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Archaea
Archaea
Korarchaeota
Crenarchaeota
Euryarchaeota
Nanoarchaeota
Thaumarchaeota (anteriormente considerados "Crenarchaeota mesófilos")
'Aigarchaeota'
Em 2015 foi sugerida a existência de um novo filo, o Lokiarchaeota.[12]
História
O primeiro grupo de arqueias estudado foi o das metanógenas. A metanogénese foi
descoberta no lago Maior de Itália em 1776, ao observar nele o burbulhar do "ar
combustível". Em 1882 observou-se que a produção de metano no intestino dos animais
devia-se à presença de micro-organismos (Popoff, Tappeiner e Hoppe-Seyler).[13]
Em 1936, ano que marcou o princípio da era moderna no estudo da metanogénese, H.A
Barker oferece as bases científicas para o estudo da sua fisiologia e conseguiu
desenvolver um meio de cultivo apropriado para o crescimento dos metanógenos. Nesse
ano foram identificados os géneros Methanococcus e Methanosarcina.[14]
As primeiras arqueias extremófilas foram encontradas em ambientes quentes. Em 1970,
Thomas D. Brock, da Universidade de Wisconsin, descobriu a Thermoplasma, uma
arqueia termoacidófila, e em 1972 a Sulfolobus, uma hipertermófila.[15] Brock ter-se-á
iniciado em 1969 no campo da biologia dos hipertermófilos com a descoberta de Thermus
aquaticus, que não é uma arquea mas antes uma bactéria.
Em 1977 identificam-se as arqueias como o grupo procarionte mais distante ao descobrir
que os metanógenos apresentam uma profunda divergência com todas as bactérias
estudadas. Nesse mesmo ano propôs a categoria de super-reino para este grupo com o
nome de Archaebacteria. Em 1978, o manual de Bergey dá-lhe a categoria de filo com o
nome de Mendosicutes e em 1984 divide o reino Procaryotae ou Monera em 4 divisões,
agrupando as Archaebacteria na divisão Mendosicutes.[16]
As arqueias hipertermófilas foram agrupadas em 1984 com o nome de Eocyta,
identificando-as como um grupo independente das então chamadas arqueobactérias (em
referência aos metanógenos) e às eubactérias, descobrindo-se para além disso
que Eocyta era o grupo mais próximo dos eucariontes.[17] A relação filogenética entre
metanógenos e hipertermófilos faz com que em 1990 se renomeie
a Eocyta como Crenarchaeota e as metanógenas como Euryarchaeota, formando o novo
grupo Archaea como parte do sistema dos três domínios.[18]