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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA

PEDRO CESAR NASCIMENTO BASSUL

A DINÂMICA DA MINHA REPÚBLICA

Tentativa de uma autoetnografia

Vitória, ES

2022
CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Gostaria de começar, em primeiro lugar, tentando delimitar as condições de


minha fala nesta descrição e análise que estou por entender que seja uma
autoetnografia. Por sorte, o modelo ensaístico possibilita-me forçar determinados
diálogos teóricos – se é que de fato realizarei algum - e a chegar a conclusões, e
este é o ponto aqui, que não digo que sejam apenas “subjetivamente”
fundamentadas (porque requereram um alto grau de reflexão pessoal), senão
altamente dogmáticas: ora, eu sou um participante integral e de fato pertencente
estruturalmente ao fenômeno que estou por descrever e analisar (isto é, não
comecei a fazer parte dele em função da intenção de íntima observação, senão que
apenas apurei meu olhar de observador justamente por dele já fazer parte) e, como
que justificando essa minha postura, não esqueçamos de Geertz quando ele afirma
que, “por definição, somente um nativo faz a interpretação em primeira mão: é a sua
cultura” (GEERTZ, 1986, p. 25). Nesse sentido, o que estou tentando dizer é que
não analisarei o fenômeno proposto adaptando para meus olhos as lentes de análise
de uma experiência antropológica vernacular; analisá-lo-ei, isto sim - e antes, o
descreverei -, como de fato ele apresenta-se a mim, eu que o vivo, o construo, que o
afeto e que deixo-me afetar por ele. E acredito, por fim, que toda e qualquer
conclusão (desfecho analítico) a que eu venha a chegar deu-se, é verdade, por meio
de uma significação desse afetar-se por algo que, em última análise, eu também
criei. Assim, “[...] Acreditando, como Max Weber, que o homem é um animal
amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como
sendo essas teias e a sua análise [...]” (GEERTZ, 1986, p. 15); e assumo também
que minha participação integral (se é que não posso dizer estrutural) - de forma
parecida a Favret-Saada quando, ao falar de uma de suas experiências de campo,
apontou que "tudo se passou como se tivesse tentado fazer da ‘participação’ um
instrumento de conhecimento" (FAVRET-SAADA, 2005, p. 157) - justamente
possibilitou o conhecimento que jamais poderia ser adquirido por um observador
exógeno, afinal, diferentemente do que diz Saada, não há aqui uma tentativa de
transformar a participação em instrumento de conhecimento: ela é o instrumento em
si e não uma “cópia” que, sendo cópia, jamais poderia ser perfeita, embora tenha
suas virtudes (sobretudo em relação a observações ainda mais “objetivas”). Há aqui,
parece-me, uma espécie de reversão epistemológica – um olhar que vem, agora, de
dentro e que é, por assim dizer, mais “visceral” e que, por isso mesmo, percebe o
que é, porque é.

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO FENÔMENO

O motivo pelo qual decidi descrever e analisar a “Dinâmica da Minha


República” é porque esse espaço apresenta características que julgo serem bem
particulares em relação ao funcionamento de repúblicas mais típicas. Nessas, entre
2 a 4 pessoas alugam uma casa ou apartamento e dividem entre si, para além das
responsabilidades do aluguel e de outras burocracias de locação, todas as funções e
tarefas de cuidado e gerenciamento do lugar – dinâmica essa que se espraia até
mesmo a âmbitos mais profundos da privacidade quando os indivíduos chegam a
dividir quartos. No meu caso, quase que inversamente, é o seguinte o estado de
coisas: embora haja de forma geral um espaço comum compartilhado – a área de
serviço e a cozinha -, cada pessoa tem total autonomia naquilo que é efetivamente
seu sob respaldo do contrato de locação, uma suíte (e, em verdade, da porta da
suíte para dentro nada nos interessa aqui porque nós, que alugamos o cômodo, de
nada sabemos uns dos outros nessa dimensão – qualquer grau de interação
interpessoal entre nós, locatários, restringe-se, por algum motivo, ao lado de fora da
porta); assim como, além disso, apenas a cozinha encontra-se sob gerenciamento
comum dos inquilinos. Tratarei melhor da composição do espaço no próximo tópico,
esperando, também, esclarecer um pouco mais essas considerações.

Por conseguinte, outro aspecto que fortemente influenciou na escolha de ter a


“Dinâmica da Minha República” como fenômeno cultural de análise, foi que, após um
tempo de minha estadia (mais especificamente, assim que retornei das férias da
universidade, período no qual fui para a casa de meus familiares) absolutamente
todas as pessoas que até então moravam nas outras suítes foram trocadas, e
intrigou-me a perpetuação de uma dinâmica que eu julgava pertencer ao conjunto de
inquilinos anterior e que infiro, agora, como veremos, dever-se às características
próprias do lugar.
A DESCRIÇÃO DO ESPAÇO

Acredito que posso descrever as dimensões e as delimitações do lugar da


forma que se segue. Em um mesmo quintal, localizado na Rua José Gomes Lorêto,
no bairro Goiabeiras da cidade de Vitória-ES, há três tipos diferentes de moradias
que denominarei blocos de residências (blocos a, b e c): a) no térreo, é a casa dos
donos locadores; b) sobre essa casa, e em dois andares superiores com entrada
independente, são mais quartos de aluguel – com cozinhas próprias que são
compartilhadas por seus membros; c) em frente da casa dos locadores, também no
térreo, é uma casa que foi adaptada para a construção de mais cômodos para
aluguel, onde há quatro suítes que dispõem-se centrifugamente à cozinha. Nos
fundos do terreno dispõe-se a área de serviço com máquina de lavar, tanquinhos e
varal, utilizados por todos os residentes do quintal e sob um gerenciamento mais
direto de um dos locadores, uma senhora idosa dona de toda a propriedade e que
reside no “bloco a”.

O “bloco c”, no qual eu tenho uma suíte alugada, será o foco de minha
descrição e análise – ou, em termos geertzianos, como citado acima, a cultura. De
forma geral, parece que pouco me resta a dizer agora sobre o espaço, afinal, estou
desconsiderando tudo o que possa haver e ocorrer dentro das suítes (sobretudo
porque não tenho acesso a esses dados); assim como, por não necessariamente
fazer parte do bloco c, mas intersectar todos os blocos, não é meu foco dizer
qualquer coisa em relação à dinâmica própria da utilização da área de serviço.
Focarei, portanto, no fenômeno de utilização da cozinha do bloco c, ressaltando um
aspecto sobre a utilização do fogão, como veremos mais a frente.

Em relação à dinâmica de utilização das cozinhas do “bloco b” nada posso


considerar, apenas acrescento que não deve ser igual à do bloco c, já que tanto a
estrutura organizacional física do bloco, quanto as características dos sujeitos que lá
residem (são muito mais heterogêneos, sobretudo no quesito idade e ocupação) são
diferentes. No bloco c residem 3 universitários e um jovem adulto que trabalha como
garçom.

Assim, em relação à descrição da cozinha, ela compõe-se, basicamente, por


tudo o que é de uso compartilhado e, assim, gerenciamento e cuidados comuns a
todos. Há nela um fogão de 4 bocas, uma pia, uma geladeira, uma pequena mesa
que dispõe-se em seu centro com duas cadeiras em suas laterais e um armário de
tamanho mediano. Por fim, e o que é um aspecto importante para a discussão, a
cozinha é a porta de entrada para as suítes, tendo em vista que, para entrar no
bloco c, é preciso passar por uma porta que desemboca na cozinha e, a partir daí,
centrifugamente, como já descrito, há as portas de acesso aos quartos.

A OCUPAÇÃO DA COZINHA

Basicamente, conforme foram entrando para suas suítes, cada inquilino


ocupava um espaço para dispor suas coisas na geladeira e no armário conforme a
disponibilidade. Como na geladeira há 4 compartimentos, cada um apropriou-se de
um. Em relação ao armário, há duas grandes repartições, uma superior e uma
inferior, nas quais metade de cada uma foi apropriada por um morador. As panelas e
talheres são de uso comum.

Um aspecto interessante, é que cada sujeito utiliza uma bucha própria para a
lavagem de panelas e talheres, assim como o detergente é comprado por meio de
um rodízio não convencionado. Ninguém pega sequer água do outro sem
autorização. Há um senso de propriedade dos locais e das coisas de cada um muito
forte.

A HIGIENE DA COZINHA

Há, é verdade, regras impostas pelos locadores em relação aos cuidados


mínimos de higiene e gerenciamento das coisas da cozinha, mas na prática o que
ocorre é o que se segue. A higiene das coisas, que não das panelas – que são
poucas, aliás-, não é entendida como normativa – dos pratos e talheres talvez
porque há uma relativamente generosa disponibilidade. As coisas, que não as
panelas, portanto, após usadas são limpas conforme a vontade e o “tempo” do
inquilino, sem que os outros reclamem por isso – é uma prática difundida. Assim
como a higiene do chão, armário, geladeira e fogão fica a mercê da boa vontade de
cada um (nem queira imaginar como ficam as coisas às vezes!).
A UTILIZAÇÃO DA COZINHA E FOGÃO

Aqui está o ponto onde pretendo me deter um pouco mais. O primeiro ponto
é: todos sempre sabem (acredito), quando a cozinha está sendo utilizado por outro.
Tal reconhecimento se dá por meio de mecanismos auditivos e/ou visuais, mas
também, e em menor medida, olfatório. Isso porque sempre dá para ouvir quando a
porta de um quarto se abre (desde que se esteja com os ouvidos livres), o barulho
de acionamento do interruptor (cujo desligamento sinaliza de uma vez por todas o
término da utilização do lugar, paralelamente ao apagar da luz da cozinha), assim
como os barulhos da movimentação típica em uma cozinha, como o bater de
panelas, pratos e talheres. O estímulo visual (a luz acesa) apresenta-se como uma
via de mão dupla: por um lado, ao passar pelas frestas das portas (e todas elas
tem!), sinaliza para quem encontra-se no quarto se a cozinha está ou não ocupada;
e, para quem está na cozinha, se há ou não inquilino acordado e/ou presente em
outras suítes naquele momento – claro que ele também pode estar presente com a
luz apagada, mas pode-se ter uma noção. Os odores servem apenas como uma
pitada a mais que sinaliza a utilização do espaço compartilhado, embora nem
sempre estejam presentes quando ele está em uso.

Acredito que, assim como eu, todos os outros mobilizam esses mecanismos
em seu cotidiano no bloco c porque há, quando todos os inquilinos encontram-se no
local, o que parece um tanto quanto contra intuitivo, poucos encontros entre nós
nesse que é nosso principal ambiente efetivamente compartilhado. A maioria dos
encontros, quando positivamente ocorrem trocas dialógicas e algum grau de
interação, ocorre quando um já encontra-se no lugar utilizando-o e o outro precisa
passar pela cozinha para entrar em seu quarto, mas quase nunca de forma
intencional pela pura interação e puro interesse – daí que, mesmo estando a dividir
paredes, há pouquíssima intimidade entre nós, não havendo exceções.

O outro ponto refere-se à utilização do fogão. Nunca há mais de uma pessoa


usando-o. Mesmo quando raramente há alguém na cozinha e outro inquilino
adentra-a para usá-la de alguma forma, nunca é para fazer uso do fogão – muito
embora quem esteja a utilizá-lo nunca o faz em sua totalidade, sempre usando entre
uma e duas bocas. Quando já há alguém na cozinha, portanto, faz-se qualquer
coisa, menos cozinhar.
O mais interessante nisso tudo é que nenhuma dessas espécies de “normas
de conduta” que são seguidas nesse espaço cultural de relações próprias, assim
como a mobilização dos estímulos que discriminam as ações de cada um e que
atuam como uma espécies de sinais ou símbolos (isto é, como um tipo de linguagem
não verbal que permeia toda a dinâmica), foram, de alguma forma em algum
momento, estipuladas e determinadas, consciente e voluntariamente, pelos sujeitos
– por nós - que compõem essa comunidade do “bloco c”. Além disso, embora não
haja punição para qualquer tipo de “descumprimento”, ou mesmo quando acontecem
“descumprimentos esporádicos”, toda a dinâmica permanece efetivamente no lugar,
como que por uma fortíssima cristalização habitual – como se fosse uma espécie de
personalidade do ambiente. Os “descumprimentos esporádicos” são tidos mais
como acontecimentos casuais do que quebras de tabus que pudessem favorecer
mudanças de comportamento. Por fim, falo isso tudo porque esses aspectos
também estavam presentes na experiência que tive compondo a comunidade c
anterior e que acreditei, no momento em que voltei das férias e descobri que todos
os inquilinos exceto eu haviam mudado, que tais características iriam junto com eles
para onde quer que fossem; isto é, que eram pertencentes daquele conjunto
específico.

Além disso tudo, posso afirmar também que não apenas esses pontos de
utilização da cozinha e fogão, como também os aspectos da higiene e ocupação da
cozinha se perpetuaram. Pude perceber, em minha defesa para essa consideração,
o desenrolar da dinâmica da minha república – que declaro permanecer a mesma -
em duas condições: na de ser o mais novo e o mais antigo membro da comunidade
do bloco c. Cheguei até a agir diferente, em consonância das novas expectativas, no
início dessa nova organização cultural achando que minhas ações, agora outras,
pudessem favorecer a construção de uma nova forma de funcionamento interno do
uso do espaço compartilhado (e com isso também favorecer a construção de novas
formas de interações entre os membros), mas todas as minhas investidas foram
tratadas com indiferença. Cedi à estrutura – continuo a perpetuá-la.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Explicitamente, a presente autoetnografia – se é que realmente posso chamá-
la assim, mas que tem, contudo, a intenção de ser uma - não teve lá grandes
ambições: o fenômeno analisado, de forma extremamente tateada, é verdade (e se
é que posso dizer que de fato houve uma análise), não é lá algo muito complexo,
designando-se apenas a como ocorre algumas (por exemplo: a sinalização pela luz),
ou como evita-se outras (o contato pessoal direto), determinados tipos de relações
culturais em um espaço de trocas simbólicas e de práticas bastante restrito (uma
cozinha) e que é, como me aparece, regido por relações muito próprias desses
fatores. Ademais, a intenção de ser uma autoetnografia, embora eu tenha
impessoalizado as descrições e interpretações muito mais do que gostaria, era de
tentar descrever e analisar as coisas tal como eu as sinto e percebo abstraindo,
assim, um sentido mais direto e menos distorcido por qualquer pré-conceito teórico e
acadêmico. Assim, gostaria de expor aqui mais do que uma descrição densa à
Geertz, porque não é uma descrição da observação, e sim de uma vivência
completa (inclusive de seus pressupostos que de alguma forma são criados por
mim, que sou parte totalmente integrante e construtor da cultura, um nativo); e
também mais do que aprender ao deixar-se afetar à Saad, porque meu
conhecimento é ainda mais profundo – eu não tenho a opção de abrir o caminho à
afetação para aprender: eu aprendo na medida em que meu afeto cria a cultura. É a
este tipo de descrição e análise – de atribuição de sentido - que estava a me propor.
Espero ter conseguido em alguma medida.

Agora, gostaria de fazer mais algumas considerações em relação à dinâmica


da minha república, considerações essas que nada mais são do que impressões do
porque eu acho que ela seja como é – e ela é assim exatamente por esses motivos.
Diferentemente das repúblicas que denominei de típicas, à qual eu me afilio
fundamenta seu gerenciamento, em quase todos os aspectos, em processos
individualizantes. Ora, a permanência de um membro não depende da permanência
dos demais; todos os demais gerenciamentos da residência são feitos pelos próprios
locadores (a água, a luz e a internet são inclusos no aluguel – aspecto até então não
mencionado), limitando as situações típicas para o nascimento não apenas de
diálogos, como também de conflitos (como proporciona, por exemplo, o processo de
divisão dos custos para o pagamento das despesas); a espécie de contrato tácito
realizado pelos inquilinos em relação a um rodízio na compra daquilo que é de uso
comum (como o detergente) e na não cobrança recíproca dos afazeres de limpeza
(deixando à “boa vontade” de cada um) gera novamente a mesma consequência:
limitação das possibilidade de diálogos construtivos ou conflituosa; o respeito
onipresente àquilo que pertence ou é de direito de cada um também leva, por fim, à
mesma consequência. O resultado evidente disso tudo é, portanto, a seguinte
máxima: cada um cuida da sua vida e ponto. Cada um paga o seu aluguel e contas,
assim, cada um tem o direito irrestrito às suas próprias coisas (nem que seja água) e
a um pedaço naquilo que é de todos e está incluso no pacote. Logo, isso que é
compartilhado a gente divide e cada um fica com uma parte. E a utilização do fogão,
irrepartível? Repartimos o tempo de utilização, cada um tem seu tempo sagrado
(obviamente não estipulado, mas esse elemento faz parte do nosso “contrato”).
Evita-se qualquer tipo de diálogo e conflito aguçando-se a sensibilidade à luz que
vaza pela porta, aos sons que vem da direção dessa mesma passagem e aos
cheiros que ela não consegue segurar – ora, há essas outras formas de
comunicarmo-nos que não a fala direta. Não precisa-se de vínculos, dá para viver
sem trocar um só olhar com os demais, ao contrário das repúblicas típicas.

O fogão é o símbolo máximo desta nossa individualização exacerbada. Em


hipótese alguma cozinha-se acompanhado (por isso também nunca realiza-se uma
refeição em companhia – não há oportunidade para tal): somos estranhos uns aos
outros e continuaremos a ser – estranhos nunca comem juntos se tiverem opção. Há
de manter-se a estrutura e nossa mais fácil indiferença. E qual o sentido disso? Eu
realmente não sei. Para mim não faz nenhum sentido, só sinto que de alguma forma
isso precisa ser assim, é mais fácil. Posso imaginar um bilhão de justificativas, mas
todas parecem-me forçosas. Tenho a mais íntima impressão de que só é porque é;
porque assim estamos, com o ambiente, repetidamente a fazer que seja. Afetamo-
nos aqui de tal forma que outra cultura toda essa dinâmica não poderia ser,
incapazes que somos de criar algo outro.

REFERÊNCIAS

FAVRET-SAADA, Jeanne, “Ser afetado”, Cadernos de Campo, n.13: 155-161, 2005.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1986.


(Cap. 1 Uma descrição densa: por uma teoria interpretativa da cultura).

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