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PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO ESTADO DE PERNAMBUCO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2017 -– SEE/PE

(Publicada no DOEPE de 18 de abril de 2017)

Estabelece normas para regular os procedimentos relativos


ao Programa de Alimentação Escolar – PAE/PE, no âmbito
das Escolas da Rede Estadual de Ensino.

O SECRETÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO, no uso das atribuições que lhe são


conferidas pelo Decreto Estadual nº 40.599/2014, por intermédio da Secretaria
Executiva de Administração e Finanças (SEAF); da Secretaria Executiva de
Planejamento e Coordenação (SECO); da Secretaria Executiva de Gestão da Rede
(SEGE); e da Secretaria Executiva de Educação Profissional (SEEP); com aprovação
da Gerência de Normatização do Sistema Educacional (GENSE), considerando o Art.
6º da Constituição Federal; Portaria Interministerial/MS/MEC nº 1.010/2006; Resolução
RCD nº 216/2004 – ANVISA; Lei Federal nº 11.947/2009; Lei Federal nº 12.982/2014;
Lei Federal nº 11.346/2006; Lei Federal nº 6.437/1977; Decreto Estadual nº
20.786/1998; Resolução CD/FNDE/MEC nº 26/2013; Resolução CD/FNDE/MEC nº
04/2015; Nota Técnica nº 01/2014 – COSAN/CGPAE/PE/DIRAE/FNDE/MEC; Nota
Técnica nº 02/2012 – COTAN/CGPAE/PE/DIRAE/FNDE/MEC; Nota Técnica nº
5002/2016 - COSAN/GGPAE/PE/DIRAE/FNDE/MEC; Nota Técnica nº 5004/2016 –
COSAN/GGPAE/PE/DIRAE/FNDE/MEC; Resolução CFN nº 465/2010; Lei Estadual n°
11.781/2000; Lei Estadual nº 15.533/2015; Lei Estadual nº 15.919/2016; Lei Estadual
nº 6.123/1968 e Decreto Estadual nº 42.191/2015.

RESOLVE:

Art. 1º Adotar critérios para regular o atendimento às necessidades alimentares e


nutricionais dos(as) estudantes, bem como, adotar critérios de padronização na
aplicação dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar/Fundo Nacional
de Desenvolvimento da Educação – PNAE/FNDE para todas as Escolas da Rede
Estadual de Ensino do Estado de Pernambuco.

CAPÍTULO I

DAS DIRETRIZES E OBJETIVO DO PROGRAMA

Art. 2º São diretrizes do Programa de Alimentação Escolar:

I - o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de


alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos
alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos(as)
estudantes e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa
etária e o seu estado de saúde;

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II - a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e
aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e
nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida na perspectiva da
segurança alimentar e nutricional;

III - a universalidade do atendimento aos(às) estudantes matriculados(as) na Rede


Estadual de Ensino;

IV - a participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações


realizadas pelo Estado, a fim de garantir a oferta da alimentação escolar saudável e
adequada;

V - o apoio ao desenvolvimento sustentável, com incentivos à aquisição de gêneros


alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela
agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as
comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos; e

VI – o direito à alimentação escolar, visando garantir a segurança alimentar e


nutricional dos(as) estudantes, com acesso de forma igualitária, respeitando as
diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos(as) estudantes que
necessitem de atenção específica e aqueles que se encontrem em vulnerabilidade
social.

Art. 3º O Programa de Alimentação Escolar do Estado de Pernambuco – PAE/PE tem


como objetivo contribuir para o crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial, a
aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis
dos(as) estudantes, por meio de ações de educação alimentar e nutricionais e da oferta
de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.

Parágrafo único. O planejamento e a execução das ações de educação alimentar e


nutricional são de responsabilidade das escolas em conjunto com a Equipe de
Nutricionistas da Secretaria de Educação do Estado – SEE, lotadas na Gerências
Regionais de Educação – GREs.

CAPÍTULO II

DO PÚBLICO ALVO DO PROGRAMA

Art. 4º O Programa de Alimentação Escolar de Pernambuco – PAE/PE atende de forma


universal, os(às) estudantes matriculados(as) na Educação Infantil (Creche e Pré-
escola) localizada no Arquipélago de Fernando de Noronha, nas Escolas de Educação
Básica e Técnicas, incluindo as Escolas situadas nas comunidades indígenas e em
áreas de quilombos, conforme o número de estudantes cadastrados na base de dados
do Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio
Teixeira – INEP, no ano anterior ao atendimento e de acordo com os dados informados
no Sistema de Informações da Educação de Pernambuco – SIEPE.

§ 1º São atendidos duplamente no âmbito do PAE/PE os(às) estudantes


matriculados(as) na Educação Básica, que tiverem matrícula concomitante em
instituição de Atendimento Educacional Especializado – AEE, desde que em turno
distinto.

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§ 2º O Programa Nacional de Alimentação Escolar, aplicado às Escolas da Rede
Estadual de Ensino, é direcionado, exclusivamente aos(às) estudantes nelas
matriculados(as), sendo considerado alimentação escolar: todo alimento oferecido no
ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo,
conforme Art. 1º da Lei Federal 11.947/2009.

CAPÍTULO III

DA GESTÃO DO PROGRAMA

Art. 5º A Secretaria de Educação do Estado – SEE adota um modelo misto de gestão


no atendimento à alimentação escolar dos(as) estudantes de sua rede, sendo:

I - na forma de Gestão Centralizada, a SEE realiza a aquisição de gêneros alimentícios,


através de processos licitatórios, conforme legislação em vigor, os quais são
distribuídos diretamente às Escolas Estaduais, através de uma empresa de logística,
respeitando os hábitos culturais dos(as) estudantes;

II - na forma de Gestão Escolarizada, a SEE repassa recursos financeiros às Escolas,


as quais realizam a aquisição dos gêneros alimentícios complementares aos cardápios
elaborados pela Equipe de Nutricionistas da Superintendência do Programa de
Alimentação Escolar – SUPAE, através de suas Unidades Executoras - UEXs,
utilizando as normas de verificação de menor preço por item alimentício, conforme
legislação em vigor; e

III - na forma de Gestão Terceirizada, a SEE realiza contratação de empresas


fornecedoras de refeições, através de processos de licitação, as quais passam a
executar os cardápios planejados pela Equipe de Nutricionistas da SUPAE, conforme
Termo de Referência e Edital de Licitação, expedidos pela SEE.

§ 1º No processo de aquisição de gêneros alimentícios não perecíveis e perecíveis,


são garantidos o respeito aos hábitos alimentares regionais e a valorização do
comércio local.

§ 2º As empresas terceirizadas fornecem refeições prontas apenas as Escolas de


tempo pedagógico integral, semi-integral e às Escolas Técnicas, mediante indicação da
SUPAE e SEE.

CAPÍTULO IV

DA TRANSFERÊNCIA DOS RECURSOS E OPERACIONALIZAÇÃO FINANCEIRA


PARA A GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA

Art. 6º A SEE transfere recursos financeiros diretamente às Escolas, atendidas com o


formato de gestão da alimentação centralizada e escolarizada, através de suas UEX
constituídas e formalizadas legalmente.

§ 1º Entende-se por UEX a entidade civil sem fins lucrativos, representativa da Escola,
juridicamente formada por todos os segmentos da comunidade escolar, que é
responsável pelo recebimento dos recursos financeiros, transferidos pela SEE,

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através de contas bancárias específicas, abertas em instituições financeiras indicadas
pela SEE.

§ 2º O repasse dos recursos de que trata o caput deste artigo somente ocorrem para
as UEXs, que estiverem sem pendências em suas prestações de contas e validadas
pela Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco – SEFAZ.

Art. 7º É facultado à SEE rever as liberações dos recursos, independentemente da


autorização das UEXs, e os valores liberados pela SEE, em função de eventual
equívoco no repasse, mediante solicitação formal ao banco depositário.

Art. 8º Os recursos financeiros transferidos às UEXs são mantidos em contas bancárias


específicas, devendo os saques serem realizados mediante transferência bancária
eletrônica, identificada ao credor, exclusivamente para pagamento de despesas
relacionadas à aquisição de gêneros alimentícios, conforme disposto na Resolução
CD/FNDE/MEC nº 26/2013.

Art. 9º Todo recurso financeiro não aplicado dentro do prazo de 60 (sessenta) dias
corridos, a partir da data do recebimento, implica na devolução corrigida e atualizada,
acompanhada de uma justificativa e de um Parecer do Conselho Escolar.

Parágrafo único. Inexistindo saldo suficiente para o estorno à conta da UEX, será
concedido um prazo de até 05 (cinco) dias úteis para devolução dos recursos por meio
de depósito bancário em conta específica da SEE, contados da data do recebimento do
aviso.

Art. 10 Os recursos financeiros do Programa de Alimentação Escolar recebidos no mês


de dezembro e não utilizados na totalidade até o dia 31 do mesmo mês, podem ser
utilizados pela UEX num prazo de 60 (sessenta) dias corridos, contados a partir da data
do seu recebimento.

Art. 11 Os cálculos dos valores repassados a cada UEX para atender aos(as)
estudantes do PAE/PE são realizados com base na fórmula: VT = A x D x C, utilizada
pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE/FNDE, sendo:

I - VT = valor a ser transferido para a UEX;

II - A = número de estudantes com base no Censo Escolar do ano anterior;

III - D = número mínimo de dias letivos, cumprindo o Art. 24, inciso I, da Lei Federal nº
9.394 de 20 de dezembro de 1996; e

IV - C = Valor per capita.

§ 1º Do valor per capita do PNAE/FNDE transferido à conta da SEE são repassados


apenas recursos para aquisição de gêneros alimentícios complementares à preparação
de cada refeição, conforme lista de compras elaborada pela Equipe de Nutricionistas
da SEE/GRE, observando as orientações contidas na Cartilha de Prestação de Contas,
elaborada pela Secretaria de Educação.

§ 2º Os valores per capita para os(às) estudantes da Educação Básica, obedecem às


disposições exaradas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.

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CAPÍTULO V

DA PRESTAÇÃO DE CONTAS DA ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA

Art. 12 A SEE disponibiliza aos membros dos Conselhos Escolares, uma Cartilha
contendo orientações para Prestação de Contas, na qual constam todos os passos
necessários para a aquisição dos gêneros alimentícios e suas respectivas prestações
de contas, atualizando seu conteúdo sempre que necessário.

Art. 13 A SEE promove oficinas como estratégia de Formação Continuada, sempre que
se fizer necessário, sobre gerenciamento e prestações de contas, dos recursos
repassados às UEXs, referentes a alimentação escolarizada.

Parágrafo único. As oficinas de que trata o caput deste Artigo, têm como público alvo
os Gerentes das GREs; Coordenadores Gerais Administrativos e Financeiros – CGAF
das GREs; Técnicos dos Setores Financeiros das GREs; Coordenadores da
Alimentação Escolar (Nutricionistas); Diretores Escolares e Presidentes das UEXs.

Art. 14 As UEXs encaminham à GRE, sob protocolo eletrônico do Sistema Integrado de


Gestão Pública do Governo de Pernambuco - SIGEPE a documentação referente à
prestação de contas dos recursos financeiros recebidos na conta do PNAE, no prazo
de até 60 (sessenta) dias corridos, contados a partir da data do depósito bancário, em
conformidade com a Cartilha de Prestação de Contas, elaborada pela Secretaria de
Educação - SEE e Superintendência do Programa de Alimentação Escolar – SUPAE.

§ 1º A Prestação de Contas citada no caput deste Artigo é analisada pela Equipe de


Técnicos das GREs, que orientam as UEXs quanto aos ajustes necessários, a qual
remete à SUPAE através de protocolo eletrônico via SIGEPE.

§ 2º As Prestações de Contas somente são validadas pela SUPAE mediante assinatura


e parecer técnico favorável da Equipe de Nutricionista da GRE, que acompanha a
Escola.

Art. 15 A Direção Escolar deve, obrigatoriamente, fixar em local visível e de fácil


acesso, cópia das prestações de contas remetidas à SUPAE, para que a comunidade
escolar tenha conhecimento do processo de utilização dos recursos do PNAE/FNDE,
primando pela transparência dos atos da Direção Escolar, na utilização dos recursos
públicos.

CAPÍTULO VI

DA GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO CENTRALIZADA

Art. 16 A aquisição dos gêneros alimentícios centralizados é executada pela Secretaria


de Educação de acordo com o planejamento dos cardápios para o período letivo,
seguindo o preconizado na Resolução CD/FNDE/MEC nº 26/2013.

Art. 17 As Escolas da Rede Estadual de Ensino, recebem na forma centralizada


gêneros alimentícios não perecíveis.

Parágrafo único. A SEE realiza de 05 (cinco) a 10 (dez) distribuições por ano para
atender às Escolas de acordo com seu tempo pedagógico, totalizando o atendimento

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de no mínimo 200 (duzentos) dias letivos ano, conforme orienta a Lei Federal nº
9.394/1996 e a Resolução CD/FNDE/MEC nº 26/2013.

Art. 18 As Escolas da Rede Estadual de Ensino recebem na forma centralizada


gêneros alimentícios perecíveis em distribuições semanais, quinzenais ou mensais, de
acordo com as incidências dos itens previstos nos cardápios elaborados pela Equipe
de Nutricionistas da SEE, lotada no Programa de Alimentação Escolar, incluindo os
produtos oriundos da Agricultura Familiar.

CAPÍTULO VII

DO CARDÁPIO DA ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 19 Os Cardápios a serem servidos nas Escolas da Rede Estadual de Ensino são
planejados anteriormente à aquisição dos produtos e exclusivamente pela Equipe de
Nutricionistas da SEE do Programa de Alimentação Escolar, os quais devem ser
assinados e carimbados pelo(a) nutricionista responsável por acompanhar as Escolas,
seguindo as orientações legais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –
FNDE; do Conselho Federal de Nutrição - CFN; da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – ANVISA; e, da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de
Pernambuco - ADAGRO/PE.

Art. 20 A SEE assume a responsabilidade pelo PAE/PE garantindo o suprimento das


necessidades nutricionais diárias dos(as) estudantes matriculados(as) na Rede
Estadual de Ensino, durante a permanência desses em atividades pedagógicas.

Art. 21 Os cardápios devem ser planejados para atender, em média, às necessidades


nutricionais estabelecidas na forma do disposto no Anexo III da Resolução CD/FNDE
nº 26/2013, de modo a suprir:

I - no mínimo 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas em, no
mínimo, 2 (duas) refeições, para os(as) estudantes da Creche do Arquipélago de
Fernando de Noronha, em período pedagógico parcial;

II - no mínimo 70% (setenta por cento) das necessidades nutricionais, distribuídas em,
no mínimo, 3 (três) refeições, para os(as) estudantes da Creche do Arquipélago de
Fernando de Noronha, para os(as) estudantes participantes do Programa Novo Mais
Educação - PNME e para os(as) matriculados(as) em Escolas de tempo pedagógico
integral, semi-integral e técnico;

III - no mínimo 30% (trinta por cento) das necessidades nutricionais diárias, por refeição
ofertada, para os(as) estudantes matriculados(as) nas Escolas localizadas em
comunidades indígenas ou em áreas de quilombos, exceto Creches em período parcial;
e

IV - no mínimo 20% (vinte por cento) das necessidades nutricionais diárias quando
ofertada uma refeição, para os(as) demais estudantes matriculados(as) na educação
básica, em período pedagógico parcial.

Art. 22 Os cardápios da alimentação escolar somente devem ser alterados pelo(a)


nutricionista responsável pelo acompanhamento da Escola, utilizando gêneros
alimentícios básicos, de modo a respeitar as referências nutricionais, os hábitos

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alimentares, a cultura alimentar pernambucana, pautando-se na alimentação saudável
e adequada.

§ 1º A porção de alimentos ofertados deve ser diferenciada por faixa etária dos(as)
estudantes, conforme as necessidades nutricionais estabelecidas.

§ 2º Os cardápios devem atender aos(às) estudantes com necessidades nutricionais


específicas, tais como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e
intolerâncias alimentares, dentre outras, em conformidade com a Lei Federal nº
11.947/2009 e Lei Federal nº 12.982/2015, ofertando, no mínimo, uma refeição,
conforme suas especificidades, com base em recomendações médicas e nutricionais,
avaliação nutricional e demandas nutricionais diferenciadas.

§ 3º Os cardápios devem atender às especificidades culturais das comunidades


indígenas e/ou quilombolas.

§ 4º Os cardápios, elaborados a partir de Fichas Técnicas de Preparo, devem conter,


além da identificação e a assinatura do(a) Nutricionista, o número da autorização do(a)
profissional, inscrito no Conselho Regional de Nutrição - 6ª Região – CRN6,
responsável por sua elaboração, bem como, informações sobre o tipo de refeição, o
nome da preparação, os ingredientes que a compõe e a sua consistência, como
também, informações nutricionais de energia, macronutrientes, micronutrientes
prioritários (vitaminas A e C, magnésio, ferro, zinco e cálcio) e fibras.

§ 5° Os cardápios com as devidas informações nutricionais de que trata o parágrafo


anterior devem estar disponíveis em locais visíveis na Escola.

§ 6º Os cardápios devem oferecer, no mínimo, 3 (três) porções de frutas e hortaliças


por semana (200g/estudante/semana) nas refeições ofertadas, sendo que:

I - as bebidas à base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de frutas in


natura; e

II - a composição das bebidas à base de frutas deve seguir as normativas do Ministério


da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Art. 23 Cabe ao nutricionista responsável pelas Escolas, em comum acordo com a


Direção Escolar, a definição do horário e do alimento adequado a cada tipo de refeição,
respeitando a cultura local e uma alimentação saudável.

Art. 24 Na Equipe de Nutricionistas da SEE haverá um Responsável Técnico – RT,


cadastrado no FNDE na forma estabelecida no Anexo II da Resolução FNDE/CD/nº
26/2013, bem como um Responsável Técnico – RT por GRE cadastrado no Conselho
Regional de Nutrição – CRN, conforme anexo próprio.

Art. 25 Para as preparações diárias da alimentação escolar, recomenda-se no máximo:

I - 10% (dez por cento) da energia total proveniente de açúcar simples adicionado;

II - 15% a 30% (quinze a trinta por cento) da energia total proveniente de gorduras
totais;

III - 10% (dez por cento) da energia total proveniente de gordura saturada;

IV - 1% (um por cento) da energia total proveniente de gordura transgênica;


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V - 400 mg (quatrocentos miligramas) de sódio per capita, em período parcial, quando
ofertada uma refeição;

VI - 600 mg (seiscentos miligramas) de sódio per capita, em período parcial, quando


ofertadas duas refeições; e

VII - 1.400 mg (mil e quatrocentos miligramas) de sódio per capita, em período integral,
quando ofertadas três ou mais refeições.

Parágrafo único. A oferta de doces e/ou preparações doces fica limitada a 2 (duas)
porções por semana, equivalente a 110 kcal (cento e dez quilocalorias) por porção,
sendo considerados doces e preparações doces, bebidas lácteas, produtos de
confeitaria com recheio e/ou cobertura, gelados comestíveis, doces em calda e pastas,
mel, melaço, melado e rapadura, frutas cristalizadas, cereais matinais com açúcar e
barras de cereais.

Art. 26 A SEE deve utilizar, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos recursos
financeiros destinados ao PNAE na aquisição dos produtos básicos.

Art. 27 O planejamento do cardápio deve ser elaborado de modo a promover hábitos


alimentares saudáveis, respeitando-se a cultura de cada localidade, sua vocação
agrícola e preferência por produtos básicos, dando prioridade dentre esses, aos
semielaborados e aos in natura.

Art. 28 A elaboração dos cardápios da alimentação escolar destinada aos(às)


estudantes das Escolas de comunidades indígenas e quilombolas deve ser
acompanhada por representantes dessas comunidades, respeitando-se os hábitos
alimentares de cada etnia ou povo.

Art. 29 Os cardápios devem ser apresentados ao Conselho de Alimentação Escolar


para conhecimento e acompanhamento.

Art. 30 É dever da Escola divulgar o cardápio alimentar semanal a ser consumido


pelos(as) estudantes no período letivo, deixando-o afixado na cozinha e no
pátio/refeitório, para acesso e visibilidade da comunidade escolar, de acordo com os
cardápios e suas incidências, encaminhados pela SUPAE, através da Equipe de
Nutricionistas das GREs.

CAPÍTULO VIII

DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 31 Os produtos adquiridos para os(as) estudantes do PNAE devem atender ao


disposto nas Resoluções da ANVISA, FNDE ADAGRO e nas normas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Art. 32 A SEE adota medidas que garantem a aquisição de alimentos com qualidade e
em condições higiênico-sanitárias adequadas, incluindo o transporte o armazenamento,
a manipulação e o consumo das refeições pelos(as) estudantes.

Art. 33 Os produtos adquiridos para aos(as) estudantes do PNAE incluindo os produtos


alimentícios adquiridos pelas UEXs, devem ser submetidos a análises laboratoriais,
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sempre que se fizer necessário, para atestar o padrão de identidade e qualidade pela
SUPAE ou órgãos de Vigilância Sanitária, de acordo com as especificações técnicas
dos produtos e conforme legislações de alimentos em vigor.

§ 1º As amostras para análises dos gêneros alimentícios ou das refeições prontas,


mencionadas no caput, são retiradas das Escolas situadas em diferentes regiões do
Estado, mediante documento especifico, denominado Guia de Retirada de Alimentos –
GRA.

§ 2º A SEE mantém uma Equipe Técnica Especializada, responsável pelo controle de


qualidade dos alimentos.

Art. 34 A SEE aplica Teste de Aceitabilidade sempre que ocorre no cardápio, a


introdução de alimentos atípicos ao hábito alimentar local ou qualquer outra alteração,
bem como para avaliar a preparação e aceitação dos(as) estudantes aos cardápios
praticados pelas Escolas.

Art. 35 Para aplicação do teste de aceitabilidade deve ser utilizada a metodologia de


Escala Hedônica, observando parâmetros técnicos e sensoriais reconhecidos
cientificamente não podendo, contudo, o índice de aprovação ao cardápio ser inferior a
85% (oitenta e cinco por cento), conforme legislação em vigor, disposta no endereço
eletrônico do FNDE.

Parágrafo único. A aplicação do teste de aceitabilidade dos cardápios praticados


mencionados no caput deste artigo, deve ser em no mínimo de 5% (cinco por cento)
aos(às) estudantes atendidos pelo Programa de Alimentação Escolar.

Art. 36 Para que o consumo dos produtos ocorra dentro dos 40 (quarenta) dias letivos,
para as Escolas regulares e 20 (vinte) dias letivos, para as Escolas Integrais e Semi-
integrais, em conformidade com a distribuição centralizada, a Direção Escolar adota um
sistema de sinalização interno, preenchido pelo responsável na execução do PAE/PE
na Escola da seguinte forma:

I - registro visível das datas de recebimento e vencimento dos gêneros alimentícios


armazenados; e

II - retirada diária dos gêneros alimentícios, observando que o primeiro insumo que
vence é o primeiro que sai.

Art. 37 As formas de recebimento, armazenamento, higienização e conservação dos


alimentos, a serem seguidas pelas Escolas da Rede Estadual de Ensino, devem estar
de acordo com a Resolução RDC Nº 216/2004 - ANVISA, cujos preceitos legais são
difundidos em formações continuadas, direcionadas aos(às) Gerentes e
Coordenadores Gerais de Administração e Finanças - CGAF das GREs, Diretores(as)
Escolares, responsáveis pela alimentação nas Escolas e manipuladores(as) de
alimentos (merendeiros/as), em conformidade com o conteúdo proposto nas Cartilhas
de Orientações das Boas Práticas de Manipulação dos Alimentos, expedidas pelo
FNDE ou por esta Secretaria de Educação.

Parágrafo único. As formações continuadas a que se refere o caput deste artigo são
realizadas e/ou coordenadas pela Equipe de Nutricionistas da SUPAE nas GREs.

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CAPÍTULO IX

DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS DE COZINHA DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 38 As Escolas da Rede Estadual de Ensino são supridas de equipamentos e


utensílios de cozinha, pela Secretaria de Educação e pela Unidade Executora da
própria Escola, necessários para o armazenamento, preparação e distribuição dos
cardápios aos(às) estudantes, de acordo com a necessidade.

§ 1º A Direção da Escola, pode adquirir equipamentos e utensílios de cozinha


utilizando recursos do PDDE – Programa de Dinheiro Direto na Escola, a partir da
Unidade Executora.

§ 2º A Escola que necessite de equipamentos e utensílios de cozinha e não possua


recursos destinados à aquisição destes, deve comunicar o fato por escrito à SUPAE
para providências.

§ 3º A conservação, a manutenção periódica e o conserto dos equipamentos e


utensílios de cozinha, ficam sob a responsabilidade da Direção Escolar.

§ 4º A Escola que apresente equipamentos e utensílios excedentes e em boas


condições de uso devem comunicar à Equipe de Nutricionistas da GRE para que
possam ser remanejados para outras Escolas da Rede Estadual de Ensino, mediante
autorização da SUPAE.

§ 5º As Escolas de tempo integral e semi-integral que passam a ser atendidas por


empresas com serviços de refeições prontas devem ter os equipamentos e utensílios
de cozinha, em condições de uso, remanejados para outras Escolas da Rede Estadual
de Ensino; e

§ 6º As Escolas extintas que possuem equipamentos e utensílios de cozinha em


condições de uso, são remanejados pela GRE para outras Escolas da Rede Estadual
de Ensino.

CAPÍTULO X

DO TRANSPORTE DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DA GESTÂO DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 39 Os veículos utilizados para transporte e entrega dos gêneros alimentícios


devem apresentar à SUPAE cópia do Certificado de Vistoria, expedido pela autoridade
da área de Vigilância Sanitária Municipal, do local de registro do veículo, em
atendimento à Lei Federal nº 6.437/1977 e do Decreto Estadual nº 20.786/1998, que
aprova o Regulamento do Código Sanitário do Estado de Pernambuco em seus
dispositivos do Art. 275, caput, § 1º e Art. 277.

Art. 40 Os veículos a que se refere o artigo anterior devem ser utilizados


exclusivamente para transporte de alimentos.

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CAPÍTULO XI

DO PRAZO DE VALIDADE DOS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS DA GESTÂO DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 41 O consumo dos produtos entregues nas Escolas, devem ocorrer em


conformidade com a distribuição centralizada e de acordo com o Art. 36 desta Instrução
Normativa.

Art. 42 As Escolas que se encontrarem com gêneros alimentícios com data de validade
a vencer no prazo de 60 (sessenta) dias devem:

I - verificar se os insumos estão em quantidade superior aos dias de incidência até a


data limite para o consumo destes;

II - em caso positivo, comunicar o fato à GRE no prazo máximo de 40 (quarenta) dias,


através de ofício contendo dados específicos, tais como:
a) lote;
b) tipo do gênero;
c) prazo de validade; e
d) marca e quantidade;

III – a Direção Escolar deve enviar à Equipe de Nutricionistas da GRE uma justificativa,
anexa ao oficio, pelo não uso do gênero, dentro do período citado no inciso anterior;

IV - submeter o ofício da Escola à apreciação da Equipe de Nutricionistas e à CGAF na


GRE que providenciam o remanejamento, quando cabível, priorizando as Escolas que
apresentam carências dos produtos; e

V - encaminhar à SUPAE cópia da documentação enviada pela Direção Escolar,


incluindo as providências executadas pela GRE para solução do caso, com base na
legislação vigente através da Equipe de Nutricionistas na GRE, no prazo máximo de 10
(dez) dias corridos, a contar da data do recebimento do oficio, através de e-mail.

Art. 43 As Escolas visitadas pela Equipe de Vigilância Sanitária Municipal ou Estadual,


e/ou órgãos de fiscalização municipal, estadual e/ou federal, devem enviar cópia dos
documentos emitidos por esses órgãos à GRE e à SUPAE para conhecimento e
fornecimento de orientações necessárias.

Art. 44 Os gêneros alimentícios que tiverem ultrapassado o prazo de validade ou se


encontrarem impróprios para o consumo devem ser devidamente identificados de
forma acessível, com a mensagem “ impróprio para consumo” ou “alimentos vencidos”,
bem como devem ser armazenados em área externa ao depósito de alimentos, e
comunicados imediatamente a Equipe de Nutricionistas na GRE e/ou SUPAE para
verificação, análise, orientações e tomada de providências.

§ 1º O produto armazenado que se encontrar com prazo de validade expirado ou se


encontrar impróprio para o consumo pelo não uso dentro do período previamente
definido pela SUPAE e constante no Art. 36 desta Instrução Normativa, deve ser
reposto pela Direção Escolar com recursos do(a) próprios(as) servidor(a), em
quantidade e valor equivalentes, sendo vedado o uso de recursos públicos para a
reposição.

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§ 2º A Direção Escolar, quando notificada pela Equipe de Nutricionistas da GRE e
SUPAE ou pela Equipe de Fiscalização da SUPAE terá um prazo máximo de 30 (trinta)
dias corridos, para apresentar à SUPAE a Nota Fiscal de reposição, justificativa e Ata
de Assembleia do Conselho Escolar convocada para esse fim, com cópia do parecer
da Vigilância Sanitária Municipal, quando se fizer necessário.

CAPÍTULO XII

DO CONTROLE DE ESTOQUE E DE REFEIÇÕES DA GESTÂO DE ALIMENTAÇÃO


ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 45 As Escolas com gestão do PAE/PE Centralizada e Escolarizada devem efetuar


o Controle de Estoque nos seguintes termos:

I - registro diário da estocagem em formulário padrão fornecido pela Equipe de


Nutricionistas da SUPAE na GRE;

II - transferência dos dados de Registro Diário para o Formulário de Controle de


Estoque Mensal, em modelo padrão, também fornecido pela SUPAE; e

III - encaminhamento do formulário mencionado no inciso anterior à GRE até o 5º


(quinto) dia útil de cada mês.

§ 1º No formulário de Controle de Estoque, diário e mensal, deve conter os alimentos


perecíveis e não perecíveis, enviados pela SEE e adquiridos pelas Escolas.

§ 2º Cópias dos formulários padrão de Controle de Estoque diário e mensal


preenchidos devem ser arquivados em pasta específica em local acessível e
apresentado aos órgãos fiscalizadores, quando solicitados.

§ 3º As GREs, ao receberem os formulários de Controle de Estoque Mensal de


Alimentos das Escolas, remetem os referidos formulários, por endereço eletrônico e
após isso, por malote direcionado à SUPAE até o 10º (décimo) dia útil de cada mês,
impreterivelmente.

§ 4º As GREs, ao receberem as Fichas de Controle de Estoque Mensal de Alimentos


das Escolas, permanecem, também, com uma cópia arquivada para o seu controle.

Art. 46 As Escolas com a Gestão de Alimentação Centralizada devem efetuar o


Controle de Refeições nos seguintes termos:

I - registro das refeições ofertadas diariamente por turno;

II - transferência dos dados de registro diário para um formulário padrão, o qual deve
ser consolidado mensalmente; e

III - encaminhamento do formulário citado no inciso anterior à Equipe de Nutricionistas


na GRE, contendo total de refeições servidas no mês, até o 5º (quinto) dia útil de cada
mês.

Parágrafo único. A Equipe de Nutricionistas na GRE emite um documento padrão


consolidado, contendo o número de refeições servidas no mês, por tipo, de todas as

12
Escolas jurisdicionadas e o encaminha à SUPAE até o 10º (décimo) dia, corrido, de
cada mês.

CAPÍTULO XIII

DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS DA GESTÂO DE ALIMENTAÇÃO


ESCOLARIZADA E CENTRALIZADA

Art. 47 A Secretaria de Educação dota as Escolas de mão de obra específica para


manipulação dos alimentos (merendeiros(as)), os quais são responsáveis pela
preparação, porcionamento e entrega das refeições escolares aos(às) estudantes da
Rede Estadual de Ensino.

Art. 48 Compete aos(às) manipuladores(as) de alimentos (merendeiros(as)):

I - cumprir as etapas do processo de produção e execução do cardápio, pré-preparo,


preparo, porcionamento e distribuição aos(às) estudantes;

II - usar fardamento completo, sem uso de adornos, maquiagem ou similares;

III - manter cabelos sempre com touca e unhas cortadas e sem esmalte;

IV - seguir as recomendações contidas na Resolução RDC nº 216/2004-ANVISA,


quanto às boas práticas de higiene e limpeza pessoal e de proteção contra acidentes
no trabalho;

V - manter as condições higiênico-sanitárias dos equipamentos e utensílios,


adequadas, conforme padrão de qualidade da alimentação pretendida;

VI - ter conhecimento prévio dos cardápios da ficha técnica das preparações que serão
confeccionadas;

VII - ter conhecimento do número de refeições diárias, ofertadas, por turno;

VII - zelar pela organização, higiene e limpeza dos espaços de alimentação conforme
Resolução RDC nº 216/2004 - ANVISA;

IX - cumprir o plano de limpeza indicado pela Equipe de Nutricionistas, conforme


parâmetros legais e realidade estrutural das Escolas;

X - cumprir o disposto no Manual de Boas Práticas, construído com a Equipe de


Nutricionistas da sede da SUPAE e/ou GRE;

XI - acompanhar a regularidade dos serviços de troca de filtros, limpeza da(s) caixa(s)


de água, dedetizações e limpeza das caixas de gordura, conforme Resolução RDC nº
216/2004 - ANVISA;

XII - executar os Procedimentos Operacionais Padrão indicados pela Equipe de


Nutricionistas da sede da SUPAE e/ou GRE;

XIII - participar dos treinamentos e formações continuadas em serviço ou fora do local


de serviço, individuais ou em grupo, ofertadas pela empresa responsável por esse tipo
de mão de obra e pela Secretaria de Educação, através da SUPAE e/ou pela GRE,
ministrados pela Equipe de Nutricionistas.
13
Art. 49 Os(as) manipuladores(as) de alimentos têm uma jornada de trabalho semanal
de 44 (quarenta e quatro) horas, de segunda a sexta-feira, distribuídas de acordo com
os horários de funcionamento da Escola.

§ 1º Em caso de necessidade a jornada normal de trabalho pode sofrer acréscimos ou


reduções de horas, que serão compensadas em data oportuna, com acréscimo ou
redução do horário trabalhado.

§ 2º Os acréscimos ou reduções da jornada de trabalho são administrados através do


sistema “crédito/débito”, contabilizado no Banco de Horas, pela Direção Escolar.

Art. 50 Os(as) manipuladores(as) de alimentos devem estar em condições de saúde


compatíveis com a sua função, sendo garantida pela empresa contratada pela SEE
para este tipo de mão de obra a realização de exames físicos com periodicidade
mínima anual, incluindo exames específicos de acordo com as normas dispostas na
Resolução RDC nº 216/2004 - ANVISA.

CAPÍTULO XIV

DO ACOMPANHAMENTO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NAS ESCOLAS


ATENDIDAS PELA GESTÂO DE ALIMENTAÇÃO ESCOLARIZADA E
CENTRALIZADA

Art. 51 A SEE dispõe de mão de obra técnica específica em Nutrição para


planejamento das aquisições de gêneros alimentícios, elaboração dos cardápios
escolares que são ofertados aos(às) estudantes da Rede Estadual de Ensino, além do
acompanhamento alimentar e nutricional junto às Escolas na execução do Programa
de Alimentação Escolar.

Parágrafo único. A mão de obra técnica específica em nutrição de que trata o caput
deste artigo, é composta de profissionais habilitados(as) em Nutrição.

Art. 52 A SEE disponibiliza Equipes de Nutrição para atuação em cada uma das 16
(dezesseis) GREs, adequando cardápios escolares que são ofertados aos(às)
estudantes, bem como executando o acompanhamento alimentar e nutricional junto às
Escolas jurisdicionadas às GREs e atendidas pelo Programa de Alimentação Escolar.

Art. 53 As Equipes de Nutrição do PAE/PE, lotadas na sede da SUPAE e nas GREs,


atuam com a finalidade de cumprir as seguintes atribuições:

I - coordenar as ações para execução do PAE/PE em Pernambuco, à luz das normas e


diretrizes dos Ministérios da Saúde e da Educação e do Programa Nacional de
Alimentação Escolar - PNAE/FNDE, seguindo as orientações da Secretaria de
Educação e da Superintendência do Programa de Alimentação Escolar - SUPAE e
suas gerências;

II - acompanhar a aplicação desta Instrução Normativa, a qual normatiza o PAE/PE em


nível estadual;

III - elaborar Cronograma Mensal de Trabalho, contendo a relação das Escolas que
serão visitadas tecnicamente com seus períodos correspondentes e enviando-o à
Gerência Técnica de Alimentação e Nutrição – GETAN, para acompanhamento;

14
IV - visitar tecnicamente as Escolas, sob sua responsabilidade, no mínimo 10 (dez)
vezes ao ano, primando pela qualidade das refeições ofertadas aos(às) estudantes
diariamente;

V - orientar as Escolas, sob sua responsabilidade, quanto às atividades de controle dos


gêneros alimentícios recebidos, armazenados e distribuídos; das refeições fornecidas;
das boas práticas de manipulação dos alimentos para a oferta de uma alimentação
saudável e adequada, primando pela segurança alimentar e nutricional;

VI - supervisionar nas Escolas, sob sua responsabilidade, o uso adequado de


equipamentos e utensílios necessários para o armazenamento, preparo e distribuição
dos alimentos, incluindo o transporte e os entregadores dos gêneros alimentícios;

VII - supervisionar o cumprimento e execução dos cardápios ofertados nas Escolas e


elaborados pela Equipe de Nutricionistas da SUPAE e GRE;

VIII - alterar os cardápios das Escolas sempre que se fizer necessário;

IX - assinar e carimbar todos os cardápios praticados nas Escolas sob sua


responsabilidade;

X - auxiliar as gestões escolares quanto às atividades de seleção dos gêneros


alimentícios a serem adquiridos com recursos enviados às UEXs; recebidos de forma
centralizada; armazenamento e distribuição dos alimentos, observando as boas
práticas higiênicas e sanitárias;

XI - notificar as gestões escolares, seguindo formulário padrão, sempre que ocorrerem


fatos que ponham em risco a segurança alimentar e nutricional dos(as) estudantes e
pelo não cumprimento da presente Instrução Normativa;

XII - enviar à SUPAE semanalmente os relatórios das Escolas visitadas, e/ou


imediatamente após a visita técnica, sempre que ocorrer denúncia ou for verificado fato
contrário à legislação em vigor;

XIII - coordenar as ações dos(as) manipuladores(as) de alimentos (merendeiros(as));

XIV - realizar anualmente, por GRE, avaliação nutricional dos(as) estudantes,


encaminhando os resultados consolidados às Escolas avaliadas e à SUPAE;

XV - traçar o perfil nutricional dos(as) estudantes, dimensionando as ações de


educação alimentar e nutricional;

XVI - realizar junto às Escolas sob sua responsabilidade ações de Educação Alimentar
e Nutricional, enviando Relatório das ações à SUPAE para acompanhamento,
avaliação e divulgação;

XVII - aplicar testes de aceitabilidade junto aos(às) estudantes, de novos alimentos e


dos cardápios usualmente praticados, em conformidade com os parâmetros definidos
pelo FNDE;

XVIII - orientar as Escolas quanto à aquisição de gêneros alimentícios, com uso dos
recursos repassados do PNAE pela SEE;

XIX - orientar às Escolas quanto à estrutura física adequada para os espaços de


alimentação;

15
XX - orientar às Escolas sobre a execução do Programa de Alimentação Escolar em
atendimento ao Programa Novo Mais Educação-PNME;

XXI - implementar o Manual de Boas Práticas em 100% (cem por cento) das Escolas;

XXII - realizar Formação Continuada com diretores escolares e demais responsáveis


pela execução do PAE/PE nas Escolas, incluindo o pessoal cadastrado para receber e
conferir a entrega dos alimentos, pela logística e/ou fornecedores, manipuladores(as)
de alimentos – merendeiros(as) das Escolas, de acordo com o cronograma elaborado
pela SUPAE/GRE e in loco, sempre que for verificada a necessidade; e

XXIII - realizar outras atividades correlatas à função/cargo, necessárias para garantir


aos(às) estudantes o acesso às refeições em quantidade e qualidade suficientes, bem
como a promoção de segurança alimentar e nutricional.

Art. 54 A Secretaria de Educação disponibiliza Equipes de Encarregados(as) de


Merenda, mão de obra terceirizada, para atuação em cada uma das 16 (dezesseis)
GREs, executando as seguintes atribuições:

I - auxiliar na supervisão dos(as) manipuladores(as) de alimentos (merendeiros/as);

II - auxiliar a Equipe de Nutricionistas na orientação e supervisão do armazenamento,


produção e distribuição dos alimentos, observando as boas práticas higiênicas e
sanitárias;

III - auxiliar a Equipe de Nutricionistas na aplicação de testes de aceitabilidade junto à


aos(as) estudantes do PAE/PE;

IV - acompanhar a Equipe de Nutricionistas nas visitas técnicas às Escolas sob sua


responsabilidade;

V - auxiliar no envio de relatórios sobre a situação das Escolas visitadas;

VI - elaborar em conjunto com a Equipe de Nutricionistas o Plano de Atividades


Mensal;

VII - enviar à Gerência Técnica de Alimentação e Nutrição – GETAN/SUPAE em


conjunto com a Equipe de Nutricionistas, o relatório das atividades realizadas no mês;

VIII - executar o plano de trabalho elaborado pelo(a) técnico(a) nutricionista da GRE;

IX - auxiliar a Equipe de Nutricionistas na elaboração de material a ser aplicado nas


Escolas da GRE e/ou enviado a GETAN/SUPAE;

X - remanejar os alimentos quando for necessário; e

XI - realizar cobrança do controle de estoque das Escolas.

16
CAPÍTULO XV

DA GESTÃO DE ALIMENTAÇÃO TERCEIRIZADA

Art. 55 Para o atendimento da alimentação terceirizada, a Secretaria de Educação do


Estado – SEE, contrata empresas especializadas para prestação de serviços de
fornecimento de alimentação escolar, lanches e almoços, com aquisição e
provisionamento de todos os gêneros alimentícios e demais insumos, para os(as)
estudantes de Escolas de Referência em Ensino Médio Integral, Semi-integral e
Escolas Técnicas Estaduais, em conformidade com Edital de Licitação, Termo de
Referência, especificações técnicas e contrato de prestação de serviços para esse fim.

§ 1º Os(as) estudantes matriculados(as) nas Escolas com atendimento integral têm


direito a 3 (três) refeições diárias.

§ 2º Os(as) estudantes matriculados(as) nas Escolas com atendimento semi-integral


têm direito a 3 (três) refeições diárias, 2 (duas) vezes por semana.

§ 3º A oferta de refeições mencionada no caput deste artigo, consiste em 1 (um)


almoço e 2 (dois) lanches, diários, para no mínimo, 200 (duzentos) dias letivos, em
conformidade com o disposto na Lei Federal nº 9.394/1996 e na Resolução FNDE/CD
nº 26/2013.

§ 4º As escolas citadas no caput deste artigo, são aquelas indicadas pela Secretaria
Executiva de Educação Profissional – SEEP.

Art. 56 A Direção Escolar tem acesso a cópias dos documentos contratuais das
empresas terceirizadas, para fornecimento de serviços de alimentação, podendo ser
através de Cartilhas ou Manuais, elaborados pela SUPAE para conhecimento e
exercício da fiscalização, na prestação dos serviços de fornecimento de alimentação
escolar.

Parágrafo único. A Direção Escolar deve aprovar as faturas de prestação de serviços,


somente das refeições efetivamente servidas.

CAPÍTULO XVl

DO CARDÁPIO DA GESTÃO DA ALIMENTAÇÃO TERCEIRIZADA

Art. 57 Os Cardápios a serem servidos nas Escolas da Rede Estadual de Ensino pelas
empresas especializadas, são planejados anteriormente à aquisição dos produtos
exclusivamente pela Equipe de Nutricionistas da SEE do Programa de Alimentação
Escolar, os quais fazem parte do Termo de Referência, que compõe a documentação
do processo licitatório para contratação das empresas terceirizadas no fornecimento de
alimentação escolar, seguindo as orientações legais do FNDE, CFN, ANVISA e
ADAGRO/PE.

Parágrafo único. A empresa deve utilizar, no mínimo, 70% (setenta por cento) do valor
por refeição, na oferta dos produtos básicos.

17
Art. 58 Na elaboração dos cardápios da alimentação terceirizada, são empregados
gêneros alimentícios básicos, de modo a respeitar as referências nutricionais, os
hábitos alimentares, a cultura alimentar pernambucana, pautando-se na alimentação
saudável e adequada, com a garantia da oferta com segurança alimentar e nutricional,
priorizando os alimentos semielaborados e os in natura.

§ 1º Os cardápios da alimentação escolar fornecidos pelas empresas terceirizadas


somente deverão ser alterados mediante autorização da Equipe de Nutricionistas da
SUPAE presentes na sede do PAE/PE e responsáveis pela coordenação operacional e
monitoramento no cumprimento do Contrato pelas empresas terceirizadas.

§ 2º Os cardápios, elaborados a partir de Fichas Técnicas de Preparo, devem conter:

I - informações sobre o tipo de refeição, o nome da preparação, os ingredientes que a


compõe e sua consistência;

II - informações nutricionais de energia, macronutrientes, micronutrientes prioritários


(vitaminas A e C, magnésio, ferro, zinco e cálcio) e fibras; e

III - identificação e assinatura (nome e número do CRN – Conselho Regional de


Nutrição) do nutricionista responsável por sua elaboração.

§ 3° Os cardápios com as devidas informações nutricionais de que trata o parágrafo


anterior devem estar disponíveis em locais visíveis nas Escolas, para acesso à
comunidade escolar (pátio ou refeitório e cozinha).

§ 4º Os cardápios devem ser planejados para atender, em média, às necessidades


nutricionais estabelecidas na forma do disposto no Anexo III da Resolução
CD/FNDE/MEC nº 26/2013, de modo a suprir no mínimo 70% (setenta por cento) das
necessidades nutricionais, distribuídas em 3 (três) refeições, inclusive nas Escolas
localizadas em comunidades indígenas e quilombolas.

§ 5º Os cardápios deverão atender aos(às) estudantes com necessidades nutricionais


específicas, tais como doença celíaca, diabetes, hipertensão, anemias, alergias e
intolerâncias alimentares, dentre outras, em conformidade com a Lei Federal nº
11.947/2009 e a Lei Federal nº 12.982/2014, conforme suas especificidades, com base
em recomendações médicas e nutricionais, avaliação nutricional e demandas
nutricionais diferenciadas.

§ 6º Os cardápios da alimentação terceirizada devem oferecer, também, por estudante


no mínimo, 3 (três) porções de frutas e hortaliças, considerando a porção por semana
de 200g (duzentos gramas) nas refeições ofertadas, sendo que:

I - as bebidas à base de frutas não substituem a obrigatoriedade da oferta de frutas in


natura; e

II - a composição das bebidas à base de frutas deverá seguir as normativas do


Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

§ 7º A oferta de doces e/ou preparações doces ficam limitadas a 2 (duas) porções por
semana, equivalente a 110 kcal (cento e dez quilocalorias) por porção, sendo
considerados doces e preparações doces, bebidas lácteas, produtos de confeitaria com
recheio e/ou cobertura, gelados comestíveis, doces em calda e pastas, mel, melaço,

18
melado e rapadura, frutas cristalizadas, cereais matinais com açúcar e barras de
cereais.

Art. 59 Na Equipe de Nutricionistas da empresa contratada, deve haver um


Responsável Técnico – RT cadastrado no CRN, que acompanhe as ações realizadas
para cumprimento do contrato nas Escolas.

Parágrafo único. Na Equipe de Nutricionistas da SEE presentes nas 16 (dezesseis)


GREs, há um(a) nutricionista responsável pela fiscalização operacional e cumprimento
dos cardápios pré-estabelecidos.

Art. 60 Os cardápios devem ser apresentados ao Conselho de Alimentação Escolar do


Estado de Pernambuco, para conhecimento e acompanhamento.

Art. 61 A empresa deve garantir o porcionamento adequado, de modo a suprir as


necessidades nutricionais diárias do(as) estudantes.

Parágrafo único. As refeições devem ser servidas com qualidade na apresentação,


sabor, cheiro e com temperatura ideal.

Art. 62 A equipe técnica da empresa deverá observar a aceitação dos cardápios


pelos(as) estudantes, realizando mensalmente Teste de Aceitabilidade, conforme
padrão estabelecido pelo FNDE à disposição no endereço eletrônico: www.fnde.gov.br.

CAPÍTULO XVll

DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃO TERCEIRIZADA

Art. 63 O preparo das refeições para oferta aos(às) estudantes deve primar pela
qualidade dos produtos, verificando o prazo de validade dos gêneros alimentícios em
conformidade com as normas da ANVISA e da ADAGRO.

Art. 64 A empresa contratada é responsável pelo controle de qualidade dos gêneros


alimentícios que compõem os cardápios, quanto:

I - ao estado de conservação, acondicionamento, condições de higiene prazos de


validade e registro nos órgãos competentes;

II - à distribuição para consumo de refeições, que são realizadas em balcões térmicos e


os sucos em refresqueiras;

III - ao armazenamento, a ser efetuado em espaços e equipamentos específicos,


garantindo as condições ideais de consumo, com acesso restrito a representantes da
empresa e/ou Direção Escolar, em parceria de responsabilidades;

IV - à manutenção de um estoque mínimo de gêneros, em compatibilidade com as


quantidades necessárias para o atendimento, devendo estar previsto estoque
emergencial de produtos não perecíveis destinados a eventuais substituições;

V - ao controle de qualidade das dietas especiais;

19
VI - à coleta de amostras para análises bacteriológicas, toxicológicas e físico-químico,
diariamente por refeição;

VII - à dotação de pessoal técnico, administrativo e operacional, compatível com o


atendimento disposto em contrato;

VIII - ao controle da saúde dos(a) manipuladores(as) de alimentos;

IX - à disponibilização de laudos médicos dos(as) manipuladores(as) de alimentos,


para a SEE e demais órgãos de fiscalização e controle social;

X - à distribuição de Equipamentos de Proteção Individual-EPIs a 100% (cem por


cento) dos(as) manipuladores(as) de alimentos, os(as) quais devem apresentar-se
diariamente em adequadas condições de higiene e limpeza, fazendo uso do uniforme
completo; e

XI - à instalação de filtros em locais de captação de água, necessários para a


operacionalização do processo de higienização dos gêneros alimentícios, confecção e
distribuição das refeições.

Parágrafo único. O local de armazenamento dos alimentos na Escola, quando utilizado


pela empresa, deve ter 2(duas) cópias das chaves, ficando uma sob a responsabilidade
da empresa e outra de posse da Direção Escolar.

CAPÍTULO XVIll

DOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS DE COZINHA DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃO TERCEIRIZADA

Art. 65 A empresa contratada deve disponibilizar às Escolas, equipamentos e utensílios


necessários, exclusivamente, para a prestação de serviço de fornecimento de refeições
prontas.

§ 1º É de responsabilidade das empresas contratadas para o fornecimento de refeições


prontas, a manutenção dos móveis, equipamentos e utensílios, livre de vetores e
pragas urbanas, registrando-se o procedimento em planilhas específicas que devem
permanecer na cozinha da Escola.

§ 2º Cabe à empresa contratada efetuar a substituição dos móveis, equipamentos e


utensílios sempre que se fizer necessário, mantendo-os em funcionamento de acordo
com a legislação sanitária vigente e normas de proteção e segurança do trabalho.

§ 3º A utilização dos móveis, equipamentos e utensílios de propriedade da empresa é


para uso exclusivo dessa, na preparação das refeições ofertadas diariamente aos(às)
estudantes.

§ 4º O fornecimento do gás de cozinha, conforme contrato, é de responsabilidade da


empresa contratada, voltado ao atendimento exclusivo à preparação das refeições
dos(as) estudantes.

Art. 66 Para higienização e limpeza dos espaços de manipulação dos alimentos,


equipamentos e utensílios, as empresas contratadas abastecem as Escolas com
materiais de higiene e limpeza, específicos.

20
Art. 67 Para a prestação de serviço do fornecimento de refeições prontas, a empresa
contratada deve prover as Escolas com pratos de vidro, talheres em aço inox (com faca
sem ponta) e copos de vidro, de acordo com o número de estudantes atendidos(as).

CAPÍTULO XIX

DO TRANSPORTE DE ALIMENTOS DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃOTERCEIRIZADA

Art. 68 A empresa contratada deve realizar o transporte das refeições, quando não for
possível a produção local, atendendo de forma compatível a quantidade de refeições
contratadas.

§ 1º Para o transporte das refeições prontas, a empresa deve garantir as condições de


tempo e temperatura, assegurando a qualidade higiênico-sanitária, bem como
monitorar a temperatura durante o deslocamento.

§ 2º As refeições prontas transportadas devem estar acondicionadas em cubas –


recipientes isotérmicos (hot box) – até a(s) Escola(s).

§ 3º Os hot boxes de que trata o parágrafo anterior devem ser entregues devidamente
etiquetados, com o nome da Escola e a quantidade a ser recebida de refeições.

§ 4º Fica proibido o fornecimento de quentinhas ou marmitex, como forma de


distribuição de refeições aos(as) estudantes.

Art. 69 É de total responsabilidade da empresa contratada a vistoria e certificação por


órgão competente dos transportes utilizados para distribuição das refeições e/ou
gêneros alimentícios necessários para o atendimento qualitativo aos(às) estudantes
das Escolas atendidas com a gestão do PAE/PE.

Parágrafo único. A empresa contratada para fornecimento de refeições prontas deve


apresentar à SUPAE o Certificado de Vistoria dos Veículos de que trata o caput deste
artigo, expedido pela autoridade de Vigilância Sanitária local, em atendimento à Lei
Federal nº 6.437/1977 e ao Decreto Estadual nº 20.786/1998 e Resolução RDC nº
216/2004 – ANVISA.

Art. 70 As refeições transportadas devem ser entregues nas Escolas com, no mínimo,
1h30min (uma hora e trinta minutos) de antecedência ao horário de consumo pelos(as)
estudantes.

Art. 71 Os colaboradores das empresas, responsáveis pela entrega nas Escolas das
refeições prontas ou para a entrega de gêneros alimentícios, devem utilizar uniformes
com identificações padronizadas.

21
CAPÍTULO XX

DOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS DA GESTÃO DE


ALIMENTAÇÃOTERCEIRIZADA

Art. 72 A empresa contratada deve dispor de cozinheiros(as) e auxiliares de cozinha


aptos(as) a atenderem às atribuições e normas preconizadas nesta Instrução
Normativa e na legislação vigente.

Art. 73 A empresa contratada deve uniformizar cozinheiros(as) e auxiliares de cozinha,


os quais devem apresentar-se diariamente em adequadas condições de higiene
durante todo o processo de produção e distribuição das refeições.

Art. 74 Os(as) cozinheiros(as) e auxiliares de cozinha devem estar em condições de


saúde compatíveis com a sua função, sendo garantida pela empresa contratada a
realização de exames físicos anuais, incluindo exames específicos de acordo com as
normas dispostas na Resolução RDC nº 216/2004 - ANVISA.

Parágrafo único. Os resultados dos exames realizados no pessoal operacional de que


trata o caput deste artigo, devem estar disponíveis nas Escolas para acesso aos
órgãos de controle social.

Art. 75 A empresa contratada deve promover treinamentos periódicos específicos para


os profissionais citados no Art. 72, com abordagem teórica e prática, acerca dos
aspectos das boas práticas de manipulação dos alimentos, técnicas culinárias, coleta
de lixo seletiva (cozinha, depósito de alimentos e refeitório), sobra de alimentos,
relações interpessoais, alimentação saudável, aproveitamento integral dos alimentos e
prevenção de acidentes de trabalho e combate a incêndios, conforme Resolução RDC
nº 216/2004 – ANVISA.

Parágrafo único. Após os treinamentos, citados no caput deste artigo, são enviados
Relatórios de Atividades e Ata de Frequência à SUPAE.

CAPÍTULO XXI

DO ACOMPANHAMENTO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NAS ESCOLAS


ATENDIDAS PELA GESTÃO DA ALIMENTAÇÃO TERCEIRIZADA

Art. 76 A Equipe de Nutrição disponibilizada pela SEE para atuação nas Escolas, com
atendimento misto na gestão do Programa de Alimentação Escolar de Pernambuco-
PAE/PE-PAE/PE, também atuam no acompanhamento às Escolas com gestão
terceirizada, jurisdicionadas às 16 GREs, a fim de monitorar os serviços prestados
pelas empresas contratadas para o fornecimento de refeições prontas em
conformidade com as especificações técnicas contidas no Edital de Licitação e nas
cláusulas contratuais.

§1º As notificações de irregularidades encontradas nas Escolas com atendimento


terceirizado pela Equipe de Nutrição do PAE/PE, são encaminhadas à SUPAE para
providências, quando a irregularidade for de responsabilidade da empresa fornecedora
das refeições prontas.

§2º As irregularidades encontradas nas Escolas com atendimento terceirizado pela


Equipe de Nutrição do Programa de Alimentação Escolar deverão ser notificadas
22
aos(às) Diretores(as) Escolares para correção, quando as irregularidades forem de
responsabilidade desses.

Art. 77 A empresa contratada deve dotar sua Equipe Técnica de Nutricionistas,


devendo manter um Responsável Técnico – RT cadastrado no Conselho Regional de
Nutrição-CRN, que acompanhará as ações realizadas para cumprimento do contrato
nas Escolas sob sua responsabilidade no fornecimento de refeições prontas, fazendo
cumprir o disposto no Edital de Licitação e Termo de Referência.

Parágrafo único. Compete à Equipe de Nutricionistas citada no caput deste artigo,


dentre outras atribuições, realizar ações de educação alimentar e nutricional em
articulação com a Equipe de Nutricionistas da SEE incentivando a mudança de hábitos
alimentares e o desperdício de alimentos, essenciais na formação dos(as) estudantes.

CAPÍTULO XXIl

DA COMERCIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS NAS ESCOLAS

Art. 78 A Escola deve ofertar diariamente aos(às) estudantes, refeições em


conformidade com os cardápios pré-estabelecidos pela SEE de forma gratuita.

§1º É terminantemente proibida a comercialização de alimentos no interior das Escolas


da Rede Estadual de Ensino, em conformidade com o Art. 1º da Lei Federal nº
11.947/2009, a qual dispõe: “... entende-se por alimentação escolar todo alimento
oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período
letivo”.

§ 2º A fiscalização do comércio de alimentos na área externa das Escolas é de


competência do poder público municipal, que detém a prerrogativa de ordenar as
atividades de comércio urbano.

CAPÍTULO XXIll

DA RESPONSABILIDADE NA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO


ESCOLAR

Art. 79. Cabe à SUPAE através da Gerência Técnica de Alimentação e Nutrição -


GTAN e da Gerência Administrativa e Financeira - GEAF do PAE/PE, o gerenciamento
das seguintes ações:

I - ao abastecimento de gêneros alimentícios nas Escolas, em qualidade e quantidade


suficientes;

II - à dotação escolar de equipamentos e utensílios de cozinha nas Escolas da Rede


Estadual de Ensino;

III - à organização e coordenação de treinamentos dos recursos humanos responsáveis


pela execução do PAE/PE nas GREs e nas Escolas com frequência mínima anual;

IV - à manutenção de Equipe de Nutricionistas habilitados nas 16 GREs;

23
V – à coordenação das ações de educação alimentar e nutricional direcionadas às
Escolas, incluindo a implementação do projeto de hortas escolares pedagógicas;

VI - ao cumprimento das diretrizes e normas legais que norteiam o atendimento aos


(às) estudantes da Rede Estadual de Ensino através do PAE/PE; e

VII - às demandas dos processos contratuais das empresas terceirizadas, fornecedoras


de refeições prontas, incluindo:

a) o monitoramento dos contratos;

b) a fiscalização da execução;

c) o acompanhando técnico das Escolas atendidas pela gestão terceirizada,


bem como a correção pelas empresas das falhas encontradas; e

d) a solicitação de abertura de Processo Administrativo para Aplicação de


Penalidade – PAAP, nos termos do Decreto Estadual nº 42.191/2015, em
caso de possíveis irregularidades das empresas contratadas no
fornecimento das refeições prontas.

Art. 80 Cabe à GRE no âmbito de sua jurisdição territorial, fazer cumprir, no que diz
respeito à execução do PAE/PE, as disposições legais em esfera federal, estadual e
municipal, garantindo a oferta de refeições diárias com segurança alimentar e
nutricional.

§ 1º Cabe ainda à GRE exercer apoio às ações inerentes ao PAE/PE quanto a


supervisão, fiscalização, orientação, articulação técnica e coordenação de projetos
específicos junto às Escolas sob sua jurisdição, coordenando as atividades no
atendimento da alimentação escolar aos(às) estudantes das Escolas da Rede Estadual
de Ensino, incluindo a constituição dos Conselhos Escolares, UEXs e a Conferência
das Prestações de Contas dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar
- PNAE repassados pela SEE às Escolas.

§ 2º As ações de supervisão, fiscalização, orientação, articulação técnica e


coordenação às quais se refere o caput deste artigo se dão através da Equipe de
Nutricionistas, encaminhados(as) pela SUPAE, os(as) quais são lotados(as) em uma
Unidade Administrativa da GRE.

Art. 81 A equipe técnica da Coordenação Geral de Administração e Finanças - CGAF


na GRE é responsável pela revisão das Prestações de Contas relacionadas a sua
jurisdição territorial, em conjunto com a Equipe de Nutricionistas, quanto aos recursos
do PNAE repassados às UEXs para a aquisição de gêneros alimentícios in loco, antes
do envio à SUPAE.

Parágrafo único. Cabe ainda à equipe da CGAF mencionada no caput deste artigo, a
emissão de relatórios mensais sobre entrada/saída das pastas de Prestação de
Contas, os quais são destinados a SUPAE.

Art. 82 Os cardápios anexados às prestações de contas devem ser validados,


assinados e carimbados pela Equipe de Nutricionistas, presente na respectiva GRE.

Art. 83 Compete à Direção Escolar:

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I - garantir a execução do PAE/PE na Escola sob sua responsabilidade, cumprindo
o que determina a Legislação em vigor, bem como a presente Instrução Normativa;

II - garantir acessibilidade aos espaços de alimentação escolar (cozinha e


depósitos de alimentos/equipamentos de armazenamento) pela equipe de supervisão
(nutricionistas e técnicos de fiscalização) da SUPAE, bem como aos órgãos de controle
social, civis e governamentais;

III - garantir acesso às pastas de Prestação de Contas, Controles de Recebimento


dos gêneros alimentícios, Controles de Estoque diário e mensal da alimentação escolar
pela equipe de supervisão (nutricionistas e técnicos de fiscalização) da SUPAE, bem
como pelos membros de órgãos de controle social, civis e governamentais;

IV - realizar a conferência dos produtos alimentícios recebidos, verificando peso,


quantidade (indicada na Nota de Entrega) e a qualidade de cada gênero entregue,
devolvendo ao fornecedor todo e qualquer produto que não esteja dentro dos padrões
legais, justificando na mesma nota, o motivo da devolução;

V - comunicar à SUPAE qualquer alteração no calendário escolar, evitando assim,


desperdício ou a falta de gêneros alimentícios, para composição das preparações;

VI - realizar a manutenção preventiva dos equipamentos, periodicamente


registrando em planilha específica ou solicitá-la à empresa fornecedora de refeições
prontas, nos casos de gestão terceirizada;

VII - adquirir equipamentos e utensílios de cozinha utilizando recursos de outros


convênios, a exemplo do Programa de Dinheiro Direto na Escola-PDDE, desde que
comprovada a sua necessidade e autorizada sua aplicação pelos órgãos concedentes;

VIII - atualizar os dados de matrícula no Censo Escolar e Sistema de Informações


da Educação de Pernambuco-SIEPE para o ano em curso; e

IX - escolher, em parceria com o Conselho Escolar, 1 (um) servidor(a) para


coordenar a execução do PAE/PE no interior da Escola, denominado Responsável pela
Alimentação Escolar, que deve pertencer ao quadro de Servidores efetivos lotado(a) na
Escola.

§ 1º Dentro das responsabilidades que trata o inciso I deste artigo, consta a inclusão no
Projeto Político-Pedagógico da Escola, do tema “educação alimentar e nutricional”, que
deve ser vivenciado, de forma interdisciplinar, em parceria com a Equipe de Nutrição
responsável pelo acompanhamento à Escola.

§ 2º No planejamento e execução das ações de educação alimentar e nutricional na


Escola, deve ser incluida a implantação ou implementação de hortas escolares
pedagógicas.

§ 3º As chaves dos espaços de armazenamento e preparação da alimentação escolar


devem estar à disposição de todos(as) que estão envolvidos no processo da
Alimentação Escolar.

§ 4º Quando constatadas, no ato do recebimento, eventuais faltas ou avarias que


comprometam o produto, essas devem ser anotadas na própria Nota de Entrega de
Alimentos que acompanhou a remessa.

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§ 5º Faltas ou avarias apontadas posteriormente ao recebimento e não anotadas na
Nota de Entrega não serão substituídas ou repostas, sendo de responsabilidade total
da Direção Escolar.

§ 6º Quando ocorrer excesso de alimentos na Escola, a Direção Escolar deve entrar


em contato com a Equipe de Nutricionistas da GRE da qual está jurisdicionada,
devendo a referida equipe emitir ofício direcionado à SUPAE, comunicando e
justificando o fato, no prazo de até 20 (vinte) dias corridos, para adequação da próxima
distribuição.

§ 7º Em caso de ausência de uma pessoa definida, conforme inciso IX do caput deste


artigo, ficará o(a) Diretor(a) Escolar com total responsabilidade sobre a execução da
Alimentação Escolar na Escola.

Art. 84 Compete ao Responsável pela Alimentação Escolar na Escola:

I - planejar as atividades inerentes à execução do PAE/PE;

II - divulgar o cardápio devidamente assinado pelo(a) Nutricionista que é ofertado


aos(às) estudantes, afixando-o em locais estratégicos para acesso da comunidade
escolar;

III - acompanhar as ações de recebimento dos gêneros alimentícios, certificando-se de


que a entrega ocorrerá dentro do horário de funcionamento da Escola;

IV - designar 05 (cinco) servidores da Escola, os quais serão responsáveis pelo


recebimento dos gêneros alimentícios, observando os critérios de recebimento
adotados pelas normas em vigor (FNDE e ANVISA), cadastrados na ficha de
autógrafos da SUPAE que deverá ser atualizada, anualmente;

V - acompanhar o preparo das refeições, certificando-se de que o mesmo ocorrerá de


acordo com o cardápio previamente planejado e divulgado, elaborado pela Equipe de
Nutricionistas da GRE/SUPAE/SEE;

VI - acompanhar a distribuição das refeições, certificando-se de que as mesmas


atendem aos(as) estudantes, conforme previsto pelo PAE/PE dentro dos padrões de
higiene sanitária, definidos pela ANVISA dispostos na Resolução RDC nº 216/2004 -
ANIVISA;

VII - quantificar as refeições distribuídas na Escola diariamente por turno,


encaminhando à Equipe de Nutricionistas, na GRE mensalmente até o 5º (quinto) dia
útil de cada mês, um mapa consolidado, contendo número de estudantes por turno/dia
e número de refeições fornecidas, devidamente assinado e carimbado pelo(a)
Diretor(a) Escolar;

VIII - acompanhar a limpeza e higienização do depósito de alimentos, utensílios e


equipamentos de cozinha, observando as orientações de armazenamento dos
produtos, seguindo as normas de vigilância sanitária e Cartilha de Orientações,
distribuída pela SUPAE;

IX - executar o Controle de Estoque Diário dos gêneros alimentícios, preenchendo


Formulário Padrão distribuído pela Equipe de Nutrição, que deve ser arquivado em
pasta específica;

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X - encaminhar à GRE até o 5º (quinto) dia útil de cada mês, o formulário do Controle
de Estoque Mensal da Escola, devidamente preenchido, assinado e carimbado pela
Direção Escolar;

XI - acompanhar a elaboração da Prestação de Contas dos recursos do FNDE


repassados, junto à UEX, para a aquisição dos gêneros alimentícios, encaminhando-a
à GRE, na qual a Escola está jurisdicionada, dentro do prazo pré-estabelecido;

XII - zelar pela segurança alimentar e nutricional dos(as) estudantes matriculados(as)


na Escola, de acordo com as normas da Lei Federal Nº 11.346/2006, que cria o
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN;

XIII - informar à GRE e à SUPAE irregularidades na execução do Programa de


Alimentação Escolar, via telefone/e-mail, preliminarmente e em seguida, enviar ofício
seguido de Relatório Técnico com a identificação do informante;

XIV - participar de formação continuada e eventos necessários à coordenação de


execução do PAE/PE;

XV - articular com a coordenação pedagógica da Escola, quanto à execução das ações


e atividades de educação alimentar e nutricional;

XVI - articular com a Equipe de Nutrição da GRE/SUPAE sobre o planejamento das


ações de educação alimentar e nutricional;

XVII - encaminhar à Equipe de Nutrição da GRE/SUPAE relatórios com fotos das ações
de educação alimentar e nutricional realizadas pela Equipe Pedagógica da escola e
previstas nesta Instrução Normativa; e

XVIII - executar outras atividades correlatas.

CAPÍTULO XXIV

DAS PENALIDADES POR INOBSERVÂNCIA ÀS AÇÕES DO PROGRAMA DE


ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

Art. 85 A Direção Escolar é notificada pela Equipe de Nutricionistas da GRE e /ou


Equipe de Fiscalização da SUPAE nas hipóteses em que não cumprir os preceitos
desta Instrução Normativa, conforme modelo a ser fornecido pela SUPAE.

§1º A Direção Escolar, quando notificada, pode apresentar justificativa no prazo


máximo de 05 (cinco) dias úteis, a contar da data de recebimento, que será analisada
pela GETAN do PAE/PE.

§2º Após análise da justificativa apresentada pela Direção Escolar, conforme trata o
parágrafo anterior, cabe à GETAN e à SUAPE decidir sobre os encaminhamentos
cabíveis, observando a legislação aplicada no caso concreto.

Art. 86 A perda dos gêneros alimentícios, por falta de observância, quanto ao prazo de
validade ausência de conferência no ato do recebimento, das condições de
armazenamento e das orientações contidas na presente Instrução Normativa, implica
na sua reposição, podendo o gênero ser substituído por outro produto equivalente em

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comum acordo com a Equipe de Nutricionistas da GRE responsável pelo
acompanhamento da Escola.

§1º A reposição do gênero alimentício impróprio para o consumo, pelas razões de que
trata o caput deste artigo, é efetuado pela Direção Escolar, devendo ser acompanhada
e documentada pelo Conselho Escolar e pelo(a) Nutricionista responsável pela
execução do PAE/PE na Escola.

§2º A Direção Escolar fica obrigada a encaminhar à SUPAE através da GRE a ela
jurisdicionada, Nota Fiscal Eletrônica comprobatória da reposição ou substituição dos
gêneros alimentícios, acompanhado de cópia de Ata de Assembleia do Conselho
Escolar convocado especificamente para esse fim.

§ 3º A documentação, citada no parágrafo anterior, deve ser encaminhada à SUPAE


através de ofício da Escola, assinada e carimbada pela Direção Escolar, no prazo
máximo de 30 (trinta) dias corridos, a contar da data de notificação, para reposição.

Art. 87 Ao ser constatada pela GRE/SUPAE a omissão no controle diário de estoque de


alimentos e/ou do controle de estoque mensal, bem como no envio de cópia do
controle de estoque de alimentos, mensalmente dentro do prazo estabelecido na
presente Instrução Normativa, a SUPAE/SEE adotará procedimentos legais e
administrativos pertinentes aos(as) Diretores(as) Escolares.

Art. 88 Verificada a omissão no controle e contagem diária das refeições ofertadas,


bem como a falta de envio de planilha consolidada à Equipe de Nutrição da GRE, na
qual a Escola encontra-se jurisdicionada, a Direção Escolar será responsabilizada,
devendo a GRE/SUPAE/SEE adotar todas as medidas legais e administrativas
pertinentes que o caso requerer, observando os preceitos da Lei Estadual nº
6.123/1968 e do Decreto Estadual nº 42.191/2015.

Art. 89 Fica vedado à Direção Escolar realizar, junto aos fornecedores do PAE/PE, a
troca de produtos diferentes do objeto contratado.

Art. 90 As Prestações de Contas dos recursos repassados, ao serem encaminhadas à


GRE serão conferidas pela equipe técnica da CGAF da GRE devendo ser remetidas à
SUPAE em pasta específica, contendo todos os documentos que comprovem a
execução do PNAE de acordo com as orientações contidas no Manual de Orientações
para Prestação de Contas distribuído às Escolas pela SEE e disponibilizados aos
membros dos Conselhos Escolares.

Art. 91 A GRE ao constatar a omissão na prestação de contas por parte da Escolas dos
recursos do PNAE repassados às UEXs ou outra qualquer irregularidade que possibilite
a suspensão do repasse de recursos do PNAE deve imediatamente comunicar o fato
oficialmente à SUPAE/SEE através de relatório de supervisão e fiscalização que lhe
compete.

Art. 92 A UEX que não apresentar dentro do prazo de 60 (sessenta) dias corridos a
prestação de contas dos recursos recebidos para aquisição de gêneros alimentícios,
conforme chek-list de compras e cardápios assinados pelo(a) Nutricionista responsável
pela Escola, é notificada, sendo estipulado um prazo de 05 (cinco) dias corridos para
apresentação da documentação à GRE.

Art. 93 Ao ser constatada a aquisição de gêneros alimentícios de forma irregular, a


UEX será notificada, devendo a mesma efetuar a substituição/reposição dos produtos
por outro, mediante autorização da Equipe de Nutricionistas e acompanhamento de
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outros membros do Conselho Escolar, em igual valor ao gasto indevido efetuado,
comprovado com a apresentação de Nota Fiscal Eletrônica e Ata de Assembleia
especifica.

Parágrafo único. Para a UEX que não apresentar à GRE a Nota Fiscal e a Ata de
Assembleia de que trata o caput deste artigo, no prazo máximo de 10 (dez) dias
corridos a contar da data da notificação, a SEE em conformidade com as legislações
aplicáveis, adotará medidas administrativas e legais para responsabilização dos
envolvidos.

Art. 94 A SEE adotará as providências cabíveis, quando a UEX não realizar aplicação
financeira dos recursos recebidos, após 30 (trinta) dias corridos, a contar da data do
seu recebimento em conta bancária.

CAPÍTULO XXV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 95 Os casos omissos, na presente Instrução Normativa, serão dirimidos pela


Secretaria de Educação através da Superintendência do Programa de Alimentação
Escolar.

Art. 96 Esta Instrução Normativa entrará em vigor a partir da data de sua publicação,
no Diário Oficial do Estado de Pernambuco, ficando revogadas as disposições em
contrário e a Instrução Normativa nº 1/2010 (DOE – PE de 14/08/2010).

Recife ____ de _____________ de 2017

FREDERICO DA COSTA AMANCIO


Secretário de Educação do Estado de Pernambuco - SEE

EDNALDO ALVES DE MOURA JUNIOR


Secretário Executivo de Administração e Finanças – SEAF

MARIETA PINHO BARROS


Superintendente do Programa de Alimentação Escolar - SUPAE

MAGDA DINIZ DE BRITO LIRA OLIVEIRA


Gestora Técnica de Alimentação e Nutrição – GETAN

JOSÉ ALBERTO DA SILVA FILHO


Gestor Técnico de Administração e Finanças – GETAF

SEVERINO JOSÉ DE ANDRADE JUNIOR


Secretário Executivo de Planejamento e Coordenação - SECO

EDSON BEZERRA MARQUES DA SILVA


Gerente de Normatização do sistema Educacional - GENSE

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