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Código Contributivo
Sónia de Carvalho
Messias Carvalho
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1. OBJECTIVOS
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 2
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 3
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• Saber utilizar, no âmbito das competências previstas no artigo 10.º do Estatuto da Ordem dos
Contabilistas Certificados, os meios de defesa administrativos e judiciais relativos aos actos e
decisões da Segurança Social.
• Identificar as principais medidas implementadas para apoio das empresas, dos TCO e TI na
pandemia de COVID-19.
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O CRCSPSS, de acordo com o art. 1.º regula os regimes abrangidos pelo sistema previdencial
aplicáveis:
• aos trabalhadores por conta de outrem ou em situação legalmente equiparada para efeitos
de segurança social,
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Estão assim regulados pelo Código o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, nas
suas várias modalidades, o regime dos trabalhadores independentes e o regime de seguro social
voluntário.
• o âmbito pessoal,
• o âmbito material,
• a relação jurídica contributiva dos regimes a que se refere o artigo anterior, regulando
igualmente o respectivo quadro sancionatório.
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Tal significa que, perante lacunas no CRCSSSP, a solução deve ser procurada no direito
subsidiário.
O n.º 2 do citado art. 4.º estabelece que o regime geral pode ser objecto de adaptações no que
respeita, designadamente, ao âmbito pessoal, ao âmbito material e à obrigação contributiva,
permitindo a sua adequação às condições e características específicas do exercício da actividade e
das categorias de trabalhadores.
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Nos termos do art. 5.º do CRCSPSS, o regime geral dos trabalhadores por conta de outrem
compreende:
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O regime geral dos trabalhadores por conta de outrem aplica-se aos trabalhadores vinculados
por contrato individual de trabalho, ou seja, aquele em que o trabalhador, uma pessoa singular se
obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a outra ou outras pessoas, no âmbito de
organização e sob a autoridade destas, de acordo com o art. 11.º do Código do Trabalho.
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• o regime dos membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas e entidades
equiparadas (arts. 61.º a 70.º);
• o regime dos trabalhadores em regime de contrato de muito curta duração (arts. 80.º a 83.º);
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• o regime dos trabalhadores que exercem funções públicas (arts. 91.º-A a 91.º-C);
• o regime dos trabalhadores ao serviço de entidades sem fim lucrativo (arts. 109.º a 112.º);
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Na alínea c) estão previstos os regimes aplicáveis a situações equiparadas a trabalho por conta
de outrem, nos quais se incluem:
• o regime dos membros das igrejas, associações e confissões religiosas (arts. 122.º a 128.º)
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A vinculação efectiva-se mediante a inscrição, de acordo com o art.º 6.º, n.º 2.º do CRCSPSS, na
instituição de Segurança Social competente.
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3.3. Inscrição
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A inscrição das entidades empregadoras é obrigatória, única e definitiva, nos termos do art. 8.º,
n.º 4 do CRCSPSS.
A inscrição é feita directamente à Segurança Social sempre que as pessoas colectivas sejam
criadas através da criação on-line de sociedades, de acordo com o art. 34.º, n.º 1.
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A comunicação é feita oficiosa e gratuitamente, por via electrónica, através das conservatórias
do registo comercial quando as pessoas colectivas (sociedades) se inscrevem no registo comercial.
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A inscrição das pessoas colectivas é obrigatória e feita oficiosamente, por transmissão de dados
pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) à Segurança Social, na data da:
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• Morada;
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A inscrição, segundo o art. 8.º do CRCSPSS, é o acto administrativo pelo qual se efectiva a
vinculação ao sistema previdencial da Segurança Social, conferindo:
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• Fotocópia de contrato de trabalho escrito, autenticado pela entidade empregadora ou, na sua
falta, documento comprovativo da existência da relação laboral, emitido por uma das
seguintes entidades: sindicato, associação com assento no Conselho Consultivo para os
Assuntos da Imigração ou Autoridade para as Condições de Trabalho.
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Está prevista no nosso ordenamento a atribuição de NISS a cidadãos estrangeiros que pretendam
exercer uma actividade profissional subordinada ou independente, ou seja, que pretendam ter um
relacionamento com o sistema de Segurança Social no âmbito de uma obrigação contributiva
(direitos/deveres), por solicitação do cidadão estrangeiro ou das entidades empregadoras ou os seus
representantes legais.
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No que diz respeito aos Trabalhadores por Conta de Outrem e aos Trabalhadores do Serviço
Doméstico, o cidadão ou entidade empregadora ou o seu representante legal devem apresentar:
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➢ Atividade do empregador;
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➢ Atestado médico de capacidade para o exercício da atividade emitido pelo Serviço Nacional
de Saúde.
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No que diz respeito aos cidadãos estrangeiros que tenham dado início de atividade como
Trabalhador Independente na Autoridade Tributária e Aduaneira, o cidadão ou o seu representante
legal devem apresentar:
• Formulários
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Atenta a situação de emergência de saúde pública declarada pela Organização Mundial de Saúde
e as restrições impostas pela declaração do Estado de Emergência e consequente limitação de
funcionamento dos serviços públicos, os serviços de atendimento da Segurança Social encontraram-
se sem possibilidade de proceder ao atendimento presencial dos cidadãos estrangeiros requerentes
de NISS.
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3.4. Enquadramento
O enquadramento, segundo o art. 9.º, n.º 1 do CRCSPSS, “é o ato administrativo pelo qual a
instituição de Segurança Social competente reconhece, numa situação de facto, a existência dos
requisitos materiais legalmente definidos para ser abrangido por um regime de Segurança Social”.
Sempre que ocorra em relação à mesma pessoa mais de um enquadramento, per exemplo, esta
enquadrado no regime geral e no regime dos independente, estes são efectuados por referência ao
mesmo NISS, nos termos do art. 9.º , n.º 2 do CRCSPSS.
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A relação jurídica contributiva, nos termos do art. 10.º do CRCSPSS corresponde ao vínculo de
natureza obrigacional que liga ao sistema previdencial:
A relação jurídica contributiva mantém-se mesmo nos casos em que normas especiais
determinem a dispensa temporária, total ou parcial, ou a redução do pagamento de contribuições.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 39
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Nos termos do art. 15.º, a taxa contributiva representa um valor em percentagem, determinado
actuarialmente em função do custo da protecção das eventualidades previstas no presente Código,
sendo afecta à cobertura das diferentes eventualidades e às políticas activas de emprego e
valorização profissional, nos termos previstos no CRCSPSS, nomeadamente :
• Subsídio de desemprego;
• Subsídio de doença;
• Subsídio de parentalidade;
• Pensão de velhice.
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Nos termos dos n.ºs 1 e 3 do art. do 69.º do RCRCSPSS, aprovado pelo Decreto Regulamentar
n.º 1-A/2011 de 3 de Janeiro, na redacção actual, as instituições de segurança social procedem, por
referência a cada mês, ao registo na carreira contributiva de cada beneficiário do valor das
remunerações, reais ou convencionais, e respectivos tempos de trabalho declarados, correspondendo
registo de remunerações e dos tempos de trabalho dos trabalhadores independentes é
correspondente ao montante das contribuições pagas.
Este artigo dispõe ainda, no n.º 4, que o registo de remunerações dos trabalhadores
independentes correspondente a correcções ou comunicações de rendimentos efectuadas em data
posterior ao período a que respeitam é efectuado por referência ao ano e mês a que se reportam,
sendo o registo de remunerações resultante da revisão anual é efectuado por referência ao ano a que
respeitam.
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Já o art. 70.º do RCRCSPSS dispõe que o registo de remunerações a que se reporta o n.º 1 do
artigo anterior é feito com referência ao número de dias de trabalho declarado em cada mês.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 43
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Com relevância para o contrato de trabalho a tempo parcial, previsto no art. 150.º do Código do
Trabalho, o n.º 4 estabelece que, nos casos em que o número de horas de trabalho, excedente de
múltiplos de seis, for igual a três ou inferior, é registado meio dia de trabalho e, nos restantes casos,
mais um dia.
Nos termos do art. 17.º, a equivalência à entrada de contribuições é o instituto jurídico que
permite manter os efeitos da carreira contributiva dos beneficiários com exercício de actividade que,
em consequência da verificação de eventualidades protegidas pelo regime geral, ou da ocorrência de
outras situações consideradas legalmente relevantes, deixem de receber ou vejam diminuídas as
respectivas remunerações.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 44
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Este artigo deve ser articulado com o art. 71.º do RCRCSPSS que estabelece que, para efeitos do
disposto no artigo 17.º do Código, nas situações em que a lei reconhece o direito à equivalência à
entrada de contribuições, as instituições de segurança social registam, em nome dos beneficiários, os
valores equivalentes à remuneração.
Nesse sentido, o art. 72.º, n.º 1 do RCRCSPSS, considera situações relevantes para a
equivalência:
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d) Incapacidade temporária absoluta para o trabalho por doença profissional ou por acidente
de trabalho que dê direito à atribuição de indemnização;
f) Desemprego que dê direito à atribuição dos respectivos subsídios, salvo se o seu montante
for pago de uma só vez;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 46
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O n.º 2 refere ainda que, para efeitos do disposto na alínea a) do número anterior, são
igualmente relevantes os períodos de espera estabelecidos na lei, salvo nas situações respeitantes a
trabalhadores independentes.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 47
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O período de espera para os trabalhadores por conta de outrem é de três dias, para os
trabalhadores abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes é de 10 dias e para o regime
de inscrição facultativa (inscritos marítimos e bolseiros de investigação) é de 30 dias, nos termos do
art. 21.º do Regime Jurídico de Protecção Social na Eventualidade Doença no Âmbito do Subsistema
Previdencial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 28/2004, de 4 de Fevereiro, com alterações posteriores.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 48
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O art. 73.º, n.º 1 do RCRCSPSS estabelece que, sem prejuízo do disposto em regime jurídico
próprio, os valores equivalentes a remunerações, nas situações referidas no n.º 1 do artigo anterior,
são determinados nos termos seguintes:
a) A remuneração de referência considerada para o cálculo das prestações referidas nas alíneas
a), b) e c);
e) A remuneração média dos últimos três meses com registo de remunerações, no caso da
alínea g);
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 50
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 51
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São condições gerais de acesso à protecção social garantida pelos regimes do sistema
previdencial a inscrição e o cumprimento da obrigação contributiva dos trabalhadores, quando for
caso disso, das respectivas entidades empregadoras e dos beneficiários do regime de inscrição
facultativa, de acordo com o art. 18.º do CRCSPSS.
O sistema previdencial tem por base uma relação sinalagmática, isto é, recíproca, directa entre a
obrigação legal de contribuir e o direito às prestações, conforme determina o art. 11.º, n.º 3 do
CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 52
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Assim, para que seja possível aceder à protecção social garantida por cada um dos respectivos
regimes é necessário, além de estar inscrito na segurança social, ter cumprido a obrigação
contributiva, através do pagamento das contribuições e quotizações devidas, sem prejuízo dos casos
em que o direito se mantém, apesar do incumprimento contributivo, exigindo-se embora e
compreensivelmente a entrega das folhas de remuneração, sob pena de a segurança social
desconhecer os períodos de exercício profissional.
Como assinala Albano Santos, Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de
Segurança Social, Vida Económica, 2013, p. 29, é por esta razão que a obrigação contributiva não
depende do pagamento das remunerações que constituem a base de incidência, mas do vencimento
destas, conforme resulta do disposto no art. 38.º, n.º 2, o que diferencia esta obrigação contributiva
da relevância em termos de IRS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 53
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A protecção social conferida pelos regimes do sistema previdencial integra a protecção nas
eventualidades de doença, maternidade, paternidade e adopção, desemprego, doenças profissionais,
invalidez, velhice e morte, de acordo com o especificamente regulado para cada eventualidade, de
acordo com o art. 19.º, n.º 1 do CRCSPSS.
Estas eventualidades são protegidas, na sua totalidade, pelo regime geral dos trabalhadores por
conta de outrem.
Este elenco das eventualidades protegidas pode ser reduzido em função de determinada
situações e categorias de beneficiários nos termos e condições previstas no CRCSPSS ou alargado em
função da necessidade de dar cobertura a novos riscos sociais, nos art. 19.º n.º 2 do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 54
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Este conjunto das eventualidades é diminuído nos regimes com âmbito de protecção reduzido:
regime dos MOE, com excepção dos gerentes e administradores, dos trabalhadores no domicilio, dos
praticantes desportivos profissionais, dos trabalhadores com contrato de muito curta duração, dos
trabalhadores em situação de pré-reforma, dos pensionistas em actividade, dos trabalhadores do
serviço doméstico, com excepção dos casos previstos no art. 120.º, dos membros das igrejas,
associações e confissões religiosas, dos trabalhadores independentes, com excepção dos empresários
em nome individual, dos titulares de um EIRL e respectivos cônjuges (art. 141.º, n.º 3) e dos
beneficiários do regime de seguro social voluntário.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 55
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O art. 21.º do CRCSPSS determina que gestão do processo de arrecadação e cobrança das
contribuições, quotizações e juros de mora compete às instituições de segurança social nos termos
das respectivas competências, admitindo que para efeitos da arrecadação e da cobrança a instituição
de segurança social competente pode celebrar contratos de prestação de serviços com instituições de
crédito ou outras entidades devidamente habilitadas para esse efeito, através dos quais se regulem as
condições da prestação dos serviços de arrecadação e cobrança por parte destas e, designadamente,
as receitas abrangidas, o custo do serviço, a forma e o prazo de entrega.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 56
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O art. 21.º fixa a regra de que “o pagamento de coima relativo a condenação pela prática de
contra-ordenação que consista na violação por acção ou omissão de um dever não dispensa o
infractor do cumprimento do dever violado”.
Por sua vez o art. 22.º cria uma nova contra-ordenação, que poderá ter lugar em qualquer um
dos regimes regulados no código.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 57
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Esta norma qualifica como contra-ordenação muito grave a prestação de falsas declarações de
que resulte:
As falsas declarações são consideradas contra-ordenações de natureza muito grave, puníveis nos
termos do art. 233.º, n.ºs 3 e 4.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 58
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 59
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 60
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• As entidades contratantes;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 61
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O regime geral dos trabalhadores por conta de outrem está contido no capítulo I da parte II do
Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, assumindo aqui
especial importância o disposto nos artigos 24.º a 27.º do Código.
O regime do TCO é particularmente relevante, como já referimos, por se tratar do quadro legal
de referência dos restantes regimes contributivos do sistema previdencial, nos termos do art. 4.º, n.º
1 do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 62
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O artigo 24.º do Código dispõe que se encontram abrangidos pelo regime geral dos
trabalhadores por conta de outrem, com carácter de obrigatoriedade, os trabalhadores que exercem
actividade profissional remunerada ao abrigo de contrato de trabalho, nos termos previstos no
Código do Trabalho, bem como, as pessoas singulares que em função das características específicas
da sua actividade sejam equiparadas a TCO para efeitos da relação jurídica com a Segurança Social.
Nos termos do disposto no art. 11.º do Código do Trabalho, considera-se contrato de trabalho
aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a prestar a sua actividade a
outra ou a outras pessoas, no âmbito da organização e sob a autoridade do empregador.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 63
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 64
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 65
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Impõe-se, no entanto, sublinhar que, actualmente, não pode a subordinação jurídica ser
reduzida ao lado passivo do poder directivo do empregador.
Com efeito, como dá nota alguma doutrina, a realidade laboral tem oferecido formas de
organização do trabalho em que é notória a diminuição da relevância dos comportamentos directivos
na caracterização do trabalho subordinado e das hierarquias, sendo reconhecida ao trabalhador mais
autonomia na prestação de trabalho subordinado.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 66
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Perante a impossibilidade de recorrer à interpretação da vontade das partes, nos termos gerais
prescritos nos arts. 236.º e seguintes do CC, uma vez que a posição antagónica assumida por estas
inviabiliza quer a averiguação da sua vontade ao celebrar o contrato, quer a respectiva interpretação,
a doutrina e a jurisprudência recorrem ao chamado método indiciário para apurar o elemento
essencial do contrato de trabalho, a subordinação jurídica.
Também a doutrina tem distinguido os indícios negociais internos dos indícios negociais
externos.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 67
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A estes indícios ainda acrescem os elementos relativos à modalidade de retribuição (em função
do tempo ou fixa) e à propriedade dos instrumentos de trabalho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 68
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Como indícios de carácter formal e externo, são apontados a observância dos regimes fiscal e de
segurança social próprios do trabalho por conta de outrem, a existência de exclusividade, isto é, se o
prestador desenvolve a mesma actividade para mais do que um beneficiário há um indício de
independência, muito embora seja admissível o pluriemprego, no âmbito do contrato de trabalho e a
sindicalização do trabalhador.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 69
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Assim, com o intuito, muito fracassado, diga-se, de facilitar a prova do contrato de trabalho,
invertendo o ónus da prova, nos termos do art. 350.º do CC, o CT/ 2003 consagrou, no art. 12.º, uma
presunção de contrato de trabalho.
Mais tarde, a redacção introduzida pela Lei n.º 9/2006, de 20 de Março, continuou a ser infeliz,
sendo apenas uma presunção aparente, já que se considerava que havia contrato de trabalho se
estivessem preenchidos cumulativamente os elementos constantes da noção de contrato de trabalho,
prevista no art. 10.º do CT/2003, acrescentando dois elementos novos - a inserção na estrutura
organizativa e a dependência económica - e fazendo desaparecer a referência a qualquer duração
mínima da actividade prestada.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 70
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A presunção, constante do art. 12.º do CT/2009, é significativamente melhor, tornando mais fácil
para o trabalhador provar a existência de contrato de trabalho.
Desde logo, em vez de transcrever os elementos essenciais do tipo legal, faz corresponder o
facto base, sobre o qual é erigida a presunção, aos indícios, já conhecidos da jurisprudência e da
doutrina, na aplicação do método indiciário.
Por outro lado, abandona, finalmente, o carácter cumulativo dos requisitos exigidos pelas
fracassadas versões do CT/2003 na versão originária e na versão resultante da Lei n.º 9/2006, sendo
suficiente, apesar de não o referir expressamente, a verificação de dois indícios para a qualificação da
relação jurídica em causa como contrato de trabalho.
Por último, é notório o intuito sancionatório do legislador, ao cominar com uma contra-
ordenação muito grave, a prestação de actividade subordinada, sob aparente trabalho autónomo,
que possa causar prejuízo ao trabalhador ou ao Estado
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 71
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São considerados em situação equiparada a trabalho por conta de outrem, para efeitos de
segurança social, os membros das igrejas, associações e confissões religiosas (arts. 122.º a 128.º) e os
trabalhadores independentes que acumulem trabalho dependente para a mesma empresa ou
empresa do mesmo agrupamento empresarial (arts. 129.º a 131.º).
Consideram-se, em especial, abrangidos pelo regime geral, nos termos do art. 25.º do CRCSPSS:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 72
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No que concerne aos trabalhadores destacados, o Código do Trabalho prevê nos artigos 6.º a 8.º
do Código do Trabalho o regime de destacamento de trabalhadores contratados por empregador
estabelecido noutro Estado, que prestem a sua atividade em território português.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 73
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A aplicação da lei do país de origem, sempre que estabelecesse condições menos favoráveis do
que as existentes no país de acolhimento, poderia conduzir a um dumping social e a uma distorção
das regras da concorrência, permitindo que as empresas oriundas de países onde a mão-de-obra é
mais barata apresentassem preços mais competitivos relativamente às empresas nacionais, cujos
custos com o pessoal se mostravam mais elevados por força da lei nacional.
É, neste contexto, que a Directiva 96/71/CE, orientada pelo propósito de prevenir o dumping
social e o falseamento da concorrência, procurou estabelecer um regime, que, sem prejudicar a livre
prestação de serviços, tutelada no art. 49.º do Tratado (art. 56.º do TFUE), promovesse a
concorrência sã e os direitos dos trabalhadores, previstos na lei e nos instrumentos de
regulamentação colectiva.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 74
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Um trabalhador está sujeito à legislação de Segurança Social do país em que exerce actividade.
• A entidade empregadora o envia para outro país, para aí realizar temporariamente uma
actividade profissional por conta desta;
• Trabalha por conta própria e vai exercer temporariamente o mesmo tipo de actividade noutro
país (trabalhador independente).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 75
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b) O trabalho ser realizado por conta da Entidade Empregadora destacante e sob sua orientação;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 77
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i) Caso se trate de uma empresa de trabalho temporário, ter alvará para o exercício dessa
atividade.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 78
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a) Na SSDireta, pela Entidade Empregadora que destaque o trabalhador por conta de outrem
para países da U.E., no menu Emprego> Destacar trabalhador para o estrangeiro> Registar
pedido de destacamento.
O pedido será analisado pelos serviços da Segurança Social e a informação acerca do deferimento
ou indeferimento será remetida para a inbox da SSDireta.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 79
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b) Nos restantes casos o pedido deverá ser realizado através do Requerimento RV 1018- DGSS -
Requerimento de sujeição à legislação portuguesa de Segurança Social em caso de exercício
de atividade noutro Estado-Membro, disponível nos serviços de atendimento da Segurança
Social e na Internet, em www.seg-social.pt).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 80
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Tal significa que os trabalhadores de estabelecimentos de turismo rural não são considerados
como trabalhadores das actividades agrícolas, sujeitos ao regime dos arts. 95.º e 96.º do CRCSPSS,
nem os trabalhadores de limpeza de prédios em regime de propriedade horizontal, contratados pelo
condomínio, não são considerados trabalhadores de serviço doméstico, regulado pelos arts. 116.º a
121.º do Código.
São abrangidos pelo regime geral, em situação equiparada à dos trabalhadores por conta de
outrem para efeitos da relação jurídica de Segurança Social, os estagiários que celebrem contratos de
estágio, nomeadamente os celebrados através do Instituto do Emprego e Formação Profissional, IP
(IEFP).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 81
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São ainda abrangidos pelo regime geral, com algumas especificidades, os jovens a frequentar
estabelecimento de ensino oficial ou autorizado que prestem trabalho, nos termos do disposto na
legislação laboral, durante o período de férias escolares.
São também abrangidos pelo regime geral de segurança social os tripulantes de navios ou
embarcações considerados para efeitos de aplicação do regime especial de determinação da matéria
colectável com base na tonelagem dos navios e embarcações (tonnage tax).
Nos termos do art. 26.º do CRCSPSS, estão excluídos do âmbito de aplicação do regime geral os
trabalhadores abrangidos pelo regime de protecção social convergente dos trabalhadores que
exercem funções públicas ou que nos termos da lei tenham optado pelo regime de protecção social
pelo qual estão abrangidos, desde que este seja de inscrição obrigatória.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 82
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Ao abrigo deste artigo, ficam excluídos do âmbito de aplicação do regime geral dos trabalhadores
por conta de outrem os trabalhadores da administração pública vinculados à Caixa Geral de
Aposentações (CGA), assim como os advogados e solicitadores, obrigatoriamente inscritos na Caixa
de Previdência dos Advogados e Solicitadores, de acordo com o art. 29.º do Novo Regulamento da
Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/2015, de 29
de Junho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 83
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Todavia, como refere Albano Santos, reportando-se estas exclusões apenas ao exercício da
actividade respectiva, que determinou a inscrição na CGA ou na CPAS, se estes trabalhadores
exercerem uma actividade diferente por conta de outrem terão de ser enquadrados no regime geral
de segurança social, sujeitos à inerente obrigação contributiva.
São consideradas entidades empregadoras, nos termos do art. 27.º do CRCSPSS, as pessoas
singulares ou colectivas que beneficiem da actividade dos trabalhadores a que se refere o presente
título são abrangidas pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem na qualidade de
entidades empregadoras, independentemente da sua natureza jurídica, ou seja, sociedade,
cooperativas, associação ou pessoa colectiva de outro tipo, e das finalidades que prossigam, sendo
irrelevante para estes efeitos o ter ou não fins lucrativos.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 84
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A protecção social conferida pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem integra, de
acordo com o artigo 28.º do CRCSPSS, a protecção nas eventualidades de doença, parentalidade,
desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte, de acordo com o especificamente
regulado para cada eventualidade.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 85
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Este artigo corresponde ao art. 52.º da Lei n.º 4/2007, 16 de Janeiro, de que aprova as bases
gerais do sistema de segurança social (Lei de Bases da Segurança Social).
Tal como dá nota o n.º 2 do art. 52.º da Lei de Bases da Segurança Social, o elenco das
eventualidades protegidas pode ser alargado, em função da necessidade de dar cobertura a novos
riscos sociais, ou reduzido, nos termos e condições legalmente previstos, em função de determinadas
situações e categorias de beneficiários.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 86
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Os artigos 29.º a 36.º do CRCSPSS e 5.º e 12.º do D. Reg. n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro,
disciplinam a relação jurídica de vinculação, a qual, como referido no art. 6.º do CRCSPSS, se efectiva
através da inscrição na instituição de Segurança Social competente, a qual é obrigatória e vitalícia
para os beneficiários, e obrigatória, única e definitiva, para a entidade empregadora.
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a) Nas vinte e quatro horas anteriores ao início da produção de efeitos do contrato de trabalho;
Assim, o trabalhador começou a trabalhar na empresa no dia 1 de Março às 9:00h, neste caso, a
entidade empregadora ou equiparada tem até às 8:59h daquele dia 1 de Março para efectuar a
comunicação.
b) Nas vinte e quatro horas seguintes ao início da actividade sempre que, por razões
excepcionais e devidamente fundamentadas, ligadas à celebração de contratos de trabalho de
muito curta duração ou à prestação de trabalho por turnos, a comunicação não possa ser
efectuada no prazo previsto na alínea anterior.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 89
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 90
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A forma de cálculo do indicador sectorial anual e do peso anual de contratação a termo será
definida em decreto regulamentar.
A taxa tem aplicação progressiva com base na diferença entre o peso anual de contratação a
termo e a média sectorial, até ao máximo de 2%, sendo a forma de progressão da taxa definida em
Decreto Regulamentar.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 91
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Os trabalhadores não são considerados para efeitos de aplicação da contribuição adicional por
rotatividade excessiva, nos termos dos n.ºs 8 e 9, do referido art. 55.º-A, sempre que:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 92
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ii. Substituição de trabalhador com incapacidade temporária para o trabalho por doença por
período igual ou superior a 30 dias.
b) Aos contratos de trabalho de muito curta duração celebrados nos termos do disposto na
legislação laboral.
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A entidade empregadora fica sujeita a uma contra-ordenação muito grave se prestou falsas
declarações relativas ao tipo de trabalho celebrado com o objectivo de ficar isenta da aplicação da
contribuição adicional por rotatividade excessiva, sendo notificada a ACT.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 94
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Na falta de cumprimento da obrigação prevista no n.º 1 do art. 29.º da CRCSPSS, presume-se que
o trabalhador iniciou a prestação de trabalho ao serviço da entidade empregadora faltosa no 1.º dia
do 6.º mês anterior ao da verificação do incumprimento.
Estas presunções são ilidíveis por prova de que resulte a data em que teve, efectivamente, início a
prestação do trabalho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 95
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A violação do disposto nos n.ºs 1 a 3 constitui contra-ordenação leve quando seja cumprida nas
vinte e quatro horas subsequentes ao termo do prazo e constitui contra-ordenação grave nas demais
situações.
Esta norma tem que ser articulada com os arts. 5.º a 7.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011,
de 3 de Janeiro, na redacção actual.
Nesse sentido, dispõe o art. 5.º que a entidade empregadora, para efeitos da comunicação da
admissão de trabalhador prevista no artigo 29.º do Código, solicita ao trabalhador e comunica à
instituição de Segurança Social competente os elementos necessários à sua inscrição e
enquadramento.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 96
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 97
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Nos termos do art. 6.º, as entidades empregadoras são obrigadas a entregar aos trabalhadores
admitidos uma declaração contendo o respectivo NISS e número de identificação fiscal (NIF), bem
como a data da admissão do trabalhador, ou cópia da comunicação de declaração de admissão.
Nos casos em que a admissão seja efectuada no local onde os trabalhadores vão exercer a sua
actividade e o mesmo não corresponda a estabelecimento da entidade empregadora, é aceite, como
prova da data da admissão, cópia da declaração a que se refere o número anterior.
Nos termos do art. 33.º, n.º 1 do CRCSPSS, os trabalhadores abrangidos pelo regime geral devem
declarar à instituição de segurança social competente o início de actividade profissional ou a sua
vinculação a uma nova entidade empregadora e a duração do contrato de trabalho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 98
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A declaração referida no n.º 1 do art. 33.º do CRCSPSS , determina, nos termos do n.º 2, que,
para efeitos de acesso ou de cálculo das prestações de segurança social, a relevância dos períodos de
actividade profissional não declarados que sejam anteriores ao período de tempo previsto no n.º 4
do artigo 29.º quando se verifique que:
Esta norma tem que ser articulada com o art. 9.º do Decreto Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011,
de 3 de Janeiro, na redacção actual, que dispõe no n.º 1 que, a declaração do trabalhador a que se
refere o artigo 33.º do Código é apresentada entre a data de celebração do contrato e o final do 2.º
dia de prestação de trabalho, podendo ser apresentada em conjunto com a declaração da entidade
empregadora.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 99
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Para efeitos do disposto no n.º 2 do mesmo artigo, os períodos de actividade relevam a partir do
dia seguinte ao da apresentação da declaração pelo trabalhador, quando esta seja apresentada fora
do prazo previsto no número anterior.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 100
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O disposto no presente artigo não se aplica nos casos em que a obrigação contributiva se
encontre extinta por prescrição.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 101
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De acordo com o art. 30.º do CRCSPSS, após o cumprimento, pelas entidades empregadoras, da
comunicação da admissão de trabalhadores a instituição de segurança social competente procede à
inscrição dos trabalhadores que não se encontrem já inscritos.
Nos termos do art. 31.º, após o cumprimento, pelas entidades empregadoras, do disposto no
artigo 29.º a instituição de segurança social competente procede ao enquadramento dos
trabalhadores.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 102
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Nos termos do art. 32.º do CRCSPSS, a entidade empregadora é obrigada a declarar à instituição
de segurança social competente a cessação, a suspensão do contrato de trabalho e o motivo que lhes
deu causa, bem como a alteração da modalidade de contrato de trabalho.
É relevante para efeitos de aplicação da contribuição adicional por rotatividade excessiva, nos
termos dos n.ºs 8 e 9, do referido art. 55.º-A, a comunicação da alteração da modalidade do contrato,
prevista no art. 32.º do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 103
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Nos termos do art. 8.º, n.º 1 do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro na sua
redacção actual, as declarações da entidade empregadora relativas à cessação, suspensão e alteração
da modalidade de contrato dos trabalhadores previstas no n.º 1 do artigo 32.º do Código são
efectuadas até ao dia 10 do mês seguinte ao da sua ocorrência, no sítio da Internet da segurança
social, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do mesmo artigo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 104
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Nos termos do art. 34.º, a inscrição das pessoas colectivas é feita oficiosamente na data da sua
constituição sempre que esta obedeça ao regime especial de constituição imediata de sociedades e
associações ou ao regime especial de constituição on-line de sociedades.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 105
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Nestas situações, a inscrição produz efeitos à data do início do exercício de actividade declarada
para efeitos fiscais, de acordo com o art. 35.º, al. a) do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 106
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Nesta situação, a inscrição produz efeitos à data do início do exercício da actividade do primeiro
trabalhador, de acordo com o art. 35.º, al. b) do CRCSPSS.
O art. 34.º do CRCSPSS tem que ser articulado com o artigo 10.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-
A/2011, de 3 de Janeiro, na sua redacção actual, referente à efectivação de inscrição das entidades
empregadoras.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 107
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Nos termos do art. 36.º, as entidades empregadoras devem comunicar à instituição de segurança
social competente a alteração de quaisquer dos elementos relativos à sua identificação, incluindo os
relativos aos estabelecimentos, bem como o início, suspensão ou cessação de actividade.
Sempre que os elementos referidos no n.º 1 do presente artigo não possam ser obtidos
oficiosamente ou suscitem dúvidas, são as entidades empregadoras notificadas para, no prazo de 10
dias úteis, os apresentarem à instituição de segurança social competente.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 108
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A obrigação contributiva, nos termos do art. 37.º do CRCSPSS, constitui-se com o início do
exercício de actividade profissional pelos trabalhadores ao serviço das entidades empregadoras,
estando regulada nos artigos 37.º a 43.º do CRC e 27.º, 28.º e 35.º do D. Reg. n.º 1-A/2011, de 3 de
Janeiro.
A obrigação contributiva compreende, de acordo com o art. 38.º do CRCSPSS, a declaração dos
tempos de trabalho, das remunerações devidas aos trabalhadores e o pagamento das contribuições e
das quotizações.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 109
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O n.º 2 esclarece que a obrigação contributiva, na sua dupla vertente, vence-se no último dia de
cada mês de calendário, corrigindo uma tese defendida por alguns, embora sem fundamento legal,
de que, quando as remunerações não fossem pagas não havia lugar ao cumprimento da obrigação
contributiva.
Nos termos do art. 39.º do CRCSPSS, as entidades empregadoras, para efeitos de segurança
social, são consideradas entidades contribuintes.
Ora, este artigo deve ser articulado o art. 14.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de
Janeiro, na sua redacção actual, que estipula que a declaração de remunerações inclui a identificação
dos trabalhadores ao serviço da entidade contribuinte a quem seja devida remuneração no mês de
referência, de acordo com os procedimentos previstos no artigo anterior.
Já o art. 16.º refere no n.º 1 que os tempos de trabalho são declarados em dias,
independentemente de a actividade ser prestada a tempo completo ou a tempo parcial.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 111
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Nos casos em que a actividade corresponda a um mínimo de seis horas de trabalho diário e se
reporte a todos os dias do mês, o tempo declarado corresponde a 30 dias.
Nas situações de trabalho a tempo parcial, de contrato de muito curta duração e de contrato
intermitente com prestação horária de trabalho, é declarado um dia de trabalho por cada conjunto
de seis horas.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 112
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A declaração prevista no número anterior deve ser efectuada até ao dia 10 do mês seguinte
àquele a que diga respeito.
A violação destas obrigações constitui contra-ordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias
subsequentes ao termo do prazo e constitui contra-ordenação grave nas demais situações.
Este artigo tem de ser articulado com o art. 21.º do Decreto Regulamentar nº 1-A/2011 que
estabelece no n.º 4 que quando o prazo para entrega da declaração de remunerações termine ao
sábado, domingo ou dia feriado transfere-se o seu termo para o 1.º dia útil seguinte.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 113
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Este art. 21.º estabelece igualmente que a declaração de remunerações efectuada por
transmissão electrónica de dados considera-se entregue na data em que é considerada válida pelo
sistema de informação da segurança social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 114
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A falta ou a insuficiência das declarações previstas nos números anteriores podem ser supridas
ou corrigidas oficiosamente pela instituição de segurança social competente, designadamente por
recurso aos dados de que disponha no seu sistema de informação, no sistema de informação fiscal ou
decorrente de acção de fiscalização.
O suprimento oficioso das declarações previstas nos números anteriores é notificado à entidade
contribuinte nos termos do disposto no Código do Procedimento Administrativo, sendo
regulamentado nos termos do art. 27.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro, na
redacção actual.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 115
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O cumprimento das obrigações referidas no artigo 40.º do Código é aferido mensalmente e o seu
incumprimento determina a elaboração oficiosa da declaração de remunerações e do respectivo
registo, nos termos do art. 29.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro, na redacção
actual
Nos termos do art. 41.º, a declaração prevista no artigo anterior é apresentada por transmissão
electrónica de dados, através do sítio na Internet da segurança social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 117
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A não utilização deste suporte determina a rejeição da declaração por parte dos serviços
competentes, considerando-se a declaração como não entregue.
Ora, este artigo deve ser articulado com art. 13.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, que
estabelece que, para efeitos do disposto no artigo 41.º do Código, a declaração de remunerações
obedece a modelo próprio e é preenchida de acordo com os requisitos técnicos e procedimentos
constantes no sítio da Internet da segurança social, aprovados por despacho do membro do Governo
responsável pela área da segurança social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 118
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Nos termos do artigo 17.º Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, a declaração de remunerações
relativa aos trabalhadores da pesca local e costeira, cujas remunerações são calculadas com base no
valor do produto bruto do pescado vendido em lota, é preenchida e entregue, pelos proprietários das
embarcações, nas entidades que asseguram os serviços de vendagem em lota.
De acordo com o art. 20.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, a entidade empregadora deve
apresentar declarações de remunerações autónomas por mês de referência das remunerações
declaradas, estabelecimento e taxa contributiva aplicável aos trabalhadores que integram cada
estabelecimento, sem prejuízo do disposto no artigo 26.º.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 119
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 120
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Nos termos do art. 22.º, n.º 1, do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, as instituições de
segurança social, por recurso ao sistema de informação da segurança social, procedem à verificação
dos elementos constantes da declaração de remunerações e do cálculo do montante da totalidade
das contribuições que lhes correspondam, tendo em vista a respectiva validação e aceitação, sendo
rejeitada, considerando-se como não entregue, a declaração de remunerações que não obedeça aos
requisitos e procedimentos a que se refere o artigo 13.º, sendo o facto comunicado à entidade
empregadora para efeitos da respectiva correcção, no prazo de cinco dias a contar da data da
recepção da comunicação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 121
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Findo este sem que os erros se mostrem corrigidos, a declaração é considerada como não
entregue, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 40.º do Código e das sanções estabelecidas
para a falta da sua apresentação, de acordo com o n.º 5 do art. 22.º do Decreto Regulamentar n.º 1-
A/2011.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 122
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O art. 24.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011 prevê que as instituições de segurança social
podem exigir a confirmação dos elementos constantes das declarações de remunerações que lhes
suscitem dúvidas, solicitando, para o efeito, provas adicionais das declarações prestadas, em especial,
nos casos em que, por referência a qualquer trabalhador, se verifiquem variações não justificadas no
montante das remunerações declaradas.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 123
Página do manual
Nos termos do n.º 1 do art. 26.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, os elementos constantes
da declaração de remunerações podem ser corrigidos na declaração de remunerações do mês de
referência seguinte àquele a que os mesmos respeitam. Findo o prazo previsto no n.º 1 as correcções
só podem ser efectuadas através da entrega de declaração de remunerações autónoma, sendo a
mesma considerada, para todos os efeitos, como entregue fora de prazo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 124
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As entidades contribuintes são responsáveis pelo pagamento das contribuições e das quotizações
dos trabalhadores ao seu serviço, nos termos do art. 42.º, n.º 1 do CRCSPSS.
O pagamento das contribuições e das quotizações é mensal e é efectuado do dia 10 até ao dia 20
do mês seguinte àquele a que as contribuições e as quotizações dizem respeito, de acordo como art.
43.º do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 125
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A Base de Incidência Contributiva (BIC) está disciplinada nos arts. 44.º a 48.º do CRCSPSS e nos
arts. 31.º a 33.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011.
O art. 44.º dispõe que para a determinação do montante das contribuições das entidades
empregadoras e das quotizações dos trabalhadores, considera-se base de incidência contributiva a
remuneração ilíquida devida em função do exercício da actividade profissional ou decorrente da
cessação do contrato de trabalho nos termos do presente Código.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 126
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Assim a base de incidência contributiva, sobre a qual incidem as taxas para apuramento das
contribuições e quotizações a pagar à segurança social, é composta pela remuneração ilíquida a que o
trabalhador tem direito como contrapartida da prestação laboral.
O n.º 1 prevê assim que entram também na base de incidência contributiva as prestações devidas
pela cessação do contrato de trabalho, nos termos do Código, concretamente, a compensação pela
cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas situações com direito a prestações de
desemprego, nos termos do art. 46.º, n.º 2, alínea v), nos termos aplicáveis ao IRS, conforme resulta
do disposto no art. 46.º, n.º 3 do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 127
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Assim, em alguns casos a base de incidência é fixada de forma convencional, por referência ao
IAS, como sucede em relação aos trabalhadores independentes, aos beneficiários do seguro social
voluntário, em relação aos trabalhadores do serviço doméstico, salvo se contratados ao mês e com
salário real, nos termos do art. 120.º, ou relativamente aos trabalhadores com contrato de muito
curta duração e ainda relativamente aos membros das igrejas, associações e confissões religiosas.
(Cfr. Portaria n.º 27/2020, de 31 de janeiro que procede à atualização do valor do indexante dos
apoios sociais (IAS) para o ano de 2020 (438,81€)).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 128
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As bases de incidência convencionais são fixadas por referência ao valor do indexante dos apoios
sociais (IAS), como resulta do art. 45.º do CRCSPSS.
O n.º 2 dispõe ainda que actualização da base de incidência produz efeitos a partir do 1.º dia do
mês seguinte ao da publicação do diploma que concretize a actualização do IAS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 129
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Rh = Remuneração Horária.
Ao valor que resultar desta fórmula aplica-se a taxa de 26,1%, apenas à parte da entidade
empregadora.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 130
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Nos termos do art. 46.º, n.º 1, integram, para efeitos de delimitação da base de incidência
contributiva as prestações pecuniárias ou em espécie que nos termos do contrato de trabalho, das
normas que o regem ou dos usos são devidas pelas entidades empregadoras aos trabalhadores como
contrapartida do seu trabalho, em consonância com o art. 258.º do Código do Trabalho.
Ora, sendo os usos fonte de direito do trabalho, como resulta do art. 1.º do Código do Trabalho,
também entram na base de incidência prestações cujo pagamento constitui uma prática corrente da
empresa ao longo dos tempos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 131
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 132
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l) Os valores dos subsídios de refeição, quer sejam atribuídos em dinheiro, quer em títulos de
refeição;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 133
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o) As gratificações, pelo valor total atribuído, devidas por força do contrato ou das normas que o
regem, ainda que a sua atribuição esteja condicionada aos bons serviços dos trabalhadores,
bem como as que pela sua importância e carácter regular e permanente, devam, segundo os
usos, considerar-se como elemento integrante da remuneração;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 134
Página do manual
s) As despesas resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador de viatura automóvel que gere
encargos para a entidade empregadora nos termos do artigo seguinte;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 135
Página do manual
v) Compensação por cessação do contrato de trabalho por acordo apenas nas situações com
direito a prestações de desemprego;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 136
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 137
Página do manual
aa) As prestações relacionadas com o desempenho obtido pela empresa quando, quer no
respectivo título atributivo, quer pela sua atribuição regular e permanente, revistam carácter
estável independentemente da variabilidade do seu montante.
bb) O valor mensal atribuído pela entidade patronal ao trabalhador em vales de transportes
públicos colectivos.
De acordo com o disposto no n.º 3, as prestações a que se referem as alíneas l), q), u), v), z) e bb)
do número anterior estão sujeitas a incidência contributiva, nos mesmos termos previstos no Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 138
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O n.º 4 admite que para as prestações a que se referem as alíneas p), q), v) e z) do n.º 2, o limite
legal previsto pode ser acrescido até 50%, desde que o acréscimo resulte de aplicação, de forma geral
por parte da entidade empregadora, de instrumento de regulação colectiva de trabalho.
Constituem base de incidência contributiva, além das prestações a que se referem os números
anteriores, todas as que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de regularidade, em dinheiro
ou em espécie, directa ou indirectamente como contrapartida da prestação do trabalho.
Considera-se que uma prestação reveste carácter de regularidade quando constitui direito do
trabalhador, por se encontrar preestabelecida segundo critérios objectivos e gerais, ainda que
condicionais, por forma que este possa contar com o seu recebimento e a sua concessão tenha lugar
com uma frequência igual ou inferior a cinco anos.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 139
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A- Subsídio de Refeição
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 140
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 141
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Nos termos do disposto no art. 154.º, n.º 3. al. b), do Código do Trabalho, o trabalhador a tempo
parcial tem direito ao subsídio de refeição por inteiro se o período normal de trabalho diário for igual
ou superior a cinco horas, sendo de valor proporcional quando o período normal de trabalho diário
for inferior a cinco horas.
O subsídio de refeição dos servidores do Estado a tempo parcial cuja prestação de trabalho diário
seja igual ou superior a metade da duração diária do trabalho a tempo completo é pago por inteiro,
sendo calculado na proporção do respectivo período normal de trabalho semanal quando o período
diário for inferior a metade do período normal a tempo completo.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 142
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Assim e para calcular o limite de isenção para efeitos de IRS e, consequentemente, para efeitos
contributivos para a segurança social, há que calcular o valor do subsídio de refeição a que o servidor
do Estado tem direito, nos termos referidos, ficando a parte excedente, se tal ocorrer, sujeita a IRS e
também a incidência contributiva para a segurança social.
A forma de cálculo do limite de isenção para efeitos de IRS, acima referida, acaba por ser até mais
vantajosa do que a prevista no art. 154.º, n.º 3, al. b), do Código do Trabalho.
Com efeito, enquanto nos termos do Código do Trabalho o trabalhador só tem direito ao subsídio
de refeição na totalidade quando trabalhe cinco horas diárias, na função pública basta trabalhar
metade do período normal de trabalho diário (4 horas ou até menos).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 143
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O que significa que, na prática, está isento da incidência contributiva o valor do subsídio de
refeição pago por inteiro aos trabalhadores a tempo parcial ou proporcionalmente, tendo em conta o
valor fixado para os servidores do Estado (€ 4,77) eventualmente acrescido de 60%, conforme seja
pago em numerário ou em vales de refeição.
Assim se empresa XPTO, Lda. paga aos seus trabalhadores € 4,77 por dia, em dinheiro, a título de
subsídio de alimentação
O montante referente ao subsídio de alimentação não deve ser considerado como base de
incidência contributiva.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 144
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Por seu lado, a empresa paga aos seus trabalhadores € 7,00 por dia em dinheiro a título de
subsídio de alimentação
Para cálculo do montante que integrará a incidência devem ser considerados o limite - € 4,77 –
como valor isento e o remanescente € 3,77 (€ 7,00 - € 4,77) como valor sujeito, ou seja, por cada dia
pago de subsídio de alimentação em dinheiro, € 3,23 passam a estar sujeitos a incidência
contributiva.
Num mês com 22 dias de trabalho, teríamos € 3,22 x 22 dias = € 70,84 sujeitos a incidência
contributiva.
Por seu turno, a empresa paga em 2018 aos seus trabalhadores em cartão refeição o montante
diário de € 7,63. Este valor está totalmente isento.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 145
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B- Ajudas de Custo
Os valores pagos a título de ajudas de custo estarão sujeitos a incidência contributiva quando
ultrapassem os limites legais estabelecidos no artigo 2.º, n.º 3 do CIRS.
Nos termos da Circular da DGCI n.º 12/91, podem os valores das ajudas de custo fixadas para os
membros do Governo servir de referência e ser abonadas, por entidades não públicas, aos
colaboradores que exerçam funções e ou aufiram remunerações que não sejam comparáveis ou
reportáveis às dos trabalhadores em funções públicas.
Nos restantes casos, continua a considerar-se que excedem os limites legais as ajudas de custo
superiores ao limite mais elevado fixado para os funcionários públicos.
Cfr. Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, após Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28/12, e Lei n.º 66-
B/2012, de 31/12 (OE 2013)
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 146
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Ajudas de Custo/2018
(Portaria n.º 1553-D/2008, de 31/12, após Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28/12, e Lei n.º 66-B/2012,
de 31/12)
(em vigor desde 01/01/2013)
Deslocações no
Deslocações ao
Cargo ou vencimento Continente e
e no estrangeiro
Regiões Autónomas
– Membros do Governo € 69,19 € 100,24
– Trabalhadores em funções públicas:
– Com vencimento superior ao nível 18 € 50,20 € 89,35
– Com vencimento entre os níveis 18 e 9 € 43,39 € 85,50
– Outros € 39,83 € 72,72
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 147
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 148
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Transporte
Em automóvel próprio 0,36 € / Km
Em veículos adstritos a carreiras de serviço público 0,11 € / Km
Em automóvel de aluguer:
1 trabalhador em funções públicas 0,34 € / Km
2 trabalhadores… (para cada) 0,14 € / Km
3 ou mais trabalhadores… (para cada) 0,11 € / Km
Em veículo motorizado não automóvel (1) 0,14 € / Km
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 149
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Para efeitos do disposto na alínea s), do n.º 2 do art. 46.º, e sem prejuízo do disposto no número
seguinte, o art. 46.º-A, determina que se considera que a viatura é para uso pessoal sempre que tal
se encontre previsto em acordo escrito entre o trabalhador e a entidade empregadora do qual
conste:
b) Que os encargos com a viatura e com a sua utilização sejam integralmente suportados pela
entidade empregadora;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 150
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O n.º 2 acrescenta ainda que se considera que a viatura é para uso pessoal sempre que no
acordo escrito seja afecta ao trabalhador, em permanência, viatura automóvel concreta, com
expressa possibilidade de utilização nos dias de descanso semanal, situação na qual, refere o n.º 3,
esta componente não constitui base de incidência nos meses em que o trabalhador preste trabalho
suplementar em pelo menos dois dos dias de descanso semanal obrigatório ou em quatro dias de
descanso semanal obrigatório ou complementar.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 151
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Nos termos do art. 48.º, não integram a base de incidência contributiva designadamente:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 152
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 153
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 154
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 155
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6 Diferenças de remunerações =0 ≠0
Compensação Remuneratória do Contrato >0 >0
I Intermitente <0 <0
Nota: ≠0 – Assume valor positivo ou negativo
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 156
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A taxa contributiva do regime geral é determinada, de forma global, de harmonia com o seu
âmbito material, nos termos do art. 49.º do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 157
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Fonte: http://www.seg-social.pt/calculo-das-contribuicoes
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 158
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Nos termos do art. 57.º do CRCSPSS, podem ser estabelecidas medidas excepcionais e
temporárias de incentivo ao emprego que determinam a isenção ou redução da taxa contributiva,
estabelecidas nos termos do disposto na secção IV do capítulo II desta parte e por diploma legal
próprio, tendo em vista:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 159
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São condições para a isenção ou redução da taxa contributiva, de acordo como art. 59.º do
CRCSPSS a verificação da situação contributiva regularizada perante a segurança social e a
administração fiscal.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 160
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Nos termos do art. 4.º, n.º 1, os incentivos à contratação aplicam-se aos trabalhadores
integrados num dos seguintes grupos:
a) Jovens à procura do primeiro emprego: jovens com idade até aos 30 anos, inclusive, que
nunca tenham prestado a actividade ao abrigo de um contrato de trabalho sem termo.
c) Desempregados de muito longa duração: desempregados com 45 anos de idade ou mais que,
à data do contrato, estejam disponíveis para o trabalho e inscritos nos Centros de Emprego há
25 meses ou mais.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 161
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 162
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d) A celebração de contrato de trabalho sem termo que tenha cessado durante o período
experimental e as situações de estágio profissional e de inserção em programas ocupacionais
anteriores à celebração de contrato de trabalho sem termo não impedem as qualificações
referidas no n.º 1 para efeitos de aplicação dos incentivos à contratação.
Nos termos do art. 5.º, as entidades empregadoras que contratem por tempo indeterminado os
trabalhadores a elas já vinculados por contrato a termo, ou cujos contratos a termo se convertam em
contratos sem termo, podem beneficiar dos incentivos previstos no Decreto-Lei n.º 72/2017, de 21 de
Junho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 163
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4.6.2. Requisitos
Nos termos do art. 6.º, para ter direito à dispensa parcial ou isenção total de contribuições, a
entidade empregadora tem de cumprir cumulativamente estas condições:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 164
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4. Celebrem com esses trabalhadores contratos de trabalho sem termo a tempo inteiro ou
parcial;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 165
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4.6.3. Apoios
Nos termos do art. 7.º, a dispensa parcial do pagamento de contribuições aplica-se nos seguintes
termos:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 166
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 167
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4.6.4. Portabilidade
Nos termos do art. 9.º, sempre que ocorra a cessação do contrato de trabalho sem termo por
facto não imputável ao trabalhador antes do fim do prazo legalmente previsto para o período de
atribuição da medida de incentivo, o trabalhador mantém o direito à medida nas situações de
contratação sem termo subsequentes, pelo período remanescente.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 168
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 169
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 170
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Assim, o trabalhador mantém o direito à dispensa parcial pelo período remanescente de 2 anos,
período esse que pode ser utilizado por uma nova entidade empregadora que o contrate sem termo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 171
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A nova entidade empregadora mantém, nos mesmos termos, o direito aos incentivos
anteriormente concedidos à entidade transmitente, desde que tenha a sua situação contributiva
regularizada perante a segurança social e a administração fiscal e efectue a comunicação da
transmissão de estabelecimento ou cessão de posição contratual da Segurança Social Directa (Cfr. art.
102.º, n.º 2 do CRCSPSS).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 172
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 173
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Nos termos do art. 12.º, as entidades empregadoras que pretendam beneficiar da dispensa
parcial ou isenção total do pagamento de contribuições devem apresentar requerimento para o
efeito.
O requerimento deve ser entregue, através do sítio na Internet da segurança social, no prazo de
10 dias a contar da data de início do contrato de trabalho a que se refere o pedido de incentivo no
serviço Segurança Social Directa, em www.seg-social.pt.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 174
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 175
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De acordo com o art. 13.º, as entidades empregadoras devem entregar com o requerimento a
cópia do contrato de trabalho sem termo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 176
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 177
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• Pagar no prazo legal as contribuições à Segurança Social da parte que não esteja isenta.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 178
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A dispensa parcial ou a isenção total do pagamento de contribuições cessa, nos termos do art.
102.º do CRCSPSS, aplicável ex vi 2.º do Decreto-Lei n.º 72/2017, de 21 de Junho, quando se verifique
uma das seguintes circunstâncias:
• São exigidas as contribuições relativas ao tempo durante o qual tenha ocorrido a dispensa
parcial ou isenção total do pagamento das contribuições para a Segurança Social;
• As contribuições também são exigidas caso o contrato de trabalho cesse dentro dos 24 meses
seguintes ao termo do período de concessão da dispensa parcial ou da isenção total;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 180
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 181
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 182
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- Indique NISS ou NIF desse trabalhador e clique na lupa para pesquisar (caso não esteja
vinculado à empresa, tem de fazer a admissão primeiro).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 183
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 184
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10. Seleccionar “Medida para desempregados de muito longa duração” No separador “Meios de
Prova”:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 186
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5.1. Os Membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas (MOE) e entidades equiparadas
Âmbito pessoal
Nos termos do disposto no art. 61.º do CRCSPSS, são obrigatoriamente abrangidos pelo
regime geral, com as especificidades previstas na subsecção em análise, na qualidade de
beneficiários, os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas e entidades equiparadas,
ainda que sejam seus sócios ou membros.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 187
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 188
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c) Os gestores de empresas públicas ou de outras pessoas colectivas, qualquer que seja o fim
prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de protecção
social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham optado, nos
termos legais, por diferente regime de protecção social de inscrição obrigatória;
d) Os membros dos órgãos internos de fiscalização das pessoas colectivas, qualquer que seja o
fim prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de
protecção social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham
optado, nos termos legais, por diferente regime de proteção social de inscrição obrigatória;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 189
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e) Os membros dos demais órgãos estatutários das pessoas colectivas, qualquer que seja o fim
prosseguido, que não se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime de protecção
social convergente dos trabalhadores em funções públicas e que não tenham optado, nos
termos legais, por diferente regime de protecção social de inscrição obrigatória.
Por outro lado, são excluídos do âmbito de aplicação da subsecção em análise, nos termos do
disposto no art. 63.º do CRCSPSS:
a) Os membros de órgãos estatutários de pessoas colectivas sem fim lucrativo que não
recebam pelo exercício da respectiva actividade qualquer tipo de remuneração;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 190
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b) Os sócios que, nos termos do pacto social, detenham a qualidade de gerentes mas não
exerçam de facto essa atividade, nem aufiram a correspondente remuneração;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 191
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e) As pessoas que, integrando as situações referidas no artigo anterior, sejam nomeadas por
imperativo legal para funções a que corresponda inscrição em lista oficial especialmente
elaborada para esse efeito, identificativa das pessoas habilitadas para o exercício de tais
funções, designadamente as correspondentes às funções de gestores judiciais ou revisores
oficiais de contas;
g) Os liquidatários judiciais.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 192
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Em acréscimo, nos termos do disposto no art. 64.º do CRCSPSS, são ainda excluídos do âmbito
da subsecção em análise, os membros de órgãos estatutários de pessoas colectivas com fins
lucrativos que não recebam, pelo exercício da respectiva atividade, qualquer tipo de remuneração e
se encontrem numa das seguintes situações:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 193
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Por sua vez, o art. 38.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01 determina quais os
elementos de prova necessários para a exclusão do regime aplicável aos MOE. O preceito legal em
causa refere que, para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do art. 63.º do CRCSPSS, a entidade
empregadora deve apresentar à instituição de segurança social competente cópia do pacto social ou
da acta da assembleia geral em que constem os elementos necessários à comprovação da exclusão .
Quando se trate de enquadramento em regime obrigatório de protecção social ou de situação de
pensionista de que a instituição de segurança social não possa ter conhecimento directo, a
certificação é efectuada mediante documento comprovativo emitido pela entidade competente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 194
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Âmbito material
Nos termos do disposto no art. 65.º do CRCSPSS, os membros dos órgãos estatutários das
pessoas coletivas e entidades equiparadas têm direito à protecção nas eventualidades de doença,
parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. Em acréscimo, os membros dos
órgãos estatutários das pessoas coletivas que exerçam funções de gerência ou de administração têm
ainda direito à protecção na eventualidade de desemprego, nos termos de legislação própria .
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 195
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O art. 66.º do CRCSPSS refere que, sem prejuízo do disposto nos arts. 44.º e seguintes, a base de
incidência contributiva dos membros dos órgãos estatutários corresponde ao valor das remunerações
efectivamente auferidas em cada uma das pessoas coletivas em que exerçam atividade, com o limite
mínimo igual ao valor do IAS .
Este limite mínimo não se aplica, porém, nos casos de acumulação da actividade de membro de
órgão estatutário com outra atividade remunerada que determine a inscrição em regime obrigatório
de protecção social ou com a situação de pensionista desde que o valor da base de incidência
considerado para o outro regime de protecção social ou de pensão seja igual ou superior ao valor do
IAS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 196
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Chama-se a atenção para o facto de, face ao preceituado no art. 68.º do CRCSPSS, integrarem
ainda a remuneração dos membros dos órgãos estatutários:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 197
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Taxa contributiva
De acordo com o art. 69.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos membros dos órgãos
estatutários é de 29,6%, sendo de 20,3% para as entidades empregadoras e de 9,3% para os
trabalhadores.
Por outro lado, a taxa contributiva relativa aos membros das pessoas colectivas que exerçam
funções de gerência ou de administração é de 34,75%, sendo de 23,75% para as entidades
empregadoras e de 11% para os trabalhadores .
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 198
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Entidade
MOE MOE Total
Empregadora
Membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas
(com protecção na doença, parentalidade, doenças 20,3% 9,3% 29,6%
profissionais, invalidez, velhice e morte).
Membros dos órgãos estatutários profissionais de seguros
das pessoas colectivas com e sem fins lucrativos. (Taxa
20,3% + 1% 9,3% 30,6%
contributiva complementar (1%), para efeitos de fundo
especial de Segurança Social).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 199
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Entidade
MOE MOE Total
Empregadora
Membros dos órgãos estatutários que exerçam funções de
gerência ou de administração:
Administradores, directores e gerentes das sociedades e
cooperativas de produção e serviços que não optem pelo 23,75% 11% 34,75%
enquadramento dos seus membros no regime dos
trabalhadores independentes (com protecção na
eventualidade de desemprego).
Membros dos órgãos estatutários profissionais de seguros
das pessoas colectivas, que exerçam funções de gerência ou
24,75% 11% 35,75%
de administração. (Taxa contributiva complementar, para
efeitos de fundo especial de Segurança Social).
Membros dos órgãos estatutários de entidades sem fins
lucrativos, que exerçam funções de gerência, em 22% 11% 33%
Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). a)
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 200
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Entidade
MOE MOE Total
Empregadora
Membros dos órgãos estatutários de entidades sem fins
lucrativos, que exerçam funções de gerência, (instituições 22,30% 11% 33,30%
que não sejam IPSS). a)
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 201
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Face ao preceituado pelo art. 70.º do CRCSPSS, os membros dos órgãos estatutários cessam a
respetiva actividade nos termos do contrato por destituição, renúncia ou quando se verificar o
encerramento da liquidação da empresa. Excepcionalmente, os membros dos órgãos estatutários
podem requerer a cessação da respetiva actividade desde que a pessoa coletiva tenha cessado
actividade para efeitos de IVA e não tenha trabalhadores ao seu serviço.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 202
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Já nos termos do art. 39.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, a instituição de
segurança social competente procede ao registo da cessação de actividade dos membros dos órgãos
estatutários com base nos elementos que recebe oficiosamente nos termos da legislação em vigor ou
mediante prova inequívoca da cessação da actividade apresentada pelo interessado. Por outro lado,
para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 70.º do CRCSPSS, o membro de órgão estatutário
apresenta requerimento em formulário de modelo próprio .
Salienta-se que o início, cessação ou suspensão e quaisquer outras alterações têm de ser
comunicados aos serviços da Segurança Social, no prazo de 10 dias úteis, através do Modelo RV
1011/2018 – DGSS (“Comunicação de início de atividade/Alteração de
elementos/suspensão/cessação de atividade para entidade empregadora”).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 203
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Âmbito pessoal
Nos termos do disposto no art. 71.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades previstas na presente subsecção, os trabalhadores em regime de trabalho no
domicílio, nos termos definidos na legislação laboral.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 204
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 205
Página do manual
Âmbito material
Taxa contributiva
De acordo com o art. 73.º do CRCSPSS, a taxa contributiva aplicável aos trabalhadores no
domicílio é de 29,6%, sendo, respectivamente, de 20,3% para o beneficiário da actividade e de 9,3%
para o trabalhador, nos termos do disposto no art. 19.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de
03/01 .
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 206
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Âmbito pessoal
Conforme disposto no art. 74.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades do próprio regime, os desportistas profissionais que, através da celebração de
contrato de trabalho desportivo e após a necessária formação técnico-profissional, praticam uma
modalidade desportiva como profissão exclusiva ou principal, auferindo por via dela uma
remuneração, nos termos de legislação própria.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 207
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Âmbito material
De acordo com o estabelecido pelo art. 75.º do CRCSPSS, os praticantes desportivos profissionais
têm direito à protecção nas eventualidades de parentalidade, desemprego, doenças profissionais,
invalidez, velhice e morte. Estes trabalhadores não beneficiam, pois, de protecção na eventualidade
de doença.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 208
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Nos termos do preceituado pelo art. 76.º do CRCSPSS, considera-se remuneração mensal
efectiva dos praticantes desportivos profissionais as prestações pecuniárias ou em espécie
estabelecidas no contrato que os vincula à respectiva entidade empregadora, sendo ainda integradas
na mesma os montantes pagos a título de prémios de assinatura de contrato, os quais são parcelados
por cada um dos meses da sua duração, e os atribuídos por força de regulamento interno do clube ou
de contrato em vigor, vulgarmente denominados por prémios de jogo.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 209
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Por outro lado, já não integram o conceito de remuneração mensal efectiva as importâncias
despendidas pela entidade empregadora, a favor do trabalhador, na constituição de seguros de
doença, de acidentes pessoais e de seguros de vida que garantam exclusivamente o risco de morte,
invalidez ou reforma por velhice, no último caso desde que o benefício seja garantido após os 55 anos
de idade, desde que não garantam o pagamento e este se não verifique nomeadamente por resgate
ou adiantamento de qualquer capital em vida durante os primeiros 5 anos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 210
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Base de incidência contributiva (Art. 77.º do CRCSPSS) e base de incidência facultativa (Art. 78.º
do CRCSPSS).
Constitui base de incidência contributiva dos praticantes desportivos profissionais 1/5 do valor
da sua remuneração efectiva, com o limite mínimo de 1 IAS.
Todavia, mediante acordo entre o trabalhador e a entidade empregadora, celebrado por escrito
no início do contrato de trabalho, para durar por toda a sua vigência, pode ser considerada como
base de incidência contributiva a remuneração mensal efectiva do trabalhador desde que seja
superior a 1 IAS .
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 211
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Taxa contributiva
Nos termos do disposto no art. 79.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos praticantes
desportivos profissionais é de 33,3%, sendo, respectivamente, de 22,3% para as entidades
empregadoras e de 11% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 212
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Âmbito pessoal
De acordo com o art. 80.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, muito embora com
algumas especificidades, os trabalhadores em regime de contrato de trabalho de muito curta
duração, nos termos do disposto na legislação laboral.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 213
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Este tipo de contrato de trabalho encontra a sua previsão no art. 142.º do Código de Trabalho.
De acordo com o n.º 1 da referida norma legal, “O contrato de trabalho para fazer face a acréscimo
excepcional e substancial da actividade da empresa cujo ciclo anual apresente irregularidades
decorrentes do respectivo mercado ou de natureza estrutural que não seja passível de assegurar pela
sua estrutura permanente, nomeadamente em actividade sazonal do sector agrícola ou do turismo,
de duração não superior a 35 dias, não está sujeito a forma escrita, devendo o empregador comunicar
a sua celebração e o local de trabalho ao serviço competente da segurança social, mediante
formulário electrónico que contém os elementos referidos nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo
anterior”.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 214
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A duração global deste tipo de contratos de trabalho celebrados entre o mesmo empregador e
trabalhador não pode exceder 70 dias de trabalho por cada ano civil.
d) Local de trabalho;
Âmbito material
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 216
Página do manual
De acordo com o art. 82.º do CRCSPSS, constitui base de incidência contributiva a remuneração
convencional calculada com base no número de horas de trabalho prestado e na remuneração
horária determinada de acordo com a seguinte fórmula:
Taxa contributiva
No caso dos trabalhadores com contrato de trabalho de muito curta duração, nos termos do
disposto no art. 83.º do CRCSPSS, a taxa contributiva é de 26,1%, a cargo das entidades
empregadoras.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 217
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Âmbito pessoal
De acordo com o disposto no art. 83.º-A do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades previstas nos artigos 83.º-A a 83.º-D do CRCSPSS, os jovens a frequentar
estabelecimento de ensino oficial ou autorizado que prestem trabalho, nos termos do disposto na
legislação laboral, durante o período de férias escolares.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 218
Página do manual
De acordo com o disposto no art. 42.º-A do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, o
enquadramento de jovens ao abrigo do artigo 83.º-A do CRCSPSS não pode exceder o período de
férias escolares estabelecido para o respectivo nível de ensino. Por sua vez, a comunicação de
admissão de jovens no período de férias escolares é efetuada no sítio da internet da segurança social
através de formulário próprio . O enquadramento de jovens ao abrigo do artigo em análise cessa no
último dia do período de férias escolares.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 219
Página do manual
Âmbito material
Os jovens em férias escolares apenas têm direito, face ao disposto no art. 83.º-B do CRCSPSS, à
protecção nas eventualidades de invalidez, velhice e morte. Estes trabalhadores não beneficiam, pois,
de protecção na eventualidade de parentalidade, doença, doença profissional e desemprego.
Nos termos do disposto no art. 83º-C do CRCSPSS, constitui base de incidência contributiva a
remuneração convencional calculada com base no número de horas de trabalho prestado e na
remuneração horária determinada de acordo com a seguinte fórmula:
Taxa contributiva
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 221
Página do manual
Âmbito pessoal
Face ao estabelecido pelo art. 84.º do CRCSPSS, encontram-se ainda abrangidos pelo regime
geral, com as especificidades previstas nos arts. 84.º a 88.º do CRCSPSS, os trabalhadores por conta
de outrem que tenham 55 ou mais anos de idade que, nos termos estabelecidos na legislação laboral,
tenham celebrado com as respetivas entidades empregadoras um acordo de pré-reforma.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 222
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O regime jurídico dos trabalhadores em situação de pré-reforma encontra-se previsto nos arts.
318.º a 322.º do Código do Trabalho.
De acordo com o estatuído pelo art. 318.º do Código do Trabalho, considera-se pré-reforma a
situação de redução ou suspensão da prestação de trabalho por acordo entre empregador e
trabalhador com idade igual ou superior a 55 anos, durante a qual este tem direito a receber daquele
uma prestação pecuniária mensal, denominada de pré-reforma.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 223
Página do manual
O acordo de pré-reforma, de acordo com o previsto no art. 319.º do Código do Trabalho, está
sujeito a forma escrita e deve conter:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 224
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De acordo com o estabelecido pelo art. 320.º do Código do Trabalho, o montante inicial da
prestação de pré-reforma não pode ser superior à retribuição do trabalhador na data do acordo, nem
inferior a 25% desta ou à retribuição do trabalho, caso a pré-reforma consista na redução da
prestação de trabalho.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 225
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b) Com o regresso do trabalhador ao pleno exercício de funções, por acordo com o empregador
ou nos termos do n.º 3 do artigo anterior;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 226
Página do manual
O regime em análise aplica-se aos trabalhadores acima referidos até ao momento em que
completem a idade normal de acesso à pensão por velhice acrescida do número de meses
necessários à compensação do factor de sustentabilidade nos termos previstos no Decreto-Lei n.º
187/2007, de 10/05, alterado pela Lei n.º 64-A/2008, de 31/12, salvo se até essa data ocorrer a
extinção do acordo, excepto se até essa data vier a cessar o acordo de pré-reforma.
Nos termos do disposto no art. 85.º do CRCSPSS, são excluídos do regime da pré-reforma os
trabalhadores cujo âmbito de protecção não integre as eventualidades de invalidez, velhice e morte.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 227
Página do manual
De acordo com o disposto no art. 43.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, a
entidade empregadora deve remeter o acordo de pré-reforma à instituição de segurança social
competente no prazo de 5 dias após a sua entrada em vigor, sendo certo que, recebido o aludido
acordo, a mesma procede às devidas alterações de enquadramento.
Âmbito material
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 228
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 229
Página do manual
Taxa contributiva
De acordo com o art. 88.º do CRCSPSS, a taxa contributiva aplicável aos trabalhadores que se
encontrem em situação de pré-reforma sem suspensão da prestação de trabalho é coincidente com a
que lhes era aplicada no momento da transição à situação de pré-reforma.
Por outro lado, a taxa contributiva aplicável aos trabalhadores que se encontrem em situação de
pré-reforma com suspensão da prestação de trabalho, é reduzida para 26,9%, sendo de 18,3% para as
entidades empregadoras e de 8,6% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 230
Página do manual
Âmbito pessoal
Face ao estabelecido no art. 89.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades na subsecção do CRCSPSS em análise, os pensionistas de invalidez e velhice de
qualquer regime de protecção social que cumulativamente exerçam actividade profissional.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 231
Página do manual
Nos termos do estabelecido no art. 44.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, para
efeitos do disposto no art. 89.º do CRCSPSS, a instituição de segurança social procede ao
enquadramento, com efeitos no mês seguinte ao da verificação da situação, nos seguintes termos:
Âmbito material
Nos termos do disposto no art. 90.º do CRCSPSS, os pensionistas de invalidez têm direito à
protecção nas eventualidades de parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 233
Página do manual
Taxa contributiva
De acordo com o art. 91.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos pensionistas de invalidez é
de 28,2%, sendo, de 19,3% para as entidades empregadoras e de 8,9% para os trabalhadores.
Por sua vez, a taxa contributiva relativa aos pensionistas de velhice é de 23,9%, sendo de 16,4%
para as entidades empregadoras e de 7,5% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 234
Página do manual
Âmbito pessoal
São abrangidos pelo regime geral com as especificidades previstas nos arts. 91.º-A a 91.º-C do
CRCSPSS:
Âmbito material
Nos termos do art. 91.º-B do CRCSPSS, a estes trabalhadores é garantida a protecção nas
eventualidades previstas para o regime geral, ou seja, a doença, parentalidade, desemprego, doenças
profissionais, invalidez, velhice e morte.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 236
Página do manual
Taxa contributiva
De acordo com o art. 91.º-C do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos trabalhadores que
exercem funções públicas é de 34,75%, sendo de 23,75% para as entidades empregadoras e de 11%
para os trabalhadores.
Em acréscimo, a taxa contributiva relativa aos trabalhadores abrangidos por situações especiais
é de 29,6%, sendo de 18,6% para as entidades empregadoras de 11% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 237
Página do manual
Âmbito pessoal
De acordo com o art. 92.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as especificidades
previstas na subsecção do CRCSPSS em análise, os trabalhadores com contrato de trabalho
intermitente ou em exercício intermitente da prestação de trabalho, nos termos do disposto na
legislação laboral aplicável.
O regime jurídico do contrato de intermitente encontra-se regulado nos arts. 157.º a 160.º do
Código do Trabalho.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 238
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“1. Em empresa que exerça actividade com descontinuidade ou intensidade variável, as partes
podem acordar que a prestação de trabalho seja intercalada por um ou mais períodos de
inactividade.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 239
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2. O contrato de trabalho intermitente não pode ser celebrado a termo resolutivo ou em regime
de trabalho temporário.”
- Uma empresa cuja actividade seja exercida com descontinuidade ou intensidade variável;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 240
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Adverte-se que, caso não seja respeitada a redução a escrito do contrato em análise, o mesmo
considera-se celebrado sem período de inactividade – cfr. art. 158.º do Código do Trabalho.
A prestação de trabalho nesta modalidade de contrato de trabalho não pode ser inferior a
meses a tempo completo, por ano, dos quais pelo menos três meses devem ser consecutivos.
Durante o período de inactividade, o trabalhador pode exercer outra actividade, muito embora
se mantenham os direitos, deveres e garantias das partes que não pressuponham a efectiva
prestação de trabalho.
É importante ter presente o previsto nos arts. 16.º e 45.º do Decreto Regulamentar n.º 1-
A/2011, de 03/01, a respeito, respectivamente, da declaração e da prova de contrato de trabalho
intermitente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 242
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 243
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 244
Página do manual
Nos termos do disposto no art. 46.º do CRCSPSS, o registo de remunerações por equivalência
tem a duração máxima de 6 meses em cada período de 12 meses de vigência do contrato, quando
verificadas as condições previstas no Código do Trabalho.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 245
Página do manual
Exemplo:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 246
Página do manual
Nos meses em que não trabalha, isto é, no período de inatividade, são declarados 800,00€.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 247
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 248
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Âmbito pessoal
De acordo com o art. 95.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, sem prejuízo das
especificidades previstas nos artigos em análise, os trabalhadores que exercem actividades agrícolas
ou equiparadas, sob a autoridade de uma entidade empregadora, prestadas em explorações que
tenham por objecto principal a produção agrícola, sem prejuízo do estabelecido para os contratos de
trabalho de muito curta duração abordados no item 5.4.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 249
Página do manual
Por outro lado, encontra-se expressamente excluídos deste regime, através do disposto no art.
95.º, n.º 3, do CRCSPSS, não sendo considerados como trabalhadores de actividades agrícolas, os
trabalhadores que exerçam a respetiva actividade em explorações que se destinem essencialmente à
produção de matérias-primas para indústrias transformadoras que constituam, em si mesmas,
objetivos dessas empresas.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 250
Página do manual
Taxa contributiva
Nos termos do art. 96.º do CRCSPSS, a taxa contributiva aplicável aos trabalhadores de
actividades agrícolas é de 33,3%, sendo 22,3% a cargo das entidades empregadoras e 11% a cargo
dos trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 251
Página do manual
Âmbito pessoal
Face ao disposto no art. 97.º do CRCSPSS, incluem-se aqui os trabalhadores que exercem
actividade profissional na pesca local e costeira, sob autoridade de um armador de pesca ou do seu
representante legal, bem como os proprietários de embarcações de pesca local e costeira, que
integrem o rol de tripulação e exerçam efectiva actividade profissional nestas embarcações, e ainda
os apanhadores de espécies marinhas e os pescadores apeados.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 252
Página do manual
A contribuição relativa aos trabalhadores que exercem actividade na pesca local e aos
proprietários de embarcações, que integrem o rol de tripulação e exerçam efectiva actividade
profissional nestas embarcações, corresponde a 10% do valor bruto do pescado vendido em lota, a
repartir de acordo com as respectivas partes.
A contribuição relativa aos apanhadores de espécies marinhas e aos pescadores apeados, bem
como a outros sujeitos que estejam autorizados à primeira venda de pescado fresco, fora das lotas,
corresponde a 10% do valor do produto bruto do pescado vendido de acordo com as respectivas
notas de venda.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 253
Página do manual
A base de incidência contributiva pode ainda ser determinada nos termos previstos nos artigos
44.º e seguintes do CRCSPSS desde que para tal exista manifestação de vontade da entidade
contribuinte, sendo esta, contudo, irrevogável.
A cobrança das contribuições é efectuada pela entidade que explorar a lota, no acto da venda do
pescado em lota ou no acto da entrega da nota de venda, conforme aplicável.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 254
Página do manual
Taxa contributiva
Nos termos do art. 99.º do CRCSPSS, a taxa para efeitos de cálculo de remuneração dos sujeitos
abrangidos pelo artigo 97.º e regulados pelo artigo 98.º, ambos do CRCSPSS, corresponde a 29%,
sendo de 21% para as entidades empregadoras e de 8% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 255
Página do manual
Âmbito pessoal
De acordo com o preceituado no art. 105.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com
as especificidades previstas na secção em análise, os trabalhadores activos com, pelo menos, 65 anos
de idade e carreira contributiva não inferior a 40 anos e os que se encontrem em condições de
aceder à pensão de velhice sem redução no âmbito do regime de flexibilização da idade de acesso à
pensão de velhice.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 256
Página do manual
Âmbito material
Face ao art. 106.º do CRCSPSS, estes trabalhadores têm direito à protecção nas eventualidades
de doença, parentalidade, doenças profissionais, velhice e morte.
Taxa contributiva
De acordo com o disposto no art. 107.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos
trabalhadores aqui em causa é de 25,3%, sendo de 17,3% para as entidades empregadoras e de 8%
para os trabalhadores.
Com o objectivo de incentivar à manutenção da actividade dos trabalhadores aqui em causa, foi
estabelecida uma redução da contribuição quer do empregador quer do trabalhador.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 257
Página do manual
Âmbito pessoal
São abrangidos pelo regime geral, com as especificidades previstas nos arts. 108.º e 109.º do
CRCSPSS, os trabalhadores com deficiência.
Consideram-se, para este efeito, trabalhadores com deficiência aqueles que possuam
capacidade de trabalho inferior a 80% da capacidade normal exigida a um trabalhador não deficiente
no mesmo posto de trabalho.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 258
Página do manual
Esta medida apenas é aplicável a trabalhadores com contratos de trabalho sem termo.
Nos termos do disposto no art. 48.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, a
entidade empregadora deve apresentar requerimento, através de formulário próprio, acompanhado
de atestado médico de incapacidade multiusos emitido pelos serviços de saúde ou pelos serviços do
Instituto do Emprego e Formação Profissional que ateste a situação de deficiência e respectivo grau.
Taxa contributiva
De acordo com o art. 109.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa a trabalhadores com
deficiência é de 22,9%, sendo de 11,9% para as entidades empregadoras e de 11% para os
trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 259
Página do manual
As entidades empregadoras sem fins lucrativos têm direito à redução da taxa contributiva global
nos termos do disposto nos arts. 110.º a 112.º do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 260
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Consideram-se, para este efeito, entidades sem fins lucrativos, nomeadamente, as seguintes (cfr.
art. 111.º do CRCSPSS):
- Ordens profissionais;
- Partidos políticos;
- Casas do povo;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 262
Página do manual
Taxa contributiva
Nos termos do art. 112.º do CRCSPSS, a taxa contributiva relativa aos trabalhadores de entidades
sem fins lucrativos é, quando referente a todas as eventualidades, de 33,3%, sendo, respectivamente,
de 22,3% para as entidades empregadoras e de 11% para os trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 263
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São abrangidos pelo regime geral os dirigentes e os delegados sindicais na situação de faltas
justificadas que excedam o crédito de horas e na situação de suspensão do contrato de trabalho para
o exercício de funções sindicais, nos termos da legislação laboral.
Este regime não se aplica aos dirigentes e delegados sindicais abrangidos por instrumento de
regulamentação coletiva de trabalho que preveja funções sindicais a tempo inteiro ou outras
situações específicas, por o direito às prestações retributivas ser garantido pela entidade
empregadora.
Constitui base de incidência contributiva a compensação paga pelas associações sindicais aos
dirigentes e delegados sindicais pelo exercício das correspondentes funções sindicais.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 265
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Âmbito pessoal
São abrangidos pelo regime geral, com as especificidades previstas nos arts. 116.º a 121.º do
CRCSPSS, os trabalhadores que prestem a outrem, de forma remunerada, com carácter regular, sob a
sua direcção e sua autoridade, actividades destinadas à satisfação das necessidades próprias ou
específicas de um agregado familiar, ou equiparado, nos termos definidos em legislação própria.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 266
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De acordo com o art. 2.º do referido diploma legal, o “contrato de serviço doméstico é aquele
pelo qual uma pessoa se obriga, mediante retribuição, a prestar a outrem, com carácter regular, sob a
sua direcção e autoridade, actividades destinadas à satisfação das necessidades próprias ou
específicas de um agregado familiar, ou equiparado, e dos respectivos membros, nomeadamente:
a) Confecção de refeições;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 267
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 268
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Nos termos do disposto no art. 117.º do CRCSPSS, são excluídas deste regime as pessoas que em
relação à entidade empregadora se encontrem em união de facto ou pessoas ligadas à entidade
empregadora pelos seguintes vínculos familiares:
- O cônjuge;
- Os irmãos e afins.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 269
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Nos termos do disposto no art. 6.º da Portaria n.º 66/2011, de 04/02, para efeitos de
cumprimento do previsto nos arts. 116.º e 117.º do CRCSPSS, a entidade empregadora de
trabalhador de serviço doméstico deve declarar junto da instituição de segurança social competente,
em formulário de modelo próprio :
a) Que o trabalhador exerce, com carácter de regularidade e sob a sua direcção e autoridade,
mediante retribuição, a profissão de serviço doméstico;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 270
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 271
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Base de incidência contributiva do trabalho em regime horário e diário (Art. 119.º do CRCSPSS)
Ora, para efeitos contributivos os valores da remuneração por dia e por hora são calculados
sobre a importância que constitui a base de incidência referida no art. 119.º, n.º 1, do CRCSPSS, de
acordo com as seguintes fórmulas:
Rd = IAS/30
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 272
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Para determinação das contribuições devidas por trabalho prestado por trabalhadores não
contratados ao mês em regime de tempo completo é considerado o valor da remuneração horária,
não podendo, todavia, o valor ser inferior a 30 horas por cada trabalhador e respectiva entidade
empregadora.
Base de incidência contributiva para trabalho mensal em regime de tempo completo (Art. 120.º
do CRCSPSS)
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 273
Página do manual
Com efeito, mediante acordo escrito entre o trabalhador e a entidade empregadora, pode ser
considerada como base de incidência a remuneração efectivamente auferida nos termos do disposto
nos artigos 44.º e seguintes do CRCSPSS. Esta opção só pode ser formulada se o trabalhador tiver
idade inferior à prevista no mapa do anexo I do CRCSPSS e a capacidade para o exercício da atividade
se encontre atestada por médico assistente.
Nas situações em que os trabalhadores com contrato mensal não prestem serviço durante todo
o mês, por motivo de admissão, cessação de contrato de trabalho, baixa por doença ou qualquer
outra causa, é considerada a remuneração correspondente ao número de dias de trabalho
efectivamente prestado. Nestas situações, tratando-se de remuneração convencional, a remuneração
diária é determinada nos termos do disposto no art. 119.º, n.º 2, do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 274
Página do manual
Mostra-se ainda necessário ter presente o art. 49.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de
03/01, que, sob a epígrafe “Base de incidência facultativa dos trabalhadores de serviço doméstico”,
dispõe:
“1 - Para efeitos de exercício do direito de opção previsto no n.º 2 do artigo 120.º do Código a
entidade empregadora de trabalhador de serviço doméstico deve remeter à instituição de segurança
social competente cópia do acordo para o efeito celebrado e do atestado de capacidade para o
exercício da actividade previsto no n.º 5 do mesmo artigo.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 275
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Por sua vez, quando o âmbito material de protecção integrar a eventualidade de desemprego, a
taxa contributiva é de 33,3%, sendo de 22,3% para as entidades empregadoras e de 11% para os
trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 276
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Âmbito pessoal
De acordo com o art. 122.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades previstas na secção em análise, como beneficiários, os membros do clero secular e
religioso da Igreja Católica, os membros dos institutos religiosos, das sociedades de vida apostólica e
dos institutos seculares da Igreja Católica, bem como os membros do governo das outras igrejas,
associações e confissões religiosas legalmente existentes nos termos da lei.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 277
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- Os ministros das confissões não católicas que desempenhem o seu munus em atividades de
formação próprias daquelas confissões.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 278
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Finalmente, são abrangidos pelo regime geral com as especificidades previstas na secção em
análise, mas, desta feita, como contribuintes, as dioceses, os institutos religiosos, os institutos
seculares, as sociedades da vida apostólica, as fábricas da Igreja e os centros paroquiais da Igreja
Católica, bem como as demais associações ou confissões religiosas legalmente existentes, de que
dependam ou em que se integrem os beneficiários.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 279
Página do manual
O enquadramento deste tipo de beneficiários é efectuado por referência a uma única entidade
contribuinte, independentemente do número de entidades de que dependam ou em que se
integrem.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 280
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Âmbito material
Face ao estabelecido no art. 125.º do CRCSPSS, os beneficiários aqui em causa têm direito à
protecção nas eventualidades de invalidez e velhice, podendo, no entanto, mediante acordo escrito
entre a entidade contribuinte e o beneficiário, optar por um âmbito de protecção material que inclui
a doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte.
Para efeitos de opção pelo âmbito material de protecção alargado acima referido, a entidade
contribuinte deve, nos termos do disposto no art. 50.º do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de
03/01, remeter à instituição de segurança social competente o acordo escrito celebrado, sendo certo
que tal opção efeitos a partir do mês seguinte ao da apresentação do aludido documento.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 281
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De acordo com o art. 126.º do CRCSPSS, a base de incidência contributiva corresponde ao valor
de um IAS.
Os beneficiários podem, contudo, requerer que a base de incidência contributiva seja fixada de
acordo com um dos escalões previstos para o regime de seguro social voluntário, sendo tal opção
exercida mediante acordo escrito entre a entidade contribuinte e o beneficiário.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 282
Página do manual
- A taxa contributiva relativa ao âmbito material de proteção previsto no n.º 1 do artigo 125.º do
CRCSPSS, correspondente à protecção nas eventualidades de invalidez e velhice, é de 23,8%, sendo
de 16,2% para as entidades contribuintes e de 7,6% para os beneficiários.
Por sua vez, a taxa contributiva relativa ao âmbito material de protecção previsto no n.º 2 do
artigo 125.º do CRCSPSS, que inclui a doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice
e morte, é de 28,3%, sendo de 19,7% para as entidades contribuintes e de 8,6% para os beneficiários.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 283
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 284
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Âmbito pessoal
Conforme disposto no art. 129.º do CRCSPSS, são abrangidos pelo regime geral, com as
especificidades previstas na secção do CRCSPSS em análise, os trabalhadores que acumulem trabalho
por conta de outrem com actividade independente para a mesma entidade empregadora ou para
empresa do mesmo agrupamento empresarial.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 285
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De acordo com o art. 130.º do CRCSPSS, a base de incidência contributiva referente à actividade
profissional independente corresponde ao montante ilíquido dos honorários devidos pelo seu
exercício.
Taxa contributiva
A taxa contributiva relativa aos trabalhadores referidos na secção em análise é a mesma que for
aplicável ao respectivo contrato de trabalho por conta de outrem - art. 131.º do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 286
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8.1. Introdução
O regime dos trabalhadores independentes, previsto nos arts. 132.º a 168.º do CRCSPSS, era
caracterizado por menor protecção social por comparação com os trabalhadores por conta de
outrem, apesar da preocupação do legislador no reforço de direitos em matérias como a
parentalidade e o desemprego.
O XXI Governo Constitucional estabeleceu, no seu Programa do Governo, a alteração das regras
do regime contributivo de segurança social dos trabalhadores independentes com o objetivo de
combater a precariedade nas relações laborais e tendo como perspetiva a promoção do
desenvolvimento social.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 287
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Tal como reconhecido no preâmbulo do diploma, às alterações promovidas pelo Decreto-Lei n.º
2/2018, de 9 de Janeiro estava subjacente “um conjunto de princípios fundamentais para a
sedimentação de uma relação de confiança entre os trabalhadores independentes e o regime de
segurança social, como seja, uma maior aproximação temporal da contribuição a pagar aos
rendimentos relevantes recentemente auferidos, bem como uma maior adequação da proteção social
dos trabalhadores independentes e o reforço da repartição do esforço contributivo entre
trabalhadores independentes com forte ou total dependência de rendimentos de uma única entidade,
sem esquecer ainda a necessidade de simplificação e de uma maior transparência na relação entre o
trabalhador independente e o regime de segurança social.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 289
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Foram, assim, alterados os artigos 139.º, 140.º, 145.º, 146.º, 151.º, 152.º, 155.º, 157.º, 159.º,
161.º, 162.º, 163.º, 164.º, 165.º, 166.º, 168.º e 283.º e revogados o n.º 2 do artigo 145.º, o n.º 3 do
artigo 147.º, o n.º 3 do artigo 152.º, o n.º 4 do artigo 164.º, os n.ºs 3 e 5 do artigo 165.º, o n.º 3 do
artigo 168.º, o n.º 2 do artigo 217.º, o n.º 3 do artigo 276.º e o artigo 279.º, todos do Código dos
Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 290
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 291
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• Declaração trimestral;
• Noção de entidade contratante e criação de duas taxas contributivas (10%) e (7%) em função
da responsabilidade por 80% ou mais ou 50% do rendimento do trabalhador.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 292
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Com vista a reforçar a protecção social dos trabalhadores independentes, foram introduzidas
através do Decreto-Lei n.º 53/2018, de 2 de Julho as alterações e as correcções necessárias nos
regimes jurídicos de protecção social nas eventualidades de doença, desemprego e parentalidade, no
âmbito do sistema previdencial.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 293
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 294
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 295
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O regime dos Trabalhadores Independentes está, actualmente, previsto nos arts. 132.º a 168.º
do CPCSPSS e nos arts. 53.º a 65.º do Decreto - Regulamentar n.º 1–A/2011, de 3 de Janeiro, na
redacção actual.
Assim, as alterações aos arts. 140.º e ao n.º 7 do art. 168.º CRCSPS, respeitantes às entidades
contratantes, entraram em vigor no dia 1 de Janeiro de 2018, nos termos do n.º 2 do art. 8.º do
Decreto-Lei nº 2/2018, de 9 de Janeiro.
A alteração ao n.º 2 do art.º 5.º do Decreto-Lei 2/2018, referente à notificação dos TI com
contabilidade organizada, entrou em vigor no dia 1 de Outubro, nos termos do nº 1 do n.º 1 do art.
8.º do Decreto-Lei nº 2/2018, de 9 de Janeiro.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 296
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Já as restantes alterações entraram em vigor no dia 1 de Janeiro de 2019, nos termos do n.º 2 do
art. 8.º do Decreto-Lei n.º 2/2018, de 9 de Janeiro.
O artigo 81.º-A que esclarece que, para efeitos do disposto nos artigos 187.º e 211.º do Código,
o cálculo de juros de mora tem lugar desde a data em que deveria ter sido cumprida a obrigação
contributiva até à data do pagamento da dívida, e interrompe-se ou suspende-se nos mesmos
termos, entrou em vigor em 1 de Julho de 2018, de acordo com o n.º 2 do art. 8.º.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 297
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O art. 4.º, n.º 1 previa uma norma transitória segundo a qual “os trabalhadores independentes
que se encontrem em situação de não produção de efeitos do enquadramento por início de atividade
mantêm a situação pelo período necessário à verificação do prazo previsto no n.º 1 do artigo 145.º do
Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º
110/2009, de 16 de setembro.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 298
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 299
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O Decreto-Lei n.º 53/2018, de 2 de Julho, que alterou os regimes jurídicos de protecção social
nas eventualidades de doença, desemprego e parentalidade, entrou em vigor no dia 1 de Julho de
2018, de acordo com o art. 9.º.
O art. 7.º Decreto-Lei n.º 53/2018 estabelecia uma norma transitória que determina que “no
ano de 2018, para efeitos de atribuição de subsídio por cessação de atividade aos trabalhadores
independentes, nos termos do Decreto-Lei n.º 65/2012, de 15 de março, o critério de dependência
económica à data da cessação do contrato, previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º daquele
diploma, é verificado tendo em conta o previsto no artigo 140.º do Código dos Regimes Contributivos
do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de Setembro, na
sua redacção atual” – sendo que a redacção já é a que decorre do DL 2/2018, por força do art.º 8.º
deste diploma.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 300
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De salientar que, através da alteração efectuada pela Lei n.º 2/2020, de 31 de Março, com
entrada em vigor em 1 de Abril de 2020, ao art. 217.º do CRCSPSS, é condição geral do pagamento
das prestações aos trabalhadores independentes e aos beneficiários do seguro social voluntário que
os mesmos tenham a sua situação contributiva regularizada na data em que é reconhecido o direito à
prestação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 301
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A mesma Lei n.º 2/2020, de 31 de Março, no art. 150.º, com entrada em vigor em 1 de Abril de
2020, dispõe o seguinte, sob a epígrafe Despenalização da infração prevista no artigo 151.º-A do
Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social: “É despenalizado o
incumprimento, em 2019, da obrigação de entrega da declaração trimestral de rendimentos, previsto
no n.º 8 do artigo 151.º-A do Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança
Social, aprovado em anexo à Lei n.º 110/2009, de 16 de setembro, na sua redação atual.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 302
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Nos termos do disposto no art. 132.º do CRCSPSS, são obrigatoriamente abrangidos pelo regime
dos trabalhadores independentes as pessoas singulares que exerçam actividade profissional sem
sujeição a contrato de trabalho ou a contrato legalmente equiparado, ou se obriguem a prestar a
outrem o resultado da sua actividade, e não se encontrem por essa atividade abrangidos pelo regime
geral de segurança social dos trabalhadores por conta de outrem.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 303
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São, designadamente, abrangidos pelo regime dos trabalhadores independentes, nos termos dos
arts. 133.º a 136.º do CRCSPSS:
a) As pessoas que exerçam actividade profissional por conta própria geradora de rendimentos a
que se reportam os artigos 3.º e 4.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares (pessoas com rendimentos empresariais e profissionais de categoria B e pessoas que
exerçam actividades comerciais e industriais, agrícolas, silvícolas e pecuárias) – cfr. art. 133.º,
n.º 1, al. a) do CRCSPSS;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 304
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 305
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 306
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e) Trabalhadores intelectuais tais como os autores de obras protegidas, nos termos do Código
do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, qualquer que seja o género, a forma de
expressão e o modo de divulgação e utilização das respectivas obras – cfr. art. 136.º, n.º 1 do
CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 307
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• Os tradutores;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 308
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g) Sócios ou membros de sociedade de profissionais livres – cfr. art. 133.º, n.º 1, al. b) do
CRCSPSS;
h) Sócios de sociedades de agricultura de grupo – cfr. art. 133.º, n.º 1, al. d) do CRCSPSS;
i) Membros das cooperativas que, nos seus estatutos, optem por este regime – cfr. art. 135.º,
n.º 1, do CRCSPSS (o direito de opção é, nos termos do disposto no art. 135.º, n.º 2, do
CRCSPSS, inalterável pelo período mínimo de cinco anos);
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 309
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Direito de opção:
Nos termos do art. 55.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro na sua redação
actual, as cooperativas de produção e serviços que, nos termos do disposto no artigo 135.º do
Código, optem pelo enquadramento dos seus membros trabalhadores no regime dos trabalhadores
independentes devem comunicar esta opção à instituição de segurança social competente através de
formulário de modelo próprio. O enquadramento dos trabalhadores referidos no número anterior
produz efeitos a partir do mês seguinte ao da comunicação da opção.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 310
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 311
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Nos termos do art. 56.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de Janeiro na sua redação
actual o início de actividade dos cônjuges dos trabalhadores independentes e dos unidos de facto
identificados na alínea c) do n.º 1, no n.º 2 do artigo 133.º e na alínea a) do n.º 1 do artigo 134.º do
Código é por estes obrigatoriamente comunicado no mês de início de actividade. A comunicação
referida no número anterior é efectuada através de formulário próprio à instituição de segurança
social competente para proceder à inscrição. A prova da união de facto é efetuada nos termos da Lei
n.º 7/2001, de 11 de Maio.
Nos termos do art. 137.º, n.º 1, o exercício cumulativo de actividade independente e de outra
actividade profissional abrangida por diferente regime obrigatório de protecção social não afasta o
enquadramento obrigatório no regime dos trabalhadores independentes, sem prejuízo do
reconhecimento do direito à isenção da obrigação de contribuir.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 312
Página do manual
O n.º 3 do art. 137.º, esclarece ainda que, para efeitos do disposto no n.º 1, as situações de
pagamento voluntário de quotas no âmbito do regime de protecção social convergente dos
trabalhadores que exercem funções públicas e dos regimes de protecção social estrangeiros
relevantes para efeitos de coordenação com os regimes de segurança social portugueses são
equiparadas a regimes obrigatórios de protecção social.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 313
Página do manual
O n.º 3 do art. 137.º, esclarece ainda que, para efeitos do disposto no n.º 1, as situações de
pagamento voluntário de quotas no âmbito do regime de protecção social convergente dos
trabalhadores que exercem funções públicas e dos regimes de protecção social estrangeiros
relevantes para efeitos de coordenação com os regimes de segurança social portugueses são
equiparadas a regimes obrigatórios de protecção social.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 314
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Os trabalhadores independentes que vão exercer a respectiva actividade em país estrangeiro por
período determinado podem manter o seu enquadramento neste regime, com um limite de um ano,
podendo ser prorrogado por outro ano, a requerimento do interessado, mediante autorização da
entidade competente, sendo certo que quando se trate de trabalhador independente cujos
conhecimentos técnicos ou aptidões especiais o justifiquem, a autorização pode ser dada por período
superior, de acordo com o art. 138º do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 315
Página do manual
São excluídos do âmbito pessoal do regime dos trabalhadores independentes, nos termos do art.
139.º do CRCSPSS:
a) Advogados e solicitadores;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 316
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b) Trabalhadores que acumulem funções como Trabalhador por Conta de Outrem (TCO) ou
Membro de Órgãos Estatutários (MOE) com a actividade de trabalhador independente para
a mesma entidade ou entidades do mesmo grupo empresarial (neste caso o trabalhador
independente é equiparado a TCO, sendo os seus honorários recebidos pela actividade
independente sujeitos à taxa contributiva de TCO ou MOE);
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 317
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g) Pescadores apeados;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 318
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 319
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 320
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Nos termos do art. 140.º, as pessoas coletivas e as pessoas singulares com atividade empresarial,
independentemente da sua natureza e das finalidades que prossigam, que no mesmo ano civil
beneficiem de mais de 50% do valor total da atividade de trabalhador independente, são abrangidas
pelo presente regime na qualidade de entidades contratantes.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 321
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Tal significa que ainda que uma entidade só pague € 2.000,00 a um TI, caso ele receba de outras
entidades um valor que o faça superar os € 2.632,6, aquela já será qualificada como entidade
contratante.
Claro que este regime, como tem sido apontado, pode ter como efeito a pressão dos prestadores
constituírem sociedades comerciais para prestarem serviços através destas ou a contratação de
prestadores de serviços prestadores isentos por estarem enquadrados como TCO, como iremos ver ao
analisar o art.º 157.º CRC, para as empresas evitarem serem consideradas entidades contratantes.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 322
Página do manual
Para efeitos do disposto no n.º 1, consideram-se como prestados à mesma entidade contratante
os serviços prestados a empresas do mesmo agrupamento empresarial. (Cfr. Circular de Orientação
Técnica n.º 1, de 28 de março de 2011)
O n.º 5 estabelece que sempre que se verifique a situação prevista no n.º 3, são notificados os
serviços de inspeção da Autoridade para as Condições do Trabalho ou os serviços de fiscalização do
Instituto da Segurança Social, I. P., com vista à averiguação da legalidade da situação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 323
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As contribuições das entidades contratantes reportam-se ao ano civil anterior e o prazo para o
seu pagamento é fixado até ao dia 20 do mês seguinte ao da emissão do documento de cobrança,
nos termos do art. 155.º do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 324
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A violação desta obrigação constitui contra-ordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias
subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave nas demais situações, de acordo
com o art. 155.º, n.º 4.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 325
Página do manual
A taxa contributiva a cargo das entidades contratantes é fixada nos seguintes termos:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 326
Página do manual
Nos termos do art. 143.º, n.º 1 do CRCSPSS, a administração fiscal comunica oficiosamente à
instituição de segurança social competente o início de actividade dos trabalhadores independentes,
fornecendo-lhes todos os elementos de identificação, incluindo o número de identificação fiscal (NIF).
Com base nessa informação, de acordo com o disposto no art. 143.º, n.º 2 do CRCSPSS, a
instituição de segurança social competente procede à identificação do trabalhador independente no
sistema de segurança social ou à actualização dos respectivos dados, caso o trabalhador já se
encontre identificado.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 327
Página do manual
Face ao art. 144.º, n.ºs 1 e 2 do CRCSPSS, a partir dos elementos que constam na comunicação
oficiosa pela administração fiscal, a instituição de segurança social competente procede à inscrição
do trabalhador, caso o mesmo não se encontre inscrito, e ao seu enquadramento no regime dos
trabalhadores independentes, ainda que o mesmo se encontre nas condições do direito à isenção.
O trabalhador independente é, de acordo com o art. 144.º, n.º 4 do CRCSPSS, notificado pela
instituição de segurança social competente da inscrição e do enquadramento no regime dos
trabalhadores independentes, bem como dos respectivos efeitos.
Sempre que os elementos obtidos com base na troca de informação com a administração fiscal
suscitem dúvidas, a instituição de segurança social competente deve solicitar aos trabalhadores os
elementos necessários à sua comprovação, nos termos do art. 149.º do CRCSPSS
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 328
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Nos termos do disposto no art. 145.º, n.º 1 do CRCSPSS, o primeiro enquadramento no regime
dos trabalhadores independentes só produz efeitos no primeiro dia do 12.º mês posterior ao do início
de actividade.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 329
Página do manual
Neste caso, de acordo com o art. 145.º, n.º 3 do CRCSPSS, o enquadramento produz efeitos no
1.º dia do mês do reinício.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 330
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 331
Página do manual
De acordo com o art. 146.º do CRCSPSS, os trabalhadores independentes podem requerer, nos
momentos declarativos (Janeiro, Abril, Julho e Outubro), na Declaração Trimestral, a antecipação do
enquadramento, em data anterior ao 12.º mês posterior ao do início de actividade, produzindo
efeitos no 1.º dia do mês seguinte ao da apresentação da declaração trimestral.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 332
Página do manual
O início de actividade do cônjuge ou da pessoa que viva em união de facto é comunicado por
este através da Segurança Social Direta (SSD), no mês do início de actividade, para respetiva
inscrição/enquadramento no regime dos trabalhadores independentes, de acordo com o art. 144.º,
n.º 3 do CRCSPSS.
Sendo o pedido aprovado, o enquadramento como cônjuge ou da pessoa que viva em união de
facto produz efeitos no primeiro dia do mês seguinte ao da entrega do pedido, desde que o
trabalhador independente já esteja enquadrado no regime, ou no mês em que produza efeitos o
enquadramento do trabalhador independente, nos termos do art. 145.º, n.ºs 6 e 7 do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 333
Página do manual
Nos termos do art. 150.º CRCSPSS, a obrigação contributiva dos trabalhadores independentes
constitui-se com o início dos efeitos do enquadramento e efetiva-se com o pagamento de
contribuições, nos termos regulados no presente capítulo.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 334
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 335
Página do manual
De acordo com o art. 151.º-A, n.º 2 do CRCSPSS, na declaração trimestral são ainda identificados
outros rendimentos necessários ao apuramento do rendimento relevante dos trabalhadores
independentes.
A declaração trimestral é efetuada até ao último dia dos meses de Janeiro, Abril, Julho e
outubro, relativamente aos rendimentos obtidos nos três meses imediatamente anteriores, de
acordo com o art. 151.º-A, n.º 3, do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 336
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Face ao estabelecido pelo art. 151.º-A, n.º 5 do CRCSPSS, no mês de Janeiro, os trabalhadores
independentes que tenham estado obrigados a proceder à entrega de pelo menos uma declaração
trimestral, relativa a rendimentos obtidos no ano civil anterior, têm que confirmar ou declarar os
valores dos rendimentos relativos ao ano civil anterior.
Os pensionistas não têm de entregar a declaração anual, no entanto, caso tenham entregue
alguma declaração trimestral, relativa a rendimentos obtidos no ano civil de 2019, podem em Janeiro
de 2020 corrigir os rendimentos declarados, de acordo com o art. 151º-A, n.º 6 articulado com o art.
157.º, n.º 1, als. b) e c).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 337
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A obrigação declarativa não se aplica aos trabalhadores independentes abrangidos pelo regime
de contabilidade organizada, cujo rendimento relevante corresponde ao valor do lucro tributável,
salvo se, tendo sido notificados da base de incidência contributiva que lhes é aplicável, por força do
valor do lucro tributável apurado no ano civil imediatamente anterior, requererem, no prazo que for
fixado na respectiva notificação, que lhes seja aplicado o regime de apuramento trimestral do
rendimento relevante, ficando sujeitos à obrigação declarativa trimestral a partir de Janeiro, nos
tenros do art. 164.º do CRCCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 338
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Quando acumulem actividade profissional por conta de outrem (o valor da remuneração mensal
média seja igual ou superior a 1 vez o valor do IAS (438,81€, valor em 2021) e desde que o
rendimento relevante mensal médio de trabalho independente, apurado trimestralmente, seja
inferior a 4 vezes o valor do IAS (1.755,24€).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 339
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• Quando o rendimento relevante seja apurado com base no lucro tributável (regime de
contabilidade organizada).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 340
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• Trimestralmente nos períodos declarativos obrigatórios, ou seja, até ao último dia dos meses
de Janeiro Abril, Julho e Outubro;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 341
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 342
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 343
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b) O valor total da prestação de serviços a pessoas singulares que não tenham atividade
empresarial;
c) O valor total da prestação de serviços por pessoa coletiva e por pessoa singular com
atividade empresarial.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 344
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Quando esteja em causa o acesso a subsídio por cessação de atividade que ocorra em momento
anterior à data da obrigação declarativa prevista no presente artigo, a declaração do valor da
atividade é efetuada com o requerimento do subsídio.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 345
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a) O NISS;
b) O NIF;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 346
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São igualmente declarados os montantes dos rendimentos que devam ser considerados ou
excluídos para efeitos de apuramento do rendimento relevante que não possam ser obtidos
oficiosamente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 347
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 348
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Nos termos do art. 157.º, n.º 1, al. a) do CRCSPSS, os trabalhadores independentes que
acumulem actividade profissional por conta de outrem estão isentos de contribuir relativamente ao
rendimento relevante mensal médio apurado trimestralmente de montante inferior a 4 vezes o valor
do IAS (1.755,24€, valor em 2021) e desde que:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 349
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• O valor da remuneração mensal média considerada para o outro regime de proteção social
seja igual ou superior a 1 vez o valor do IAS (438,81€, valor em 2021), o qual é verificado da
seguinte forma:
• Nos casos de enquadramento no regime geral (TCO ou MOE), oficiosamente por recurso às
remunerações registadas no Sistema de Informação da Segurança Social;
• Nos casos de enquadramento noutro sistema de proteção social (por exemplo, Caixa Geral
de Aposentações) mediante comprovativo da remuneração mensal que deve acompanhar o
requerimento do interessado.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 350
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(Cfr. Guia Prático – Novo regime dos Trabalhadores Independentes (1009 – v1.04), 24 de
Novembro de 2020, p. 9)
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 351
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 352
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Nos termos do art. 157.º, n.º 1, al. d) do CRCSPSS, os trabalhadores independentes poderão
estar isentos quando, em Janeiro do ano seguinte àquele a que corresponde, se tenha verificado a
obrigação do pagamento de contribuições durante o ano anterior pelo valor mínimo, por se ter
verificado a inexistência de rendimentos ou o valor das contribuições devidas por força do
rendimento relevante apurado seja inferior a 20,00€.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 353
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No caso de haver necessidade de apresentação de requerimento, de acordo com o art. 60.º, n.º
2 do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 03/01, a isenção produz efeitos no mês seguinte ao da
sua apresentação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 354
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Exemplo: Um trabalhador por conta de outrem a descontar para outro sistema de protecção
social, por exemplo a CGA, iniciou actividade como trabalhador independente em dezembro de 2019,
como a isenção só produz efeitos em Janeiro de 2020 (mês seguinte à ocorrência) terá de pagar a
contribuição relativa ao mês de Dezembro.
No caso dos pensionistas, face ao estabelecido no art. 60.º, n.º 3 do Decreto Regulamentar n.º 1-
A/2011, de 03/01, a isenção tem lugar a partir da data do início da pensão.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 355
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 356
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De acordo com estabelecido pelo art. 61.º, n.º 2 do Decreto Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de
Janeiro, a opção de cessação voluntária da isenção pelo trabalhador independente só pode ser
exercida na declaração trimestral de rendimentos (ou seja, até ao último dia dos meses de Janeiro,
Abril, Julho e Outubro) e produz efeitos no mês em que é feita na própria funcionalidade da
Segurança Social Direta, em www.seg-social.pt, não havendo formulário próprio.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 357
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O rendimento referido nos números anteriores é apurado pela instituição de segurança social
competente com base nos valores declarados pelo trabalhador independente, bem como nos valores
declarados para efeitos fiscais.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 359
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Não são considerados, nos termos do art. 62.º do Decreto-Regulamentar n.º 1-A/2011, de 3 de
janeiro na sua redação actual, para efeitos de determinação do rendimento relevante, os
rendimentos:
• Provenientes de mais-valias;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 360
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• Provenientes de mais-valias;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 361
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A- Nos termos do art. 163.º, n.º 1 do CRCSPSS, a base de incidência contributiva mensal
corresponde a 1/3 do rendimento relevante apurado em cada período declarativo, produzindo efeitos
no próprio mês e nos dois meses seguintes.
Exemplo:
Marta teve num determinado período declarativo rendimentos de prestação de serviços no valor
de 9.000,00€. O seu rendimento relevante será 70% de 9.000,00€, ou seja, 6.300,00€.
Marta pagará por mês a contribuição de 449,40€ (ou seja, 2. 100,00€ x 21,4%).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 362
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Exemplo:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 363
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C- Sempre que o rendimento relevante seja apurado com base na contabilidade organizada, a
base de incidência mensal corresponde ao duodécimo do lucro tributável, com o limite mínimo de
1,5 vezes o valor do IAS (658,22) sendo fixada no mês de Outubro para produzir efeitos no ano civil
seguinte, de acordo com o art. 163.º, n.º 3 do CRCSPSS.
Exemplo:
A Carla, proprietária de uma farmácia, que tem contabilidade organizada, obteve como lucro
tributável o valor de 18.000,00€.
A sua base de incidência contributiva mensal será 18.000,00€ / 12, ou seja, 1.500,00€ por mês,
sobre a qual se aplicará a respectiva taxa contributiva.
Em resumo, Carla pagará por mês a contribuição de 378,00€ (ou seja, 1.500,00€ x 25,2%).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 364
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D- Face ao disposto no art. 163.º, n.º 4 do CRCSPSS, a base de incidência contributiva dos
trabalhadores independentes com rendimento relevante mensal médio apurado trimestralmente de
montante igual ou superior a 4 vezes o valor do IAS (€ 1.755,24), que acumulem actividade
independente com actividade profissional por conta de outrem, nos termos da alínea a) do n.º 1 do
artigo 157.º, corresponde ao valor que ultrapasse aquele limite.
Não releva para efeitos de base de incidência contributiva o valor de rendimento relevante que
determine uma contribuição de valor inferior a 5.00€, nos termos do nº 5 do art. 59º do Decreto-
Regulamentar n.º 1 A/2011, de 3 de Janeiro na sua redacção actual, articulado com o Despacho n.º
599/2019, de 11 de Janeiro.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 365
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Exemplo:
Assim, o seu rendimento relevante será 70% de 40.000,00€, o qual corresponde a 28.000,00€ / 3
(meses) = 9.333,33€ (sendo superior a 4 vezes o valor do IAS, 1.755,24€).
Pedro pagará, assim, por mês a contribuição de 1.621,71€ (7.578,09€ x 21,4%), durante os três
meses seguintes ao período contributivo declarado.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 366
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E- Nos termos do art. 163.º, n.º 5 do CRCSPSS, a base de incidência contributiva considerada em
cada mês tem como limite máximo 12 vezes o valor do IAS (5.265,72).
Exemplo:
Assim, o seu rendimento relevante será de 70% de 75.000,00€, o qual corresponde a 52.500,00€
/ 3 (meses) = 17.500,00€.
Neste caso, a base de incidência contributiva do Marcos vai ter como limite máximo o valor de
5.265,72€ (ou seja, 12 vezes o valor do IAS (€ 438, 81)), sobre a qual se aplicará a respectiva taxa
contributiva.
Marcos pagará por mês a contribuição de 1.126,86€ (5.265,72€ x 21,4%), durante os três meses
seguintes ao período contributivo declarado.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 367
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F- Nos termos do art. 166º do CRCSPSS, a base de incidência contributiva dos trabalhadores
enquadrados exclusivamente por força da sua qualidade de cônjuges de trabalhadores
independentes corresponde a 70% do rendimento relevante do trabalhador independente, quer
esteja no regime trimestral, quer esteja no regime de contabilidade organizada, ou se o valor das
contribuições devidas por força do rendimento relevante apurado for inferior a 20,00€ é fixada a base
de incidência que corresponde ao montante de contribuições naquele valor.
Podem, todavia, requerer que lhes seja fixado um rendimento relevante inferior até 20%
daquele que lhes foi aplicado ou superior até ao limite do rendimento relevante dos trabalhadores
independentes.
A base de incidência contributiva considerada em cada mês tem como limite máximo 12 vezes o
valor do IAS (5.265,72) .
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 368
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Esta opção é efectuada em intervalos de 5% (5%, 10%, 15%, 20%, 25%) àquele que resultar dos
valores declarados, sem prejuízo dos limites previstos [mínimo de 20,00€ e máximo de 12 x IAS
(5.265,72)], previstos no art. 163.º do CRCSPSS, com excepção dos trabalhadores independentes que
acumulam actividade profissional por conta de outrem e que contribuam pelo valor do Rendimento
Relevante Remanescente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 369
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O trabalhador independente abrangido pelo regime de contabilidade organizada que não opte
pelo regime da declaração trimestral não pode escolher que lhe seja fixado um rendimento superior
ou inferior até 25% àquele que resultar do valor declarado como lucro tributável, nos termos dos arts.
151.º-A e 164.º do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 370
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 371
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Nos termos do art. 165.º, n.º 1 do CRCSPSS, no início da produção de efeitos do enquadramento
e até à primeira declaração trimestral é fixada, como base de incidência contributiva, o rendimento
relevante com base na contribuição de 20,00€;
De acordo com o art. 165.º, n.º 4 do CRCSPSS, os trabalhadores independentes que vão exercer a
respectiva actividade em país estrangeiro e que optem por manter o seu enquadramento no regime
geral dos trabalhadores independentes, mantêm a última base de incidência fixada, nos casos em
que os rendimentos de trabalho independente não sejam declarados em Portugal.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 372
Página do manual
Nos termos do disposto no art. 164.º-A do CRCSPSS, os serviços da segurança social procedem,
anualmente, à revisão das declarações relativas ao ano anterior com base na comunicação de
rendimentos efetuada pela administração fiscal e notificam o trabalhador independente das
diferenças apuradas:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 373
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Apenas releva para efeitos de base de incidência contributiva o montante que exceda o valor de
20,00€, nos termos do art. 163.º do CRCSPSS.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 374
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 375
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 376
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As taxas contributivas a incidir sobre a Base de Incidência Contributiva, nos termos do art. 168.º
do CRCSPSS serão:
Taxa
Tipo de actividade
Contributiva
Trabalhadores independentes e respetivos cônjuges
Trabalhadores independentes que sejam produtores agrícolas e 21,4%
respetivos cônjuges
Empresários em nome individual e dos titulares de
estabelecimento individual de responsabilidade limitada, e 25,2%
respetivos cônjuges
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 377
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De acordo com o art. 141.º, n.º 1 do CRCSPSS, os trabalhadores independentes têm direito a
protecção na doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte.
Por sua vez, face ao disposto no art. 141.º, n.ºs 2 e 3 do CRCSPSS, os trabalhadores
independentes que sejam empresários em nome individual ou titulares de estabelecimento
individual de responsabilidade limitada e os trabalhadores independentes economicamente
dependentes também têm direito à protecção no desemprego.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 378
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 379
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• Subsídio parental;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 380
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 381
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8.8.4. Condição geral de pagamento das prestações de desemprego (subsídio por cessação de
actividade), doença e parentalidade a trabalhadores independentes
Através da alteração efectuada pela Lei n.º 2/2020, de 31 de Março, com entrada em vigor em 1
de Abril de 2020, ao art. 217.º do CRCSPSS, é condição geral do pagamento das prestações aos
trabalhadores independentes e aos beneficiários do seguro social voluntário que os mesmos tenham
a sua situação contributiva regularizada na data em que é reconhecido o direito à prestação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 382
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 383
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Nos termos do art. 142.º do CRCSPSS, nas situações de cessação ou suspensão do exercício de
actividade de trabalho independente, nos termos previstos no presente código, há lugar à
manutenção do direito à protecção nas eventualidades de doença e de parentalidade, nos termos da
legislação ao abrigo da qual o mesmo foi reconhecido.
O n.º 2 ressalva que a cessação ou suspensão do exercício de actividade não prejudica o direito à
protecção na eventualidade de parentalidade desde que se encontrem satisfeitas as respectivas
condições de atribuição.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 384
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8.9. Exemplos
Exemplo 1
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 385
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Exemplo 2
Na declaração trimestral, Marta pode optar pela fixação de um rendimento inferior até 25%
àquele que resultar dos valores declarados.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 386
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Exemplo 3
Na declaração trimestral, Marta pode optar pela fixação de um rendimento superior até 25%
àquele que resultar dos valores declarados.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 387
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Exemplo 4
Assim, Luísa pagará 20,00€ por mês no trimestre seguinte ao período declarado.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 388
Página do manual
Exemplo 5
A Carla, proprietária de uma farmácia, tem uma declaração trimestral de 6.000,00 relativa à
venda de bens.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 389
Página do manual
Exemplo 6
Lara, esteticista, tem uma declaração trimestral de 6.000,00€ relativa à prestação de serviços e
de 3.000,00€ referente à venda de bens, não tendo exercido o direito de opção previsto no art. 164.º
do CRCSPSS.
Exemplo 7
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 391
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Pedro perdeu o direito à isenção total do valor, pois o seu RR mensal médio, apurado
trimestralmente, ultrapassou montante 4 vezes o valor do IAS (1.755,24€), tendo de pagar o valor da
contribuição apurado pelo remanescente.
No entanto, esse valor apenas releva para determinação da remuneração de referência nas
eventualidades de invalidez, velhice e morte, nos termos do artigo 283.º-A do CRCSPSS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 392
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Exemplo 8
A Carla, proprietária de uma farmácia, que tem contabilidade organizada, obteve como lucro
tributável o valor de 30.000,00€.
A sua base de incidência contributiva mensal será 30.000,00€ / 12, ou seja, 2.500,00€ por mês,
sobre a qual se aplicará a respectiva taxa contributiva.
Em resumo, Carla pagará por mês a contribuição de 630,00€ (ou seja, 2.500,00€ x 25,2%).
(*) A base de incidência mensal corresponde ao duodécimo do lucro tributável, com o limite
mínimo 1,5 IAS (658,22€).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 393
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 394
Página do manual
Os cidadãos nacionais que exerçam actividade profissional em território estrangeiro e que não
estejam abrangidos por instrumento internacional a que Portugal se encontre vinculado podem
igualmente enquadrar-se neste regime.
Este regime tem a sua fonte no n.º 2 do art. 51.º da Lei n.º 4/2007, de 16 de Janeiro ao dispor
que “As pessoas que não exerçam actividade profissional ou que, exercendo-a, não sejam por esse
facto, enquadradas obrigatoriamente nos termos do número anterior, podem aderir à protecção
social definida no presente capítulo, nas condições previstas na lei”.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 395
Página do manual
Por sua vez, o art. 53.º da mesma lei determina que “O sistema previdencial abrange o regime
geral de segurança social aplicável à generalidade dos trabalhadores por conta de outrem e aos
trabalhadores independentes, os regimes especiais, bem como os regimes de inscrição facultativa
abrangidos pelo n.º 2 do artigo 51.º”.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 396
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 397
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 398
Página do manual
A decisão que recair sobre o requerimento é comunicada ao interessado e, quando este for
voluntário social, também à instituição que beneficia da actividade.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 399
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O requerimento de adesão ao seguro social voluntário deve ser ainda instruído com os seguintes
documentos:
a) Declaração, sob compromisso de honra, de que o requerente não se encontra abrangido por
regime obrigatório de protecção social ou de que, encontrando-se, não seja o mesmo
relevante;
A verificação do tempo de residência previsto no n.º 3 do artigo 169.º do Código é feita por troca
de informação com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 400
Página do manual
A declaração referida no número anterior deve ser autenticada pela rede consular portuguesa
que abranja o interessado ou, não existindo serviços consulares, pela embaixada respectiva.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 401
Página do manual
A certificação da aptidão para o trabalho dos requerentes é realizada por médicos dos serviços
competentes do Serviço Nacional de Saúde.
A certificação da aptidão para o trabalho dos cidadãos nacionais que residam em território
estrangeiro é efectuada por declaração do médico assistente do interessado, autenticada pela rede
consular portuguesa ou, não existindo serviços consulares, por instituição pública de saúde do país
de residência.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 402
Página do manual
Sempre que se suscitem dúvidas sobre a aptidão para o trabalho do requerente, deve a
instituição de segurança social competente determinar a realização de exame no âmbito do sistema
de verificação de incapacidades.
Nos casos em que o requerente apresente situação clínica incapacitante, mas que não
determine inaptidão para o trabalho, deve a mesma constar especificamente da certificação do
médico assistente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 403
Página do manual
Para efeitos do disposto na alínea b) do artigo 9.º da Portaria n.º 66/2011, de 4 de Fevereiro é
conferido idêntico valor à declaração emitida no âmbito da inspecção médica pelas capitanias dos
portos como condição de autorização para embarque dos trabalhadores ao serviço de navios
estrangeiros.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 404
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A prova da actividade dos voluntários é feita por declaração das entidades que beneficiam da
mesma.
A prova da actividade dos praticantes desportivos de alto rendimento é feita por declaração
comprovativa do Instituto do Desporto.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 405
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 406
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Podem ainda enquadrar-se no seguro social voluntário as pessoas que integrem grupos de
actividades específicos que, de acordo com os respectivos estatutos, prevejam a inscrição no regime,
designadamente:
Os voluntários sociais que de forma organizada exerçam actividade de tipo profissional não
remunerada em favor de instituições particulares de solidariedade social e de entidades detentoras
de corpos de bombeiros, nomeadamente os bombeiros voluntários;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 407
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 408
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Quanto aos trabalhadores marítimos e vigias, referidos, que se encontrem a exercer actividade
em navios de empresas estrangeiras, remete-se para as Bases XII e seguintes da Portaria de
Regulamentação de Trabalho dos Vigias da Marinha Mercante, publicada no Boletim n.º 37, do
Ministério do Trabalho e Segurança Social, de 8 de Outubro de 1975.
Quanto aos aludidos voluntários sociais, remete-se para a Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro, em
especial para os artigos 6.º a 12.º do Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro – que a
regulamenta, procedendo a definição em geral do regime do voluntariado social.
Quanto ao regime dos Bombeiros Voluntários merecem realce os artigos 12.º a 18.º do Decreto-
Lei n.º 241/2007, de 21 de Junho.
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Quanto aos bolseiros de investigação, remete-se para a Lei n.º 40/2004, de 18 de Agosto (artigos
9.º a 11.º).
Quanto aos agentes da cooperação, remete-se para a Lei n.º 13/2004, de 14 de Abril (artigos
17.º e 28.º) que estabelece o enquadramento jurídico do agente da cooperação portuguesa e define
o respectivo estatuto jurídico.
Quanto aos cuidadores informais, remete-se para a Lei n.º 100/2019, de 6 de Setembro (artigo
20.º do Estatuto do Cuidador Informal).
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A protecção social conferida pelo regime do seguro social voluntário integra a protecção nas
eventualidades de invalidez, velhice e morte.
O âmbito material de protecção dos beneficiários abrangidos pelas situações especiais a que se
refere o n.º 1 do artigo 170.º integra ainda as eventualidades de doença, doenças profissionais e
parentalidade.
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O âmbito material de protecção dos beneficiários abrangidos pelas situações especiais a que se
refere o n.º 2 do artigo 170.º, com excepção da alínea e), pode ainda integrar, nos termos previstos
em legislação própria:
b) Doenças profissionais.
O âmbito material de protecção dos beneficiários abrangidos pela situação especial a que se
refere a alínea e) do n.º 2 do artigo 170.º integra as eventualidades previstas no n.º 1, do art. 172.º
do Código.
Os trabalhadores identificados nas alíneas a) e b) do n.º 1 do art. 170.º do Código têm o seu
âmbito material mais alargado: além da invalidez, velhice e morte integra ainda as eventualidades de
doença, doenças profissionais e parentalidade.
Os trabalhadores abrangidos pelo n.º 2.º do art. 170.º, com excepção dos cuidadores informais
principais, podem ainda, integrar, nos termos previstos em legislação própria, além da invalidez,
velhice e morte:
b) Doenças profissionais.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 416
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O enquadramento cessa, ainda, se o beneficiário passar a estar abrangido por regime obrigatório
de protecção social.
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Estas, várias formas através das quais pode cessar o enquadramento do interessado neste
regime.
O n.º 2 do artigo 174.º do Código faz presumir a vontade de o interessado fazer cessar o seu
enquadramento no regime.
As entidades que beneficiam da actividade voluntária dos voluntários sociais devem indicar
mensalmente às instituições competentes os voluntários que deixaram de exercer a actividade de
voluntariado.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 418
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Enquanto o artigo 174.º do Código identifica o modo porque pode cessar o enquadramento no
regime do seguro social voluntário, o artigo 175.º identifica-nos a data de produção de efeitos.
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De acordo com o disposto no n.º 2, do art. 11.º do Código do Regime Contributivo “As
contribuições são da responsabilidade das entidades empregadoras, dos trabalhadores
independentes, das entidades contratantes e dos beneficiários do seguro social voluntário, consoante
os casos, e as quotizações são da responsabilidade dos trabalhadores, nos termos previstos no
presente código”.
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a) Nas instituições de crédito ou outros prestadores de serviços financeiros que, para o efeito,
celebrem acordo com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P.;
b) Nas tesourarias das instituições de segurança social de acordo com as condições fixadas,
periodicamente, por despacho do membro do Governo responsável pela área da segurança
social;
c) Por remessa de meio de pagamento pelo correio, sob registo postal, à ordem do Instituto de
Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., nos termos a fixar no despacho referido na
alínea anterior.
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São definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da segurança social
os limites máximos de pagamento em numerário de valores devidos à Segurança Social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 423
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Para tais efeitos, o valor diário das contribuições é igual a 1/30 do valor mensal da base de
incidência contributiva do beneficiário.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 425
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A obrigação contributiva cessa no mês seguinte àquele em que o beneficiário o tenha requerido.
A falta de pagamento das contribuições, por período igual ou superior a um ano, faz cessar a
obrigação contributiva a partir do mês seguinte ao do último pagamento.
A falta de pagamento de contribuições por período igual ou superior a um ano, faz cessar a
obrigação contributiva e o mesmo deixa de ser exigível pela Segurança Social.
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Os beneficiários que sejam enquadrados no seguro social voluntário com idade igual ou superior
à referida no mapa do anexo I têm como limite da base de incidência o valor correspondente ao 5.º
escalão, sem prejuízo do disposto no artigo 183.º do Código.
A Portaria n.º 27/2020, de 31 de Janeiro, fixou o valor do IAS para o ano de 2020 em € 438,81.
Os beneficiários que, no âmbito do regime geral de segurança dos trabalhadores por conta de
outrem, tenham contribuído por período superior a 12 meses, sobre montantes superiores ao
escalão mais elevado da base de incidência para o regime de seguro social voluntário, podem optar
pelo escalão mais elevado independentemente da idade.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 429
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 430
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a) Terem sido pagas contribuições em função do mesmo escalão durante pelo menos 12 meses
consecutivos;
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Nos casos em que tenha havido cessação de enquadramento seguido de novo enquadramento,
o escalão da base de incidência contributiva mantém-se igual ao que vigorava anteriormente à
cessação, salvo se o beneficiário optar por outro, verificados os requisitos exigidos para a alteração
do escalão.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 433
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A cessação de enquadramento prevista nos termos do art. 174.º do Código, acarreta que o
beneficiário seja colocado no mesmo escalão em que se encontrava à data da cessação, a não ser que
o mesmo opte por outro, verificados os requisitos exigidos para a alteração de escalão previstos no
art. 183.º do Código.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 434
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Os beneficiários que, no âmbito do regime geral de segurança social dos trabalhadores por conta
de outrem, tenham contribuído, por período superior a 12 meses, sobre montantes superiores ao
escalão mais elevado da base de incidência para o regime de seguro social voluntário podem optar
pelo escalão mais elevado independentemente da idade.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 436
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 438
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Consideram-se dívidas à segurança social, para efeitos do presente Código, todas as dívidas
contraídas perante as instituições do sistema de segurança social pelas pessoas singulares, pelas
pessoas colectivas e outras entidades a estas legalmente equiparadas, designadamente as relativas às
contribuições, quotizações, taxas, incluindo as adicionais, os juros, as coimas e outras sanções
pecuniárias relativas a contra-ordenações, custas e outros encargos legais.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 439
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A dívida à segurança social é regularizada através do seu pagamento voluntário, nos termos
previstos no presente Código, no âmbito da execução cível ou no âmbito da execução fiscal.
As dívidas à segurança social de qualquer natureza podem não ser objeto de participação para
execução nas secções de processo da segurança social quando o seu valor acumulado não atinja os
limites estabelecidos anualmente por despacho do membro do Governo responsável pela área da
segurança social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 440
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a) Cível:
b) Fiscal:
Podem não ser objecto de participação para execução os valores acumulados de € 25,00 ou €
50,00, conforme se trate de dívidas de contra-ordenações ou de outra natureza nos termos do
despacho n.º 2704/2013, de 11 de Fevereiro.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 441
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O prazo de prescrição suspende-se nos termos previstos no presente Código e na lei geral.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 442
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De acordo com o n.º 3 do art. 60.º da lei n.º 4/2007, de 16 de Janeiro “A obrigação do
pagamento das quotizações prescreve no prazo de cinco anos a contar da data em que aquela
obrigação deveria ter sido cumprida.”
Por sua vez, o n.º 4 determina que, “A prescrição interrompe-se por qualquer diligência
administrativa, realizada com conhecimento do responsável pelo pagamento, conducente à
liquidação ou à cobrança da dívida.”
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 443
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A prescrição para ser eficaz necessita de ser invocada, judicial ou extrajudicialmente, por aquele
a quem aproveita.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 444
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Como exemplo deste caso temos o art. 189.º do Código ao prever o pagamento da dívida de
contribuições, ao estipular no seu n.º 2 que o prazo de prescrição das dívidas suspende-se durante o
período de pagamento em prestações.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 445
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A dívida à segurança social extingue-se nos termos previstos no presente Código, sem prejuízo
das regras aplicáveis ao processo de execução fiscal:
Para efeitos do disposto nos artigos 188.º e 189.º do Código, quando, por força da renovação da
execução extinta, prevista no artigo 850.º do Código de Processo Civil, as instituições de segurança
social passem a assumir a posição de exequente, o Instituto de Gestão Financeira da Segurança
Social, I. P., pode autorizar a regularização da dívida através de acordo prestacional, para efeitos do
disposto nos artigos 806.º e seguintes do Código de Processo Civil.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 447
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O acordo prestacional previsto no número anterior é autorizado nos mesmos termos em que são
autorizados os acordos prestacionais no âmbito das execuções fiscais que correm termos pelas
secções de processo executivo do sistema de solidariedade e segurança social.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 448
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A taxa de juros vincendos a aplicar no âmbito de pagamentos prestacionais autorizados pode ser
reduzida em função da idoneidade da garantia.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 449
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O pagamento de cada prestação é efetuado até ao final do mês a que diz respeito.
2 - O pagamento em prestações pode ser autorizado desde que se verifique que o executado,
pela sua situação económica, não pode solver a dívida de uma só vez, não devendo o número das
prestações exceder 36.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 450
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3 - O número de prestações referido no número anterior pode ser alargado até 60, se a dívida
exequenda exceder 50 unidades de conta no momento da autorização ou, independentemente do
valor da dívida exequenda, no caso de pessoas singulares.
4 – O número de previstas no n.º 2 pode ser alargado até 150 desde que, cumulativamente, se
verifiquem as seguintes condições:
b) O executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 451
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5 - Para as pessoas singulares, o número de prestações previstas no n.º 2 pode ser alargado até
150, desde que, cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições:
b) O executado preste garantia idónea ou requeira a sua isenção e a mesma seja concedida.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 452
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 454
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d) Contratos de aquisição, total ou parcial, do capital social de uma empresa por parte de
quadros técnicos, ou por trabalhadores, que tenham por finalidade a sua revitalização e
modernização.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 455
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Pode ainda ser autorizado o pagamento em prestações por pessoas singulares, desde que se
verifique que estas, pela sua situação económica, não podem solver a dívida de uma só vez.
Sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões
Autónomas, a autorização a que se refere o n.º 1 do presente artigo é concedida por deliberação do
conselho directivo do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P. (IGFSS, I. P.).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 456
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Sem prejuízo do previsto no número anterior, o Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.), no
âmbito da sua atribuição de assegurar o cumprimento das obrigações contributivas, pode celebrar
acordos de regularização voluntária de dívida, nos termos definidos em decreto-lei, nos seguintes
casos:
a) Quando a dívida se reporte a períodos limitados e não se encontre participada para efeitos
de execução fiscal;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 457
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Nos termos da epígrafe do artigo 190.º do Código e dado a redacção do seu n.º 1 a enumeração
do n.º 2 tem carácter taxativo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 458
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O Decreto-Lei n.º 81/1998, de 2 de Abril teve como objectivo “a criação de condições efectivas
para que os quadros técnicos e os trabalhadores possam ter acesso ao exercício da função
empresarial, através da aquisição do capital social de empresas, nomeadamente concedendo
incentivos fiscais às operações em causa, é uma necessidade que se impõe face à revitalização e
modernização da empresa.”
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 459
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Deverá ser tido em conta o Decreto-Lei n.º 213/2012, de 25 de Setembro que procede à
definição do regime de celebração de acordos de regularização voluntária de contribuições e
quotizações devidas à segurança social, autoriza o pagamento diferido de montante de contribuições
a regularizar em situações não resultantes de incumprimento e prevê uma dispensa excepcional do
pagamento de contribuições, ao abrigo do disposto no artigo 190.º do Código dos Regimes
Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, aprovado pela Lei n.º 110/2009, de 16 de
Setembro, com alterações resultantes da Lei n.º 2/2020, de 31 de Março, já tratadas no capítulo
respeitante aos trabalhadores independentes.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 460
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As condições de regularização da dívida à segurança social não podem ser menos favoráveis do
que o acordado para os restantes credores.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 461
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A lei exige que o contribuinte requerente do pagamento da dívida em prestações passe, com a
entrega do requerimento, a efectuar o pagamento das prestações autorizadas bem como das
contribuições/quotizações mensais vencidas no seu decurso. O não pagamento nas condições
referidas leva a Segurança Social a presumir que o requerente não tem viabilidade económica, com o
consequente indeferimento do requerimento.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 462
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 463
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 464
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Sem prejuízo do disposto no artigo 885.º do Código de Processo Civil, a decisão de autorização
do pagamento da dívida em prestações e a decisão de resolução do respectivo acordo determinam,
respectivamente, a suspensão e o prosseguimento da instância de processo executivo pendente.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 465
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A referência feita para o art. 885.º do C.P.C. deve ter-se feita para o seu actual correspondente
art. 809.º do C.P.C., a conjugar com disposto no art. 810.º do C.P.C.
A dívida por contribuições à Segurança Social pode ser paga em prestações quer em sede cível
(art. 806.º do C.P.C.) quer em sede fiscal (art. 196.º do C.P.P.T.)
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 466
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A segurança social só pode ser nomeada para a presidência da comissão de credores quando for
junto aos autos deliberação do conselho directivo do IGFSS, I. P., que autorize o exercício da função e
indique o representante, sem prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social
nas Regiões Autónomas.
A segurança social não é responsável por quaisquer encargos com as funções do administrador
da insolvência.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 467
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A segurança social pode aceitar em pagamento a dação de bens móveis ou imóveis, por parte do
contribuinte, para a extinção total ou parcial de dívida vencida.
Os bens móveis ou imóveis, objecto de dação em pagamento, são avaliados pelo IGFSS, I. P., pela
instituição competente nas Regiões Autónomas ou por quem estes determinarem, a expensas do
contribuinte.
Só podem ser aceites bens avaliados por valor superior ao da dívida no caso de se demonstrar a
possibilidade da sua imediata utilização para fins de interesse público, ou no caso de a dação se
efectuar no âmbito de uma das situações previstas no n.º 2 do artigo 190.º.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 468
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O contribuinte pode renunciar ao crédito que resulte do facto de ao bem dado em dação ter
sido atribuído um valor superior ao valor da dívida à segurança social.
Os bens móveis e imóveis adquiridos por dação integram o património do IGFSS, I. P., devendo
ser transferidos para a sua titularidade, sem prejuízo das competências próprias das instituições de
segurança social nas Regiões Autónomas.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 469
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A competência atribuída nos termos do número anterior é susceptível de delegação por decisão
do órgão que a detém, nos termos do Código do Procedimento Administrativo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 470
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Sempre que no âmbito do Sistema Previdencial de Segurança Social, sem prejuízo do disposto
em legislação específica, um contribuinte seja simultaneamente credor e devedor, este pode
requerer à entidade de segurança social competente a compensação de créditos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 471
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Para efeitos do disposto no n.º 2 do artigo 197.º do Código a instituição de segurança social
competente deve proceder à compensação oficiosa de créditos sempre que detecte a sua existência.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 472
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10.2.13. Retenções
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 473
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O disposto nos n.ºs 1 e 3 aplica-se igualmente a financiamentos a médio e longo prazos, excepto
para aquisição de habitação própria e permanente, superiores a (euro) 50.000,00, concedidos por
instituições públicas, particulares e cooperativas com capacidade de concessão de crédito.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 474
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 475
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 476
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As entidades que procederem à retenção de valores ao abrigo do artigo 198.º do Código devem
comunicar a referida retenção através de formulário próprio, no sítio da Internet da segurança social
(RC 3045-DGSS).
A entrega dos valores retidos deve ser efectuada no prazo de cinco dias após a retenção, por
depósito em conta do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I. P., ou nas tesourarias do
sistema de segurança social, indicando o código de referência de pagamento que, para o efeito, for
fornecido pelo sistema de segurança social na sequência da comunicação referida no número
anterior.
A imputação ao montante da dívida dos valores retidos é efectuada, pelo Instituto da Segurança
Social, I. P., nos termos do artigo 79.º do regulamento.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 477
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Salvo pedido em contrário da entidade devedora, quando o pagamento for insuficiente para
extinguir todas as dívidas, o respetivo montante é imputado à dívida mais antiga e respetivos juros,
pela seguinte ordem:
a) Dívida de quotizações;
b) Dívida de contribuições;
c) Juros de mora;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 478
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 479
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 481
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O consentimento prestado nos termos supra referidos, pode ser revogado a todo o tempo pelo
titular dos dados, através dos meios disponibilizados conforme acima se deixaram identificados.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 482
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A dívida à segurança social pode ser transformada em capital social do contribuinte, quando
haja acordo do IGFSS, I. P., e autorização do membro do Governo responsável pela área da segurança
social.
A transformação em capital social só pode ser autorizada depois de realizada uma avaliação ou
auditoria por uma entidade que seja considerada idónea pelo IGFSS, I. P., sem prejuízo das
competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho 483
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As participações podem ser alienadas a todo o tempo pela entidade de segurança social
competente, mediante prévia autorização do membro do Governo referido no n.º 1 do artigo 199.º
do Código.
De acordo com o Código das Sociedades Comerciais, essa dívida poderá passar a ser
representada por acções ou por quotas das sociedades devedoras.
Esta forma de extinção de dívidas à Segurança Social muito embora teoricamente conhecidas, na
prática é desconhecida até porque a Segurança Social não é uma entidade com pendor empresarial,
de tal modo que, caso assumisse esse papel seria para, logo que possível alienar essas mesmas
participações.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 484
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A alienação pode ser efectuada pelo valor nominal ou pelo valor de mercado dos créditos.
A alienação de créditos pelo valor de mercado segue um dos procedimentos previstos no Código
dos Contratos Públicos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 485
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a) Do contribuinte devedor;
b) Dos membros dos órgãos sociais do contribuinte devedor, quando respeite ao período de
exercício do seu cargo;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 486
Página do manual
O regime da alienação de créditos encontra-se regulado nos arts. 577.º e seguintes do Código
Civil.
Para a alienação de créditos, devem ser observados os procedimentos previstos nos arts. 16.º e
seguintes do Código dos Contratos Públicos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 487
Página do manual
A assunção por terceiro de dívida à segurança social pode ser autorizada por despacho do
membro do Governo responsável pela área da segurança social, podendo ser delegada nos termos do
Código do Procedimento Administrativo.
À assunção de dívida à segurança social é aplicável o disposto nos artigos 595.º e seguintes do
Código Civil.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 488
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 489
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Nas situações em que a segurança social autorize o pagamento da dívida por terceiro pode sub-
rogá-lo nos seus direitos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 490
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Determina o art. 589.º do Código Civil: “O credor que recebe a prestação de terceiro pode sub-
rogá-lo nos seus direitos, desde que o faça expressamente até ao momento do cumprimento da
obrigação.”
Por sua vez o art. 92.º do C.P.P.T. refere no seu n.º 1 que “A dívida paga pelo sub-rogado
conserva as garantias, privilégios e processo de cobrança e vencerá juros pela taxa fixada na lei civil,
se o sub-rogado o requerer.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 491
Página do manual
10.4. Garantias
As dívidas à segurança social podem ser garantidas através de qualquer garantia idónea, geral ou
especial, nos termos dos artigos 601.º e seguintes do Código Civil.
Dispõe o art. 601.º do Código Civil que “Pelo cumprimento da obrigação respondem todos os
bens do devedor susceptíveis de penhora, sem prejuízo dos regimes especialmente estabelecidos em
consequência da separação de patrimónios.”
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 492
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a) A legitimidade dos credores para invocar a nulidade de actos praticados pelo devedor (art.
605.º do Código Civil);
b) Sub-rogação do credor ao devedor, sempre que este o não faça, contra terceiro nos direitos
de conteúdo patrimonial que aquele competem, excepto se, por sua própria natureza ou
disposição da lei, só puderem ser exercidos pelo respectivo titular (art. 606.º do Código
Civil);
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 493
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 494
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Este privilégio prevalece sobre qualquer penhor, ainda que de constituição anterior.
A alínea a) do n.º 1 do art. 747.º do Código Civil equipara os créditos da Segurança Social aos
créditos por impostos.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 495
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O crédito da Segurança Social que constitua privilégio mobiliário é graduado depois dos créditos
dos trabalhadores (art. 333.º, n.º 2, al. a) do Código do Trabalho).
Privilégio creditório é a faculdade que a lei, em atenção à causa do crédito, concede a certos
credores, independentemente do registo, de serem pagos com preferência a outros.
Os privilégios mobiliários são gerais, se abrangem o valor de todos os bens móveis existentes no
património do devedor à data da penhora ou de acto equivalente; são especiais, quando
compreendem só o valor de determinados bens móveis.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 496
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O Estado e as autarquias locais têm privilégio mobiliário geral para garantia dos créditos por
impostos indirectos e também pelos impostos directos, inscritos para cobrança no ano corrente na
data da penhora, ou acto equivalente, e nos dois anos anteriores.
Este privilégio não compreende a sisa ou imposto sobre as sucessões e doações, nem quaisquer
outros impostos que gozem de privilégio especial.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 497
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a) Os créditos do Estado, pela contribuição predial, pela sisa e pelo imposto sobre as sucessões
e doações;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 498
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O cumprimento das dívidas pode ser garantido mediante consignação de rendimentos feita pelo
próprio contribuinte ou por terceiro e aceite por deliberação do conselho directivo do IGFSS, I. P., sem
prejuízo das competências próprias das instituições de segurança social nas Regiões Autónomas.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 499
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1 - O cumprimento da obrigação, ainda que condicional ou futura, pode ser garantido mediante
a consignação dos rendimentos de certos bens imóveis, ou de certos bens móveis sujeitos a registo.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 500
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O pagamento dos créditos da segurança social por contribuições, quotizações e respectivos juros
de mora poderá ser garantido por hipoteca legal sobre os bens imóveis ou móveis sujeitos a registo,
existentes no património do contribuinte.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 501
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As hipotecas legais resultam imediatamente da lei, sem dependência da vontade das partes, e
podem constituir-se desde que exista a obrigação a que servem de segurança.
Artigo 705.º
b) O Estado e as demais pessoas colectivas públicas, sobre os bens dos encarregados da gestão
de fundos públicos, para garantia do cumprimento das obrigações por que se tornem
responsáveis;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 502
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f) O legatário de dinheiro ou outra coisa fungível, sobre os bens sujeitos ao encargo do legado
ou, na sua falta, sobre os bens que os herdeiros responsáveis houveram do testador.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 503
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 504
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 505
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A situação contributiva é certificada com base nos elementos existentes nos serviços, não
dependendo de apresentação de meios de prova pelo requerente, salvo o disposto no número
seguinte.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 507
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b) Por iniciativa de qualquer credor ou do Ministério Público, nos termos do artigo 20.º do
Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas.
A declaração a emitir para os efeitos da alínea b) supra, quando requerida por credor, contém
apenas a referência à existência ou não de dívida.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 509
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 510
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 512
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1 - A obrigação é solidária, quando cada um dos devedores responde pela prestação integral e
esta a todos libera, ou quando cada um dos credores tem a faculdade de exigir, por si só, a prestação
integral e esta libera o devedor para com todos eles.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 513
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 514
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Pelo não pagamento de contribuições e quotizações nos prazos legais, são devidos juros de mora
por cada mês de calendário ou fracção.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 515
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O disposto no número anterior prevalece sobre quaisquer normas que disponham em sentido
diverso.
Parafraseando Apelles Conceição, in Legislação da Segurança Social, 7.ª Edição, Almedina, 2019,
pág. 238:
“… por cada mês de calendário ou fracção.” incluindo, portanto, o mês em que o pagamento
deixou de ser feito (pela fracção restante do mês após o dia 20) e o mês em que é retomado o
pagamento (pela fracção mesmo de 1 dia, no caso do pagamento no dia um deste mês).
Porém, “nas dívidas em processo de execução não se contam, no cálculo de juros de mora os dias
incluídos no mês de calendário em que efectuar o pagamento (n.º 3 do art. 4.º do Decreto-Lei n.º
73/1999, de 16 de Março).”
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 516
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A taxa de juros de mora é igual à estabelecida no regime geral dos juros de mora para as dívidas
ao Estado e outras entidades públicas e é aplicada nos mesmos termos.
Note-se:
Para efeitos do disposto nos artigos 187.º e 211.º do Código, o cálculo de juros de mora tem
lugar desde a data em que deveria ter sido cumprida a obrigação contributiva até à data do
pagamento da dívida, e interrompe-se ou suspende-se nos mesmos termos.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 517
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 518
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Desde 1 de Janeiro de 2013, o Estado e todas as pessoas colectivas de direito público estão
sujeitas ao pagamento de juros de mora por atraso no pagamento de contribuições e quotizações.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 519
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Além das limitações especialmente previstas noutros diplomas, os contribuintes que não tenham
a situação contributiva regularizada não podem:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 520
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e) Beneficiar dos apoios dos fundos comunitários ou da concessão de outros subsídios por
parte das entidades mencionadas no n.º 1 do artigo 198.º.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 521
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A segurança social procede à divulgação de listas de contribuintes cuja situação contributiva não
se encontre regularizada nos termos dos n.ºs 2 e 3 do artigo 214.º do Código.
A publicação é efectuada após o decurso de qualquer dos prazos legalmente previstos para a
prestação da garantia ou em caso de dispensa desta.
A publicação das listas, nos termos dos números anteriores, não contende com o dever de
confidencialidade, consagrado na lei.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 522
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Quando, por motivos imputáveis aos serviços, tenham sido liquidados juros superiores aos
devidos, procede-se à sua anulação oficiosa se ainda não tiverem decorrido cinco anos sobre o
pagamento e desde que o seu quantitativo seja igual ou superior a (euro) 5.
Verificando-se a anulação de juros nos termos referidos, sempre que o devedor os tenha pago, o
serviço procede à sua restituição.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 524
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Os bens adquiridos por arrematação em hasta pública integram o património do IGFSS, I. P.,
devendo ser transferidos para a sua titularidade, sem prejuízo das competências próprias das
instituições de segurança social nas Regiões Autónomas.
A segurança social, quando seja arrematante em hasta pública, não está sujeita à obrigação do
depósito do preço nem à obrigação de pagar as despesas da praça.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 525
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 526
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É condição geral do pagamento das prestações sociais aos trabalhadores independentes e aos
beneficiários do seguro social voluntário que os mesmos tenham a sua situação contributiva
regularizada na data em que é reconhecido o direito à prestação.
Na sua versão anterior dizia-se que teria de ter a situação regularizada até ao termo do 3.º mês
imediatamente anterior ao do evento determinante da atribuição da prestação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 527
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A atribuição de prestações por morte não se encontra sujeita à condição geral de pagamento
fixada no artigo anterior, sendo o cálculo das pensões de sobrevivência efectuado sem tomar em
conta os períodos com contribuições em dívida.
“- Trata-se das designadas prestações derivadas, no caso por morte do beneficiário – pensão de
sobrevivência e subsídio por morte.
- Esta atribuição não extingue a responsabilidade dos herdeiros quanto ao pagamento de tais
contribuições nos termos da lei civil – arts. 2025.º e 2068.º do Código Civil.”
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 528
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O beneficiário readquire o direito ao pagamento das prestações suspensas desde que regularize
a sua situação contributiva nos três meses civis subsequentes ao mês em que tenha ocorrido a
suspensão.
Se a situação contributiva não for regularizada no prazo supra referido, o beneficiário perde o
direito ao pagamento das prestações suspensas.
A compensação referida efectua-se até ao limite de um terço do valor das prestações mediatas
vincendas devidas, salvo expressa autorização do beneficiário de dedução por valor superior, sem
prejuízo do disposto infra.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 530
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 531
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Nos termos do disposto no art. 18.º, n.º 1, da Lei Geral Tributária, “O sujeito activo da
relação tributária é a entidade de direito público titular do direito de exigir o cumprimento das
obrigações tributárias, quer directamente quer através de representante”.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 532
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Destaca-se, a este propósito, o disposto no art. 18.º, n.º 2, da Lei Geral Tributária, que determina
que “Quando o sujeito activo da relação tributária não for o Estado, todos os documentos emitidos
pela administração tributária mencionarão a denominação do sujeito activo”; isto, como forma de
que o visado saiba, a todo o tempo, e de forma clara, quem é que se lhe dirigiu e a quem é que se
deve dirigir.
Ora, no que concerne aos sujeitos, no âmbito da matéria em análise, teremos, como não poderia
deixar de ser, como sujeitos activos, o Instituto da Segurança Social, I.P. (ISS) ou o Instituto de Gestão
Financeira da Segurança Social, I.P. (IGFSS).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 533
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 534
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 535
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h) Assegurar a atribuição das prestações devidas por aplicação dos instrumentos internacionais
de Segurança Social em matéria de acidentes de trabalho e de doenças profissionais;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 536
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n) Assegurar o apoio social às famílias, através do financiamento direto, nos termos da lei;
o) Desenvolver e apoiar iniciativas que tenham por finalidade a melhoria das condições de vida
das famílias e a promoção da igualdade de oportunidades, designadamente as dirigidas à
infância, à juventude, ao envelhecimento ativo, dependência, imigração, minorias étnicas e
outros grupos em situação de vulnerabilidade;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 537
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p) Assegurar, nos termos da lei, assessoria técnica aos tribunais em matéria de promoção e
proteção de crianças e jovens em perigo e tutelar cível;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 538
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v) Exercer os poderes sancionatórios no âmbito dos ilícitos de mera ordenação social relativos
aos estabelecimentos de apoio social, a beneficiários e contribuintes, nos termos legais;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 539
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w) Assegurar nos termos da lei, as ações necessárias à eventual aplicação dos regimes
sancionatórios referentes a infrações criminais praticadas por beneficiários e contribuintes
no âmbito do sistema de Segurança Social;
x) Intervir na adoção, nos termos da lei, bem como no âmbito da adoção internacional, como
autoridade central;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 540
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aa) Assegurar as relações externas em matéria das suas atribuições, sem prejuízo das atribuições
da Direção-Geral de Segurança Social, e das competências próprias do MNE;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 541
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Por sua vez, o IGFSS “tem por missão a gestão financeira unificada dos recursos económicos
consignados no orçamento da segurança social”, tendo como atribuições:
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 542
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 543
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c) Representar a segurança social nas acções que visem a articulação institucional com outros
credores públicos e privados;
e) Decidir, nos termos da lei, a posição a assumir pela segurança social no âmbito dos processos
judiciais e extrajudiciais de regularização de dívida;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 544
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a) Assegurar a gestão e administração dos bens e direitos de que seja titular e que constituem
o património imobiliário da segurança social;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 546
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 547
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 548
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Por outro lado, nos termos do disposto no art. 18.º, n.º 3, da Lei Geral Tributária, temos que
“O sujeito passivo é a pessoa singular ou colectiva, ou o património ou a organização de facto ou de
direito que, nos termos da lei, está vinculado ao cumprimento da prestação tributária, seja como
contribuinte directo, substituto ou responsável”.
Destaca-se aqui o facto de o contabilista certificado ter, em termos gerais, legitimidade para
intervir no procedimento tributário.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 549
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Com efeito, de acordo com o disposto no art. 9.º do Código de Procedimento e de Processo
Tributário, “Têm legitimidade no procedimento tributário, além da administração tributária, os
contribuintes, incluindo substitutos e responsáveis, outros obrigados tributários, as partes dos
contratos fiscais e quaisquer outras pessoas que provem interesse legalmente protegido”.
Na mesma senda, o art. 65.º da Lei Geral Tributária determina que “Têm legitimidade no
procedimento os sujeitos passivos da relação tributária e quaisquer outros que provem interesse
legalmente protegido”.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 550
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De acordo com o preceituado no art. 10.º, n.º 2, al. b) do Estatuto da Ordem dos Contabilistas
Certificados, a estes compete, designadamente, “Intervir, em representação dos sujeitos passivos por
cujas contabilidades sejam responsáveis, na fase graciosa do procedimento tributário e no processo
tributário, até ao limite a partir do qual, nos termos legais, é obrigatória a constituição de advogado,
no âmbito de questões relacionadas com as suas competências específicas”.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 551
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Nos termos do disposto no art. 18.º da Lei n.º 107/2009, de 14/09 , o arguido é notificado dos
factos que lhe são imputados para que, no prazo 15 dias, efectue o pagamento voluntário da coima
arbitrada ou, alternativamente, apresente contestação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 552
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 553
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A lei estipula um prazo de 60 dias para o termo das diligências instrutórias (cfr. art. 24.º da Lei nº
107/2009, de 14/09), sendo certo que a decisão deve conter todos os elementos ínsitos no art. 25.º
da Lei n.º 107/2009, de 14/09.
A decisão de aplicação da coima, caso não seja impugnada, constitui título executivo (cfr. art.
26.º da Lei n.º 107/2009, de 14/09.). Ressalva-se que, como veremos infra, a interposição de recurso
de impugnação judicial tem efeito meramente devolutivo, razão pela qual o arguido que pretenda a
obtenção de efeito suspensivo, assim obviando à imediata execução do respectivo património, deve
depositar o valor da coima e das custas do processo no mesmo prazo da interposição do recurso de
impugnação judicial, 20 dias.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 554
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Este meio de defesa encontra a sua previsão legal no art. 191.º do Código do Procedimento
Administrativo.
“1 - Salvo disposição legal em contrário, pode reclamar-se, para o autor, da prática ou omissão
de qualquer acto administrativo.
2 - Não é possível reclamar-se de acto que decida anterior reclamação ou recurso administrativo,
salvo com fundamento em omissão de pronúncia.
3 - Quando a lei não estabeleça prazo diferente, a reclamação deve ser apresentada no prazo de
15 dias.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 555
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Relativamente à matéria em análise, este meio de defesa poderá ser empregue em situações em
que a liquidação das quotizações e contribuições enferme de alguma ilegalidade, tendo o sujeito
passivo, para o efeito, um prazo de 15 dias.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 556
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Sempre que a lei não exclua tal possibilidade, o recurso hierárquico pode ser utilizado para:
a) Impugnar atos administrativos praticados por órgãos sujeitos aos poderes hierárquicos de
outros órgãos;
b) Reagir contra a omissão ilegal de atos administrativos, por parte de órgãos sujeitos aos
poderes hierárquicos de outros órgãos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 557
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Quando a lei não estabeleça prazo diferente, o recurso hierárquico necessário dos actos administrativos
deve ser interposto no prazo de 30 dias e o recurso hierárquico facultativo, no prazo de impugnação
contenciosa do acto em causa.
O recurso hierárquico deve ser dirigido ao mais elevado superior hierárquico do autor do acto ou da
omissão, salvo se a competência para a decisão se encontrar delegada ou subdelegada (cfr. art. 194.º, n.º 1,
do Código do Procedimento Administrativo).
O recurso hierárquico deve ser decidido, em princípio, no prazo de 30 dias, a contar da data da remessa
do processo ao órgão competente para dele conhecer. Este prazo pode, todavia, ser elevado até ao máximo
de 60 dias, quando haja lugar à realização de nova instrução ou de diligências complementares.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 558
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Este meio de defesa encontra-se plasmado no art. 257.º Código de Procedimento e de Processo
Tributário.
Pode ser requerido nos prazos previstos no aludido artigo: de 15 a 90 dias, o que depende do
respectivo fundamento.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 559
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O pedido de anulação da venda deve ser dirigido ao órgão periférico regional da administração
tributária que, no prazo máximo de 45 dias, pode deferir ou indeferir o pedido, ouvidos todos os
interessados na venda.
Decorrido tal prazo sem qualquer decisão expressa, o pedido de anulação da venda é
considerado indeferido, situação em que, tal como no caso de indeferimento expresso, o sujeito
passivo poderá deduzir reclamação judicial, nos termos do art. 276.º do Código de Procedimento e de
Processo Tributário.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 560
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A impugnação será apresentada no prazo de 3 meses contados a partir dos factos seguintes:
a) Termo do prazo para pagamento voluntário das prestações tributárias legalmente notificadas
ao contribuinte;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 561
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b) Notificação dos restantes actos tributários, mesmo quando não dêem origem a qualquer
liquidação;
e) Notificação dos restantes actos que possam ser objecto de impugnação autónoma nos
termos do CPPT; ou
f) Conhecimento dos actos lesivos dos interesses legalmente protegidos não abrangidos nas
alíneas anteriores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 562
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b) Incompetência;
Tem, por regra, efeito meramente devolutivo, podendo ser-lhe atribuído efeito suspensivo
mediante a prestação de garantia adequada.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 563
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Encontra a sua previsão legal nos arts. 37.º e ss. do Código de Processo nos Tribunais
Administrativos. Está sujeita a um prazo de 3 meses (cfr. art. 58.º do Código de Processo nos Tribunais
Administrativos).
Abrange os processos que tenham por objeto litígios cuja apreciação se inscreva no âmbito da
competência dos tribunais administrativos e que nem no Código de Processo nos Tribunais
Administrativos, nem em legislação avulsa sejam objeto de regulação especial, designadamente:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 565
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 566
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k) Responsabilidade civil das pessoas colectivas, bem como dos titulares dos seus órgãos ou
respectivos trabalhadores em funções públicas, incluindo acções de regresso;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 567
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 568
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Pode ser proposta por quem invoque a titularidade de um direito ou interesse a reconhecer.
Este é um meio processual excepcional, que só deve ser usado quando for o mais adequado para
assegurar uma tutela plena, eficaz e efectiva do direito ou interesse legalmente protegido.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 569
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Consignado legalmente como um meio processual acessório (cfr. art. 146.º do Código de
Procedimento e de Processo Tributário), trata-se de um mecanismo que o interessado pode utilizar
quando solicitou a consulta de determinados documentos ou a emissão de certidões e, decorrido o
prazo legalmente fixado para o efeito (Cfr., nomeadamente, art. 24.º do Código de Procedimento e de
Processo Tributário, para as certidões em geral e art. 82.º do D. Reg. 1-A/2011, para a certidão de
situação contributiva regularizada), não foi disponibilizada a consulta do documento ou emitida a
certidão em causa.
É, no fundo, uma solicitação feita ao tribunal tributário no sentido de este intimar a entidade em
causa para que a mesma possibilite a consulta do documento ou emita a pretendida certidão.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 570
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Este meio apenas pode ser utilizado quando, vistos os restantes meios contenciosos previstos,
ele for o mais adequado a assegurar a tutela plena, eficaz e efectiva dos direitos ou interesses em
causa.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 571
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A decisão, por sua vez, sendo caso disso, especificará os actos a praticar para integral
cumprimento do dever omitido.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 572
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Este meio de defesa surge na pendência de uma execução e, normalmente, após a citação do
executado (cfr. arts. 35.º e 203.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário).
a) Inexistência do imposto, taxa ou contribuição nas leis em vigor à data dos factos a que
respeita a obrigação ou, se for o caso, não estar autorizada a sua cobrança à data em que
tiver ocorrido a respectiva liquidação;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 573
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b) Ilegitimidade da pessoa citada por esta não ser o próprio devedor que figura no título ou seu
sucessor ou, sendo o que nele figura, não ter sido, durante o período a que respeita a dívida
exequenda, o possuidor dos bens que a originaram, ou por não figurar no título e não ser
responsável pelo pagamento da dívida;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 574
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g) Duplicação de colecta;
h) Ilegalidade da liquidação da dívida exequenda, sempre que a lei não assegure meio judicial
de impugnação ou recurso contra o acto de liquidação;
i) Quaisquer fundamentos não referidos nas alíneas anteriores, a provar apenas por
documento, desde que não envolvam apreciação da legalidade da liquidação da dívida
exequenda, nem representem interferência em matéria de exclusiva competência da
entidade que houver extraído o título.
A oposição à execução não tem efeito suspensivo, a menos que seja prestada caução.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 575
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Os embargos de terceiro são deduzidos junto do órgão da execução fiscal, no prazo de 30 dias
contados desde o dia em que foi praticado o acto ofensivo da posse ou direito ou daquele em que o
embargante teve conhecimento da ofensa, mas nunca depois de os respectivos bens terem sido
vendidos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 576
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Está regulada nos arts. 276.º a 278.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário.
Tem por objecto a impugnação, para o tribunal tributário de 1.ª instância, de decisões
proferidas pelo órgão da execução fiscal e outras autoridades da administração tributária que no
processo afectem os direitos e interesses legítimos do executado ou de terceiro (cfr. art. 276.º do
Código de Procedimento e de Processo Tributário).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 577
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Por princípio, a reclamação apenas é conhecida pelo tribunal após a realização da penhora e da
venda, a menos que a mesma se funde em prejuízo irreparável causado por qualquer das seguintes
ilegalidades (cfr. art. 278.º, n.º 3, do Código de Procedimento e de Processo Tributário):
b) Imediata penhora dos bens que só subsidiariamente respondam pela dívida exequenda;
c) Incidência sobre bens que, não respondendo, nos termos de direito substantivo, pela dívida
exequenda, não deviam ter sido abrangidos pela diligência;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 578
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 579
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A decisão de aplicação de uma coima pode, nos termos do disposto na Lei n.º 107/2009, de
14/09, ser objecto de recurso de impugnação judicial (cfr. art. 32.º da Lei n.º 107/2009, de 14/09).
Este é dirigido ao Juízo do Trabalho competente, nos termos do disposto no art. 34.º da Lei n.º
107/2009, de 14/09, é competente para conhecer da impugnação judicial o juízo do trabalho em cuja
área territorial se tiver verificado a contraordenação, e ali correrá os seus termos, salientado-se,
todavia, que o mesmo deve ser apresentado junto da autoridade administrativa que tenha proferido
a decisão de aplicação da coima (cfr. art. 33.º da Lei n.º 107/2009, de 14/09).
O recurso de impugnação judicial deve ser interposto no prazo de 20 dias e deve conter
alegações, conclusões e a indicação dos meios de prova a produzir.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 580
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Conforme referido supra, o recurso de impugnação judicial tem efeito meramente devolutivo.
Pode, no entanto, ser-lhe atribuído efeito suspensivo se o recorrente depositar, no mesmo prazo de
20 dias, o valor da coima e das custas do processo (cfr. art. 35.º da Lei nº 107/2009, de 14/09).
A decisão é proferida mediante a realização de audiência de julgamento ou, quando o juiz não a
considere necessária e a tal não se oponham o arguido ou o Ministério Público, através de simples
despacho, nos termos do art. 39.º da Lei n.º 107/2009, de 14/09.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 581
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Da decisão que vier a que proferida pelo Tribunal é admissível recurso para o Tribunal da Relação
quando (cfr. art. 49.º, n.º 1, da Lei nº 107/2009, de 14/09 ):
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 582
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e) O tribunal decidir através de despacho não obstante o recorrente se ter oposto nos termos
do disposto no n.º 2 do artigo 39.º.
Para além destes casos, o Tribunal da Relação pode, a requerimento do arguido ou do Ministério
Público, aceitar o recurso da decisão quando tal se afigure manifestamente necessário à melhoria da
aplicação do direito ou à promoção da uniformidade da jurisprudência (cfr. art. 49.º, n.º 2, da Lei n.º
107/2009, de 14/09).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 583
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Todavia, face ao disposto no art. 3.º, als. c) e d), do referido Código, são subsidiariamente
aplicáveis, o Código do Procedimento Administrativo, quanto à matéria procedimental, e o Regime
Geral das Infracções Tributárias, quanto à matéria substantiva contraordenacional.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 585
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Ora, de acordo com o disposto no art. 221.º do CRCSPSS, “Constitui contraordenação para
efeitos do presente Código todo o facto ilícito e censurável, nele previsto e na legislação que o
regulamenta, que preencha um tipo legal para o qual se comine uma coima” .
Por sua vez, o art. 222.º do CRCSPSS, num claro afloramento do princípio da legalidade,
esclarece que só é punido como contraordenação o facto descrito e declarado passível de coima por
lei anterior ao momento da sua prática.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 586
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Diz-nos o art. 224.º do CRCSPSS que, salvo tratado ou convenção internacional em contrário,
este é aplicável aos factos praticados em território português, independentemente da nacionalidade
ou sede do agente, sendo certo que, face ao disposto no artigo 225.º, o facto deve considerar-se
praticado no momento em que o agente actuou ou, no caso de omissão, deveria ter actuado,
independentemente do momento em que o resultado típico se tenha produzido.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 587
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 588
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A condenação pela prática de contraordenações à Segurança Social pode implicar, para além da
condenação no pagamento de uma coima, a aplicação das denominadas sanções acessórias, como
sendo, a impossibilidade de acesso a medidas de estímulo à criação de postos de trabalho e à
reinserção profissional de pessoas afastadas do mercado de trabalho.
As contraordenações classificam-se em leves, graves e muito graves (cfr. art. 232.º do CRCSPSS),
o que releva desde logo, para efeito de determinação da coima aplicável.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 589
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Encontra-se igualmente previsto no artigo em análise que os limites mínimos e máximos das
coimas são elevados:
a) Em 50% sempre que sejam aplicados a uma pessoa colectiva, sociedade, ainda que
irregularmente constituída, ou outra entidade equiparada com menos de 50 trabalhadores;
e
b) Em 100% sempre que sejam aplicados a uma pessoa colectiva, sociedade, ainda que
irregularmente constituída, ou outra entidade equiparada com 50 ou mais trabalhadores.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 590
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Tal significa que temos os seguintes limites, mínimo e máximo, das coimas, consoante se trate de
uma pessoa singular, uma pessoa colectiva ou equiparada com menos de 50 trabalhadores e uma
pessoa colectiva ou equiparada com 50 ou mais trabalhadores:
1 – Pessoa singular
– Contraordenações leves
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 591
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– Contraordenações graves
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 592
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– Contraordenações leves
– Contraordenações graves
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 593
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– Contraordenações leves
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 594
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– Contraordenações graves
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 595
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Por sua vez, o art. 236.º CRCSPSS estabelece que, se o mesmo facto constituir simultaneamente
crime e contraordenação, o agente é punido a título de crime, sem prejuízo das sanções acessórias
previstas para a contraordenação, cabendo a aplicação destas ao tribunal competente para o
julgamento do crime. A instauração do processo crime faz suspender o processo de contraordenação,
prosseguindo este no caso de não ser deduzida acusação no processo crime e extinguindo-se sempre
que a acusação seja deduzida.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 597
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É considerado reincidente quem praticar uma contraordenação grave com dolo ou uma
contraordenação muito grave no prazo de 2 anos após ter sido condenado pela prática de outra
contraordenação grave com dolo ou de outra contraordenação muito grave, sendo certo que, neste
caso, os limites mínimos e máximos da coima são elevados em um 1/3 do respectivo valor (cfr. art.
237.º do CRCSPSS). Nos casos de reincidência em contraordenações graves ou muito graves, podem
ainda ser aplicadas ao agente, com um prazo de duração máxima de 2 anos, sanções acessórias de
privação do acesso a medidas de estímulo à criação de postos de trabalho e à reinserção profissional
de pessoas afastadas do mercado de trabalho (cfr. art. 238.º do CRCSPSS).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho 598
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Tendo em vista o pagamento da coima que seja aplicada ao infractor, o legislador estabeleceu,
no art. 239.º do CRCSPSS, a possibilidade de esta ser compensada com eventuais prestações de
segurança social que aquele esteja a auferir. Esta compensação pode ser operada desde que o
agente, devidamente notificado para o efeito, não tenha procedido ao pagamento da coima no prazo
legalmente estipulado, nem tenha prestado caução no âmbito de recurso interposto da decisão de
aplicação da mesma.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 599
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Estabelece-se no art. 241.º, n.º 1, do diploma legal em causa que, “Sempre que as obrigações
previstas nos n.ºs 1 e 2 do artigo 29.º, n.º 1 do artigo 32.º, n.ºs 1 e 2 do artigo 36.º, n.º 1 do artigo
40.º, n.º 1 do art. 149.º e n.º 1 do artigo 153.º sejam cumpridas dentro dos primeiros 30 dias
seguintes ao último dia do prazo, os limites máximos das coimas aplicáveis não podem exceder em
mais de 75% o limite mínimo previsto para o tipo de contraordenação praticada.” Em acréscimo,
sempre que as contraordenações sejam praticadas por trabalhadores do serviço doméstico ou pelos
respectivos empregadores, os limites mínimos e máximos das coimas aplicáveis são reduzidos em
50% (cfr. art. 241.º, n.º 2, do CRCSPSS).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 600
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Por outro lado, “Nos casos em que a falta de comunicação a que se refere o artigo 29.º respeite
a trabalhadores que se encontrem a beneficiar de prestações de desemprego ou de doença, a
contraordenação é considerada muito grave”, sendo certo que, ainda assim, os montantes da coima
são reduzidos a metade nas situações em que empregadora fundamente o desconhecimento da
situação através da apresentação de declaração emitida pela instituição de segurança social
competente (cfr. art. 242.º do CRCSPSS).
Em acréscimo, a falta de comunicação a que se refere o art. 29.º (não comunicação atempada de
admissão de trabalhador) relativamente a trabalhadores que se encontrem a beneficiar de prestações
de desemprego ou de doença e a não inclusão dos mesmos na declaração de remunerações de
trabalhadores acarreta, nos termos do art. 243.º do CRCSPSS, para além da respectiva coima, a
aplicação de sanção acessória de privação do acesso a medidas de apoio ao emprego.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 601
Página do manual
No caso das contraordenações leves é também possível a denominada dispensa de coima (cfr.
art. 244.º do CRCSPSS), sendo, todavia, necessário que se verifiquem, cumulativamente, os seguintes
pressupostos:
a) A prática da infracção não ocasione prejuízo efectivo ao sistema de Segurança Social nem ao
trabalhador;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 602
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Por sua vez, as coimas prescrevem igualmente no prazo de 5 anos a contar da data em que
transite em julgado a decisão de aplicação das mesmas (cfr. art. 246.º do CRCSPSS) .
Salienta-se ainda que, nos termos do disposto no art. 21.º do CRCSPSS, “O pagamento de coima
relativo a condenação pela prática de contraordenação que consista na violação por ação ou omissão
de um dever não dispensa o infractor do cumprimento do dever violado”.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 603
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 605
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O art. 32.º, n.º 4, do CRCSPSS prevê que consubstancia uma contraordenação leve a não
comunicação da cessação, da suspensão do contrato de trabalho e do motivo que lhes deu causa,
bem como da alteração da modalidade de contrato de trabalho (cfr. art. 246.º do CRCSPSS).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 606
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O art. 36.º, n.º 1, do CRCSPSS estabelece que as entidades empregadoras devem comunicar à
instituição de segurança social competente a alteração de quaisquer dos elementos relativos à sua
identificação, incluindo os relativos aos estabelecimentos, bem como o início, suspensão ou cessação
de actividade, cominando o n.º 4 com uma contraordenação leve a violação desta obrigação.
Por sua vez, o n.º 3 do art. 36.º diz-nos que, caso tais elementos não possam ser obtidos
oficiosamente, as entidades empregadoras sejam notificadas para, no prazo de 10 dias úteis, os
apresentarem à instituição de segurança social competente e, ainda assim os não apresentem, já
estaremos perante uma contraordenação leve quando seja cumprida nos 10 dias subsequentes ao
termo do prazo e uma contraordenação grave nas demais situações (cfr. art. 246.º do CRCSPSS).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 607
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Nos termos do disposto no art. 40.º, n.º 1, do CRCSPSS, “As entidades contribuintes são
obrigadas a declarar à segurança social, em relação a cada um dos trabalhadores ao seu serviço, o
valor da remuneração que constitui a base de incidência contributiva, os tempos de trabalho que lhe
corresponde e a taxa contributiva aplicável.”
Por sua vez, o n.º 2 do referido preceito legal determina que a declaração de remunerações deve
ser efectuada até ao dia 10 do mês seguinte àquele a que diga respeito.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 608
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Por outro lado, a existência de erros ou omissões na declaração de remunerações constitui, nos
termos do n.º 6 da aludida norma legal, uma contraordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias
subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação grave nas demais situações (cfr. art.
246.º do CRCSPSS).
Por seu turno, o art. 229.º do CRCSPSS determina que, sem prejuízo das demais
contraordenações especificadas no referido Código, constitui uma contraordenação leve a omissão de
qualquer outro elemento que deva obrigatoriamente constar da declaração de remunerações nos
termos previstos na legislação regulamentar.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 609
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Nos termos do estabelecido pelo art. 42.º do CRCSPSS, as entidades contribuintes são
responsáveis pelo pagamento das contribuições e das quotizações dos trabalhadores ao seu serviço,
sendo que, para o efeito, descontam nas remunerações dos trabalhadores ao seu serviço o valor das
quotizações por estes devidas e remetem-no, juntamente com o da sua própria contribuição, à
instituição de segurança social competente.
O art. 42.º, n.º 3, do CRCSPSS preceitua que a violação de tais obrigações constitui
contraordenação leve quando seja cumprida nos 30 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui
contraordenação grave nas demais situações.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 610
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Esclarece-se ainda que, como veremos infra, se o atraso no envio das quotizações for superior a
90 dias, já não estaremos perante uma mera contraordenação, mas sim perante um crime de abuso
de confiança contra a segurança social, nos termos do disposto no art. 107.º do Regime Geral das
Infracções Tributárias.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 611
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Nos termos do disposto no art. 149.º, n.º 1, do CRCSPSS, quando os elementos obtidos com base
na troca de informação com a administração fiscal suscitem dúvidas, a instituição de segurança social
competente deve solicitar aos trabalhadores os elementos necessários à sua comprovação.
O incumprimento de tal solicitação por parte dos trabalhadores constitui contraordenação leve
quando seja cumprida nos 10 dias subsequentes ao termo do prazo e constitui contraordenação
grave nas demais situações (cfr. art. 246.º do CRCSPSS).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 612
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Ressalva-se que, por força do art. 150.º da Lei n.º 2/2020, de 31/03 (Orçamento de Estado para
2020), foi despenalizado o incumprimento, em 2019, da obrigação de entrega da declaração
trimestral de rendimentos, previsto no n.º 8 do preceito em análise, o que, actualmente, não se
mantém.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 613
Página do manual
A violação do disposto neste artigo consubstancia, nos termos do respectivo n.º 5, uma
contraordenação leve.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 614
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Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 615
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O art. 230.º do CRCSPSS estabelece que constitui uma contraordenação muito grave a
acumulação de prestações com o exercício de actividade remunerada contrariando disposição legal
específica.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 616
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O CRCSPSS é omisso quanto a esta matéria, devendo, para o efeito, analisar-se o Regime Geral
das Infracções Tributárias (RGIT).
No RGIT encontram-se previstos apenas dois crimes contra a Segurança Social – a fraude contra
a Segurança Social e o abuso de confiança contra a Segurança Social – apesar de os demais crimes
tributários poderem ter relação com qualquer tipo de tributo, designadamente quotizações e
contribuições, razão pela qual também procederemos à respectiva análise.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 617
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Os administradores, gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que apenas de facto, funções
de administração em pessoas colectivas, sociedades, ainda que irregularmente constituídas e outras
entidades fiscalmente equiparadas, respondem subsidiariamente pelo pagamento das multas
aplicadas a infracções por factos praticados no período do exercício do seu cargo ou por factos
anteriores quanto tiver sido por culpa sua que o património da sociedade ou pessoa colectiva se
tornou insuficiente para o seu pagamento ou ainda quando a decisão definitiva de as aplicar for
notificada durante o período do exercício do seu cargo e lhes seja imputável a falta de pagamento
(cfr. art. 8.º do RGIT).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 618
Página do manual
No caso de o responsável pela prática destes crimes ser uma pessoa colectiva, os agentes
individuais da infracção podem ser punidos cumulativamente com a mesma (cfr. art. 7.º, n.º 3, do
RGIT).
Os crimes previstos no RGIT revestem a natureza de crimes públicos, razão pela qual os
contabilistas certificados devem ter em atenção, quanto aos mesmos, o disposto no art. 76.º do
respectivo Estatuto, que determina que “Os contabilistas certificados devem participar ao Ministério
Público e à Ordem os factos de que tomem conhecimento no exercício da sua atividade que
constituam crimes públicos”.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 619
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As penas principais, nos termos do art. 12.º do RGIT, aplicáveis aos crimes tributários são as
seguintes:
- se se tratar de uma pessoa singular, prisão até 8 anos ou multa de 10 a 600 dias;
- se se tratar de uma pessoa colectiva, sociedade, ainda que irregularmente constituída, e outra
entidade fiscalmente equiparada, multa de 20 até 1920 dias, sendo certo que, sem prejuízo de tais
limites e salvo disposição em contrário, sempre que sejam aplicadas a uma pessoa colectiva,
sociedade, ainda que irregularmente constituída, e outra entidade fiscalmente equiparada, os limites
mínimo e máximo das penas de multa previstas nos diferentes tipos legais de crimes tributários são
elevados para o dobro.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 620
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Nos termos do disposto no art. 15.º do RGIT, cada dia de multa corresponde a:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 621
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c) Perda de benefícios fiscais concedidos, ainda que de forma automática, franquias aduaneiras
e benefícios concedidos pela administração da segurança social ou inibição de os obter;
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 622
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Na determinação da medida da pena deve atender-se, sempre que possível, ao prejuízo causado
pelo crime (cfr. art. 13.º do RGIT).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 623
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Tratando-se de crimes puníveis com pensa de prisão igual ou inferior a 2 anos e o agente repuser
a verdade sobre a situação tributária, a pena pode ser dispensada se:
- A prestação tributária e demais acréscimos legais tiverem sido pagos, ou tiverem sido
restituídos os benefícios injustificadamente obtidos, até à dedução da acusação;
- À dispensa da pena se não opuserem razões de prevenção (cfr. art. 22.º, n.º 1 do RGIT).
A pena será ainda especialmente atenuada se o agente repuser a verdade fiscal e pagar a
prestação tributária e demais acréscimos legais até à decisão final ou no prazo nela fixado (cfr. art.
22.º, n.º 2 do RGIT).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 624
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“1 - Constituem fraude contra a segurança social as condutas das entidades empregadoras, dos
trabalhadores independentes e dos beneficiários que visem a não liquidação, entrega ou pagamento,
total ou parcial, ou o recebimento indevido, total ou parcial, de prestações de segurança social com
intenção de obter para si ou para outrem vantagem ilegítima de valor superior a € 7.500.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 625
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2 - É aplicável à fraude contra a segurança social a pena prevista no n.º 1 do artigo 103.º, bem
como o disposto nas respetivas alíneas.
3 - É igualmente aplicável às condutas previstas no n.º 1 deste artigo o disposto no artigo 104.º.
4 - Para efeito deste artigo também se consideram prestação da segurança social os benefícios
previstos na legislação da segurança social.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 626
Página do manual
- ocultação ou alteração de factos ou valores que devam constar dos livros de contabilidade ou
escrituração, ou das declarações apresentadas ou prestadas a fim de que a administração fiscal
especificamente fiscalize, determine, avalie ou controle a matéria colectável (cfr. art. 103.º, n.º 1, al.
a) do RGIT);
- ocultação de factos ou valores não declarados e que devam ser revelados à administração
tributária (cfr. art. 103.º, n.º 1, al. b) do RGIT);
- celebração de negócio simulado, quer quanto ao valor, quer quanto à natureza, quer por
interposição, omissão ou substituição de pessoas (cfr. Art. 103.º, n.º 1, al. c) do RGIT).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 627
Página do manual
A pena aplicável à fraude simples é a pena de prisão até 3 anos ou multa até 360 dias, para as
pessoas singulares, e a multa até 720 dias para as pessoas colectivas.
Por sua vez, a fraude contra a Segurança Social já será qualificada quando se verifique mais do
que uma das seguintes circunstâncias (cfr. art. 104.º, n.º 1, als. a) a g) do RGIT ):
- o agente se tiver conluiado com terceiros que estejam sujeitos a obrigações acessórias para
efeitos de fiscalização tributária;
- o agente for funcionário público e tiver abusado gravemente das suas funções;
- o agente se tiver socorrido do auxílio do funcionário público com grave abuso das suas funções;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 628
Página do manual
- o agente falsificar ou viciar, ocultar, destruir, inutilizar ou recusar entregar, exibir ou apresentar
livros, programas ou ficheiros informáticos e quaisquer outros documentos ou elementos probatórios
exigidos pela lei tributária;
- o agente usar os livros ou quaisquer outros elementos referidos no número anterior sabendo-
os falsificados ou viciados por terceiro;
- o agente se tiver conluiado com terceiros com os quais esteja em situação de relações
especiais.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 629
Página do manual
Sendo a fraude qualificada, as penas já serão de prisão de 1 a 5 anos para as pessoas singulares
e de multa de 240 a 1200 dias para as pessoas colectivas.
Para os efeitos deste artigo, os valores a considerar são os que, nos termos da legislação
aplicável, devam constar de cada declaração a apresentar à Segurança Social, sendo certo que
também se consideram prestação da segurança social os benefícios previstos na respectiva legislação.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 630
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 631
Página do manual
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 632
Página do manual
Mas, para além disso, este tipo legal de crime, tal como o abuso de confiança fiscal, contém uma
outra condição objectiva de punibilidade: “A prestação comunicada à administração tributária
através de correspondente declaração não for paga, acrescida dos juros respectivos e do valor da
coima aplicável, no prazo de 30 dias após notificação para o efeito. ”, nos termos do art. 105.º, n.º 4,
al. b) do RGIT.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 633
Página do manual
O art. 87.º do RGIT estabelece que “Quem, por meio de falsas declarações, falsificação ou
viciação de documento fiscalmente relevante ou outros meios fraudulentos, determinar a
administração tributária ou a administração da segurança social a efectuar atribuições patrimoniais
das quais resulte enriquecimento do agente ou de terceiro é punido com prisão até três anos ou multa
até 360 dias.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 634
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- o uso de erro ou engano sobre os factos, provocado por meio de “falsificação ou viciação de
documento fiscalmente relevante ou outros meios fraudulentos”;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 635
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Se a atribuição patrimonial for de valor elevado, nos termos do disposto no art. 202.º, al. a), do
Código Penal, aplicável ex vi do art. 11.º, al. d) do RGIT, a pena é a de prisão de 1 a 5 anos para as
pessoas singulares e a de multa de 240 a 1200 dias para as pessoas colectivas. Se a atribuição
patrimonial for de valor consideravelmente elevado, nos termos do disposto no art. 202.º, al. b), do
Código Penal, aplicável ex vi do art. 11.º, al. d), do RGIT, a pena é a de prisão de 2 a 8 anos para as
pessoas singulares e a de multa de 480 a 1920 dias para as pessoas coletivas.
A tentativa, nos termos do disposto nos arts. 22.º, n.º 1 e art. 23.º do Código Penal é punível, nos
termos do disposto no n.º 5 do preceito legal em análise.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 636
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- alienar, danificar, ocultar, fizer desaparecer ou onerar o seu património com intenção de
frustrar, total ou parcialmente, dívida às instituições de segurança social, sabendo que tem de a
entregar, porque já liquidada ou em processo de liquidação, é punido com pena de prisão de 1 a 2
anos ou com pena de multa até 240 dias – art. 88.º, n.º 1, do RGIT.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 637
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Comete igualmente este tipo legal de crime quem, não sendo obrigado tributário:
Neste tipo legal de crime pune-se, pois, quer a real diminuição do património, quer a sua
diminuição fictícia, punindo-se, embora de forma diferente, quem, de forma activa, aliena, esconde
ou onera os seus bens e ainda quem participa dolosamente em tais negócios, facilitando-os.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 638
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 639
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3 - Quem chefiar, dirigir ou fizer parte dos grupos, organizações ou associações referidos nos
números anteriores é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos, se pena mais grave não lhe couber,
nos termos de outra lei penal.
4 - As penas referidas podem ser especialmente atenuadas ou não ter lugar a punição se o
agente impedir ou se esforçar seriamente para impedir a continuação dos grupos, organizações ou
associações, ou comunicar à autoridade a sua existência, de modo a esta poder evitar a prática de
crimes tributários.”
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 640
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Neste tipo legal de crime está desenhado de forma a contemplar dois crimes simples – n.ºs 1 e
2, e um crime agravado – n.º 3.
Para que estejamos perante uma associação criminosa é necessário que se mostrem
preenchidos 3 elementos considerados essenciais:
- o elemento organizativo;
Este tipo legal de crime basta-se com a mera organização votada à prática de delitos,
independentemente de ter sido iniciada a execução dos mesmos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 641
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Neste tipo legal de crime está desenhado de forma a contemplar dois crimes simples – n.ºs 1 e
2, e um crime agravado – n.º 3.
Para que estejamos perante uma associação criminosa é necessário que se mostrem
preenchidos 3 elementos considerados essenciais:
- o elemento organizativo;
Este tipo legal de crime basta-se com a mera organização votada à prática de delitos,
independentemente de ter sido iniciada a execução dos mesmos.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 642
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Não são aplicáveis a este tipo legal de crime as possibilidades de atenuação especial e dispensa
de pena previstas no art. 22.º do RGIT, muito embora possa, nos termos do disposto no n.º 4 do
preceito em análise, ter lugar uma atenuação especial ou dispensa de pena “se o agente impedir ou
se esforçar seriamente para impedir a continuação dos grupos, organizações ou associações, ou
comunicar à autoridade a sua existência, de modo a esta poder evitar a prática de crimes tributários”.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 643
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13.1. Empresas
Nesse sentido, o art. 5.º, n.º 3, do Decreto-Lei n.º 46-A/2020, de 30 de Julho, na sua redacção
actual, prevê que o Governo avalie, no mês de Abril de 2021, a evolução da situação pandémica e da
actividade económica relativa ao primeiro trimestre, procedendo ao ajustamento dos limites de
redução temporária do PNT em função das respectivas conclusões.
Nesta conformidade, o referido Decreto-Lei n.º 46-A/2020, de 30 de Julho foi alterado, pela
sétima vez, através do Decreto-Lei n.º 32/2021, de 12 de Maio, prevendo, este último, em suma:
a) Que as empresas com quebra de facturação igual ou superior a 75% possam continuar a
reduzir o PNT dos seus trabalhadores até ao máximo de 100%, durante os meses de Maio e Junho de
2021.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 645
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Não obstante, em Junho, a referida redução do PNT está limitada a até 75% dos trabalhadores
ao serviço do empregador, a não ser que a sua actividade se enquadre nos sectores de bares,
discotecas, parques recreativos e fornecimento ou montagem de eventos.
Em alternativa, a redução do PNT pode, no mês de Junho, ser no máximo de 75% quando
abranja até à totalidade dos trabalhadores ao serviço do empregador.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 646
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O Decreto-Lei n.º 56-A/2021, de 06/07, veio prorrogar a aplicabilidade de medidas de apoio aos
trabalhadores e às empresas, no âmbito da pandemia da doença de Covid-19
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 647
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Quando seja requerido até 31 de Maio de 2021, este incentivo tem o valor de 2 vezes a RMMG e
é pago de forma faseada ao longo de 6 meses, ao qual acresce o direito a dispensa parcial de 50% do
pagamento de contribuições para a segurança social a cargo da entidade empregadora, com
referência aos trabalhadores abrangidos, durante os primeiros 2 meses do apoio.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 648
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Quando seja requerido após aquela data e até 31 de Agosto de 2021, o incentivo tem o valor de
1 RMMG e é pago de uma só vez, correspondente a um período de apoio de 3 meses.
O acesso a este mecanismo de apoio está sujeito a um conjunto de deveres a observar pelas
entidades empregadoras, nomeadamente a proibição de desencadear processos de despedimento
colectivo, por extinção do posto de trabalho ou por inadaptação e o dever de manutenção do nível de
emprego.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 649
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 650
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O acesso a este mecanismo de apoio está sujeito a um conjunto de deveres a observar pelas
entidades empregadoras, nomeadamente a proibição de desencadear processos de despedimento
colectivo, por extinção do posto de trabalho ou por inadaptação e o dever de manutenção do nível de
emprego.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 651
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Consiste na atribuição de um subsídio pecuniário, pago de uma só vez, pelo IAPMEI — Agência
para a Competitividade e Inovação, I.P. (IAPMEI, I.P.), ou pelo Instituto do Turismo de Portugal, I.P.
(Turismo de Portugal, I.P.).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 652
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Condições de acesso:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 653
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Valor do subsídio:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 654
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Pagamento:
Para efeitos de pagamento do subsídio pecuniário o IAPMEI, I.P., e o Turismo de Portugal, I.P.,
disponibilizam às entidades empregadoras identificadas pelo sistema de informação da Segurança
Social, um electrónico de registo, acessível através dos respectivos sítios na Internet, para recolha da
seguinte informação complementar:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 655
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A medida de apoio em análise pode ser cumulada com outros apoios ao emprego aplicáveis ao
mesmo posto de trabalho, incluindo os concedidos no âmbito da pandemia da doença COVID-19, cuja
atribuição esteja, por natureza, dependente de condições inerentes aos trabalhadores contratados.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 656
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13.2.1. Subsídio por doença por Covid-19 – Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de Março, na
redacção actual
Esta medida aplica-se aos trabalhadores que exercem actividade por conta de outrem, aos
trabalhadores independentes, aos MOE’s e aos trabalhadores do serviço doméstico, que se
encontrem em situação de impedimento para o trabalho por motivo de doença por COVID-19 e
tenham cumprido um prazo de garantia de 6 meses civis, seguidos ou interpolados, com registo de
remunerações.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 657
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Após o decurso dos 28 dias em que o subsídio é pago a 100% da remuneração de referência
líquida, o valor do subsídio de doença é calculado com base nas percentagens definidas no regime de
proteção na doença.
13.2.2. Subsídio por doença por isolamento profilático – Decreto-Lei n.º 10-A/2020, de 13 de
Março, na redacção actual
Esta medida aplica-se aos trabalhadores que exercem actividade por conta de outrem, aos
trabalhadores independentes, aos MOE’s e aos trabalhadores do serviço doméstico.
O trabalhador deve:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 659
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Caso se verifique a ocorrência de doença, durante ou após o fim dos 14 dias de isolamento
profilático, têm direito ao subsídio por doença se reunirem as condições de atribuição (prazo de
garantia e índice de profissionalidade).
Neste caso, não é necessário qualquer procedimento, pois o CIT (Certificado de Incapacidade
Temporária) será comunicado, por via electrónica, pelos Serviços de Saúde à Segurança Social.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 660
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Para além dos apoios previstos até ao mês de Março de 2021, a partir de Abril de 2021, os
trabalhadores independentes têm direito a um apoio correspondente:
O apoio previsto tem como limite mínimo o valor correspondente a 50% do valor do IAS (€
219,41).
- Ao valor da remuneração registada como base de incidência contributiva, nas situações em que
o valor da remuneração registada como base de incidência é inferior a 1,5 IAS;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 662
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- A 2/3 do valor da remuneração registada como base de incidência contributiva, nas situações
em que o valor da remuneração registada é superior ou igual a 1,5 IAS, com limite máximo igual ao
valor do triplo da RMMG (€ 1.995) e com o limite mínimo correspondente a 50% do valor do IAS (e
219,41).
O apoio é calculado tendo como referencial a remuneração base declarada em Março de 2020,
referente ao mês de Fevereiro de 2020. Caso não exista remuneração base declarada no referido mês
o valor usado é o IAS.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 663
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A partir de Março o âmbito do apoio foi alargado para abranger os trabalhadores independentes
e empresários em nome individual, que exerçam uma actividade nos sectores
do turismo, cultura, eventos ou espectáculos.
Para acederem ao apoio têm de estar em situação de paragem total da sua atividade ou com
quebra de faturação superior a 40% em função da paragem que se verifica nestes sectores, em
consequência da Covid-19.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 664
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Podem aceder ao apoio os trabalhadores que não aufiram mais do que o valor do Indexante aos
Apoios Sociais (IAS), que não sejam pensionistas, e que estivessem sujeitos ao cumprimento da
obrigação contributiva em pelo menos 3 meses, seguidos ou seis interpolados, há pelo menos 12
meses.
O apoio pode ser requerido sempre que tenham existido no mês suspensão de actividades ou
encerramento e estabelecimentos por determinação legislativa ou administrativa de fonte
governamental no estado de emergência.
Todavia, para os sectores do turismo, cultura, eventos e espetáculos, o apoio vigora até 30 de
Junho de 2021.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 666
Página do manual
O referido apoio tem como objectivo assegurar a continuidade dos rendimentos dos
trabalhadores que perderam os rendimentos do trabalho e não reúnam as condições de acesso às
prestações sociais que protegem na eventualidade do desemprego, ou, tendo acedido às mesmas,
estas tenham terminado.
Âmbito pessoal:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 670
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ii) Mediante declaração do próprio conjuntamente com certidão de contabilista certificado que o
ateste, em situação de quebra abrupta e acentuada de, pelo menos, 40 % da facturação no período
de 30 dias anterior ao do pedido junto dos serviços competentes da segurança social, com referência
à média mensal dos 2 meses anteriores a esse período, ou face ao período homólogo do ano anterior
ou, ainda, para quem tenha iniciado a actividade há menos de 12 meses, à média desse período;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 671
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Condições de acesso:
Requerimento:
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 673
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O apoio extraordinário é concedido até Dezembro de 2021, tendo como período máximo:
a) 12 meses para os trabalhadores a que se referem as als. a) e b) do n.º 2 do artigo 156.º da Lei
n.º 75-B/2020, de 31 de Dezembro;
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 674
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Cumulação:
O apoio extraordinário em análise não é cumulável com rendimentos do trabalho, nem com
prestações substitutivas de rendimentos do trabalho, nem com outros apoios atribuídos no âmbito da
resposta à pandemia por COVID-19.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 675
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Foi publicada, no dia 4 de Setembro, a Lei n.º 90/2019 que procede ao reforço da protecção na
parentalidade, alterando o Código do Trabalho, aprovado pela Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, e os
Decretos-Leis n.ºs 89/2009, de 9 de abril, que regulamenta a protecção na parentalidade, no âmbito
da eventualidade maternidade, paternidade e adopção, dos trabalhadores que exercem funções
públicas integrados no regime de protecção social convergente, e 91/2009, de 9 de abril, que
estabelece o regime jurídico de protecção social na parentalidade no âmbito do sistema previdencial
e no subsistema de solidariedade.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 676
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A. Principais Alterações
Foi aditado o artigo 33.º-A ao Código do Trabalho, o qual vem estipular que todas as referências
legais feitas à mãe e ao pai se consideram efectuadas aos titulares do direito de parentalidade, salvo
as que resultem da condição biológica daqueles. Desta forma, a trabalhadora grávida, puérpera ou
parturiente goza a licença parental exclusiva da mãe, gozando a/o outro titular do direito de
parentalidade a licença exclusiva do pai - n.ºs 1 e 2 do referido artigo.
É referido, expressamente, no n.º 3 deste artigo que o regime previsto para a adopção nos
artigos 44.º e 64.º aplica-se à adopção por casais do mesmo sexo.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 677
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Por outro lado, também foi aditado ao referido Código o artigo 35.º-A que consagra a proibição
de qualquer forma de discriminação em função do exercício, pelos trabalhadores, dos seus direitos de
maternidade e paternidade, nomeadamente, discriminações remuneratórias relacionadas com a
atribuição de prémios de assiduidade e produtividade, bem como afectações desfavoráveis em
termos da progressão na carreira.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 678
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a) Licença para deslocação a unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para
realização de parto (artigo 35.º, n.º 1 al. b) e artigo 37.º A do Código do Trabalho)
Esta licença é considerada como prestação efectiva de trabalho, salvo quanto à retribuição (al.
b) do n.º 1 do art. 65.º do Código do Trabalho).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 679
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b) Licença para assistência a filho com doença oncológica (artigo 35.º, n.º 1, al. o) e artigo 53.º
do Código do Trabalho)
Consagra-se, de forma expressa, a licença para assistência a filho com doença oncológica, a qual
é equiparada, para efeitos de regime jurídico, à licença para assistência a filho com deficiência ou
doença crónica.
Assim, os progenitores têm direito a licença por período até seis meses, prorrogável até quatro
anos, para assistência de filho com deficiência, doença crónica ou doença oncológica (artigo 53.º, n.º
1 do Código do Trabalho).
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 680
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A licença para assistência a filho ou para assistência a filho com deficiência, doença crónica ou
doença oncológica suspende os direitos, deveres e garantias das partes na medida em que
pressuponham a efectiva prestação de trabalho, designadamente a retribuição, mas não prejudica os
benefícios complementares de assistência médica e medicamentosa a que o trabalhador tenha
direito, nos termos do n.º 6 do artigo 65.º do Código do Trabalho.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 681
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Relativamente a esta matéria, foi aditado ao Código do Trabalho o artigo 252.º-A que prevê a
possibilidade de o trabalhador cônjuge, que viva em união de facto ou economia comum, parente ou
afim na linha recta ou no 2.º grau da linha colateral, poder faltar ao trabalho para acompanhamento
de grávida que se desloque a unidade hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização
de parto, quando o acompanhamento se mostre imprescindível e pelo período de tempo adequado
àquele fim.
Apresentação | Autor
Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 682
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Esta falta considera-se justificada [artigo 249.º, n.º 2, al. f)] e só determina a perda de
remuneração se exceder os 30 dias anuais, nos termos do artigo 255.º, n.º 2, al. d), ambos do Código
do Trabalho.
É considerada, nos termos do disposto no artigo 249.º, n.º 2, al. f) do referido diploma legal, falta
justificada aquela que é motivada pelo acompanhamento de grávida que se desloque a unidade
hospitalar localizada fora da ilha de residência para realização de parto, a qual só determina perda de
remuneração quando exceda os 30 dias anuais [artigo 355.º, n.º 2, al. d) do Código do Trabalho].
Esta licença é considerada como prestação efectiva de trabalho, salvo quanto à retribuição - al. l)
do n.º 1 do art. 65.º do Código do Trabalho.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 683
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b) Dispensa para consulta de procriação medicamente assistida (PMA), prevista no artigo 46.º-
A do Código do Trabalho
O trabalhador tem direito a três dispensas do trabalho para consultas no âmbito de cada ciclo de
tratamentos de PMA, sendo certo que o empregador tem a possibilidade de exigir a prova desta
circunstância e da realização da consulta ou declaração dos mesmos factos (artigo 46.º-A, n.ºs 1 e 2
do Código do Trabalho).
Esta dispensa é considerada como prestação efectiva de trabalho e é retribuída (n.º 2 do artigo
65.º do referido diploma legal).
Por seu turno, a dispensa para avaliação para adopção determina a perda de retribuição, nos
termos do artigo 65.º, nº 1, al. k) do Código do Trabalho, continuando a não estar previsto qualquer
subsídio no regime de protecção social previsto no Decreto-Lei n.º 89/2009, de 9 de Abril e no
Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de Abril.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 684
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V. Outras alterações
A licença parental obrigatória a gozar pelo pai aumentou de 15 para 20 dias úteis, seguidos ou
interpolados, nas seis semanas seguintes ao nascimento da criança, cinco dos quais gozados de modo
consecutivo imediatamente a seguir a este (artigo 43.º, n.º 1 do Código do Trabalho).
Por sua vez, a licença facultativa, prevista no n.º 2 do artigo 43.º do referido diploma legal, é
reduzida de 10 para cinco dias uteis, desde que gozados, como já se sucede, em simultâneo com o
gozo da licença parental inicial por parte da mãe.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 685
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Aumento da licença parental inicial em 30 dias adicionais e por todo o período de internamento,
quando o parto da criança ocorra até às 33 semanas inclusive (artigo 40.º, n.º 7 do Código do
Trabalho).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 686
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O prazo para o efeito é fixado em cinco dias úteis a contar da data da denúncia, constituindo
uma contraordenação laboral grave a violação desta obrigação (artigo 114.º, n.ºs 5 e 6 do Código do
Trabalho).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 687
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Constitui contraordenação grave a violação desta obrigação (artigo 144.º, n.º 4 do Código do
Trabalho).
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 688
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 689
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Os prazos de concessão dos subsídios são adaptados aos novos períodos de licença, bem como
às novas licenças.
Não obstante, quanto ao subsídio para assistência a filho com deficiência, doença crónica ou
doença oncológica aquele é atribuído pelo prazo máximo de seis anos, mesmo nos casos de
necessidade de prolongamento da assistência.
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 690
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Código Contributivo | Sónia de Carvalho e Messias Carvalho Julho 2021 691
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