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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Noções de Segurança e Saúde no Trabalho


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NOÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


Essa disciplina é voltada para aqueles que realizarão provas que contém, no edital, a maté-
ria de “segurança no trabalho”, trazendo noções essenciais, de maneira não tão aprofundada,
sobre o tema. Alguns dos tópicos mais comuns de serem cobrados são os EPI’s, ergonomia,
saúde ocupacional e vários outros que dependem do cargo para o qual cada um será contratado.
Sendo assim, cada profissional terá um diferente tipo de exame admissional, a depender
dos riscos que ele poderá correr trabalhando no cargo pleiteado. Os possíveis riscos são físi-
cos (ruído, calor), químicos (poeiras, névoas), biológicos (fungos e bactérias), ergonômicos
(levantamento de peso, monotonia e repetitividade) e de acidentes (piso molhado, iluminação
insuficiente). Com base neles, é elaborado um programa chamado Programa de Gerencia-
mento de Risco (PGR), a partir dele, o médico produz um Programa de Controle Médico e
Saúde Ocupacional (PCMSO) indicando quais exames o profissional em questão deve fazer
para iniciar suas atividades.
Existem, também, os exames que consistem em medições básicas, como altura e peso,
e questionários, chamados de “anamnese”, e que são indicados para cargos como os de
secretária ou advogado, que costumam ser em ambientes de escritório, sem exposições a
grandes riscos, sendo a maior ameaça o risco ergonômico.
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Hierarquia das leis

• Constituição ou Carta Magna


• Emendas à Constituição
• Leis Complementares
• Leis Ordinárias
• Tratado Internacional
• Medida Provisória
• Lei Delegada
• Decreto-Lei
• Decreto Legislativo
• Decreto
• Instrução Normativa
• Resolução
• Portarias
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É importante conhecer a hierarquia das leis, pois foi através da Portaria 3.214 que foram
publicadas as NR’s, Normas Regulamentadoras, essenciais de serem conhecidas por profis-
sionais da saúde ou, ainda, por auditores de segurança do trabalho da Receita Federal, por
exemplo. Elas são, então, aplicadas apenas a profissionais celetistas.
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É interessante, então, ter em mente que a segurança do trabalho vai muito além do uso
de EPI’s. O SESMT, por exemplo, é formado por técnicos de segurança do trabalho, enge-
nheiro de segurança do trabalho, médico do trabalho, enfermeiro do trabalho e técnico de
enfermagem do trabalho, expondo a grande gama de profissionais envolvidos na área.
Existem várias NR’s, mas algumas das mais famosas são as que tratam do adicional de
insalubridade, da aposentadoria antecipada dos profissionais expostos a determinados tipos
de riscos e periculosidade, tanto para servidores públicos quanto do setor privado. Com rela-
ção ao laudo de insalubridade e periculosidade, apenas o médico de segurança do trabalho
tem habilitação para assiná-lo.
Uma outra NR, ainda, é a NR5, que trata da famosa CIPA, Comissão Interna de Preven-
ção a Acidentes, formada por representantes do empregado e do empregador que deve auxi-
liar o SESMT na prevenção de riscos e promoção da saúde no ambiente de trabalho.
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A evolução da seguridade social brasileira contemporânea

Os benefícios são estabelecidos no Regime Geral de Previdência Social, por meio da Lei
no 8.213, de 24 de julho de 1991, tendo para os servidores públicos estes benefícios trata-
dos na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e de forma geral apresenta os seguintes
benefícios para o segurado:

a. aposentadoria por invalidez;


b. aposentadoria por idade;
c. aposentadoria por tempo de contribuição;
d. aposentadoria especial;
e. auxílio-doença;
f. salário-família;
g. salário-maternidade;
h. auxílio-acidente.
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Quanto ao dependente, por sua vez, a Lei 8.213 apresenta os seguintes benefícios:

a. pensão por morte;


b. auxílio-reclusão.

Por fim, para ambos:

a. serviço social;
b. reabilitação profissional.

Essa última questão, da reabilitação profissional, trata-se dos casos parecidos com o
seguinte: imagine que você é celetista e está no período de seguro desemprego, fazendo um
curso para se qualificar e reintegrar o mercado de trabalho novamente. É justamente disso
que se trata a reabilitação profissional.
Ao entender esses benefícios, é importante ter em mente que boa parte dos temas traba-
lhados nesta aula também podem ser tratados sob o viés dos direitos trabalhista e previden-
ciário, podendo ser melhor abordado, sob essas óticas, em aulas específicas de direito dos
cursos oferecidos pelo Gran Cursos.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

Existem basicamente dois tipos de categoria de trabalhadores no Brasil: os segurados


ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que é gerenciado pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), ou seja, os celetistas, e os trabalhadores vinculados a Regimes Próprios
de Previdência Social, os servidores públicos, regimes estes que são gerenciados por entes
federativos que possuem regime de contratação de pessoal estatutário. Além desses, não inte-
gram os dois maiores blocos mas devem ser lembrados, existem os militares, que possuem
um regime próprio com suas características e peculiaridades especiais às demandas da área.
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Regime Geral de Previdência Social – RGPS

São segurados obrigatórios do RGPS todos os trabalhadores urbanos e rurais que exer-
cem atividades remuneradas não sujeitas a regime próprio de previdência social (dos servido-
res públicos, não previstos na Lei 8.112), a partir dos 16 anos de idade. São eles: empregados
com carteira assinada, domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais (empresá-
rios e autônomos) e especiais (trabalhadores rurais em regime de economia familiar).
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DIREITO DO TRABALHO

O Direito do Trabalho regula as relações de trabalho para os vinculados ao RGPS, bem


como a aplicação das normas de proteção ao trabalhador. É uma matéria de competência
exclusiva da União, não podendo estados e municípios legislar sobre Direito do Trabalho, e
apresenta uma série de princípios que a distingue de outras fontes do direito.
São princípios do Direito do Trabalho:

• Princípio da Proteção: como uma relação trabalhista por si só já é uma relação desi-
gual sendo o trabalhador o seu lado mais frágil, o direito configura a primazia jurídica
ao empregado/trabalhador, que na prática se desdobra no axioma “in dubio pro ope-
rário”, e consequentemente na aplicação mais benéfica ao trabalhador e a utilização
da norma mais favorável;
• Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas: não pode por princípio
o empregado/trabalhador abrir mão de qualquer direito, tornando nula de direito esta
renúncia;
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• Princípio da Primazia da Realidade: Tem maior valor para o juízo o fato real do que
consta em documentos formais, pois se trabalha com o princípio de como a relação
é desigual, o trabalhador/empregado pode ter sido coagido a assinar qualquer docu-
mento com a ameaça implícita de demissão caso não realize o procedimento;

O princípio da Primazia da Realidade, apesar de ter deixado de ser comum nos gran-
des centros urbanos, ainda é muito útil em áreas mais isoladas. Isso porque, ainda nos dias
atuais, infelizmente, existe no Brasil situação de trabalho análogo a escravidão, com os tra-
balhadores, em sua maioria, analfabetos e em vulnerabilidade social. Dessa forma, ficam
mais expostos a coação do empregador sobre sua permanência no cargo.

• Princípio da Continuidade do Contrato de Trabalho: O contrato de trabalho tem


prazo indeterminado.

O princípio da Continuidade do Contrato de Trabalho, por sua vez, estipula um período


de experiência de 90 dias e, após eles, o contrato não tem um prazo exato para acabar. No
entanto, ele pode ser finalizado por qualquer das partes, sendo necessário, apenas, que haja
uma justificativa plausível para tal. Caso a empresa, por exemplo, queira demitir um funcio-
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nário sem uma justificativa, fica ela obrigada a passar por alguma penalidade - que na maior
parte das vezes é constituída por multa - e o trabalhador, além disso, pode ficar impedido de
sacar seu FGTS, por exemplo.
Vale ressaltar, por fim, que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regem os tra-
balhadores, explicita em seu artigo 8º, que caso não exista amparo direto legal para determi-
nada questão poderá o magistrado se valer da jurisprudência 71, da analogia, da equidade,
os princípios e normas do direito, direito comparado e ainda aos usos e costumes (direito
consuetudinário).
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�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Raylton de Carvalho Gomes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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