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A cena escolhida é a que a esposa do Dr. Weir, Katherine, está no hospital, muito
doente e prestes a morrer. A mulher, nesse momento, começa a refletir sobre a vida e
é exposto que ela é um clone da verdadeira Katherine. Assim, a personagem se recusa
a ser levada pelo médico à sua clínica, pois ela não quer ser clonada mais uma vez e
deseja ter a chance de morrer, uma vez que afirma que seu tempo já passou. Além
disso, o clone afirma que os sentimentos não pertencem à ele, mas sim à Katherine
verdadeira, causando uma reflexão sobre a vida dessas cópias. A clonagem importa
todas as emoções dos reais indivíduos, fazendo com que os clones pareçam o máximo
possível com os originais. Entretanto, mesmo sendo uma cópia, o clone mostra que
consegue tomar decisões por si mesmo e decide entregar-se ao ciclo natural da vida.
No filme é possível observar que mente e corpo são formados de uma mesma
essência, uma vez que não há uma separação deles. Assim, é possível escanear o
cérebro de um indivíduo e colocar suas informações em um tipo de aparelho chamado
“sincorde”, e logo em seguida, transportar esses dados para o clone. Dessa forma, esse
conceito vai contra o que os Dualistas Cartesianos defendem, de que alma e corpo
seriam coisas distintas formadas por coisas distintas, contudo, assemelha-se ao
Materialismo e ao monismo do Dualismo de Propriedade que acredita na existência de
apenas uma substância: a matéria. Ao mesmo tempo, na obra, é possível constatar
que a imortalidade é concebível, pois, mesmo que o corpo morra, os pensamentos e
memórias são escaneados e mantidos no sincorde para permanecer em um novo
corpo e isso pode ser feito infinitas vezes.