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FNDE - FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA


PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ALETHEYA FONTANA DE OLIVEIRA


EDILEUSA SILVA FERRACINE
SHADIA ALVES MATTOS DE FARIAS

A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO DE CIDADE GAÚCHA


ANO LETIVO DE 2013

Trabalho apresentado como requisito


parcial do curso Formação Pela Escola
- módulo Programa Nacional de
Alimentação Escolar.

CIDADE GAÚCHA
JUNHO – 2013
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PNAE- Programa Nacional de Alimentação Escolar

Introdução

O Programa tem sua origem no início da década de 40, quando o então


Instituto de Nutrição defendia a proposta do governo federal oferecer
alimentação aos estudantes. Entretanto, não foi possível concretizá-la, por
indisponibilidade de recursos financeiros. Na década de 50, foi elaborado um
abrangente Plano Nacional de Alimentação e Nutrição, denominado
Conjuntura Alimentar e o Problema da Nutrição no Brasil. É nele que, pela
primeira vez, se estrutura um programa de merenda escolar em âmbito
nacional, sob a responsabilidade pública. Desse plano original, apenas o
Programa de Alimentação Escolar sobreviveu, contando com o financiamento
do Fundo Internacional de Socorro à Infância (Fisi), atualmente Unicef, que
permitiu a distribuição do excedente de leite em pó destinado, inicialmente,
à campanha de nutrição materno-infantil.

Somente em 1979 foi dada ao Programa a denominação de Programa


Nacional de Alimentação Escolar – Pnae. O Programa Nacional de
Alimentação Escolar tem como função oferecer alimentos adequados, em
quantidade e qualidade, para satisfazer as necessidades nutricionais do
educando no período em que ele permanecer na escola, além de contribuir
para aquisição de hábitos e práticas alimentares saudáveis.

A própria Constituição do país afirma, em seu art. 208, inciso VII, que
a alimentação escolar é dever do Estado e um direito do educando que
frequentem a educação básica e no art.6º, que a alimentação é um direito
social.

A alimentação escolar é uma obrigação dos governos federal,


estaduais, distrital e municipais. Eles devem garantir a efetivação do direito
à alimentação para os alunos matriculados nas creches, pré-escolas, escolas
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do ensino fundamental e médio e educação de jovens e adultos da rede


pública, além das qualificadas como filantrópicas e comunitárias, inclusive
as de educação especial e as localizadas em áreas indígenas e em áreas
remanescentes de quilombos que constem do Censo Escolar, realizado pelo
Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa Anísio Teixeira, do Ministério da
Educação (Inep/MEC).

Objetivo

O Pnae tem por objetivo contribuir para o crescimento e o


desenvolvimento biopsicossocial a aprendizagem, o rendimento escolar e a
formação de hábitos saudáveis dos alunos por meio de ações de educação
alimentar e nutricionais e da oferta de refeições que cubram as suas
necessidades nutricionais durante o período em que permanecem na escola.

O Pnae não tem a função apenas de satisfazer as necessidades nu-


tricionais dos alunos, enquanto permanecem na escola. Ele se apresenta
como modelo de Programa social, cujos princípios são: reconhecer,
concretizar e fortalecer o direito humano e universal à alimentação.

Tem o objetivo de suprir no mínimo 15% das necessidades nutricionais


diárias dos alunos do sistema público de ensino, contribuir para uma
melhor aprendizagem e favorecer a formação de bons hábitos alimentares em
crianças e adolescentes. Para povos indígenas e remanescentes de
comunidades quilombolas o percentual das necessidades nutricionais
diárias a serem supridas é de 30%, pelo fato destes povos viverem em
situação de risco de insegurança alimentar.

Atualmente, o valor per capita repassado pela União é de R$ 0,22 por


aluno de creches públicas e filantrópicas, de R$ 0,22 por estudante do
ensino fundamental e da pré-escola. Para os alunos das escolas indígenas e
localizadas em comunidades quilombolas, o valor per capita é de R$ 0,44. Os
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recursos destinam-se à compra de alimentos pelas secretarias de Educação


dos Estados e do Distrito Federal e pelos municípios.

  O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no


censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O programa é
acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos
Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de
Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e
pelo Ministério Público. O orçamento do programa previsto para 2011 é de
R$1,6 bilhão para atender 36 milhões de alunos. 

As entidades executoras têm autonomia para administrar o dinheiro e


compete a elas à complementação financeira para a melhoria do cardápio
escolar, conforme estabelece a Constituição Federal. A transferência é feita
em dez parcelas mensais, a partir do mês de fevereiro, para a cobertura de
200 dias letivos. Cada parcela corresponde a vinte dias de aula. Do total,
70% dos recursos são destinados à compra de produtos alimentícios básicos,
ou seja, semielaborados e in natura.

Sobre a prestação de contas é realizada até o dia 28 de fevereiro do


ano subseqüente ao do atendimento, por meio do Demonstrativo sintético
anual da execução físico-financeira. A secretaria de Educação do estado ou
município deve enviar a prestação de contas ao Conselho de Alimentação
Escolar até 15 de janeiro.

Cabe ao FNDE e ao Conselho de Alimentação Escolar (CAE) fiscalizar a


execução do programa, sem prejuízo da atuação dos demais órgãos de
controle interno e externo, ou seja, do Tribunal de Contas da União (TCU),
da Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e do Ministério
Público. Qualquer pessoa física ou jurídica pode denunciar irregularidades a
um desses órgãos.
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Análise dos dados

O PNAE é o maior programa de alimentação em atividade no Brasil. As


refeições servidas nas escolas públicas do País são financiadas em parte pelo
Governo Federal e complementadas com recursos das prefeituras e dos
governos de estado. O orçamento do PNAE previsto para 2011 é de R$ 1,6
bilhão para atender mais de 36 milhões de alunos. Esta quantidade de
recursos, porém, não significa que os alunos das redes públicas de ensino
tenham garantido o direito a uma alimentação escolar de qualidade.

Nos últimos anos não faltam casos que comprovam a existência de


uma situação frágil do Programa da merenda, seja por meio das recorrentes
denúncias de desvio do dinheiro destinado à compra de alimentos, seja pela
simples constatação da falta de comida nas escolas ao longo de meses ou,
ainda, pelo fornecimento de uma merenda escassa e pobre em nutrientes.

Diante dessa realidade, a Ação Fome Zero considera que uma


alimentação escolar de qualidade é um instrumento fundamental para a
recuperação de hábitos alimentares saudáveis e, sobretudo, para a
promoção da segurança alimentar das crianças e jovens do Brasil. E
acredita, principalmente, que promover uma alimentação escolar de
qualidade é trabalhar por uma melhor educação pública no país, porque
bons níveis educacionais também são resultado de alunos bem alimentados
e aptos a desenvolver todo o seu potencial de aprendizagem.

O PNAE procura ajudar o país a chegar a um nível elevado de


educação, garantindo o atendimento às necessidades nutricionais dos
alunos, contribuindo para a adoção de hábitos e práticas alimentares
saudáveis para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento
escolar dos alunos.
Para tanto, o cálculo do valor da merenda escolar de cada ano é feito
de acordo com o Censo Escolar do ano anterior e, sendo assim, quando há
alguma mudança, como o aumento de vagas de alunos na escola, a
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responsabilidade de custear essa alimentação fica para o município. Assim,


as escolas tem que controlar rigorosamente os gastos alimentícios para que
os alunos não sofram a ausência de alguns alimentos e a alimentação
continue rica e satisfatória para os mesmos.

Proposta de solução

De acordo com os dados levantados nas Escolas do nosso município, o


que foi sugerido é que a liberação de verba poderia ser realizada no início do
ano, com os alunos matriculados na escola naquele ano, e sem demora a
liberação da mesma.
Em nosso município seria necessário que a compra direta chegasse às
escolas duas vezes por semana mantendo produtos mais frescos da mesma
forma aproveitando melhor as frutas típicas de cada época, pois uma
merenda saudável e nutritiva é, nesse sentido, base para o crescimento das
gerações que construirão o futuro deste país.

Conclusão

O Pnae é um dos maiores Programas na área de alimentação escolar do


mundo, uma vez que atende a todos os alunos matriculados na educação
básica pública, independentemente de classe, cor ou religião. Trata-se de
uma oportunidade não só de oferecer alimentos que satisfaçam as
necessidades nutricionais dos estudantes no período em que estão na
escola, mas também de contribuir para a melhoria do processo de ensino e
de aprendizagem e a formação de hábitos e práticas alimentares saudáveis
na comunidade local e escolar.

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