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"Mar me quer, Mia Couto

Resumo:

Este livro retrata a história de Zeca Perpetuo e da Dona Luarmina. Zeca era então
um homem já de certa idade, doente e apaixonado por Luarmina, esta por sua
vez era uma velha gorda e feia e que não correspondia ao amor de Zeca apesar de
sempre o tratar como um grande e bom amigo. A acção é passada numa aldeia em
Moçambique muito perto do mar, e pode-se dizer que é aqui, no mar, que toda a
história começa. Ou seja Zeca prometeu ao pai aquando a sua morte que iria
todos os dias ao mar cuidar da sua amada supostamente morta, mais tarde Zeca
descobre que essa mulher não morreu eque se trata de Luarmina mas até lá esta
história passa por todas as histórias de Zecaenquanto pescador. Ao longo dos anos
de paixão por Dona Luarmina a doença de Zeca agrava-se, acabando livrocom a sua
morte.

Primeiro Capítulo

Perpétuo é um pescador, “velho reformado do mar”, negro preguiçoso, vizinho de Dª


Luarmina, por quem está apaixonado . A gorda mulata havia sido dona de uma
beleza estonteante. O amor de Zeca não lhe interessa, mas às vezes gosta de lhe
provocar ciúmes como no dia em que lhe conta que um homem lhe chamou
dólingui ou darilingue. Luarmina, aliás Albertina da Conceição Melistopolous,
apenas gosta de ouvir do vizinho suas “exactas memórias”.
Zeca, desejoso de matar o passado, furta-se a esse desiderato e vai contando
outras histórias, como, por exemplo, a de Maria Bailarinha. Fica, no entanto,
pensativo em relação à demanda de Luarmina. A mulata tem o hábito de,todos os
fins de tarde, desfolhar uma infinidade de flores, ao mesmo tempo que vai
desfiando o cantochão: Mar me quer, bem me quer…

 Segundo capítuloZeca prossegue, desfiando a sua paixão por Dª Luarmina e


revela que a mulata vive com um grande desgosto, o de
nunca ter sido mãe. Também aceitava mal o envelhecimento: “ –
 Perdi o tempo, mas o tempo, esse é que não se
esquece de mim.”
Terceiro capítuloZeca conta a Luarmina a história do pai, Agualberto Salvo-Erro, o
que a deixa muito sensibilizada. Agualbertotrazia sempre no barco uma moça
misteriosa que encontrara algures. E que ia deixar não se sabia onde, antes
deregressar a casa. A mulher virava costas ao mar e ignorava a evidência. Um dia, houve uma
tempestade. A moçacaiu à água, Agualberto foi salvá-la e perdeu-se no mar. Porém,
quando já todos o julgavam perdido, o pescadorreapareceu mas os seus olhos
tinham ficado azuis. Endoideceu. O velho passou a levar água doce e comida à
suaamada todas as tardes. De tanto mergulhar, cegou e saiu de casa de vez. A
mulher, com o desgosto, enlouqueceu.
Quarto capítuloLogo pela manhã, Zeca encontra Dª Luarmina mergulhada numa
poça e pede-lhe para o deixar entrar também a elena água. A mulata acede ao desejo
do velho pescador, mas eis que o mar se enche de peixes mortos boiando.

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Luarmina fica muito assustada e Zeca, para desanuviar o ambiente, conta-lhe a
história da origem dos peixes, naversão do avô Celestiano. Porém, Luarmina
continua angustiada e triste. A vida de costureira não a tinha preenchidoe não
gostava de estar numa casa vazia de filhos. Pede uma vez mais a Zeca que lhe
conte histórias de família.Quinto capítuloAgualberto Salvo-Erro, já louco,
abençoava os anzóis dos pescadores para garantir o êxito da safra. Sentava-se
naberma do cais e emitia uns sons ininteligíveis. Os pescadores aguardavam dele
ordens para ir para a faina.Entretanto, a mãe de Zeca morreu. No dia do funeral,
embora estivesse mau tempo, foi pescar à procura de paz deespírito. O pai foi ter
com ele e prenunciou-
lhe que iria morrer ”afogado em lençol, faz conta os panos virassemondas de água.” Fez também
prometer ao filho que fosse todas as semanas ao Fundo do China levar comida e água
-doce àquela que ele tinha amdo acima de tudo. Depois explicou-lhe que a
bênção dos anzóis era apenas umafantasia.Sexto CapítuloZeca Perpétuo detesta
gaivotas, por isso, persegue-as. Com pena dos bichos, Dª Luarmina recolhe-as
numa gaiola,Numa noite de insónia, Zeca Perpétuo deita-lhes fogo. Perante a dor
da vizinha, Zeca arrepende-se e explica-lhe ascausas de tanta raiva, contando-lhe
a história de Henriquinha, sua defunta mulher. Todos os domingos, Henriquinhaia
ao cimo da duna vermelha e despia-se perante quem quisesse vê-la. Um dia,
avisado do que estava a acontecer,Zeca mudou o calendário e seguiu-a. Ofuscado
pela atitude da mulher. Zeca empurrou-a. Ao mesmo tempo queHenriquinha caía,
Zeca ouviu a estridência de uma gaivota e nunca mais houve sinal da mulher. A
partir daí, o velhomarinheiro não tolerava a presença de gaivotas perto de
si.Sétimo capítuloZeca Perpétuo alucina. Pensa que está a afogar-se ora em água
ora em sangue. Ele interpreta esses sinais como umcastigo por ter desobedecido
ao pai. O velho Agualberto pede ao filho para o acompanhar aos lugares onde ele
quermorrer. Leva com ele um coral preto, o único da sua espécie e que lhe pertence. Levava
outros pedaços de coral queia deixando em diferentes lugares, como por exemplo no
bosque onde estão Esperança e Subi
dora do Sol… asárvores de Agualberto. Foi durante este percurso que o velho chamou
pela primeira e última vez “filho” ao Zeca
 Oitavo capítuloZeca Perpétuo está muito doente. Dona Luarmina vai visitá-lo
para lhe mudar a cama, ensopada de suor. Zeca pede-lhe para lhe contar uma
história. Luarmina quer dançar com Zeca mas ele não pode. O velho diz à mulata
que adoença de que padece é um castigo por não ter cumprido o pedido do pai. Luarmina
revela a Zeca que ele cumpriuesse pedido porque ela é a mulher que o pai levava no
barco. Após esta confissão de Luarmina a vida de Zeca foisaindo dele, por partes,

à medida que caía no

sono.

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