo mercado, impondo inovações que
se fundamentam no principio da eficiência, imprimindo um uso racional dos recursos públicos. 
Assim, em pesquisa sobre o panorama do mercado na internet, observou-se que, em matéria
de soluções para o serviço de transporte de servidores, a Administração Pública em geral costuma adotar
ao menos três modelos para execução deste serviço, são eles:

i. Aquisição de Veículos

No modelo de aquisição de veículos, a Administração Pública adquire o veículo e assume


todos os custos dele decorrentes, contratando, de forma independente, motorista em empresa terceirizada
ou designando servidor do próprio órgão para a função.
É solução adotada em situações específicas como, por exemplo, quando o órgão público
conta com estrutura de manutenção de veículos ou quando a locação não se mostra uma opção viável – à
semelhança do que é praticado pelas forças de segurança, onde o risco de deterioração dos veículos
locados é enorme –, ou ainda, quando a localização do órgão torna inviável a adoção de modelo de
contratação diverso.

ii. Locação de Veículos

No modelo de locação de veículos, o serviço consiste na disponibilização de veículos por


empresa contratada, a qual se responsabiliza pelos gastos e manutenções advindas da disponibilização do
veículo.
Os carros locados podem dispor, ainda, de franquia mensal, cuja administração está sob a
responsabilidade do órgão contratante, que poderá ser impelido a pagar taxa por quilômetro excedente, se
ultrapassada a franquia determinada.
Este é o modelo mais representativo no âmbito dos órgãos da Administração Pública
Estadual atualmente e, inclusive, faz parte das categorias estratégicas centralizadas pela Subsecretaria de
Logística, descritas na Resolução SECCG N° 17 de 03 de abril de 2019.

iii. Transporte Remunerado Privado Individual de Passageiros

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O transporte remunerado privado individual, por sua vez, é definido pela Política Nacional
de Mobilidade Urbana como: “serviço remunerado de transporte de passageiros, não aberto ao público,
para a realização de viagens individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por usuários
1
previamente cadastrados em aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede” .
Neste modal, o contratante obtém acesso a sistema, através de plataforma web ou
aplicativo, por meio do qual poderá solicitar serviço de transporte a ser atendido por prestadores de serviço
de transporte cadastrados no sistema e que estejam mais próximos ao local onde foi feita a solicitação.
Tais modelos são vistos mais recentemente no âmbito da Administração Pública e, no caso
2
do Estado do Rio de Janeiro, atualmente são objeto de procedimento licitatório próprio – RJ Mobi – que
objetiva a implementação de modelo híbrido de contratação de serviço de transporte de servidores, aliando
a locação de veículos e o transporte remunerado privado individual de passageiros, o que será melhor
explicitado adiante.
 
2.2. Avaliação comparativa (Benchmarking)
Com o objetivo de identificar a prática do mercado público quanto à locação de veículos,
foi realizada uma pesquisa de Benchmarking junto às principais fontes de informação sobre compras
3
públicas, como o ComprasNet , a Bolsa Eletrônica de São Paulo e sites de Governos e Prefeituras, cujos
resultados serão apresentados nos tópicos a seguir.

i) Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:

Objeto: Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de veículos com motorista
para o transporte de documentação interna, deslocamentos de autoridades, dirigentes, servidores em
serviço e transporte de pequenas cargas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no
Distrito Federal, Região do Entorno e demais localidades necessárias.

Fornecedora: Cooperativa Mista de Consumo e Prestação de Serviço em Transporte Rodoviário -


COOPERTRAN Ltda.

Franquia

Mensal
Quantidade (KM) Valor por
Item Descrição do Veículo
de Veículos KM
por carro

estimada

Veículo com potência mínima de 70


CV e 1.000 (um mil) cilindradas, com
04 (quatro) portas,
cor  preferencialmente branca,
equipado com ar  condicionado,
direção hidráulica,
desembaçador  elétrico do vidro
01 38 traseiro, vidros e travamento 1.500 Km R$ 3,04
das  portas elétricos, movido a
bicombustível (total flex), capacidade
para 05 (cinco) passageiros com
motorista e com todos os acessórios
exigidos pelo CONTRAN, a ser
utilizado no transporte de servidores.
(COMUM) - Chevrolet Celta LT

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02 01 Veículo automotor utilitário tipo Van, 1500 Km R$ 6,29


potência mínima de 127 cv, na cor
branca, com capacidade de, no mínimo,
16 (dezesseis) passageiros, movido
diesel, equipado com ar condicionado,
direção  hidráulica, desembaçador
elétrico e com todos os  acessórios
exigidos pelo CONTRAN, a ser
utilizado no transporte de servidores.
(VAN) Mercedez Benz Sprinter

Destaques:

a) A licitação é com disponibilidade do veículo com motorista 24 horas por dia, sem acréscimo no
custo contratual, visto que o valor é por km/rodado (franquia mensal).
b) O critério de julgamento adotado será o menor preço do quilômetro rodado.
c) O valor do quilômetro excedente não poderá ultrapassar a 70% do valor do quilômetro contratado
dentro da franquia de todos os veículos
d) Veículo com, no máximo, 1 ano de uso ou 10.000 km rodados, o que vier primeiro.
e) Definiu-se o prazo do contrato para 12 meses.

ii) Governo do Estado do Paraná

Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de veículos, com


quilometragem livre, estabelecendo as especificações, a fim de atender as necessidades da Casa Civil,
considerando que em razão dos constantes deslocamentos terrestres do Chefe do Poder Executivo
Estadual e seus familiares, faz-se necessário um nível maior de segurança, proporcionado por motor
compatível, sendo a potência especificada a mais adequada à atividade desenvolvida, acarretando um
melhor desempenho do veículo em situações adversas, segurança na dirigibilidade e conforto ao
usuário e atendimento à demanda de serviços, relacionados à área de transportes, em função da
necessidade de realização de atividades externas, essenciais ao funcionamento da Casa Civil, as quais
exigem constantes deslocamentos de pessoas, documentos e materiais.

Fornecedora: Stephany Iorrani Bueno de Souza - EIRELI - ME

Preço
Valor
Quantidade Anual -
Item Descrição do Veículo por
de Veículos total do
veículo
lote

Veículo Sedan 4 portas 3.0,


R$ R$
01 08 Potencia mínima 250CV,
654.999,36 6.822,91
capacidade para 05 ocupantes

Destaques:

a) O critério de disputa foi o menor preço total do lote.


b) O contrato foi realizado com quilometragem livre.
c) A substituição do veículo em uso pela CONTRATANTE, na capital do Estado, em caso de falhas
mecânicas, acidentes, furto/roubo ou qualquer outra situação que o afaste do serviço, deverá ocorrer
em, no máximo, 02 (duas) horas, por outro veículo do mesmo tipo e marca, com as mesmas
especificações.
d) Os veículos entregues para a utilização da CONTRATANTE deverão ser novos – 0 km – devendo
ser substituídos com no máximo dois anos de uso (havendo prorrogação de contrato), contados da data
de saída constante na Nota Fiscal de venda do automóvel novo – 0km, e/ou com no máximo 120.000
(cento e vinte mil) quilômetros rodados, o que ocorrer primeiro.
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e) Os veículos reservas ou entregues em substituição temporária deverão, da mesma forma, ter no


máximo dois anos de uso ou 60.000 (sessenta mil) quilômetros rodados.

iii) Governo do Estado de Minas Gerais

Objeto: Registro de Preços referente à contratação de empresa especializada para prestação de serviço
de transporte mediante locação de veículos automotores novos para transporte de pessoas e pequenas
cargas, sem condutor, sem fornecimento de combustível, com quilometragem livre, com seguro total
sem franquia, e com manutenção preventiva e corretiva, em atendimento às demandas dos órgãos e
entidades do Poder Executivo do Estado de Minas Gerais e suas unidades, em todo território estadual,
para a prestação de serviços públicos permanentes ou de longa duração.

Fornecedora: Ata de Registro de Preços - CS Brasil Frotas e Localiza Rent a Car

Preço
Valor
Quantidade Anual -
Item Descrição do Veículo por
de Veículos total do
veículo
lote

Veiculo servico, sedan, standard; min 1300cc, R$


6.688 min 88cv; 05 lugares, 04 portas, ar
1   1.602,30
  condicionado, gps, localizador, com
manutenção.  

1.408 Veiculo servico, hatch,standard;1000cc,min


R$
2 75cv;05 lugares; 04 portas,ar  
  1.074,71
condicionado;GPS

Veiculo servico,monovolume,standard,min,
R$
3 2.688 1800cc,07 lugares, min 106cv;04 portas;gps  
2.449,24
localizador; ar condic; manutencao

Camioneta standard;car aberta;acima


R$
6 1.184 0,8ton;04p;cab.dup;min 2000cc,min  
4.298,70
180cv;4x4;gps localizador.ar condic.

Veiculo van;03 portas lat;min 2000cc; min R$


8 608 127cv; min 15 lugares,diesel,ar   4.354,86
condicionado,gps  

Camioneta ,carroceria aberta,standard,cap R$


1.520,21
9 320 acima 0,65ton, cab simples 2p lat,min  
1300cc,min.86cv;gps localizador;ar condic.  

Destaques:

a) Definiu-se que a ata seria sem motorista e com manutenção preventiva e corretiva incluída.
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b) Locação por no máximo 32 meses.


c) A contratação será com veículos novos e entregues sempre abastecidos em sua capacidade máxima.
d) Os veículos serão utilizados com quilometragem livre.

iv) Câmara dos Deputados:

Objeto: Locação de veículos automotores, sem motorista, nem combustível, pelo período de 12 (doze)
meses, para o transporte rodoviário de deputados e servidores da Câmara dos Deputados, em
atividades parlamentares e administrativas, em deslocamento no Distrito Federal e Entorno.

Fornecedor: Salute Locação e Empreendimentos LTDA.

Valor unitário Valor total


Item Descrição do item Quantidade
mensal anual

Locação de veículo sedan (potência R$


2 1 R$ 1.300,00
mínima 95 cv) 15.600,00

Destaques:

a) Após 2 (dois) anos de uso ou 50.000 (cinquenta mil) quilômetros rodados, prevalecendo o que
ocorrer primeiro, os veículos deverão ser substituídos por outros veículos de mesmas características e
especificações, respeitada a correspondência ano/modelo, em relação ao ano de troca.
b) Os veículos serão utilizados no regime de quilometragem livre.
c) Vigência de 1 ano.

v) Prefeitura Municipal de Belo Horizonte:

Objeto: Prestação de serviço de transporte mediante locação de veículos, em caráter não eventual, sem
condutores, com fornecimento de combustíveis e manutenção preventiva e corretiva.

Fornecedora: Estrela Logística Eireli

Preço Preço
Item Quantidade Unitário Anual
Descrição do Veículo por total
  de Veículos carro
por mês  

Veículo novo, modelo sedan médio; 04 portas; cor


cinza ou prata; bancos  encapados em couro
sintético automotivo na cor preta, capacidade para R$ R$
1 3
05 ou mais pessoas; dotados de  sistema de ar- 2.101,74 75.662,64
condicionado, direção  hidráulica ou elétrica, trio
elétrico; cilindrada mínima 1.300.

2 4 Veículo novo, quilometragem de  acordo com o R$ R$


item 1.4 do Anexo I.  modelo hatch; 04 portas; 2.101,00 100.848,00

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bancos  encapados em couro sintético  automotivo


na cor preta, capacidade  para 04 ou mais pessoas;
cilindrada mínima 1.300.

Destaques:

a) Contrato 36 meses.
b) Assegurar que os veículos permaneçam à disposição do Contratante, durante a vigência do contrato,
em regime de tempo integral, ou seja, 24 (vinte e quatro) horas por dia nos 07 (sete) dias da semana,
não podendo ser utilizados para outros fins.
c) No ato da implantação do contrato, todos os veículos deverão ser novos, fabricados no ano da
assinatura do contrato e ter quilometragem máxima de 5.000 Km, podendo permanecer em atividade
até atingirem o limite de 36 (trinta e seis) meses contados da data de sua fabricação, quando deverão
ser substituídos por veículos também novos, fabricados no ano da substituição e ter quilometragem
máxima de 5.000 Km.
d) Caso ocorra excesso de quilometragem dos veículos, tal excesso não poderá ser superior à
quilometragem global da frota a ser contratada.
e) Definiu-se que os veículos, tipo Hatch e Sedan, teriam previsão de quilometragem média de 4.000
km/mês e inclusão de combustível e manutenção no contrato.
f) Fixou-se que os veículos Hatch e Sedan não teriam previsão de contratação com motorista no
contrato.

2.2.1. Contratações similares feitas pelo próprio Órgão

A última Ata de Registro de Preços para Locação de Veículos centralizada, foi realizada no
ano de 2015 (ARP SEPLAG nº 009/2015 – com validade até Fevereiro/2016), ao fim da qual havia a
previsão do início de uma nova ata para o segundo semestre de 2016, tendo sido iniciado processo
licitatório de registro de preços para locação de veículos (Processo nº E-01/004/1356/2015 - PERP n°
006/2016).
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O estudo realizado à época , em resumo, observou que seis órgãos realizaram contratações
para locação de veículos, totalizando R$ 6.891.158,56, levando em conta apenas os veículos que possuíam
base de comparação com os valores da ARP SEPLAG n° 009/2015 e da pesquisa de mercado do processo
nº E-01/004/1356/2015.
Esse total não considerou outros modelos de veículos que foram contratados no período e
também não há estimativa daqueles que os órgãos tenham deixado de contratar, apesar de existirem muitas
outras requisições abertas no SIGA, mas não concluídas.
Tal análise pode ser resumida pela figura 01, a seguir, que traz um quadro comparativo dos
valores globais das compras descentralizadas com as estimativas para compras centralizadas realizadas
naquele contexto. Os valores foram estimados considerando 02 cenários, quais sejam:
A estimativa para compras centralizadas com o melhor cenário se baseou nos preços
homologados no PERP SEPLAG n° 23/14, cuja homologação ocorreu num momento em que o Estado
vivia um momento financeiro mais favorável que o da pesquisa de mercado realizada no âmbito do
processo nº E-01/004/1356/2015 e, portanto, dificilmente os preços do referido processo ficariam menores
do que os homologados naquele Pregão.
Já o pior cenário para as compras centralizadas, considerou que os valores que viriam a ser
obtidos na etapa competitiva do pregão eletrônico do processo nº E01/004/1356/2015, seriam idênticos ao
valor de referência da pesquisa de mercado, i.e., sem sofrer nenhuma alteração durante a fase competitiva,
o que é um cenário extremo considerando a realidade das compras públicas.

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Não obstante, após analisar o PERP nº 06/2016, o Tribunal de Contas do Estado do Rio de
Janeiro – TCE/RJ recomendou a suspensão do procedimento, ante as dificuldades financeiras enfrentadas
pela Administração Pública Estadual naquele período.
Por essa razão, em atendimento à recomendação da Corte de Contas, o Órgão Gerenciador,
à época SEPLAG, decidiu revogar, pelo período de três anos, a licitação para locação de veículos.
Passados os três anos, optou-se por retomar esta contratação, sob novo contexto.
Desse modo, após o fim da vigência da ARP nº 09/2015, os órgãos e entidades participantes
e aderentes à Ata optaram por manter seus contratos, por meio de renovações e aditivos, ou realizar novas
contratações de forma independente, sendo responsáveis diretamente pela gestão e fiscalização destes
contratos, motivo pelo qual não foi possível a este Órgão Gerenciador reunir dados precisos acerca de
todos os contratos de locação de veículos existentes no Estado.
Assim, para aferição da atual situação da frota locada na Administração Estadual, fez-se
5
necessária pesquisa na plataforma web do CTF ,  dispositivo que integra o antigo contrato de fornecimento
de combustíveis (Contrato nº 001/2014), por meio da qual foi possível extrair dados referentes à
quantidade de veículos locados no Estado, bem como estimar o desempenho atual da frota, em termos de
Km/L.
Como resultado, verificou-se que no período de agosto de 2018 a fevereiro de 2019, o
Estado do Rio de Janeiro utilizou 548 veículos locados, os quais perfizeram cerca de 1.277.370,39 km por
mês, com custo mensal aproximado de R$ 3.436.784,86. Ressalte-se que não foram considerados, nestes
valores, os veículos de grande porte, pick-ups e vans.
Cumpre informar que a demanda por serviços de transporte de passageiro é
complementarmente suprida pela contratação de serviços de abastecimento (em postos externos ou
internos) e contratação de motoristas (terceirizados ou integrantes da estrutura do governo).
O abastecimento dos veículos é atendido atualmente pela ARP 002/2019 e no caso dos
participantes do presente procedimento, a modalidade de abastecimento se concentra em postos externos.
O objeto também faz parte das categorias estratégicas centralizadas pela Subsecretaria de Logística.
Já a contratação de motoristas é feita tanto de forma centralizada quanto descentralizada,
a depender da necessidade e estrutura de cada órgão.
 

​2.2.2. Contratações similares feitas por outros órgãos e entidades

i) Pregão Eletrônico 004/2017 da DPGE-RJ

O objeto fora contratado por Ata de Registro de Preços no período de 2017 a 2018, através
da qual foram homologados os seguintes valores:
 
Valor
Item Fornecedora Quantidade
Homologado
EBEC 24
Serviço de Locação de Veiculo LOCACAO R$ 18.000,00
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Transporte de Passageiros - DE
Capacidade: 16 Passageiros, VEICULOS
Descrição: Tipo Van; Potencia S/A
110 ~ 130 CV; Combustível:  
Diesel; 4 Portas Com Vidros,
Direção
Hidráulica/Eletroassistida; Ar
Condicionado; Carroceria
Monobloco Com Teto Elevado
em Chapa de Aço Automotivo,
Combustível: Sem
Fornecimento de Combustível,
Motorista: Sem Fornecimento
de Motorista - ID: 145730 -
Código do Item:
0667.001.0099

Serviços de Locação de
Veículos Tipo Pick-Up -
Descrição: Motor De 2.0l ~
3.2l, Potencia De 120 CV ~
200 CV, Combustível Diesel,
Tração 4x4, Cabine Simples,
Capacidade De Carga De 1000
~ 1500 Kg, Características 24 R$ 8.900,00
Adicionais: Conforme Termo
De Referencia. Sem
Fornecimento De Motorista;
Sem Fornecimento De
Combustível - ID: 110024 -
Código do Item:
0667.006.0017

Serviços de Locação de
Veículos Tipo Pick-Up -
Descrição: Motor de 2.0l ~
3.2l, Potencia De 100 CV ~
200 CV, Combustível Diesel,
Tração 4x4, Cabine Dupla, 4
Portas, Capacidade de Carga
de 1000 ~ 1500 Kg, 24 R$ 11.000,00
Características Adicionais:
Conforme Termo de
Referencia. Sem Fornecimento
de Motorista; Sem
Fornecimento de Combustível
- ID: 110023 - Código do Item:
0667.006.0016
24
Serviços de Locação de R$ 14.180,00
Veículos de Passeio -
Descrição:  Contratação de
Empresa Especializada em
Serviços de Locação de
Veículos, Com Capacidade
para 07 (Sete) Passageiros
Incluindo o Motorista, Motor
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1.4 Cilindradas, Potencia (CV)


85,0 (G) / 86,0 (E) A 5750
RPM, Combustível Gasolina e
Etanol, Ar Condicionado,
Acessórios Obrigatórios (Cinto
de Segurança, Extintor, Estepe,
Chave de Roda, Macaco E
Triangulo), Cor Branca,
Características Adicionais:
Sem Motorista, Sem
Combustível - ID: 145728 -
Código do Item:
0667.005.0018

​2.2.3. Consulta ao mercado

No caso sob análise, a consulta ao mercado foi feita, principalmente, por meio de
questionamentos elaborados em audiências públicas realizadas em 10/05/2017 e 21/06/2017, por meio das
quais foi esclarecido que, no mercado de locação de veículos, os contratados compram veículos zero
quilômetro para locarem para o Estado e, após um determinado período ou quilometragem rodada pelo
veículo, este é devolvido para a contratada que o revende para amortizar o valor da aquisição.
Assim, as empresas de locação obtém seu lucro através da fórmula: Valor de Aluguel +
Valor de Revenda – Valor de Compra = lucro. Esta lógica se repete não somente para os veículos de
pequeno porte, mas para os de grande e médio porte, desde carros populares até pick ups.
Entretanto, cabe destacar que a diferença do valor de compra de veículos maiores ou mais
complexos cria empecilhos para a prestadora de serviços, fazendo com que haja a necessidade de um tipo
diferente de contrato para os veículos de maior porte.
Isso porque, a diferença entre os contratos de veículos de “menor porte” (como automóveis,
tipo hatch e minivans), para os de maior porte (como vans e pick ups), se dá no período mínimo de
amortização dos custos das prestadoras de serviço.
Além disso, de acordo com representantes deste setor, foi exposto que veículos de grande
porte podem demorar até 100 dias para serem entregues às locadoras de veículo, quando proveniente de
fábricas. Sendo assim, foi recomendado que no caso destes veículos, o prazo de entrega inicial seja de até
120 dias.​
 
2.3. Institucional e Legal
Deverão, para a satisfação do procedimento licitatório em sua fase interna e externa, ser
observados:
Os princípios que circundam as licitações e o solução adotada em todo ordenamento
Jurídico e todos os diplomas legais pertinentes à matéria, sem exceção, em especial:
A. A Lei n° 8.666/93;
B. A Lei n° 10.520/02;
C. A Lei Estadual 287/79;
D. A Lei Estadual 7.753/17;
E. Os Decretos do Estado do Rio de Janeiro que versam sobre matérias de licitação, em
fase interna e externa, e sobre Sistema de Registro de Preços e contratos;
F. As Resoluções emitidas pelos Órgãos e Entidades do Rio de Janeiro que tem
competência para tratar sobre matérias de licitação, em fase interna e externa, e sobre
Sistema de Registro de Preços e contratos;
G. As Portarias emitidas pelos Órgãos e Entidades do Rio de Janeiro que tem competência
para tratar sobre matérias de licitação, em fase interna e externa, e sobre Sistema de
Registro de Preços e contratos;
 
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Deverão, para a satisfação da execução do objeto, com vistas a manter uma relação
contratual equilibrada e eficiente, ser observados:
Os princípios do Direito Constitucional, do Direito Administrativo e do Direito do Transito
que circundam o objeto em todo o ordenamento jurídico e todos os diplomas legais pertinentes à matéria,
sem exceção, em especial:
H. Lei n° 9.503/97 – Código de Transito Brasileiro;
I. As normas expedidas pelo Departamento Nacional de Trânsito;
J. As normas expedidas pelo Departamento Estadual de Transito do Rio de Janeiro;
K. As normas expedidas pelos Órgãos de Medição e Controle;
 
Deverão, para a instrução do procedimento e para satisfação da execução do objeto, com
vistas a imprimir boas práticas, ser observados:
A. As normas expedidas pelos demais Órgãos, fora do âmbito do Poder Estadual do Rio
de Janeiro, que versam sobre a matéria;
 
Deverão, para a instrução do procedimento e para satisfação da execução do objeto, com
vistas a manter a segurança jurídica do pleito, ser observados:
A. Os entendimentos emitidos pelas Cortes Judiciais e Administrativas competentes à
matéria;
B. Os entendimentos emitidos por Doutrinadores consagrados com notório saber sobre a
matéria;
C. Os entendimentos emitidos em artigos acadêmicos, pertinentes à matéria, publicados e
consagrados pela opinião pública; e
D. Estudos técnicos e orientações pertinentes à matéria.

2.4. Estimativa de quantidades das possíveis soluções

Introduzindo este tópico, estabelecemos a estimativa de quantidades das possíveis soluções


utilizando quantidades, condições e os termos pesquisados constantes no subitem 2.2 – benchmarking,
com o condão de, sem a intenção de alcançar uma margem de precisão, estipular uma projeção das
quantidades das soluções identificadas.
Noutras linhas, as quantidades estipuladas são adequadas, porque uma vez que os
municípios de cada uma das Regiões de Governo têm sua codificação, onde definem suas áreas de risco,
de difícil acesso, entre outros. Ainda, levam-se em consideração as grandes distâncias percorridas, devido
a grande extensão territorial do estado.
Por fim, as quantidades estipulados são razoáveis e compatíveis com a realidade,
considerando que utilizamos como parâmetro de orientação os temas comuns ao ambiente administrativo e
operacional dos Órgãos e Entidades que compõem o Estado do Rio de Janeiro.

Solução (i) – Aquisição de Veículos

Em nossas pesquisas não alcançamos dados pertinentes a este objeto, haja vista que a
aquisição de veículos na Administração Pública estadual é solução adotada em regra para veículos
destinados aos órgãos de segurança, para realização do transporte de presos, por exemplo. Desta forma,
não foi possível estimar um quantitativo para esta solução.

Solução (ii) – Locação de Veículos

Item
Especificação Unidade Quantidades
de Estimadas
consumo

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LOCACAO DE VEICULOS PADRAO,


DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(AUTOMOVEL DE PORTE MEDIO 4
PORTAS, MOVIDO A GASOLINA
E/OU ALCOOL, MOTOR POTENCIA
DE 77 CV ~ 110 CV (GASOLINA),
DISTANCIA ENTRE EIXOS 2370MM
~ 2638MM, CONSUMO GASOLINA
1 18,0 KM/L ~ 11,8 KM/L DE ACORDO SERVIÇO 226
COM A TABELA PBEV/INMETRO,
DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
AR CONDICIONADO, VIDRO
ELETRICO NAS PORTAS
DIANTEIRAS E TRAVA ELETRICA
NAS 4 PORTAS), ORIGEM: PESSOA
JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0027 (ID -


157418)

LOCACAO DE VEICULOS PADRAO,


DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(AUTOMOVEL DE PORTE
COMPACTO OU SUBCOMPACTO,
MODELO HATCH, 4 PORTAS,
MOVIDO A GASOLINA/ALCOOL,
CONDICIONADOR DE AR, MOTOR
2 POTENCIA DE 68 CV ATE 87 CV SERVIÇO 191
(GASOLINA) E ENTRE 1000CC E
1200CC, CONSUMO DE GASOLINA
18,0 KM/L ~ 12,5KM/L DE ACORDO
COM A TABELA PBEV/INMETRO,
DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA),
ORIGEM: PESSOA JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0002 (ID -


148501)

LOCACAO DE VEICULOS
PADRAO,DESCRICAO:
CONTRATACAO DE SERVICO
ESPECIALIZADO EM LOCACAO DE
VEICULO (VEICULO TIPO
MINICARGO, GASOLINA, MOTOR
3
POTENCIA DE 85 ~ 130 CV, SERVIÇO 123
CAPACIDADE CARGA 600KG ~
900KG, DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
CONDICIONADOR DE AR),
ORIGEM: PESSOA JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0003 (ID -


148504)

https://sei.fazenda.rj.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=5388709&inf… 13/52
30/06/2021 SEI/ERJ - 4531272 - Estudo Técnico Preliminar

4 LOCACAO DE VEICULOS PADRAO, SERVIÇO 30


DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(AUTOMOVEL PASSAGEIROS, TIPO
MINIVAN, GASOLINA, MOTOR
POTENCIA 85CV ~ 170 CV,
CAPACIDADE TRANSPORTAR NO
MINIMO 6 PESSOAS, DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
CONDICIONADOR DE AR),
ORIGEM: PESSOA JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0028 (ID -


157519)

LOCACAO DE VEICULOS PADRAO,


DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(CAMIONETA TIPO VAN, DIESEL,
MOTOR POTENCIA 110CV ~ 150 CV,
5
CAPACIDADE TRANSPORTAR NO SERVIÇO 193
MINIMO 14 PASSAGEIROS,
DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
CONDICIONADOR DE AR),
ORIGEM: PESSOA JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0005 (ID -


148708)

LOCACAO DE VEICULOS PADRAO,


DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(CAMIONETA USO MISTO, TIPO
PICK-UP, CABINE DUPLA, DIESEL,
6
MOTOR POTENCIA 100CV ~ 200 CV, SERVIÇO 78
CAPACIDADE PARA CARGA DE 1,0
TON ~ 1,5 TON, DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
CONDICIONADOR DE AR, TRAÇÃO
4X4), ORIGEM: PESSOA JURIDICA

Código do Item: 0667.010.0006 (ID -


148709)
7 SERVIÇO
LOCACAO DE VEICULOS PADRAO, 17
DESCRICAO: CONTRATACAO DE
SERVICO ESPECIALIZADO EM
LOCACAO DE VEICULO
(CAMIONETA DE CARGA, TIPO
PICK-UP, CABINE SIMPLES,
GASOLINA, MOTOR POTENCIA
85CV ~ 115CV, CAPACIDADE
CARGA 650KG ~ 800KG, DIRECAO
HIDRAULICA/ELETROASSISTIDA,
CONDICIONADOR DE AR),
ORIGEM: PESSOA JURIDICA

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30/06/2021 SEI/ERJ - 4531272 - Estudo Técnico Preliminar

Código do Item: 0667.010.0008 (ID -


148711)

Solução (iii) – Serviço de Transporte Individual de Passageiros Sob Demanda

Valor Estimativa
Financeiro mensal de km
Unidade
(R$) rodados - Órgão
Item Especificação de
Estimado – Gerenciador e
consumo
por Órgãos
Quilômetro Participantes

CONTRATACAO DE SERVICO DE
TRANSPORTE INDIVIDUAL DE
PASSAGEIROS SOB DEMANDA KM
1 R$ 2,70 300.000
ATRAVES DE APLICATIVO RODADO
WEB/MOBILE - Código do Item:
0209.001.0004. Código ID: 156621

2.5. Estimativa de preços das possíveis soluções

i. Aquisição de Veículos

Com relação a esta solução, não há como aferir sua vantajosidade e economicidade apenas
com base na estimativa de seu atual valor de mercado, haja vista os variados custos que decorrem da
aquisição em si, como cálculos de sua depreciação, impostos, manutenção, dentre outros.
Dessa forma, dada a complexidade material do objeto, não seria possível estimar, mesmo
que de forma estipulativa os custos para aquisição de veículos.

ii. Locação de Veículos

Considerando os dados de veículos locados no Estado no período entre agosto de 2018 a


fevereiro de 2019, acima destacados, foi possível estimar dois cenários de locação de veículos: otimista,
com valores mais baixos e pessimista, com valores mais altos para a Administração, conforme se
apresenta abaixo:
 
Otimista     Pessimista
- Motorista: R$ 2.800/mês - Motorista: R$ 3.500/mês
- Veículos: R$ 1.301/mês - Veículos: R$ 1.627/mês
- Combustível: R$ 0,491/km - Combustível: R$ 0,491/km

           

Estes dados foram extraídos do Estudo Técnico Preliminar para implementação do


transporte de passageiros sob demanda (RJ Mobi), que concluiu pela adoção de modelo híbrido de
contratação, em que serão considerados os valores do cenário pessimista de locação, o que será explicitado
no decorrer deste estudo.

i. Serviço de Transporte Individual de Passageiros Sob Demanda

A fim de aferir o valor por quilômetro dos Serviços de Transporte Remunerado Privado
Individual de Passageiros, foram considerados dados extraídos de benchmarking realizado nos autos do
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6
processo para a implementação do serviço do RJ Mobi ,  chegando-se aos seguintes cenários:
- Otimista: Quilômetro rodado: R$ 2,45
- Pessimista: Quilômetro rodado: R$ 3,00
 
Cumpre ressaltar que, com base nesses quantitativos e após estudo técnico acerca de sua
aplicabilidade na frota da Administração estadual realizada no processo RJ Mobi, restou fixado o valor
estimado de R$ 2,70 por quilômetro rodado.
 

​2.6. Audiência Pública

Foram realizadas duas Audiências Públicas para coletar as opiniões dos representantes do
mercado. Na primeira reunião, em 10 de maio de 2017, após apresentado o objeto e modelo de
contratação, os seguintes assuntos foram tratados:

Substituição do veículo imobilizado no prazo de até quatro horas, na cidade do Rio de Janeiro, ou de
até oito horas, nos demais municípios, tendo sido solicitadas sugestões com base nas práticas usuais de
mercado.

Disponibilização pela contratada de serviços de telemetria e relatórios de manutenção preventiva e


corretiva.

Avaliação mensal do nível de serviço, com impacto na remuneração.

Sugestão do representante da empresa Localiza acerca da substituição de veículos imobilizados,


observando apenas que o prazo para a entrega dos veículos seria um pouco apertado para a sua
empresa e que o ajuste da remuneração pelo acordo de nível de serviços impactaria o seu modo
operacional de faturamento, requerendo ajustes internos.

A segunda Audiência Pública foi realizada no dia 20 de junho de 2017, com o objetivo de
apreciar a proposta atualizada do modelo de compras com as últimas sugestões, de modo a proceder à sua
finalização. Como de hábito, apresentou-se primeiramente o objeto e a forma de contratação e, em
seguida, foi aberto espaço para a discussão, sendo levantadas as questões abaixo descritas:

Em relação ao período dos contratos, manteve-se o prazo originalmente proposto de 36 meses.

No entanto, em reunião com as Secretarias de Estado houve sugestão para que fosse acrescido
dispositivo dando à administração o direito de rescindir unilateralmente o contrato ao final de cada
período de doze meses, caso a continuação do contrato se mostrasse desvantajosa para administração
com base em pesquisa de preços por ela realizado.

Indagados se esse dispositivo teria impacto negativo sobre os fornecedores e se haveria reflexos no
preço ofertado, os representantes do mercado relataram que seria irrelevante.

Sobre o estado dos veículos, foi sugerida a adoção de um prazo maior que 90.000 km para troca de
veículos considerados não usuais em razão do maior investimento inicial necessário.

A substituição de veículos em 24 horas para o município do Rio de Janeiro e 48 horas para o restante
do estado foi considerada viável para os veículos mais usuais. Observou-se, porém, que no caso dos
veículos não usuais, a substituição em geral, que não pode ser feita em períodos curtos de tempo,
somente é viável com a formação de uma reserva técnica, o que aumenta o custo para locadora e se
reflete no preço do contrato.

Adicionalmente, foi indicada como providência a franquia na quilometragem mensal, situação em que
o Estado pagaria pela quilometragem em excesso da franquia estabelecida, permitindo que a locadora
possa se ressarcir da depreciação adicional verificada nos veículos de utilização intensiva.

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​2.7. Análise das possíveis soluções

a) Aquisição de veículos.

Para a Administração Pública, a aquisição de veículos pode ser uma opção mais vantajosa
nas seguintes hipóteses:
1. Caso o órgão público possua expertise no gerenciamento das atividades supracitadas,
sendo a gestão de frotas uma atividade próxima de sua atividade-fim;
2. a atividade fim do órgão exponha os veículos utilizados a riscos frequentes de
deterioração (como acontece com veículos utilizados pelas forças de segurança);
3. o órgão público tenha a necessidade de manter veículos sob sua propriedade por decisão
estratégica.
4. o mercado de locação não exista para o veículo pretendido ou seja desinteressante
economicamente (como observado para veículos utilitários de carga pesados e caminhões,
devido ao altíssimo custo de aquisição dos veículos).
 
Em contrapartida, com a aquisição de veículo, fica à cargo do governo a gestão e o custo
das seguintes atividades:

Gestão da Manutenção

Reposição de Pneus

Reposição de Peças

Gestão das Documentações

Aquisição e Gestão dos Seguros

Gestão de Veículos Indisponíveis

Gestão da Renovação da Frota

 
Por essa razão, sob o ponto de vista da economicidade, a aquisição de veículos não é a
melhor opção a ser adotada de forma exclusiva pela Administração para o transporte de servidores, em
especial quando comparada às demais soluções disponíveis no mercado.

b) Locação de Veículos

O modelo de locação de veículos, por sua vez, resulta na terceirização do serviço de


transporte de servidores, tendo em vista que a empresa contratada disponibiliza o veículo para o órgão
contratante, mediante pagamento fixo mensal.
Sua principal vantagem está no fato de que esta solução inclui, além do uso do veículo, a
gestão da manutenção, as peças de reposição, pneus, seguros, impostos, gestão da documentação, prazos e
parâmetros para substituição definitiva do veículo, tudo sob a responsabilidade da empresa contratada.
Por essa razão, a locação de veículos tem sido a opção recorrente dos órgãos públicos,
como se verificou em Benchmarking apresentado no subitem 2.2, que demonstrou que tais contratações
diferenciam-se apenas pela adoção de franquias de quilometragem livres ou com valor determinado,
conforme se extrai do resumo exposto no quadro comparativo abaixo:
 

Quadro Comparativo

https://sei.fazenda.rj.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=5388709&inf… 17/52
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Forma de Troca
Órgão Categoria contrata‐­ Preço do veí‐­ Franquia Empresa
ção culo

Ministério de Serviço 2 Valor por 3,04 por 3 anos 1.500 Km COOPERTRAN


Planejamento, (Hatch) Quilômetro Km de uso
Orçamento e Gestão

Utilitário 3 Valor por 6,18 por 3 anos 1.500 Km COOPERTRAN


(Van) Quilômetro Km de uso

Governo do Estado Serviço 1 Valor R$ 2 anos livre Stephany Iorrani


do Paraná (Sedan) mensal por 6.822,91 ou Bueno de Souza
veículo 120.000 - EIRELI - ME
Km

Governo do Estado Serviço 1 Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


de Minas Gerais (Sedan) mensal por 1.602,30 e Localiza Rent
veículo a Car

Serviço 2 Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


(Hatch) mensal por 1.074,71 e Localiza Rent
veículo a Car

Utilitário 1 Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


(minicargo) mensal por 2.449,24 e Localiza Rent
veículo a Car

Utilitário 3 Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


(van) mensal por 4.354,86 e Localiza Rent
veículo a Car

Utilitário 4 Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


(cabine mensal por 4.298,70 e Localiza Rent
dupla) veículo a Car

Utilitário Valor R$ Não tem livre CS Brasil Frotas


5(cabine mensal por 1.520,21 e Localiza Rent
simples) veículo a Car

Câmara dos Serviço 1 Valor R$ Não tem livre Salute Locação


Deputados (Sedan) mensal por 1.300,00 empreendimento
veículo LTDA

Prefeitura de Belo Serviço 1 Valor R$ Não tem livre Estrela E


Hori­zonte mensal por 2.101,74 Logística Eireli
veículo

https://sei.fazenda.rj.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=5388709&inf… 18/52
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Serviço 2 Valor R$ Não tem livre Estrela Logística


mensal por 2.101,00 Eireli
veículo

Dos modelos estudados acima, verifica-se que 4 (quatro) dentre os 5 (cinco) órgãos
analisados optaram pelo contrato por veículo com quilometragem livre como forma de julgamento da
melhor proposta, enquanto o Ministério do Planejamento e Orçamento optou pelo pagamento por
quilômetro percorrido.
A determinação dessas franquias de quilometragem permite que as locadoras conheçam a
estimativa de quantos quilômetros serão rodados pelos veículos disponibilizados e, assim, possam
programar as substituições e vendas após a utilização por parte dos órgãos participantes, conferindo uma
maior previsibilidade aos contratos e permitindo um planejamento mais eficaz.
Com essa maior previsibilidade para as contratadas, diminui-se grande parte dos riscos de
assimetria de informação, fornecendo um incentivo para que os preços licitados sejam menores.
Tais pesquisas também mostram que a adoção de franquias por parte do Modelo de
Compras de Locação de Veículos, opção que foi discutida com fornecedores durante as Audiências
Públicas realizadas, poderia reduzir os valores gastos pelo Governo do Estado e seus órgãos com a locação
de veículos.
Assim, foram realizados estudos sobre as frotas de veículos locados pelos órgãos estaduais
para verificar a possibilidade de adoção do sistema de franquias de quilometragem aos contratos de
locação de veículo no Estado, cuja metodologia é melhor explicada a seguir:

b.1) Franquia de Veículos

Com o objetivo de conceber um número razoável para a franquia a ser estabelecida no


Estado, foi realizada uma análise do consumo de combustível dos órgãos estaduais.
Para tanto, o estudo utilizou como fonte o CTF, sistema que faz o controle dos gastos de
combustíveis dos veículos utilizados pela Administração estadual, em especial os veículos de serviço,
utilitários tipo minicargo, van e pick up.
Esses valores foram escolhidos de acordo com o gasto médio dos veículos que rodaram
mais de 2.000 km no mês de junho de 2017 e utilizaram gasolina somente para os veículos do tipo Serviço
01 e Serviço 02. Como resultado, foi possível saber quanto um carro abasteceu no mês, porém não se sabe
qual a distância exata que ele percorreu nesse período.
Por essa razão, foi necessário inserir um valor de Km/L padrão para descobrir a
quilometragem rodada, em média, pelos veículos das frotas do Estado. Foram feitas 3 estimativas: com 10
Km/L, 11 Km/L e 12 Km/L.
A média mais próxima da realidade, com um consumo satisfatório dos veículos, é de 11
Km/L. A de 10 Km/L é um consumo abaixo do esperado, logo, considerado ruim, apesar de recorrente em
muitos veículos. A estimativa de 12 km/L, por sua vez, seria uma situação acima do esperado frente a
atual frota e com pequenas chances de ser alcançada.
Após a análise dos dados, percebeu-se que poucos são os órgãos que ultrapassaram ou se
aproximaram da barreira dos 3.500 km mensais. Desse modo, buscando equilibrar as necessidades dos
órgãos de grande porte e os órgãos de menor porte e considerando que simultaneamente está em curso a
contratação de serviço de transporte remunerado privado individual, sugerimos que o teto da franquia seja
de 3.500 km mensais.
Vale destacar que veículos administrativos com rodagens inferiores a 2.600 km mensais
serão substituídos pelo uso do serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros (“RJ
Mobi”), sempre que possível, visando a maio racionalidade com gastos com transportes.
https://sei.fazenda.rj.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=5388709&inf… 19/52
30/06/2021 SEI/ERJ - 4531272 - Estudo Técnico Preliminar

c) Serviço de Transporte Remunerado Privado Individual de Passageiros

Além dos modelos supramencionados, outro que vem se apresentando como uma tendência
para o transporte de servidores, é o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros, o
qual, na Administração Pública, pode ocorrer de duas maneiras:
(a) com substituição total da frota por transporte por aplicativo; ou
(b) pela substituição parcial dos veículos, com a adoção de um modelo misto entre carros
próprios ou locados e os serviços de transporte individual.
7
Esses dois modelos foram objeto de estudo apresentado no CONSAD em  2017 ,  que se
baseou na frota pertencente à Prefeitura de São Paulo para comparar os custos destes dois modais. O
resultado foi resumido através do seguinte gráfico:

Conforme se extrai da figura acima, da comparação do Modelo A (Locação de Carro


Comum) com o Modelo C (Modelo da SP Negócios – com substituição total da frota por Serviços de
Transporte Privado), observa-se que tanto no serviço de locação de veículos, quanto nos serviços de
transporte privado, o custo mensal por veículo cresce de acordo com a quilometragem efetivamente
percorrida por ele.
A diferença entre tais modelos, contudo, se verifica a partir do momento em que os veículos
atingem o mesmo custo mensal, tendo percorrido a mesma quilometragem, momento em que é possível
determinar o ponto de equilíbrio entre os modelos (em destaque no gráfico).
Como é possível observar, a partir do ponto de equilíbrio, o valor/km do automóvel locado
se estabiliza, apresentando pouca variação de custo mensal, enquanto o custo dos serviços de transporte
privado permanece em crescimento conforme a quilometragem percorrida.
Dessa forma, a partir do ponto de equilíbrio, no caso acima fixado em aproximadamente
2.500km, o Serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros se torna mais dispendioso
em comparação ao veículo locado, razão pela qual concluiu-se ser mais vantajosa a adoção de um modelo
híbrido, que consiga equilibrar os benefícios de ambos os modais.
Nesse sentido, foi o que concluiu o estudo supracitado:
“[...]
O modelo de transporte sob demanda é indiscutivelmente mais eficiente que os modelos tradicionais
de aquisição ou locação de veículos. Somente em casos muito excepcionais, quando a
quilometragem percorrida por cada veículo, com um passageiro embarcado, for superior a 2
mil quilômetros por mês, a aquisição ou locação será preferível.” (grifo nosso)
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Corrobora esse entendimento, conclusão exarada pela Controladoria-Geral da União – CGU


8
em Relatório de Avaliação do setor de transportes, publicado no ano de 2016 :
“Cumpre destacar que essas conclusões quanto à vantajosidade das contratações de serviços de
táxi se aplicam prioritariamente à demanda por deslocamentos urbanos, não necessariamente
se mostrando vantajoso, por exemplo, em órgão e entidades que realizem constantemente
percursos ou viagens de grandes distâncias, principalmente pelo fato de que trajetos
intermunicipais são cobrados como bandeira 2.
[...]
Ressalta-se, entretanto, que a possível economicidade apresentada das contratações de táxi em
relação à utilização do modelo de locação de veículos com motorista para deslocamento de
servidores a serviço deve ser analisada com parcimônia, visto que um aumento em grande escala
desse tipo de contratação pode impactar a demanda por táxis nas cidades onde se presta o serviço e,
consequentemente, impactar na qualidade do serviço e até mesmo elevar as tarifas.
Acrescenta-se que estudos mais aprofundados sobre as vantagens e desvantagens desses dois
modelos podem analisar também a viabilidade de se instituir a adoção de um regime híbrido,
com a contratação de locação de veículos com motorista em quantitativos mínimos e, quando
necessário, por exemplo, em horários de pico, seja utilizado o serviço de táxi, suprindo essas
demandas pontuais.” (grifo nosso)
 
Aplicando este estudo à realidade do governo do estado, considerou-se a média de
quilometragem praticada pelos veículos atualmente locados em cada órgão, bem como a forma com que
estes são empregados.
A partir dessa análise, observou-se que, em alguns casos, o Serviço de Transporte
Remunerado Privado Individual de Passageiros (“RJ Mobi”) não se mostrava viável ou mesmo vantajoso,
abrindo espaço para que a necessidade de rodagens mais intensas sejam supridas por meio da locação de
veículos.
Assim, com base na atual frota de 548 veículos locados pelos órgãos do Estado, foram
simuladas hipóteses de implementação de um modelo híbrido, a partir de um cenário Pessimista, com
preços mais altos, e Otimistas, com valores mais baixos, obtendo-se, assim, quatro cenários distintos. São
eles:

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A partir da análise dos quadros acima, verifica-se que todas as hipóteses de aplicação do
modelo híbrido resultam em uma considerável redução no custo anual com transporte de servidores em
relação ao modelo atualmente utilizado pelo estado, de locação de veículos.
Por essa razão, não há dúvidas da vantajosidade na adoção do modelo híbrido para realizar
o transporte de servidores, haja vista que mesmo na hipótese de um cenário totalmente pessimista, isto é,
com a locação de veículos e “RJ Mobi” com preços mais altos, o modelo híbrido se mostra
economicamente mais vantajoso, que uma solução de locação total da frota.
Assim, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da iniciativa do RJ Mobi –
atualmente em fase de contratação – optou pela substituição parcial da frota, adotando modelo misto entre
veículos locados e os serviços de transporte por aplicativo, com consequente redução da frota alugada.
Dos cenários acima analisados, portanto, observa-se que o que permite maior redução na
atual frota locada do Estado e, consequentemente, maior economia, é o que apresenta o serviço de
transporte privado com valor otimista e a locação de veículos em cenário pessimista, o qual, inclusive,
melhor reflete a realidade do mercado de locação de veículos. Desta forma, sugerimos que este seja o
parâmetro para a futura contratação tanto de serviço privado de transporte individual, quanto de
locação de veículos.

d) Conclusão:

Considerando as soluções suscitadas no presente estudo técnico, apresentamos o quadro


comparativo abaixo:
 
Quadro Comparativo

Soluções Vantagens Desvantagens

i. Aquisição de -Disponibilidade de veículo


no - Aumento de gastos públicos
Veículos órgão; com manutenção e substituição
da frota.
- Maior economia em percursos ou
viagens de grandes distâncias.

ii. Locação de -Disponibilidade de veículo


no - Alto custo por quilômetro em
Veículos órgão; percursos ou viagens de curtas
distâncias.
-Terceirização da Responsabilidade
com Gestão de manutenção e
substituição da frota;

- Possibilidade de adoção de
franquias de quilometragem;

- Maior economia em percursos ou


viagens de grandes distâncias.

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iii. Serviço de - Menores custos com viagens de - Maior custo por quilômetro
transporte curta distância – até 2600 km; para viagens de longa
individual distância;
Privado - Maior controle dos gastos com
viagens realizadas; - Indisponibilidade de acesso
no interior do estado.
- Transparência nos dados das
viagens realizadas.

 
2.8. Conclusões da Avaliação de Mercado
Com o fito de avaliar as opções de mercado disponíveis para os requisitos mínimos
delineados, esta equipe técnica chegou às seguintes conclusões e considerações.
Em primeiro momento, com relação ao modelo de contratação a ser escolhido, sugere-se
seja adotado o modelo de locação de veículos. Isso porque, uma das principais vantagens apresentada por
esse modelo de contratação é o baixo custo, quando comparado com a aquisição de veículos, o qual inclui,
além do uso do veículo, a gestão da manutenção, as peças de reposição, pneus, seguros, impostos, gestão
da documentação, veículos substitutos, prazos e parâmetros para substituição definitiva do veículo.
Entretanto, cabe destacar que este modelo de contratação, se aplicado de forma exclusiva,
torna-se mais dispendioso para a Administração Pública, motivo pelo qual, considerando o mister de cada
órgão do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, observou-se a possibilidade de integrar o presente
modelo de locação À contratação de serviço de transporte por aplicativo, objeto de processo independente.
Para tanto, restou definido que a aplicação do modelo de locação de veículos se destinará a
veículos com rodagem superior a 2.600 km mensais, abaixo desse quantitativo será adotado o modelo de
transporte por aplicativo (RJ Mobi).
Dessa forma, restringe-se o uso de veículos locados para os casos em que o transporte por
aplicativo não seja viável (áreas de difícil acesso; locais onde o sinal de internet é fraco ou inexistente;
deslocamento para o interior do Estado, onde não exista o serviço) ou inconveniente (deslocamento de
grande número de servidores; transporte de ferramentas de trabalho; uso para fiscalização; bem como em
caso de apreensão de materiais).
Sobre as especificações, é importante salientar que será considerada a eficiência no
consumo de combustível, permitindo que o Estado busque os veículos mais eficientes sem limitar a
concorrência ou a qualidade do serviço. Para a definição desses parâmetros, foi utilizada como referência
o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do INMETRO.
Nas categorias Médio e Compactos ou Subcompactos (Serviço 01 e Serviço 02) foi definido
o patamar de consumo de, pelo menos, 11 km/litro. Para as demais categorias, este critério não foi incluído
na especificação porque as opções de veículos estão distribuídas entre os diversos patamares de consumo,
o que poderia direcionar a aquisição para poucos modelos.
Assim, apesar da atual situação financeira enfrentada pelo Estado, entende-se que haverá
interesse de empresas maiores em participar do certame, haja vista as possibilidades de ganho de escala e
de geração de fluxo de caixa.
Adicionamos a isso, o fato de que não é só o Estado que passa por uma crise, portanto, o
registro de preços poderá ser visto como uma oportunidade de negócio para empresas que estejam
assistindo a uma diminuição no ritmo de contratos.​
 
2.9. Análise da possibilidade de parcelamento do Objeto
A contratação por item possibilita a participação de um número maior de interessados, o
que, consequentemente, aumenta a competitividade do certame e viabiliza a obtenção de melhores
propostas, sem perda da economia de escala.
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Nesse sentido, é o que estabelece o §1º do art. 23 da Lei Federal nº 8.666/93, in verbis:
"Art. 23. [...]
§1º As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelas
quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas ao
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividade sem
perda da economia de escala.".
Cabe também destacar entendimento sumulado pelo Tribunal de Contas da União no
Enunciado nº 247, de acordo com o qual sempre que o objeto da contratação for divisível, é obrigatória a
sua adjudicação por item, conforme texto abaixo colacionado:
SÚMULA TCU 247:
“É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço global, nos editais das
licitações para a contratação de obras, serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível,
desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de escala, tendo
em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de licitantes que, embora não dispondo de
capacidade para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com
relação a itens ou unidades autônomas, devendo as exigências de habilitação adequar-se a essa
divisibilidade.”.(grifo nosso)
Conforme verificado na pesquisa de benchmarking e nas discussões do mercado, o nicho de
locação de veículos apresenta algumas peculiaridades e variações de acordo com os diferentes modelos, o
que permite o parcelamento do objeto sem prejuízo à economia de escala.
Por essa razão, no presente caso, cada categoria de veículo objeto do presente procedimento
licitatório, qual seja, Serviço 01; Serviço 02; Utilitário 01; Utilitário 02; Utilitário 03; Utilitário 04; e
Utilitário 05, corresponde a um item.
Na prática, isso permitirá, por exemplo, que locadoras que não tenham determinada
categoria de veículo disponível em sua frota, ainda possam participar do certame licitatório e, inclusive,
sagrarem-se vencedoras, vez que não estarão obrigadas a apresentar propostas para um lote, mas apenas
para os itens que tenham real disponibilidade de fornecer.
Assim, no que tange à forma de contratação, é recomendável que o modelo do Registro de
Preços seja dividido por itens, podendo ter vencedores diferentes, visando uma melhor negociação por
parte do Estado com estímulo à competitividade.
 
2.10. Análise da possibilidade de licitação exclusiva e de cota reserva para micro e pequenas
empresas
Sobre a aplicação do disposto nos artigos 47 e 48 da Lei Complementar nº 123/2006,
referenciamos a legislação interna, in casu, o conteúdo do artigo 8º do Decreto Estadual nº 42.063/2009:
“Art. 8º Nas licitações para a aquisição de bens de natureza divisível, e desde que não haja prejuízo
para o conjunto ou o complexo do objeto, os órgãos e as entidades contratantes deverão reservar
cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de pequenas
empresas.”(grifo nosso)
Na forma da legislação supracitada, bem como de reiterado nos Pareceres da Procuradoria
Geral do Estado do Rio de Janeiro, que culminou na publicação do Enunciado 33/PGERJ, os requisitos
elencados nos artigos 48 c/c 49 da Lei Complementar nº 123/2006 e artigos 6º e 9º do Decreto Estadual nº
43.063/2009, devem ser observados, cumulativamente, na fase interna da licitação, senão vejamos:
Enunciado nº 33 - PGE:
1. As contratações públicas estaduais de bens, serviços e obras destinadas exclusivamente à
participação de microempresas, empresas de pequeno porte, empresários individuais e cooperativas
deverão obedecer aos artigos 47 a 49 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, com
as alterações promovidas pela Lei Complementar nº 147, de 7 de agosto de 2014, e pelo Decreto
Estadual nº 42.063, de 06 de outubro de 2009.
2. Poderão participar das licitações exclusivas a que se refere o item 1 as microempresas, empresas
de pequeno porte, empresários individuais e cooperativas, na forma do art. 3º da Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006 c/c art. 34, da Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007.

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3. Os seguintes pressupostos deverão ser observados, cumulativamente, na fase interna dessas


licitações, consoante os arts. 48, inciso I c/c 49, incisos II e III da Lei Complementar nº 123, de 2006
e arts. 6º e 9º do Decreto Estadual nº 42.063, de 2009:
a) valor estimado de cada item de contratação não superior a R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) constatação de haver, pelo menos, 3 (três) fornecedores, presumíveis competidores, beneficiários
deste regime sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigências estabelecidas no
instrumento convocatório;
c) verificação da vantajosidade para a Administração Pública Estadual, que deve ser aferida pelo
valor estabelecido como referência da contratação, ou seja, pela pesquisa de preços;
d) não representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado;
e) atingimento dos objetivos fixados pelo art. 1º, do Decreto nº 42.063, de 2009, sendo esta uma
presunção relativa, que poderá ser refutada por justificativa formalmente apresentada pelo órgão
responsável pela contratação.
Trazemos à baila, ainda, interpretação do Tribunal de Contas da União, através do Acórdão
nº 1932/2016, sobre licitações exclusivas para microempresas e empresas de pequeno porte em serviços
continuados, de acordo com a qual o valor de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) é referente ao período
contratual:
 “A interpretação a ser dada ao inciso I do art. 48 da Lei Complementar 12/2006, para os casos de
serviços de natureza continuada, é no sentido de que o valor de R$ 80.000,00 nele previsto se refere
ao período de um ano, devendo, para contratos com períodos diversos, ser considerada sua
proporcionalidade.”
No presente procedimento, verificamos que não há o preenchimento dos requisitos
objetivos cumulativos que norteiam a aplicabilidade dos dispositivos supracitados e, por sequência, não
configura vantagem para a Administração Pública Estadual.
Ao fim dessas linhas, há a necessidade técnica da contratação em conjunto, por questões de
compatibilidade de serviços, não sendo possível desnaturar certo objeto fragmentando-o em contratações
diversas e que importam o risco de impossibilidade de execução satisfatória.
Tal impedimento de ordem técnica significa que a unidade do objeto a ser executado não
pode ser destruída através do fracionamento da licitação em itens para atender a reserva de cota para a
participação exclusiva de MPE’s, o que, aliás, considerando as condições da contratação, ultrapassa, em
muito, o limite legal que institui o inciso III, do art. 48, do LC 123/06.
Pelo exposto, sugere-se a não reserva de cota e não direcionamento à exclusividade para
Micro e Pequenas Empresas.
 
2.11. Conclusão da análise de cenário.
Com base nas soluções disponíveis no mercado, nas pesquisas em contratações de outros
órgãos e desta Pasta de estado, nas opiniões do mercado obtidas em Audiências Públicas e em análises de
estudos sobre o mercado de transporte de servidores, constatamos ser viável a adoção de modelo híbrido
de locação de veículos aliado à implementação de Serviços de transporte privado individual remunerado
(“RJ Mobi”).
Isso porque, considerando o mister de cada órgão do Poder Executivo do Estado do Rio de
Janeiro, observou-se que, além de haver situações em que não será possível compatibilizar as atividades-
fim com o uso de RJ Mobi, a partir de uma rodagem superior a 2.600 km mensais, mostra-se mais
vantajosa a utilização de veículos locados.
Portanto, é importante o modelo híbrido para os casos em que o transporte por aplicativo
não seja viável (áreas de difícil acesso; locais onde o sinal de internet é fraco ou inexistente; deslocamento
para o interior do Estado, onde não exista o serviço) ou inconveniente (deslocamento de grande número de
servidores; transporte de ferramentas de trabalho; uso para fiscalização; bem como em caso de apreensão
de materiais).
Dessa forma, a solução sugerida potencializa a captação de indicadores de qualidade, os
quais levam a Administração a uma gestão eficiente do contrato, podendo, no momento oportuno,
vislumbrar o aperfeiçoamento de fases do procedimento.

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Noutras linhas, como identificado, há mercado disponível para o atendimento das demandas
da Administração. O que é interessante e vantajoso, uma vez que há a perspectiva de fomento da
competitividade, quando que, por esta solução, não há o emprego de termos abusivos, ilegais e o objeto é
perfeitamente praticado pelo nicho que integra.
Caminhando ao fim destas linhas, com a realização do procedimento descrito nos termos da
solução sugerida, a Administração está perseguindo os benefícios possibilitados pelo principio da
padronização. Isto é, servindo como instrumento que promove o aumento da produtividade administrativa,
provocando sua racionalização, com redução de custos e otimização da aplicação de recursos advindos do
Erário.
Assim, almejam-se os seguintes benefícios diretos:

Diminuição dos custos de realização de processos licitatórios pulverizados, em todo o Estado, com o
mesmo objeto;
Aumento do poder de barganha;
Maiores ganhos em economia de escala;
Melhor aproveitamento dos recursos financeiros disponíveis;
Maior eficiência na execução e gestão dos contratos;
Maior alcance e aplicação de indicadores de qualidade;
Diminuição dos riscos de paralisação dos serviços;
Maior controle da demanda e fortalecimento do conceito “planejamento”; e
Maior manutenção do equilíbrio contratual.

Os benefícios indiretos almejados são:

Aquecimento da economia local, provocando o fomento do mercado e abertura de postos de emprego;


Fortalecimento da imagem do Estado no mercado como parceiro comercial; e
Maior responsabilidade ambiental, visto que a solução é descrita de maneira a evitar a agressão e o uso
desenfreado dos recursos naturais disponíveis.

3. SOLUÇÃO

​3.1. Definição sucinta do Objeto

O objeto deste procedimento é contratação de empresa para a prestação de serviços de


locação de veículos de serviço e utilitários, através de Pregão Eletrônico para Registro de Preços, visando
suprir as necessidades dos Órgãos e Entidades da Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro.

3.2. Identificação dos itens, quantidades e unidades.

Previsão de contratação pelo ÓRGÃO GERENCIADOR e pelos ÓRGÃOS


PARTICIPANTES:

Código do Unidade de
Item ID Descrição Quantidade
Item Fornecimento

1 0667.010.0027 157.418 Locação de Veículos Serviço 226


Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Automóvel De
Porte Médio 4 Portas,
Movido A Gasolina E/Ou
Álcool, Motor Potencia De
77 Cv ~ 110 Cv
(Gasolina), Distancia Entre
Eixos 2370mm ~ 2638mm,

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Consumo Gasolina 18,0


Km/L ~ 11,8 Km/L De
Acordo Com A Tabela
Pbev/Inmetro, Direção
Hidráulica/Eletroassistida,
Ar Condicionado, Vidro
Elétrico Nas Portas
Dianteiras E Trava Elétrica
Nas 4 Portas), Origem:
Pessoa Jurídica

Locação de Veículos
Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Automóvel de
Porte Compacto ou
Subcompacto, Modelo
Hatch, 4 Portas, Movido a
Gasolina/Álcool,
2 0667.010.0002 148.501 Condicionador de Ar, Serviço 191
Motor Potencia de 68 Cv
Ate 87 Cv (Gasolina) e
Entre 1000cc e 1200cc,
Consumo de Gasolina 18,0
Km/L ~ 12,5km/L de
acordo com a tabela
PBEV/Inmetro, Direção
Hidráulica/Eletroassistida),
Origem: Pessoa Jurídica

Locação de Veículos
Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Veiculo Tipo
Minicargo, Gasolina,
3 0667.010.0003 148.504 Serviço 123
Motor Potencia De 85 ~
130 Cv, Capacidade Carga
600kg ~ 900kg, Direção
Hidráulica/Eletroassistida,
Condicionador De Ar),
Origem: Pessoa Jurídica

4 0667.010.0028 157.519 Locação de Veículos Serviço 30


Padrão,Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Automóvel
Passageiros, Tipo Minivan,
Gasolina, Motor Potencia
85cv ~ 170 Cv,
Capacidade Transportar no
Mínimo 6 Pessoas,
Direção
Hidráulica/Eletroassistida,

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Condicionador de Ar),
Origem: Pessoa Jurídica

Locação de Veículos
Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Camioneta
Tipo Van, Diesel, Motor
5 0667.010.0005 148.708 Potencia 110cv ~ 150 Cv, Serviço 193
Capacidade Transportar no
Mínimo 14 Passageiros,
Direção
Hidráulica/Eletroassistida,
Condicionador de Ar),
Origem: Pessoa Jurídica

Locação de Veículos
Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Camioneta
Uso Misto, Tipo Pick-Up,
Cabine Dupla, Diesel,
6 0667.010.0006 148.709 Motor Potencia 100cv ~ Serviço 78
200 Cv, Capacidade Para
Carga de 1,0 Ton. ~ 1,5
Ton., Direção
Hidráulica/Eletroassistida,
Condicionador de Ar,
Tração 4x4), Origem:
Pessoa Jurídica.

Locação de Veículos
Padrão, Descrição:
Contratação de Serviço
Especializado em Locação
de Veiculo (Camioneta de
Carga, Tipo Pick-Up,
7 0667.010.0008 148.711 Cabine Simples, Gasolina, Serviço 17
Motor Potencia 85cv ~
115cv, Capacidade Carga
650kg ~ 800kg, Direção
Hidráulica/Eletroassistida,
Condicionador de Ar),
Origem: Pessoa Jurídica

3.3. Informações complementares

Através do Plano de Suprimentos n° PLS 0473/2019, foram identificadas as unidades a


serem atendidas, com as seguintes quantidades:

Nº ÓRGÃOS QTD.
PARTICIPANTES
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Item 1 Item 2 Item 3 Item 4 Item 5 Item 6 Item 7

ID ID ID ID ID ID ID
  157.418 148.501 148.504 157.519 148.708 148.709 148.711
 

1 AGENERSA 1 1 0 0 0 0 0

2 AGETRANSP 1 1 0 0 0 0 0

3 CEASA 1 1 1 0 0 2 1

4 CECIERJ 5 0 2 0 4 2 0

5 CEHAB 5 0 0 1 0 1 0

6 CEPERJ 1 2 0 0 0 0 0

7 CGE 0 1 0 1 1 0 0

8 CODERTE 0 1 0 0 0 0 0

9 CODIN 0 2 0 0 0 0 0

10 DEGASE 4 1 1 1 1 1 1

11 DETRAN 1 54 0 0 21 10 0

12 DETRO 74 1 0 0 0 0 0

13 EMATER 0 1 2 2 1 3 2

14 EMOP 11 1 5 0 0 0 0

15 FAETEC 5 7 0 5 4 0 0

16 FAPERJ 0 0 1 1 0 0 0

17 FIA 0 0 0 2 3 0 0
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18 FIPERJ 0 1 0 0 0 0 0

19 FLXIII 0 1 0 0 20 0 3

20 FSC 0 1 0 0 1 0 0

21 FSERJ 12 0 0 2 0 2 0

22 FTM 0 1 0 0 0 0 0

23 INEA 24 1 0 0 4 30 5

24 ITERJ 0 0 0 1 1 0 0

25 JUCERJA 3 1 0 0 0 0 0

26 LOTERJ 2 3 0 0 0 0 0

27 PMERJ 1 1 88 0 103 0 0

28 PROCON 1 3 0 1 0 0 0

29 RIOPREVIDENCIA 1 3 0 0 0 0 0

30 SEAP 3 4 1 1 1 1 1

31 SEAS 1 7 1 1 1 1 1

Reserva SUBLOG +
25 35 5 3 5 3 1
32 SECCG

33 SECEC 0 5 0 0 1 0 0

34 SECID 0 1 1 0 1 0 0

35 SEDEERI 3 3 1 2 1 0 0

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36 SEEDUC 13 20 1 1 2 3 1

37 SEELJE 0 1 0 0 0 0 0

38 SEFAZ 1 11 2 1 0 14 0

39 SEGOV 23 1 11 0 13 0 0

40 SEINFRA 0 5 0 0 0 1 0

41 SETRAB 3 3 - - - - -

42 SETUR 1 1 0 2 1 0 0

43 SSCS 1 1 0 0 0 0 0

44 SSMCC 1 1 0 0 0 0 0

45 SUDERJ 0 0 0 0 0 0 1

46 UENF 1 1 0 2 2 3 0

47 UERJ 0 3 0 0 0 0 0

48 UEZO 0 1 0 0 1 1 0

 
3.4. Definição da natureza do Serviço

a) Da caracterização do serviço como comum.

O legislador, quando da elaboração da norma, ofereceu uma definição para a


expressão “bens e serviços comuns”, os quais, de acordo com o parágrafo único do artigo 1º da Lei
nº 10.520/02, são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente
definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Para a introdução do tópico, recorremos à douta lição do professor Jessé Torres
9
Pereira Junior :
“Em aproximação inicial do tema, pareceu que ‘comum’ também sugeria simplicidade.
Percebe-se, a seguir, que não. O objeto pode portar complexidade técnica e ainda assim ser
‘comum’, no sentido de que essa técnica é perfeitamente conhecida, dominada e oferecida
pelo mercado.”
Assim, serviços comuns são todos aqueles serviços rotineiros, usuais, que sejam
definidos por especificações conhecidas, sem que se admita, a partir de certas especificações

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estabelecidas no edital, variações técnicas que possam repercutir na satisfação do Interesse Público
– o que não afeta o caso concreto.
10
Nos ensinamentos do Dr. Hely Lopes  Meirelles ,  ‘‘serviços comuns são todos
aqueles que não exigem habilitação especial para sua execução’’. Em outras palavras, podem ser
realizados por qualquer pessoa ou empresa, pois não são privativos de nenhuma profissão ou
categoria profissional. São serviços executados por leigos (guardada as proporções do vocábulo e
das circunstâncias) ou por um grupo especializado.
Assim, também contribui para a interpretação do entendimento, ao afirmar que
serviço comum é aquele que pode ser contratado, de modo satisfatório, por intermédio de um
procedimento de seleção destituído de sofisticação ou minúcia.
Dá-se o serviço como comum, pois há, também, a devida padronização, pois esse tem
um perfil qualitativo definido e praticado pelo mercado. Cabendo salientar que comum não é o
serviço destituído de sofisticação, mas aqueles para cuja aquisição satisfatória não se fazem
necessárias investigações ou cláusulas mais profundas.
Por tal exposição, concluímos que a solução adotada trata-se de serviço comum, pois:

é encontrado e praticado no mercado sem maiores dificuldades;


é ordinário, sem peculiaridades, ou características especiais, e apresentado com identidade e
características padronizadas;
tem perfil qualitativo e é prestado por diversas pessoas jurídicas e físicas de direito privado; e
garante sua caracterização em função das exigências do Instrumento Convocatório e das
peculiaridades procedimentais do certame licitatório.

b) Da caracterização do Serviço como serviço a ser prestado de forma contínua.

Serviços de natureza contínua são serviços auxiliares e necessários à Administração


no desempenho de suas atribuições que, se interrompidos, podem comprometer a continuidade de
suas atividades e cuja contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro.
Segue o mesmo raciocínio o conceito atribuído pelo Tribunal de Contas da União:
‘’Voto do Ministro Relator
[…]
28. Sem pretender reabrir a discussão das conclusões obtidas naqueles casos
concretos, chamo a atenção para o fato de que a natureza contínua de um serviço não pode
ser definida de forma genérica. Deve-se, isso sim, atentar para as peculiaridades de cada
situação examinada.
29. Na realidade, o que caracteriza o caráter contínuo de um determinado serviço é
sua essencialidade para assegurar a integridade do patrimônio público de forma rotineira e
permanente ou para manter o funcionamento das atividades finalísticas do ente
administrativo, de modo que sua interrupção possa comprometer a prestação de um serviço
público ou o cumprimento da missão institucional. ’’ (TCU. Acórdão n° 132/2008 –
Segunda Câmara. Relator: Ministro Aroldo Cedraz. Data do julgamento: 12/02/2008.)
Serviço de prestação continuada  será todo aquele cuja demanda a Administração
Pública já detém o conhecimento de que ocorrerá novamente no exercício financeiro seguinte, bem
como, o patamar no qual a mesma ocorrerá, havendo, inclusive, previsão orçamentária para sua
contratação – a depender.
Para corroborar tal entendimento, importante aduzir que Marçal Justen
11 
Filho leciona:
“A identificação dos serviços de natureza contínua não se faz a partir do exame
propriamente da atividade desenvolvida pelos particulares, como execução da prestação
contratual.
A continuidade do serviço retrata, na verdade, a permanência da necessidade pública a ser
satisfeita. Ou seja, o dispositivo abrange os serviços destinados a atender necessidades
públicas permanentes, cujo atendimento não exaure prestação semelhante no futuro.

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Estão abrangidos não apenas os serviços essenciais, mas também as necessidades públicas
permanentes relacionadas com atividades de menor relevância (tal como limpeza, por
exemplo). O que é fundamental é a necessidade pública permanente e contínua a ser
satisfeita através de um serviço.”
Diante de todo o exposto, conclui-se que é viável o enquadramento da solução
adotada dentre aqueles a serem executados de forma contínua, ficando a prorrogação do respectivo
contrato administrativo condicionada ao preenchimento dos seguintes requisitos:
1) comprovação da vantajosidade de preços e condições para a Administração;
2) previsão expressa da hipótese de dilação de prazo contratual no instrumento
convocatório da licitação e no respectivo ajuste entabulado entre as partes;
3) adoção da modalidade de licitação adequada, tendo em vista o valor total do pacto,
computadas as possíveis prorrogações, respeitando-se o prazo máximo de 60 (sessenta) meses
previsto na Lei; e
4) efetivação da prorrogação dentro do período de vigência do ajuste.

c) Serviço com ou sem disponibilização de funcionários da contratada de forma contínua.

Dá-se como mão de obra residente aquela em que o termo responsável estabelece que
os serviços serão realizados nas dependências do órgão contratante, indique o perfil e requisitos
técnicos do profissional a ser alocado na execução do contrato e haja estabelecimento, pelo órgão
contratante ou pela empresa, do valor do salário a ser pago ao profissional.
Ora, observa-se que, no presente caso, não haverá o emprego de mão de obra da
contratada. Isso porque, optou-se pela contratação de condutores por meio de processo autônomo, a
fim de atrair maior número de licitantes tanto no processo de locação de veículos, quanto no
processo de contratação de condutores, visando, assim, maior pluralidade de propostas e,
consequentemente, maior economicidade em ambos os processos.
Dessa forma, considerando a descrição, condições e natureza da solução adotada, não
se faz necessária a disponibilização de funcionários da contratada de forma contínua para a
execução do objeto contratual.
 
4. DESENHO DA CONTRATAÇÃO
4.1. Regime de contratação
A licitação será promovida sob o prisma da Lei 8.666/93 c/c a Lei 10.520/02,
observando as regulamentações aplicáveis em âmbito Estadual, considerando a natureza do objeto e
as condições da Contratação.
 
4.2. Regime de Execução
Ao inicio, cumpre dizer que a empreitada por preço global deve ser adotada quando
for possível definir previamente no projeto, com boa margem de precisão, as quantidades dos
serviços a serem executados; enquanto que a empreitada por preço unitário deve ser preferida para
objetos que, por sua natureza, não permitam a precisa indicação dos quantitativos orçamentários.
Posto isso, na forma indicada pelo art. 6º, inciso VIII c/c art. 10, da Lei nº 8.666/93 e
conforme Resolução PGE nº 3.879 de 28.04.2016, sugere-se que o serviços desempenhados através
do regime de execução (indireta) Empreitada por Preço Unitário.
Em sede de fundamentação, considerado a natureza do objeto, a modalidade
empregada e, ainda, sendo inviável a promoção da medição exata do volume demandado, urge a
12
importância desta Pasta adotar tal regime execução .
Assim, a sugestão é alinhada com a jurisprudência do Tribunal de Contas da União,
13
em seu Informativo de Licitações e Contratos de n° 304/2016 , senão vejamos:
 
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‘’A empreitada por preço global deve ser adotada quando for possível definir previamente no
projeto, com boa margem de precisão, as quantidades dos serviços a serem executados;
enquanto a empreitada por preço unitário deve ser preferida para objetos que, por sua
natureza, não permitam a precisa indicação dos quantitativos orçamentários. ’’
 
Entende-se ainda que este regime é o mais adequado, pois a quantidade exata de cada
item (serviço) só poderá ser definida mediante a informação da medição, após sua respectiva
execução. Desta forma, o pagamento à contratada, será efetuado pelo que efetivamente for
executado.
 
4.3. Forma de Execução
Nesta seção será tratada a forma de execução da contratação.
a) Prazo para entrega dos veículos de serviço – Sugerimos o prazo de 60 (sessenta)
dias corridos, posteriores a data de publicação do extrato do termo contratual.
b) Prazo para entrega dos veículos utilitários – Sugerimos o prazo mínimo de 90
(noventa) dias corridos, a contar da data da publicação do extrato de contrato no DOERJ.
c) Locais, datas e horários de Execução – A indicação dos locais, datas e horários
de execução será definida por cada Contratante em momento oportuno.
d) Forma de execução – A forma de execução dos serviços será integral.
e) Níveis mínimos de qualidade a serem observados – Os termos estipulados neste
Estudo prezam pela manutenção da exeqüibilidade do contrato, considerando aspectos como a
efetuação das tarefas realizadas, as imobilizações e substituições efetuadas, entre outros.
Assim, quando do estabelecimento da relação sinalagmática entre a Administração e
14
a contratada, de forma objetiva no instrumento  contratual ,  a qualidade do serviço prestado
(inclusive as quantidades executadas) poderá ser controlada, sem instrumentos complementares.
A solução adotada estipula termos objetivos, que tornam patente a qualidade exigida
na prestação do serviço a ser contratado que, se violados, a depender do grau, possibilitam a
aplicação de sanções à contratada.
Deste modo, entendemos ser adequada, razoável e proporcional a dispensa de
instrumentos complementares para a medição qualitativa e quantitativa da solução adotada.
Adequada e razoável, pois, a solução demandada é destituída de sofisticação técnica e
minúcia para o acompanhamento de sua execução, o que faz, para o seu atendimento satisfatório, a
desnecessidade de estipulação cláusulas mais profundas para o seu acompanhamento.
Proporcional, pois, os termos estipulados para assegurar a execução do contrato (em
harmonia com a letra legal) são suficientes para homenagear a a eficiência e sustentabilidade da
contratação e, ainda, são objetivamente capazes de diminuir os riscos de danos ao Erário.
 
4.4. Informações Contratuais
4.4.1. Duração do contrato
O prazo de vigência do contrato será de 36 (trinta e seis) meses, valendo a data de
publicação do extrato como termo inicial de vigência. Ainda, o prazo contratual poderá ser
prorrogado, observando-se o limite previsto no art. 57, II, da Lei nº 8.666/93, desde que a proposta
da CONTRATADA seja mais vantajosa para o CONTRATANTE.
A adoção do prazo se justifica no fundamento da sustentabilidade da contratação,
tendo vista que este se demonstra vantajoso para a Administração, considerando a natureza e
condições da solução adotada.
No que tange à sustentabilidade, interpretando-a como a manutenção do equilíbrio do
ajuste e condições econômico-financeiras da contratação, tal decisão potencializa, também, o

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fortalecimento da gestão contratual, uma vez que é um prazo razoável e proporcional à solução
adotada.
Por fim, a estipulação deste período se faz necessária por ser adequado à
Administração, uma vez que está alinhado às praticas atuais, canalizando-a à captação de índices de
medição qualitativo e econômico-financeiros – produtos suficientes para a avaliação dos impactos
benéficos e onerosos do ajuste.
 
4.4.2. Reajustamento de preços

Do reajuste dos valores pactuados no contrato.


15
Na lição de Hely Lopes Meirelles ,  o reajustamento contratual de preços é medida
convencionada entre as partes contratantes para evitar que venha a romper-se o equilíbrio financeiro
do ajuste, em razão das elevações do mercado, da desvalorização da moeda ou do aumento geral de
salários no período de execução do contrato administrativo.
Assim, insta formalizar a necessidade de cláusula de reajustamento de preços, com o
propósito de recompor o valor da proposta do contratado, em razão do impacto da inflação nos
preços dos custos que a integra.
Na mesma linha, a aventa encontra-se em harmonia com a jurisprudência. O TCU
tratou da matéria no Acórdão  1488/2016-Plenário e reafirmou  seu entendimento de que a
repactuação de preços, como espécie de reajuste contratual, deverá ser utilizada apenas nas
contratações de serviços continuados com dedicação exclusiva de mão de obra. Citando o Acórdão
1.827/2008-TCU, o Plenário da Corte assentou que:
“o reajuste de preços é a reposição da perda do poder aquisitivo da moeda por meio do
emprego de índices de preços prefixados no contrato administrativo. Por sua vez, a
repactuação, referente a contratos de serviços contínuos, ocorre a partir da variação dos
componentes dos custos do contrato, devendo ser demonstrada analiticamente, de acordo
com a Planilha de Custos e Formação de Preços.”
Por todo exposto, observando o disposto no art. 40, XI, da Lei n° 8.666/93 e em
conformidade com o Enunciado n° 14 da PGE, sugere-se a adoção do INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE, para a correção dos valores pactuados no contrato.
A adoção do índice é razoável, necessária e proporcional, isto porque reflete a
variação dos custos da solução adotada e considerando que a atualização dos valores deve se dar
tomando por base os índices inflacionários reais.

Do reajuste das faturas pagas com atraso nas quais tiveram causa ou motivo a Administração.

A correção monetária deve incidir a partir do momento em que era possível a


Administração realizar o pagamento e não o fez, gerando prejuízo ao contratado.
Com efeito, a própria Lei de Licitações e Contratos Administrativos prevê, em seu
artigo 40, inciso XIV, que o edital deverá conter, necessariamente, as condições de pagamento
prevendo as "compensações financeiras e penalizações" por eventuais atrasos no pagamento.
16
Em comentários a este dispositivo legal esclareceu Marçal Justen Filho :
“Tem-se questionado se, em face do Plano Real, continua a existir ‘correção monetária’ em
caso de atraso. Alguns procuram localizar nos dispositivos das diversas leis fundamentação
para defender esse ponto de vista.
Deve ressaltar-se que o regime para indexação relativo ao período anterior ao vencimento
não se confunde com o pertinente à responsabilidade civil. Ou seja, a regra que proíbe
reajustes para período inferior a doze meses não disciplina as conseqüências jurídicas do
inadimplemento.
O sujeito (inclusive o Estado) tem o dever de cumprir a prestação assumida, no prazo e
condições determinadas. Ao infringir esse dever, sujeita-se à obrigação de indenizar a parte

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inocente por perdas e danos.


Entre os danos emergentes encontra-se, no mínimo, a perda do valor da moeda proveniente
da inflação. Portanto, se o Estado atrasar o pagamento, deverá pagar com correção
monetária. Os Tribunais não têm hesitado em seguir esse caminho, na vigência do Plano
Real.”
O Tribunal de Contas  da União – TCU já se manifestou sobre a possibilidade de a
Administração realizar o pagamento de juros e correção monetária, conforme se depreende de
excerto do recente Acórdão nº 1920/2011, da Primeira Câmara:
“Tomada de Contas. Pagamento de despesas de exercícios anteriores com acréscimo de juros
de crédito bancário. Taxas superiores aos índices de variação de preços. Ofensa ao princípio
de indisponibilidade do patrimônio público. Ato de gestão antieconômico. Dano ao erário.
Débito inferior ao limite para TCE. Contas irregulares. Multa.
11.4 Em pesquisa que realizamos junto aos sistemas do Tribunal, verificamos que o assunto
foi bem abordado no Acórdão 1931/2004-Plenário.
11.5 Em seu voto que fundamentou o Acórdão 1931/2004-Plenário, o Relator, Excelentíssimo
Senhor Ministro Walton Alencar Rodrigues, ao analisar a pretensão do Órgão de não pagar
a atualização monetária à empresa contratada, assim discorre:
Essa solução, além de não se harmonizar com o princípio jurídico que veda o
enriquecimento sem causa à custa alheia, aplicável às relações jurídicas de toda a espécie,
não se conforma com a Constituição Federal (art. 37, inciso XXI) e com a Lei 8.666/93 (art.
3º), que determinam a manutenção das condições efetivas da proposta nas contratações
realizadas pelo poder público.
Como tal, negar à empresa contratada a composição de perdas e danos decorrentes de mora
da própria Administração atentaria contra o primado da justiça que arrosta o
enriquecimento sem causa, mesmo que essa exigência não esteja prevista em lei ou em
disposição contratual.”.
 
Assim, a Administração, em caso de atraso de pagamento pelos serviços efetivamente
prestados, deve realizar a correção monetária destes valores com a incidência, inclusive, de juros
moratórios, com vistas a homenagear o equilíbrio do ajuste.
Por isso, observando o disposto no art. 40, XI, da Lei n° 8.666/93 e em conformidade
com o Enunciado n° 14 da PGE, definiu-se a adoção do INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
para a correção dos valores pagamentos efetuados com atraso.
A adoção do índice é razoável, necessária e proporcional, isto porque reflete a
variação dos custos da solução adotada e considerando que a atualização dos valores deve se dar
tomando por base os índices inflacionários reais.
 
4.4.3. Garantia
A possibilidade de exigência de garantia a ser fornecida pelo contratado é uma
prerrogativa da Administração, que busca assegurar a adequada execução do contrato, na medida em
que:
‘’...A exigência de garantia está adstrita ao poder discricionário do Administrador,
considerando, é claro, o interesse público. É o que se depreende do art. 56 da Lei de
Licitações.
No entanto, se tal prestação é estabelecida no instrumento convocatório e no termo
contratual, como nos casos em exame, o Administrador não pode deixar de exigi-la alegando
seu poder discricionário, pois que vinculado aos termos do edital e do contrato.
A não exigência da prestação da garantia, nesses casos, implica grave infração à norma
legal e regulamentar”. (TCU, Decisão nº 473/1999 – Plenário).
 
Como todo contrato administrativo deve atender a uma finalidade pública, o
inadimplemento ou o adimplemento defeituoso acarretam lesão não apenas à Administração
contratante, mas a toda a coletividade.
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Mediante a exigência de prestação de garantias pelos contratados, a Administração


tem o objetivo de reduzir o risco de ocorrência e má execução do contrato, ou, na hipótese de essa
verificar-se, assegura uma rápida composição das perdas sofridas em decorrência da inexecução ou
17
execução irregular .
18
Neste sentido, recorremos à douta lição do Professor Marçal Justen Filho :
"Ao estabelecer requisitos de habilitação, a Administração Pública pretende cercar-se de
todas as cautelas para evitar o insucesso da contratação. Presume-se que o sujeito ao
preencher os requisitos constantes da habilitação e ter a proposta selecionada como
vencedora terá total condição para executar satisfatoriamente o objeto do contrato. A
garantia representa um instrumento adicional para eliminar riscos de insucesso."
Quando observado risco à lesão ao Erário, dado o descumprimento por meio das
contratadas, a obrigatoriedade de prestação de garantia representa apenas outro instrumento de
eliminar risco de insucesso, caso o contratado não seja capaz de executar satisfatoriamente a solução
demandada.
Noutras linhas, considerando a vultuosidade material e econômica da solução, em
conformidade com o art. 56 da Lei n° 8.666/93, sugere-se a instituição a instituição do elemento da
garantia contratual, com a finalidade de assegurar a plena execução dos contratos que,
eventualmente, vierem a ser celebrados, bem como promover o pagamento de multas que,
porventura, possam ser aplicadas pela Administração.
Em sede de fundamentação, com a conjugação deste aos princípios norteadores de
licitação, visto que, ainda, há previsão legal para tanto, tal exigência é adequada, necessária e
proporcional para a satisfação do Interesse Público.
Noutras linhas, sugere-se, como percentual da garantia apresentada, o montante de
19
05% (cinco por cento)   do valor firmado no momento da contratação, tendo em vista que este é 
suficiente para cobrir os riscos da contratação, restando razoável sua estipulação.

4.4.4. Transferência de conhecimento, tecnologia e técnicas empregadas e Transição Contratual.

 
A Administração que realizar novo contrato deverá ser a responsável por julgar a
necessidade e estipular seus critérios de transição contratual, tendo em vista a primazia da realidade.
Havendo transição contratual entre empresas distintas, há a necessidade de
transferência de conhecimento, tecnologia e técnicas empregadas, a fim de que não haja a
interrupção dos serviços prestados, visto que não se pode, a cada novo contrato, recomeçar os
trabalhos que envolvem o complexo processamento de sua execução.
 
​4.4.5. Critérios e práticas de sustentabilidade
Segundo o art. 3º da Lei nº 8.666/1993, Licitação Sustentável é aquela que se destina
a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais
vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
Nesse sentido, pode-se dizer que a licitação sustentável é o procedimento
administrativo formal que contribui para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável,
mediante a inserção de critérios sociais, ambientais e econômicos nas aquisições de bens e
contratações de serviços.
A partir deste enfoque tripartite, que constitui o núcleo mínimo do desenvolvimento
sustentável, reconhecemos que o desenvolvimento sustentável envolve ainda outras dimensões, tais
20
como a ética, a jurídica e a política .
O bem estar social relaciona-se com a efetivação de direitos sociais, como saúde,
educação e segurança, entre outros, assim como a garantia dos direitos assegurados aos
trabalhadores, tais como proibição do trabalho do menor, fixação de salário mínimo, medidas

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relacionadas à fixação da jornada de trabalho e medidas de proteção à segurança e saúde no


ambiente de trabalho, a título de mera exemplificação.
O desenvolvimento econômico diz respeito à geração e distribuição de riqueza.
A preservação do meio ambiente constitui importante elo da corrente do
desenvolvimento sustentável e impõe que tanto o bem estar social, quanto o desenvolvimento
econômico sejam alcançados sem prejuízo do meio ambiente ecologicamente equilibrado, que deve
ser mantido e preservado pela geração atual em benefício próprio e das futuras gerações.
Desta forma, constituem diretrizes de sustentabilidade desta solução adotada, entre
outras:

O uso de automóveis, equipamentos e acessórios com menor impacto sobre


recursos naturais (flora, fauna, solo, água, ar);
Preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;
O uso de automóveis, equipamentos e acessórios com maior eficiência na utilização
de recursos naturais, como água e energia;
Maior geração de empregos;
Manutenção do equilíbrio contratual; e
Uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais. - origem
ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens, serviços e obras.

4.4.6. Possibilidade de subcontratação.

Quanto à possibilidade de subcontratação, o art. 72 da Lei 8.666/93, quando


combinado com o art. 78, VI do mesmo diploma, veda a subcontratação total do objeto licitado, na
medida em que esse instituto deve ser encarado com excepcionalidade, sob pena de desfigurar o
processo de escolha inerente ao próprio procedimento licitatório.
Endossando o parágrafo anterior, esse é o entendimento que o TCU emitiu através do
Acórdão 834/2014:
‘’Tomada de Contas Especial, resultante da conversão de processo de Auditoria, apreciou
dano ao erário decorrente de irregularidades verificadas na aplicação de recursos federais
repassados no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa
Nacional de Transporte Escolar (Pnate), do Programa Saúde da Família (PSF) e do Programa
Bolsa Família (PBF).
Entre as ocorrências apontadas, destaca-se a ‘subcontratação ilegal e total do contrato público
de prestação de serviço de transporte escolar’, ocasionando prejuízo aos cofres públicos
emrazão da diferença positiva entre o valor licitado e o valor subcontratado.
Ao analisar as justificativas dos responsáveis, o relator destacou que ‘de acordo com o
art. 72 c/c o art. 78, VI, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, a subcontratação deve
ser tratada como exceção, de tal modo que a jurisprudência do TCU só tem admitido,
em regra, a subcontratação parcial e, ainda assim, quando não se mostrar viável sob a
ótica técnico-econômica a execução integral do objeto por parte da contratada e desde
que tenha havido autorização formal do ente contratante’.
Observou ainda, em relação ao caso concreto, que, ‘por meio desse indevido artifício, a
empresa contratada passou de fornecedora de serviços a mera intermediária, com o
agravante de que os novos serviços foram subcontratados por um valor 48,9 % inferior ao
original’.
Considerando que a defesa apresentada não elidiu a irregularidade, ‘tendo em vista que nem
mesmo fez alusão à eventual inviabilidade técnica e/ou econômica para a execução do objeto
por parte da contratada, além de não justificar o fato de o serviço ter sido subcontratado por
valor inferior’, o que trouxe evidente prejuízo para a Administração Pública, o Tribunal,
acolhendo o voto do relator, julgou irregulares as contas dos responsáveis, condenando-os
solidariamente com a empresa contratada ao pagamento do débito, além da aplicação de
multa individual aos envolvidos’’ (grifou-se).
 
21
Neste sentido, analisando os dispositivos supracitados, Marçal Justen Filho ensina:

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"A escolha da Administração deve ser orientada pelos princípios que regem a atividade
privada. Se, na iniciativa privada, prevalece a subcontratação na execução de certas
prestações, o ato convocatório deverá albergar permissão para que idênticos procedimentos
sejam adotados na execução do contrato administrativo.
Assim se impõe porque, estabelecendo regras diversas das práticas entre os particulares, a
Administração reduziria a competitividade do certame.
É óbvio que se pressupõe, em todas as hipóteses, que a Administração comprove se as
práticas usuais adotadas pela iniciativa privada são adequadas para satisfazer ao interesse
público."
 
Somado a isso, o Tribunal de Contas da União, no Acórdão TCU nº 2002/2005 –
Plenário, leciona que a subcontratação é instrumento excepcional, não regra, e deve ser adotada
unicamente quando necessária para garantir a execução do contrato.
Quando o entendimento acima posto é conjugado à Ordem Jurídica vigente,
observamos, também, que a subcontratação não deve atentar contra os princípios constitucionais
inerentes ao processo licitatório, e nem ofenda outros princípios relacionados às licitações,
notadamente o da seleção da proposta mais vantajosa para a Administração (art. 3º, Lei nº 8.666/93)
22
.
Neste sentido, havendo (e como há), dentro da solução adotado um nicho de mercado
composto por um grupo complexo de potenciais fornecedores sem a necessidade de subcontratação,
não há violação dos princípios do processo licitatório.
Isso se dá ao fato de que há competição entre potenciais prestadores (vide o subitem
2.2. do presente documento - ‘’Benchmarking’’) permitindo a seleção da proposta mais vantajosa
para a Administração, sem prejuízo ao interesse público.
É sabido que subcontratação onera o custo de serviço por exigir logística a parte
(adicional) para o processo, partindo daí a opção por não permitir tal procedimento
(economicidade).
Logo, um possível afastamento do instituto de subcontratação não compromete,
restringe ou frustra o caráter competitivo entre os possíveis licitantes, não constituindo o argumento
para que esta modalidade de contratação seja obrigatória, muito menos que seja vantajosa.
Considera-se, ainda, (alínea c, do subitem 4.3.1 deste documento) fora discutido que
a natureza da solução adotada não comporta divisão, visto que, entre outras motivações (ao subitem
4.3.1 do presente documento) as condições dos serviços apresentam aspectos comuns que justificam
o tratamento conjunto.
Neste passo, não se vislumbra uma hipótese excepcionalíssima (seja técnica,
econômica e circunstancialmente) justificável quanto à autorização de subcontratação do objeto e,
quando subsumida a norma e os entendimentos acima postos ao caso concreto, de outra sorte, sabe-
se que não há serviços acessórios que podem ser realizados através de subcontratados.
Concluindo esta etapa do pensamento, não verificou-se elementos objetivos que
autorizassem a positivação do instituto da subcontratação (seja parcial ou total), de maneira a
atender satisfatoriamente o Interesse Público
Caminhando para o final, com vistas a aumentar o número de participantes e o
aferimento de condições (eficiência e economicidade) que atendam o Interesse Público, sugere-se a
vedação da subcontratação, seja parcial ou total, da solução adotada.
Como se vê, a subcontratação para o presente caso reflete uma situação não vantajosa
para a Administração Pública, representa prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser
contratado e se demonstra inviável para a solução adotada.
Tal sugestão é razoável, necessária e adequada, tendo em vista que esta tem o condão
de exatamente afastar a restrição à competição e, conseqüentemente, proporcionar maior eficiência e
economicidade ao ato.
 

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4.4.7. Da incidência do Programa de Integridade


Consta no art. 1° da Lei Estadual n° 7.753/17 (a qual dispõe sobre a instituição do
Programa de Integridade às pessoas jurídicas que contratarem com a Administração do ERJ) que: 
 "Lei Estadual 7.753/17:
Art. 1º - Fica estabelecida a exigência do Programa de  Integridade  às empresas que
celebrarem contrato, consórcio, convênio, concessão ou parceria público-privado com
a administração pública direta, indireta e fundacional do Estado do Rio de Janeiro, cujos
limites em valor sejam superiores ao da modalidade de licitação por concorrência, sendo
R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) para obras e serviços de engenharia e R$
650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais) para compras e serviços, mesmo que na forma
de pregão eletrônico, e o prazo do contrato seja igual ou superior a 180 (cento e oitenta)
dias.".
 
Da leitura do dispositivo destacado, observa-se a necessidade de fazer constar que
somente será adotado o instituto quando a contratada, cumulativamente, atender aos requisitos
(subsumindo a norma ao caso concreto), quais sejam:
 
A.  Celebração de contrato com a Administração Pública Direta, Indireta ou
Fundacional;
B. Valores (contratuais) superiores ao da modalidade de licitação do tipo Concorrência
(sem discriminação de condições, termos ou natureza); e
C. Prazo do contrato igual ou superior a 180 (cento e oitenta) dias.
 
Ainda na leitura do diploma legal, o § 2° do art. 1° (c/c o caput do art. 3) é cristalino
ao discursar que o instituto “aplica-se [...] às sociedades empresárias e às sociedades simples,
personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societário
adotado”. Ou seja, a qualquer interessado que deseja contratar com o ERJ.
Ao fim, a sugestão deverá ser observada por cada contratante, considerando a
realidade de suas contratações.
 
4.4.8. Possibilidade de participação de Consórcio
A participação, ou vedação, de empresas constituídas em regime de consórcio tem
sua previsão instituída na forma do art. 33 da Lei nº 8.666/93, e é disciplinada conforme Resolução
PGE nº 4.345/19 por meio da Nota Explicativa X.
Fazendo remissão ao Parecer n° 98/2018-FAG, temos que “no processo
administrativo a participação ou vedação de consórcio  deve obrigatoriamente  ser objeto de
motivação específica pelo gestor, justificando a decisão à luz do objeto e das características
daquele mercado”.
Resta, então, entendido que a participação, ou vedação, de empresas em regime de
consórcio no procedimento licitatório está no âmbito discricionário do Administrador, conforme se
depreende do caput do art. 33 da Lei nº 8.666/93, a quem cabe avaliar a conveniência e a
oportunidade em torno da admissão ou não de consórcios, em face do vulto e/ou complexidade
técnica do objeto do certame.
No entendimento da Egrégia Corte de Contas da União:
 “Acórdão 1711/2017-Plenário:  A decisão da Administração de permitir a participação de
empresas sob a forma de consórcio nas licitações deve ser devidamente motivada e não deve
implicar a proibição da participação de empresas que, individualmente, possam cumprir o
objeto a ser contratado, sob pena de restrição à competitividade”.
 
Há hipóteses em que as circunstâncias de mercado ou a complexidade do objeto torna
problemática a competição. Isso se passa quando grande quantidade de empresas, isoladamente, não
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dispuser de condições para participar da licitação – o que não é o caso concreto.
Sem querer ser prolixo, temos que, conforme linhas anteriores, o presente
procedimento tem como objeto a contratação de serviço comum, que é de técnica usual para o
mercado, o que está em perfeita harmonia com o entendimento acima posto.
Vide, ainda, que a possibilidade de aglutinação de empresas em regime de consórcio
acarretaria no efeito de que a competitividade, neste caso, viria a diminuir e, ato contínuo,
impossibilitaria a Administração a auferir condições mais vantajosas para a pretensa contratação.
23
Na razoável reflexão do Professor Marçal Justen Filho :
“É usual que a administração pública apenas autorize a participação de empresas em
consórcio quando as dimensões e complexidade do objeto ou as circunstâncias concretas
exijam a associação entre particulares”.
 
Cabe ressaltar que é notória a participação de empresas de pequeno e médio porte, as
quais, em sua maioria, apresentam o mínimo exigido no tocante à qualificação técnica e econômico-
financeira, suscitando condições suficientes para a execução de contratos dessa natureza, o que não
tornará restrito o universo de possíveis licitantes individuais.
A ausência de participação de empresas em regime de consórcio não trará prejuízos à
competitividade do certame, visto que, em regra, a formação de consórcios é admitida quando o
objeto a ser licitado envolve questões de alta complexidade ou de relevante vulto, em que empresas,
isoladamente, não teriam condições de suprir os requisitos de habilitação do edital.
Endossando o parágrafo anterior, esse é o entendimento do TCU:
 
GRUPO II - CLASSE VII – Plenário TC 029.420/2015-6
REPRESENTAÇÃO. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES. PARTICIPAÇÃO DE
EMPRESAS EM CONSÓRCIO. COMPROVAÇÃO FÁTICA DE AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO À COMPETITIVIDADE E DE VANTAJOSIDADE ECONÔMICA.
INEXISTÊNCIA DE IRREGULARIDADE. IMPROCEDÊNCIA.
1. A participação de empresas em consórcio não implica necessariamente incremento de
competitividade, podendo, eventualmente, ter o efeito oposto, limitando a concorrência
devido à diminuição do número de empresas de porte interessadas por integrarem um
mesmo consórcio (Acórdãos 1.072/2005, 1.591/2005, 1.417/2008 e 1.165/2012, do Plenário,
e 2.813/2004 e 4.206/2014, da Primeira Câmara). (grifamos)
 
Então, neste caso, a Administração, com vistas a aumentar o número de participantes
e ao aferimento de condições (economicidade e eficiência) que atendam o interesse público, veda a
participação de empresas constituídas na forma de consórcio.
Tal decisão é razoável, necessária e adequada, tendo em vista que esta tem o condão
de exatamente afastar a restrição à competição e, consequentemente, proporcionar maior eficiência e
economicidade ao ato.
 
4.4.9. Possibilidade de participação de Cooperativa
Em que pese o entendimento sumulado pelo Tribunal de Contas da União, no
24
enunciado nº  281 ,  de acordo com o qual é vedada a participação de cooperativas em certame
licitatório quando houver necessidade de subordinação de mão de obra, verifica-se que tal
entendimento não é aplicável ao presente caso.
Isso porque, levando em conta que o objeto do presente procedimento licitatório gira
em torno da contratação de empresa de locação de veículos sem mão de obra, não resta
caracterizada situação de subordinação, o que afasta a vedação da Corte de Contas.
Ademais, a possibilidade de participação de cooperativa em certame licitatório é
matéria de ordem legal e sua vedação, fora dos parâmetros estipulados pelo enunciado nº 281,
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configuraria violação ao disposto no §2º do art. 10 da Lei nº 12.690/12, que dispõe:


Art. 10. A Cooperativa de Trabalho poderá adotar por objeto social qualquer gênero de
serviço, operação ou atividade, desde que previsto no seu Estatuto Social.
§ 1º [...]
§ 2º A Cooperativa de Trabalho não poderá ser impedida de participar de procedimentos de
licitação pública que tenham por escopo os mesmos serviços, operações e atividades
previstas em seu objeto social. (grifo nosso)
 
Assim, verificamos que não há óbice à participação de cooperativas no presente
certame licitatório.
 

4.5. Seleção do fornecedor

4.5.1. Forma de seleção

a) Da instrumentalização do procedimento

Sugere-se a seleção do fornecedor através de procedimento licitatório, na modalidade


25
Pregão Eletrônico, conforme previsão positivada no art. 1° da Lei 10.520/2002 , visto que se trata
de serviço comum, na forma da tese defendida no tópico 3.4 deste documento.

b) Do processamento do procedimento – adoção do Sistema de Registro de Preços

De início, fundamenta-se a decisão pelo uso do Sistema de Registro de Preços com


fulcro no art. 15 da Lei nº 8.666/93 e no art. 11 da Lei nº 10.520/02, uma vez que convém, a cada
Pasta, a contratação dos serviços de acordo com as suas efetivas demandas, observando a 
necessidade de contratações frequentes e a disponibilidade orçamentária.
Ainda nestas primeiras linhas, invoca-se, também, a inteligência do Art. 6º do
Decreto Estadual n° 46.642/2019, que regula o SRP no âmbito do ERJ:
"Art. 6º - As prestações de serviços e as aquisições, sempre que possível, deverão ser
processadas pelo Sistema de Registro de Preços, aplicando-se à elaboração do Plano de
Suprimentos o disposto neste Decreto."
Temos que a atual gestão busca adotar procedimentos atinentes ao contingenciamento
de despesas, objetivando a otimização dos gastos públicos. Nesta direção, esta SUBLOG/SECCG
está empenhando-se em adequar-se à nova realidade do Governo Estadual.
O Sistema de Registro de Preços é um forte aliado dos princípios da eficiência, da
economicidade e da padronização, por ser um procedimento que resulta em vantagens à
Administração, como a desburocratização das contratações e a racionalização da quantidade de
licitações.
Cabe incluir que, instituindo o Sistema de Registro de Preço, não quer dizer que a
Administração está se eximindo do dever de realização do certame licitatório, na realidade, os
resultados de uma única licitação poderão ser utilizados para tantas contratações quantas forem
26
necessárias (respeitados os limites previamente determinados no ato convocatório) .
O Sistema de Registro de Preços, contextualizando a douta lição do professor Marçal
Justen Filho, “apresenta diversas virtudes, propiciando a redução de formalidades e a obtenção de
27
ganhos econômicos para a Administração Pública ”.
 
Tal procedimento possui características vantajosas para esta Pasta: não obriga a
Administração a promover às contratações dos serviços, contudo, condiciona o licitante vencedor ao
compromisso de manter a proposta por determinado lapso temporal, salvo ocorrência de fatos
supervenientes e comprovadas alterações dos custos dos insumos.
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Além disso, o Sistema de Registro de Preços oferece uma solução para o atendimento
de necessidades variáveis, pois, como é o presente caso, a prestação dos serviços envolve
28
quantidades ou períodos de tempo que variam segundo as circunstâncias .
Finalmente, alinhado às exigências desta Pasta na qualidade de Órgão Central do
Sistema Logístico, concluímos que  o Sistema de Registro de Preços é a solução viável, tendo em
vista: 
1. Contratações frequentes/recorrentes dos mesmos serviços, caracterizando a necessidade
contínua e comum de suas contratações, tendo em vista, também, que neste cenário não é
possível mensurar previamente o quantitativo total a ser fornecido do produto ao longo do
exercício financeiro, de forma a não permitir a realização de contratação convencional, o que
ocasionaria riscos ao Erário; e
2. Promoção da gestão centralizada do serviço que, em total alinhamento com as regras
estabelecidas na Resolução SECCG n° 17/2019, possibilita a    obtenção de indicadores de
qualidade, desempenho, disponibilidade, utilização de recursos e custos de forma mais ágil e
exata, permitindo melhor planejamento, tomadas de decisão e ações rápidas, cada vez mais
demandadas pelo ambiente produtivo desenvolvido no âmbito do ERJ;
 
c) Do critério de julgamento
De início, insta-se que a possibilidade parcelamento, ou não, do objeto da licitação
deve ser auferida sempre no caso concreto, essencialmente, deve a Administração prezar acerca da
viabilidade técnica e econômica do parcelamento e da divisibilidade do objeto, de conformidade
com o pronunciado pelo Tribunal de Contas da União por meio do Acórdão nº 732/2008.
29
Nos termos do §1º do art. 23 da Lei de  Licitações ,  a opção pelo critério de
julgamento por item é obrigatória e deve ser aplicada sempre que se comprovar técnica e
economicamente viável a sua adoção, a fim de ampliar a competitividade sem perda da economia de
escala.
Nesse sentido, cabe destacar entendimento do doutrinador Marçal Justen Filho em
30
comentário ao referido dispositivo :
“O art. 23, § 1º, impõe o fracionamento como obrigatório. A regra retrata a vontade
legislativa de ampliar a competitividade e o universo de possíveis interessados. O
fracionamento conduz à licitação e contratação de objetos de menor dimensão quantitativa,
qualitativa e econômica. Isso aumenta o número de pessoas em condições de disputar a
contratação, inclusive pela redução dos requisitos de habilitação (que serão proporcionados
à dimensão dos lotes). Trata-se não apenas de realizar o principio da isonomia, mas da
própria eficiência.”
 
Na presente hipótese, conforme destacado no subitem 2.9, pela diversidade de
modelos de veículos ora demandados e ante a pluralidade de fornecedores disponíveis no mercado
de locação, torna-se economicamente mais vantajoso o parcelamento do objeto, porquanto pode
atrair um maior número de interessados, resultando em melhores preços para a Administração.
Ademais, os itens do presente certame abrangem gêneros de veículos automotores de
categorias diferentes, motivo pelo qual a reunião, em lotes, de veículos com especificações distintas,
implicaria em restrição à competitividade do certame.
Pelo exposto, a opção por realizar a licitação por item decorre de aspectos técnico-
econômicos, com vistas a melhor atender o Interesse Público, com eficiência e racionalidade dos
gastos.
 
 

4.5.2.  Âmbito da licitação

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A licitação se dará em âmbito Nacional, considerando a natureza do objeto e as


condições de contratação. Ainda, soma-se a isso o fato de que existe competitividade no mercado
pátrio, momento em que o Estado tem a oportunidade de atuar indiretamente na criação de
empregos, desenvolvimento de empresas e de regiões.
 
4.5.3. Qualificação Técnica
Por força da Resolução PGE nº 3.363 de 10.06.2013, instituímos a necessidade de o
licitante vencedor apresentar, como comprovação da capacidade técnica, atestados que permitem
auferir sua aptidão pertinente e compatível com o objeto da licitação.
A exigência da demonstração da qualificação técnica tem seu fundamento no
princípio da eficiência, consagrado no Art. 37 da Carta Magna da República. Neste sentido, o
31
professor Marçal Justen Filho  leciona:
“A proposta deverá ser avaliada segundo os critérios de aceitabilidade determinados na lei e
no edital. Esses critérios envolvem inclusive o padrão mínimo de qualidade aceitável. A
administração não pode aceitar um objeto destituído da qualidade mínima necessária a
satisfazer as necessidades a que se destina. O interesse em obter a proposta mais vantajosa
não autoriza a administração a ignorar a qualidade mínima aceitável.”
 
Passado o introito, a exigência está balizada nas instruções preconizadas na letra do
art. 30 da Lei n° 8.666/93 e em consonância com o entendimento exarado pela jurisprudência do
Colendo Tribunal de Contas da União, no Acórdão 1.046/2014, dizendo que:
  ''No tocante ao receio expressado pelo CFC de que a falta de avaliação técnica das
propostas poderia levar empresas sem capacitação a assumir a execução do objeto, partilho
do entendimento da unidade técnica no sentido de que isso seria evitado com a definição, no
termo de referência do pregão, dos padrões/especificações exigidos para a garantia de
qualidade do serviço. Ademais, no pregão, a capacidade técnica não é ignorada, sendo sua
análise tão somente transferida para momento posterior (fase de habilitação)''.
 
Ora, as exigências de qualificação técnica compatíveis com o objeto da licitação,
cabe dizer, não caracterizam qualquer prejuízo ao caráter competitivo do certame. Também o
Superior Tribunal de Justiça já se manifestou sobre o tema no julgamento do REsp nº 1.257.886/PE,
2ª T., rel. Min. Mauro Campbell Marques, j. em 03.11.2011, DJe de 11.11.2011):
 "4. Não fere a igualdade entre os licitantes, nem tampouco a ampla competitividade entre
eles, o condicionamento editalícios referente a experiência prévia dos concorrentes no
âmbito do objeto licitado, a pretexto de demonstração de qualificação técnica (...)
5. Os princípios da igualdade entre os concorrentes e da ampla competitividade não são
absolutos, devendo ser ponderados com outros princípios próprios do campo das licitações,
entre eles o da garantia da seleção da melhor proposta e o da segurança do serviço/produto
licitado". (...)
 
Temos justificado tal exigência tendo em vista a conjugação deste aos princípios
norteadores da licitação; visto que, ainda, há previsão legal para tanto e, sendo essa alinhada à
jurisprudência, nesses termos, percentuais e condições, tal imposição é:

1. adequada (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto


licitado é medida que faz presumir, como meio a qualificação técnica o fim visado);
2. necessária (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto
licitado é medida de fácil demonstração, autorizando a sumarização das exigências
legais);
3. proporcional em sentido estrito (facilita a escolha da Administração Pública,
porque nivela os competidores, uma vez que parte de uma qualificação mínima,
permitindo, inclusive, o destaque objetivo das propostas mais vantajosas).

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4.5.4. Qualificação Econômico-financeira
 
Utilizando a IN SLTI nº 6/2013 como parâmetro de pesquisa e consulta, e observando
o Acórdão TCU Nº 1.214/2013 Plenário, indicamos como critério para avaliação de qualificação
econômico-financeira, nos termos estabelecidos no artigo 31 da Lei 8.666/93, os seguintes:
a) Balanço patrimonial (inciso I);
b) Certidão Negativa de Falência, Recuperação Judicial etc. (inciso II);
c) Comprovação de possuir um Capital Social mínimo para a execução do objeto (§
2º);
d) Comprovação de possuir um Patrimônio Líquido para a execução do objeto (§ 2º)

Do Balanço Patrimonial

Tal exigência fora instituída considerando a vultuosidade econômica e material do


procedimento. Assim, há a necessidade da exigência da apresentação de Balanço Patrimonial
destinado a comprovar a boa situação financeira do interessado que almeja contratar com o ERJ.
Ainda, em atenção ao impacto econômico da contratação, o instrumento possibilita a
Administração aferir, em face dos dados neles constantes, a capacidade econômica dos licitantes
para suportar os ônus inerentes à contratação, prezando pelo bom prosseguimento da relação
contratual, na forma indicada na letra da Lei 8.666/93, notadamente no artigo 31, §§ 1º e 5º.
O objetivo, portanto, é prevenir a Administração Pública para que interessados sem
quaisquer responsabilidades ou respaldo financeiro, pudessem vir a vencer o certame e, durante a
execução da obrigação contratada, não apresentasse capacidade para concluir o objeto da obrigação.
Dito isso, para que os serviços sejam adequados aos anseios do Interesse Público, os
licitantes deverão estar aptos na sua capacitação econômico-financeira para a execução do Contrato,
com o intuito de garantir a qualidade e continuidade dos serviços prestados.
Portanto, para a habilitação dos interessados, os índices contábeis solicitados e seus
respectivos limites são os seguintes:

Índice de Liquidez Corrente (ILC):

 
O Índice de Liquidez Corrente mede a solvência da empresa e sua capacidade para
saldar suas dívidas, refletindo a situação dos compromissos financeiros de curto prazo em face ao
ativo realizável de curto prazo.
Portanto, quanto maior o ILC, melhor a situação da empresa e, para a presente
licitação, definiu-se que deverá ser maior ou igual a R$ 1,00 (um real), porque as empresas que o
comprovarem estarão demonstrando que possuem recursos suficientes para saldar seus
compromissos financeiros vincendos a curto prazo. Ele indica quantos reais estão disponíveis para
cada R$ 1,00 (um real) de dívida em curto prazo.
O Índice de Liquidez Corrente deverá ser calculado de acordo com a seguinte
fórmula:

ILC = Ativo Circulante

Passivo Circulante

Índice de Liquidez Geral (ILG)

O ILG indica quanto a empresa possui em recursos disponíveis, bens e direitos


realizáveis em curto prazo, para fazer face ao total de suas dívidas de curto prazo.
O Índice de Liquidez Geral deverá ser calculado de acordo com a seguinte fórmula:
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ILG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo

Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo

Logo, pelo exposto, o atendimento aos índices estabelecidos no Edital demonstrará


uma situação equilibrada da licitante. Caso contrário, o desatendimento dos índices revelará uma
situação deficitária da empresa, colocando em risco a execução do contrato.
Ainda, os índices escolhidos são democráticos, na medida em que estabelecem uma
margem de segurança para a contratação, não se caracterizando uma exigência desarrazoada ou
expressivamente ilegal.
Os índices estabelecidos atendem ao disposto no art. 31, § 5º, da Lei 8.666/93, pois
permitem a comprovação da situação financeira da empresa de forma objetiva e não frustram ou
restringem o caráter competitivo do certame, pois foram estabelecidos em patamares mínimos
aceitáveis. Alinhada à jurisprudência, tal exigência é adequada, necessária e proporcional.

Da Certidão Negativa de Falência, Recuperação Judicial ou Concordata

Acerca da exigência de apresentação de certidão negativa de recuperação judicial


como condição de habilitação, a certidão negativa de falência e de concordata é requisito essencial
para a comprovação da capacidade econômico financeira da empresa no procedimento licitatório,
estando este em estrita concordância com o parametrizado no art. 31 Diploma Geral de Licitações e
Contratos.
Também, o Tribunal de Contas da União, no Acórdão nº 1.214/2013 – Plenário,
entendeu que não há óbice legal em exigir certidão negativa de feitos sobre falência, recuperação
judicial ou recuperação extrajudicial, expedida pelo distribuidor da sede do licitante, como requisito
de habilitação econômico-financeira:
“Voto (...) 55. A esse respeito, o Tribunal já analisou situação semelhante no âmbito do TC
025.770/2009-7. Naquela oportunidade questionou-se exigência de certidão negativa de
recuperação judicial e de recuperação extrajudicial.
O Tribunal entendeu legítima essa exigência, pois conforme apontado pelo Ministro André
Luis de Carvalho, relator daquele processo, tal certidão "substitui a certidão negativa da
antiga concordata em situações surgidas após a edição da lei" (item 24 do voto).
Ressalte-se, ainda, que em outras situações o Tribunal se deparou com requisito semelhante
e não fez qualquer restrição a respeito (Acórdãos 1.979/2006, 601/2011, 2.247/2011,
2.956/2011, todos do Plenário).
Portanto, não vejo óbices para que tal exigência seja feita. (...) Acórdão (...) 9.1.10 sejam
fixadas em edital as exigências abaixo relacionadas como condição de habilitação
econômico-financeira para a contratação de serviços continuados: (...) 9.1.10.4
apresentação de certidão negativa de feitos sobre falência, recuperação judicial ou
recuperação extrajudicial, expedida pelo distribuidor da sede do licitante". (Grifamos).
Neste turno, cumpre sustentar que é correta a extensão da exigência de certidão
negativa à recuperação judicial, haja vista que as disposições da Lei de Licitações devem se adaptar
à atual Lei de Falências, devendo o termo concordata ser interpretado como recuperação judicial.
Havendo na Lei de Licitações a necessidade de comprovação da capacidade
econômico financeira da empresa no procedimento licitatório, a partir da certidão negativa de
falência, concordata ou recuperação judicial, por conseqüência, apresenta-se legal a exigência de
que a empresa participante do certame não se encontre em processo de falência, recuperação
judicial, dissolução ou liquidação.
Noutras linhas, a Administração Pública ao proibir a participação em licitações de
empresas em recuperação judicial, tem o fito de evitar prejuízos à coletividade diante da
possibilidade de atrasos e de inadimplementos contratuais.
Perceba-se, também, que através do ato convocatório prima-se por deixar expresso
que não se negará a nenhuma licitante direito de participação desde que seja legalmente instituído, e

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que é nítido e intocável o preceito de que o Edital é apenas uma norma disciplinadora do certame e
não se sobrepõe à Lei.
A exigência de certidão negativa de recuperação judicial é ainda exigível por força do
art. 31, II, da Lei 8.666, de 1993, porém a certidão positiva não implica a imediata inabilitação,
cabendo ao pregoeiro ou à comissão de licitação realizar diligências para avaliar a real situação de
capacidade econômico-financeira.
Caso a certidão seja positiva de recuperação, caberá a equipe processante da licitação
diligenciar no sentido de aferir se a empresa em recuperação já teve seu plano de recuperação
acolhido judicialmente, na forma do art. 58 da Lei 11.101/05.
Além disso, mesmo a empresa em recuperação judicial com plano de recuperação
acolhido, como há de acontecer com qualquer licitante, deve demonstrar os demais requisitos para a
habilitação econômico-financeira.
Dessa forma, é possível a participação em licitações de empresas com recuperação
judicial concedida na forma do art. 58 da Lei 11.101/05, sendo exigível a demonstração da
capacidade econômico-financeira da licitante para suportar os ônus da contratação.

Da Comprovação de possuir um Capital Social mínimo para a execução do objeto

Considerando a vultuosidade material e econômica, com vistas a prestar homenagens


à eficiência e ao equilíbrio do ajuste, institui-se a comprovação de capital social integralizado de
10% (dez por cento) do valor do ajuste pactuado no momento da assinatura do contrato, para
resguardar a Administração quanto aos fins previstos no art. 31, §§ 2º e 3º, da Lei de Licitações.
Tal exigência, ainda, encontra-se alinhada com a jurisprudência das instâncias
competentes, tais como o TCU, que sustenta:
“Acórdão TCU 313/2008-Segunda Câmara
A comprovação de capital social mínimo tem que respeitar o limite máximo de 10% do valor
estimado da contratação, devendo a exigência de integralização de quotas ou ações da
empresa vencedora do certame ocorrer apenas no momento da contratação.”.

Da Comprovação de possuir um Patrimônio Líquido para a execução do objeto

Considerando a vultuosidade material e econômica, com vistas a prestar homenagens


à eficiência e ao equilíbrio do ajuste, institui-se a comprovação de patrimônio liquido de 10% (dez
por cento) do valor do ajuste pactuado no momento da assinatura do contrato, para resguardar a
Administração quanto aos fins previstos no art. 31, §§ 2º e 3º, da Lei de Licitações.
É plenamente razoável a Administração exigir que as empresas licitantes, a título de
demonstração de sua capacidade econômico-­financeira, comprovem possuir um patrimônio líquido
capaz de suportar débitos gerados por contratos por ela firmados.
Insta consignar, também, que não viola o art. 31, § 2º, da Lei 8.666/1993 o edital da
licitação exigir comprovação de patrimônio líquido mínimo pelo licitante, para fins de qualificação
econômico-financeira, concomitantemente com previsão de prestação de garantia contratual (art. 56)
pelo contratado.
Na verdade, tal exigência decorre do aumento constante da inadimplência e do
descumprimento de contratos públicos, o que decorre da incapacidade das empresas de executarem
o objeto contratual com os preços avençados nos procedimentos licitatórios.
Por fim, a exigência em debate não viola o princípio da isonomia nem tampouco
restringe a competitividade entre os licitantes, traduzindo-se apenas como zelo do gestor ao
patrimônio público, alinhado a jurisprudência do TCU em seu Acórdão-TCU 2397/2017 Plenário,
Representação, Relator Ministro Aroldo Cedraz.
 
4.5.5. Amostra ou Protótipo

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Considerando a natureza e condições do serviço, o interessado em contratar com a


Administração, na fase habilitatória do certame, com efeito de verificação da conformidade da
proposta, deverá apresentar folder/catálogo, com as descrições de seus serviços de forma clara e
objetiva.
 
5. PROVIDÊNCIAS PARA ADEQUAÇÃO DO AMBIENTE

5.1. Contratações Correlatas e/ou Interdependentes

Considerando a natureza do objeto e as condições da contratação, não é necessária a


promoção de contratação correlata com vistas a satisfazer o objeto.
 
5.2. Capacitação de pessoal
Considerando a natureza do objeto e as condições da contratação, não é necessário a
Contratada promover a capacitação de pessoal da Contratante.
 
5.3. Proposta de cronograma de atividades e seus responsáveis
 
Data
Atividades Responsáveis
Limite

24/05/2019 Elaboração do Mapa de Riscos Nathalia Cordeiro

Elaboração do Termo de
19/07/2019 Mário Tinoco
Referência/Projeto Básico

27/01/2020 Elaboração do Instrumento Convocatório Breney Gonçalves

10/02/2020 Análise do Controle Interno Assessoria Especial

Subsecretário de
14/02/2020 Encaminhamento para análise jurídica
Logística

 
 
5.4. Servidores que participarão da fiscalização do contrato a ser celebrado
Cumpre esclarecer que cada Órgão ou Entidade Participante ou Aderente deverá
indicar seus gestores e fiscais de contrato, na forma do Decreto Estadual 45.600/2016.
 
6. CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO SIGILO
Nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, as informações contidas no
presente Estudo Preliminar DEVERÃO ESTAR DISPONÍVEIS para qualquer interessado, pois não
se caracterizam como sigilosas.
 
7. DECLARAÇÃO DA VIABILIDADE DA CONTRATAÇÃO

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O presente estudo levantou os elementos essenciais que irão compor o Termo de


Referência e demonstrou ser viável a contratação demandada, condicionada à implementação das
providências discriminadas ao longo deste documento, cabendo ressaltar que os riscos envolvidos
são administráveis e os custos previstos são compatíveis e se caracterizam pela economicidade.

Encerradas as considerações sobre o modelo de contratação mais adequado, cumpre avaliar se existe
potencial para a centralização do procedimento licitatório gerar benefícios, o que deve ser feito com
base nas seguintes perspectivas[32]:

Aumento do Poder de Barganha que se verifica quando o comprador consegue utilizar sua


capacidade de negociação para obter ofertas melhores junto ao mercado. No caso do Estado, isso se
verifica quando, por exemplo, há grande competição nos Pregões Eletrônicos. Aumentar o poder de
barganha significa estimular a competição nos certames e isso pode trazer benefícios significativos em
termos de preço e qualidade dos produtos e serviços adquiridos.
 
Obtenção de Economias de Escala que ocorrem quando uma empresa consegue fechar a venda, ou
uma promessa de venda, numa quantidade significativa que garanta uma remuneração maior, mas com
a mesma base de custos fixos. Quando isso ocorre, uma empresa consegue vender a preços menores,
pois a relação receita vs. custos fica mais positiva, i.e., consegue atingir um mesmo percentual de lucro
com vendas a um preço menor. Nesse sentido, ao ofertar uma oportunidade de vendas maiores, a
centralização pode incentivar as empresas a venderem por um preço inferior aos preços homologados
nas compras descentralizadas.
 
Redução dos Custos de Transação que se verifica quando atividades paralelas que possuem um
objetivo semelhante são racionalizadas e executadas por um único grupo especializado. Essa
racionalização permite que as pessoas tenham tempo para desempenhar outras atividades e reduz
diretamente os custos com pessoal, suprimentos, e energia, relacionados com a aquisição tanto do lado
dos compradores públicos quanto do lado das empresas licitantes.
 

Enxerga-se potencial para a obtenção de grandes benefícios nas três perspectivas supracitadas em
decorrência da centralização do objeto em tela.

Em relação ao aumento de poder de barganha, ao centralizar a licitação, como há garantia de


redução de custos de transação e potencial para ganhos de escala, reforça-se a possibilidade de
concretização dessa variável.

Pela perspectiva da redução de custos de transação, verifica-se uma garantia de benefício, uma vez
que todos os órgãos da administração estadual necessitam transportar servidores diariamente com os
mais variados propósitos e descentralizar a licitação significaria replicar os custos de processamento
das licitações em todos esses órgãos.

Considerando uma estimativa de custo médio dos pregões eletrônicos de R$ 20.698,00[33], a


centralização tem o potencial de reduzir o custo total do modelo, considerando a estrutura dos órgãos e
entidades a serem atendidos, bem como os efeitos indiretos sobre as equipes administrativas e os
respectivos custos de oportunidade.

Quanto às economias de escala, também se verifica potencial de obtenção de benefícios, uma vez que
não se vislumbra grandes impactos em termos de custos variáveis para os licitantes com o aumento da
escala da contratação.

Uma licitação individualizada e com demanda menor exigirá as mesmas atividades de gestão da frota
disponibilizada e de administração do negócio que a da licitação centralizada, independente da escala
de operação dos órgãos. Sendo assim, o aumento da escala poderá gerar uma percepção positiva dos
licitantes em termos de aumento de margem de receita, apesar do consequente maio risco.

Observada uma aderência completa do objeto aos três critérios de avaliação de centralização, conclui-
se que esta é viável, oportuna e conveniente para o governo. Além disso, é possível permitir a
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padronização para os órgãos do poder executivo estadual de um serviço com qualidade adequada e
maior transparência na sua gestão. O instrumento de centralização será o registro de preços, por ser a
solução administrativa mais adequada ao caso, centralizando o processo de compra e licitação e
descentralizando a parte administrativa gestão e execução dos contratos.

A aprovação deste documento inclui a ratificação do disposto no Mapa de Gestão de Riscos


(4686980).
 
NOTAS:
 

1 Art. 4º, inciso X da lei nº 12.587/ 2012

2 Processo SEI-12/001/005108/2019

3 https://comprasgovernamentais.gov.br/

4 Nota Técnica de Demanda nº 01/2017

5 CTF – Controle Total de Frotas “é um sistema automático e inteligente que registra, sem a
interferência humana, a quilometragem do veículo, a quantidade e o valor do combustível abastecido,
eliminando desvios de rotas e extravios de combustíveis.”. (Extraído de https://www.ctf.com.br/ctf-
abastecimento/)

6 Processo nº SEI – 12/001/005108/2019

7 ABREU, J. M. e BATISTA, Y. C. Aplicativos de Celular para Transporte de Funcionários no


Setor Público - Uma Alternativa. CONSAD. Brasília: 2017. Disponível em: http://consad.org.br/wp-
content/uploads/2017/05/Painel-48_03.pdf. Acesso em 16/01/2019.

8 CGU. Relatório de Avaliação por Área de Gestão nº 6 - Serviço de Transporte de Servidores


dos Órgãos Integrantes do Sistema de Serviços Gerais. Pág. 38. Brasília: Abril/2016. Disponível
em https://auditoria.cgu.gov.br/download/3730.pdf . Acesso em 16/01/2019.

9 Jessé Torres Pereira Junior, Comentários à Lei de Licitações e Contratos da Administração Pública,
7ª ed., Renovar, 2007, p. 1054.

10 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37ª Edição. Atualizada por Eurico de
Andrade Azevedo, Délcio Balestero Aleixo e José Eammanuel Burle Filho. Malheiros Editores. São
Paulo, 2011

11 Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos”, 16ª edição, Revista dos Tribunais,
página 955.

12 https://www.zenite.blog.br/o-registro-de-precos-e-a-questao-da-quantidade-do-objeto-a-ser-licitado-
qual-regime-de-execucao-deve-ser-adotado/

13 Disponível em: https://portal.tcu.gov.br/jurisprudencia/boletins-e-informativos/informativo-de-


licitacoes-e-contratos.htm. Vale, também, a leitura do Acórdão 926/2014 Plenário.

14 As disposições contidas da minuta-padrão de contrato para prestação de serviço instituída pela


Resolução PGE 3.402/2011 (ao link: https://pge.rj.gov.br/entendimentos/minutas-padrao/05-contratos)
constam elementos que, alinhados a legislação e jurisprudência, são suficientes para a estipulação de
uma relação contratual segura e equilibrada.

15 Direito Administrativo Brasileiro, 28ª edição; Editora Malheiros, p.210.

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16 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 13ª ed.


2009. p. 535.

17 ROCHA, Flavia de Andrade Soares. A exigência de prestação de garantia na contratação de


serviços terceirizados pela administração pública Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 09 mar 2020.
Disponivel em: https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/39951/a-exigencia-de-prestacao-de-
garantia-na-contratacao-de-servicos-terceirizados-pela-administracao-publica. Acesso em: 09 mar
2020.

18 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 16ª ed.


2014. p. 938.

19 " ( ... ) 5. Por último, no que se refere ao disposto no edital acerca da garantia contratual, restou
esclarecido que o montante da garantia limita-se a 5% sobre o montante do valor global do futuro
contrato, podendo ser utilizado para liquidar débitos trabalhistas porventura não honrados pela
empresa contratada, nos termos do disposto no § 2.0 e caput do art. 56 da Lei 8.666/1 993" (Acórdão
8.681 /201 1 , 2.ª C., rei. Min. Raimundo Carreiro).

20 Estudo realizado a partir da leitura do Guia Nacional de Licitações Sustentáveis elaborado pela
Consultoria Geral da União > Brasil. Advocacia-Geral da União (AGU). Consultoria-Geral da União.
Guia Nacional de Licitações Sustentáveis / Flávia Gualtieri de Carvalho, Maria Augusta Soares de
Oliveira Ferreira e Teresa Villac, Brasília: AGU, 2016<.

21 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 13ª ed.


2009. p. 533.

22 Licitações e Contratos: Orientações e Jurisprudência do TCU 4. ed. Brasília: TCU, 2010.

23 Marçal Justen Filho, 'Comentários à Lei de Licitação e Contratos Administrativos', 8ª Edição, pags.
369/370.

24 “É vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo


modo como é usualmente executado no mercado em geral, houver necessidade de subordinação
jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade”.

25 “Art. 1º: Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade
de pregão, que será regida por esta Lei.”
Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado. (...)”
 
26 JUSTEN FILHO, Marçal. O Sistema de Registro de Preços destinado ao Regime Diferenciado de
Contratações Públicas. Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini, Curitiba, nº 61, março de
2012, disponível em http://www.justen.com.br/informativo, acesso em 17/07/2019.
 
27 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos: lei
8.666/1993. 17 ed. rev., atual. e ampl. 3ª tir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.
 
28 Conforme Artigo apresentado pela Advogada Drª Cibele Aguiar Kadomoto, disponível
em: https://jus.com.br/artigos/34180/o-sistema-de-registro-de-preco-e-o-principio-da-eficiencia –
Acessado em 20/11/2019.
 
29 Art. 23 [...] § 1° As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em
tantas parcelas quantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação
com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da
competitividade sem perda da economia de escala.
 
30 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. 16. ed. São
Paulo: RT, 2014. p. 366.
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31 Justen Filho, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 9º ed. rev., atual e ampl. – São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2013, pag. 510.
 
[32] Modelo de avaliação de compras centralizadas baseado nos estudos apresentados em:

Albano, G. & Sparro, M. (2010). Flexible Strategies for Centralized Public Procurement. Review of
Economics and Institutions, V. 1, N.2, pp 01-32.

Jovanovic, P. & Benkovic, S. (2012). Improvements in Organizing Public Procurement at the Local


Self-Government Level in Serbia. Management Journal for Theory and Practice Management. Doi:
10.7595/management.fon.2012.0025.

Brezovnik, B., Oplotnik, Z. J. & Vojinovic, B. (2015). (De)Centralization of Public Procurement at


the Local Level in the EU. Transylvanian Review of Administrative Sciences, N. 46, pp 37-52.

[33]  CGU. Nota Técnica Nº 1081/2017/CGPLAG/DG/SFC do Ministério da Transparência e da CGU


de 27/06/2017. Disponível em: https://goo.gl/AhiRyB

 
Rio de Janeiro, 07 maio de 2020

Documento assinado eletronicamente por Mário Tinoco da Silva Filho, Coordenador, em


19/05/2020, às 14:30, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento nos art. 21º e 22º do
Decreto nº 46.730, de 9 de agosto de 2019.

Documento assinado eletronicamente por Nathalia Rodrigues Cordeiro, Assistente, em 19/05/2020,


às 14:41, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento nos art. 21º e 22º do Decreto nº
46.730, de 9 de agosto de 2019.

Documento assinado eletronicamente por Jéssica de Freitas Ribeiro, Assistente II, em 19/05/2020,
às 15:26, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento nos art. 21º e 22º do Decreto nº
46.730, de 9 de agosto de 2019.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.fazenda.rj.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=6, informando o código verificador 4531272 e
o código CRC EC6D6650.

Referência: Processo nº SEI-12/001/005963/2019 SEI nº 4531272

Rua Pinheiro Machado, S/Número, Palácio Guanabara - Bairro Laranjeiras, Rio de Janeiro/RJ, CEP
22231-090

Telefone: - www.rj.gov.br/web/casacivil  

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