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Essa foi minha análise de KOF 2003 no site Metacritic, que até hoje em 2021
é a única análise que esse jogo possui no site. Você pode conferir lá nas
análises de usuários através do link:
https://www.metacritic.com/game/switch/aca-neogeo-the-king-of-fighters-2003
Joguei todas as versões até hoje lançadas. A versão de Neo-Geo AES/MVS é
um espetáculo para o hardware, a versão de Playstation 2 e Xbox Clássico
trazem cenários em 3D, além dos cenários 2D do árcade, as versões ACA Neo-
Geo não mudam muito com relação à versão de Arcade, adicionando um
modo ou outro. A versão de Xbox Clássico trazia a possibilidade de
multiplayer pela saudosa Xbox Live. Segue abaixo as notas do jogo para
cada plataforma.
Cry Wolf: POR Kevin Amorim
( Link do canal da Twitch: https://www.twitch.tv/lobopala )
Ataque a cada nota e sobreviva durante a melodia, crie
esperança em momentos sonoros!
Bom dia, boa tarde ou boa noite; não sei que horas são aí,
mas certamente alguma hora é.
Venho por meio desta lhes falar sobre música e a relação que
ela tem com jogos especificamente. Pensem comigo, se um
filme, série, desenho, anime ou qualquer arte visual que
contenha som nos causa grande impacto a cada cena, por
que com jogos seria diferente, não é? A escolha de uma
trilha sonora para algo não é simples, existe o processo de
criação, encaixe, sentimento e desejo de transmitir a sensação
tocando o coração do público; portanto, trazer isto à tona não
é algo fácil.
Vou lhes dar o exemplo de Days Gone, nas cenas de
perseguição ou aproximação dos zumbis, os músicos
usaram um arco (vara de madeira feita com crinas de cavalo para tocar
violino, violoncelo e outros) em contato com um prato de bateria, para
fornecer um som agonizante e incômodo que causasse desconforto, medo,
desespero. Isso foi uma idéia gerada na hora pelo engenheiro de som se não
me engano e que deu super certo!
Em jogos de RPG temos presente instrumentos de orquestra
pelas vastas possibilidades que o gênero nos fornece; em
jogos de corrida geralmente temos algo mais eletrônico,
tecno, rap e até um heavy metal às vezes; jogos de
aventura também costumam contar com orquestras;
FPS, esportes e luta costumam ter suas músicas
no menu tendo em vista que poderiam
atrapalhar sua jogatina pela possível
distração.
Precisamos entender que a trilha sonora deve ser tão
marcante quanto a obra, pois a música nos
acompanha em cada passo do nosso dia a dia e
nossas memórias ficam interligadas a isso,
trazendo das mais variadas sensações aos
nossos momentos.
Puxando um pouco mais a sardinha pro meu lado,
jogos de RPG como Skyrim, Zelda, The Witcher,
Castlevania, Final fantasy, Diablo, Persona,
Dragon Age, Chrono Trigger, Dark Souls
(embora a trilha sonora deste em específico
seja em breves momentos e não
acompanhe o jogador como nos demais),
e muitos outros do gênero sempre
contaram com trilhas sonoras
impecáveis e de perfeito
encaixe em seus momentos
cruciais atingindo o objetivo
final, de levar o público aonde
eles querem. O trabalho
musical feito no RPG é surreal,
até por que é algo mais
complexo e sempre houve desafio
a cada geração, tornando a
concorrência maior e fazendo as empresas lutarem por espaço nos
entregando o melhor conteúdo possível geração após geração.
Essas são as dicas e opiniões de um cara que cresceu com isso e buscou sua
criatividade, trabalhou suas idéias e forjou histórias baseadas em toda sua
experiência.
Se cuidem, bebam água e se alimentem bem.
ANÁLISE SINCERA
LIMBO
Por Lohan D. Souza
O videogame hoje á uma arte consolidada, e nada, nenhum
argumento refuta esse fato. O que começou como um mero
brinquedo hoje é a maior indústria do entretenimento. O
Pikachu e o Mario hoje são maiores que o Mickey e o
Pernalonga, então não dá para fugir desse fato, não
importa o que digam. Como videogame se tornou uma
arte, alguns jogos é claro terão um apelo mais artístico
do que para a gameplay. Vemos isso ocorrer em
indies, com jogos que são mais novels do que jogos
de fato. Realmente, parece que é muito difícil
conciliar direção artística voltada para arte e gameplay
interessante. Claro que jogos como Zelda Breath of The Wild ou Wind Waker
são excelentes exemplos de que é possível sim, Journey também é outro
exemplo. Apesar de eu adorar esses jogos citados, tem um jogo independente
que sou apaixonado... Limbo.
Limbo é literalmente um quadro artístico jogável, mas se engana que ele é mais
uma seminovel como muitos indies que vemos por aí, na verdade, é tão
divertido quanto um Super Mario da Nintendo, com uma jogabilidade bem
parecida até. O jogo tem uma direção artística minimalista, refletindo o
minimalismo gráfico de sua época, quando menos era mais. Particularmente,
quanto mais minimalista eu acho melhor, mas também gosto de coisas mais
elaboradas, desde que seja bem feito. Limbo leva o minimalismo a outro
patamar. Tudo nele é simples, mas assustadoramente bem feito. Literalmente
um quadro jogável mesmo, e a maior prova desta afirmação é que qualquer
parte do jogo se você tirar uma print, poderá imprimir e emoldurar e colocar de
decoração em sua sala tranquilamente. Para mim, o melhor indie já feito em
todos os tempos, e mesmo 10 anos depois, Limbo continua lindo. Dificilmente
esse jogo irá envelhecer, é um absurdo de qualidade artística.
ENREDO
O enredo é simples. Um menino acorda na beira do inferno em uma floresta e
parte em busca de uma menina, parece ser sua irmã, e por isso ele vai passar
por altos apuros que o colocarão a beira da morte a cada passo dado em
direção ao seu objetivo. Meio batido, né? Um heróis de um jogo de plataforma
que tem que chegar até o final para salvar uma mulher... Onde será que já
vimos isso? Claro que a formula de Super Mario funciona até hoje, mas limbo
elevou isso a um nível absurdo, mesmo não alterando em NADA a premissa do
game de plataforma da Nintendo. Limbo não precisa de uma história muito
profunda, ele é o que é, e só isso já é o suficiente para transformar ele no
excelente game que tanto amamos. Alguns fãs dizem que aquele mundo é o
purgatório e talz... Não sei se isso é parte da história do jogo, não fui muito a
fundo para saber, apenas joguei, mas verdade ou não, isso não faz diferença
nenhuma, pois o jogo é bom de qualquer maneira.
JOGABILIDADE
A jogabilidade é simples,
praticamente você vai usar dois
botões, um para correr e outro
para agarrar alguma coisa.
Muito bem construída, pois fazer
algo minimalista bem feito por
incrível que pareça é muito
difícil. É um clássico jogo de
plataforma, não tem muito o que dizer, mas prepare-se para resolver quebra-
cabeças bem complexos que desafiam nossa capacidade de raciocínio, pois
Limbo não é para qualquer um, é para quem gosta de desafio.
CONTEÚDO
O conteúdo é curto, pois é um
jogo independente feito em
uma época que mesmo um
indie era muito caro produzir.
O jogo, caso você passe de
todos os quebra-cabeças sem
morrer, caso você seja um ser
evoluído que tem habilidades
de telepatia, você consegue
terminar o jogo em menos de uma hora, se morrer pra caramba igual eu,
termina em 2 horas no máximo. É um jogo curto, mas acho que está de bom
tamanho. Tem alguns ovos para achar escondidos no jogos, tem um caminho
alternativo também que você literalmente não vê nada na tela, ta tudo preto,
pois não tem iluminação naquela parte, um desafio interessante. Se você é um
caçador de conquistas terá de passar nesse caminho alternativo e achar todos
os ovos, e não morrer mais que 5 vezes se não me engano. Mesmo sendo curto
o conteúdo o fator replay desse jogo é fenomenal, então fique tranqüilo, você
vai jogar ele mais de uma vez.
MINHA OPINIÃO
Limbo é o melhor jogo independente já feito para mim. Mais que um jogo, ele é
uma obra de arte completa em todos os sentidos. Vale a pena comprar o game,
garanto que seu dinheiro será bem gasto. Limbo envelheceu bem, e acho que
nunca vai envelhecer, pois sua arte é feita de maneira magistral, é um jogo que
não fora feito para ser apenas jogado como um mero entretenimento igual
Halo, God of War ou Fifa, Limbo é uma obra de arte que deve ser apreciada, é
literalmente alta cultura.
Nota: 10
ATEM-ÇÃO: POR JACK MOTTA
(Canal na Twitch: twitch.tv/dragonsofrage )
Service Games... Quando Luz e Trevas dão as mãos
Jogos hoje são grande parte do nosso entretenimento, principalmente nos
tempos atuais de reclusão. Jogos mobile e de portáteis estão ganhando cada
vez mais destaque e um celular pode chegar à capacidade de um PC doméstico
comum com facilidade, mas grande parte dos jogos mobile atuais são jogos de
serviço, em outras palavras, jogos
que continuam atualizando desde
seu lançamento até o momento de
seu encerramento, algo como um
MMO por exemplo. Jogos como
Genshin Impact ou mesmo o bem
conhecido MMO de The Elder
Scrolls Online, são jogos de
serviço, mas isso é bom para o
consumidor final? Bom... Cópia de Zel... Ops... Hehehe Não resisti Faraó. Genshin Impact, uma jogo com a
Pensando nisso, venho deixar proposta de ser um serviço. Atualizações de conteúdo são constantes desde o seu
lançamento em 2020.
minha visão sobre esta vertente de
games que vem crescendo nestes últimos anos.
Os Jogos de serviço criaram uma gama de fãs de várias idades, trazendo ao
mundo "gamer" novas visões e idéias para as grandes empresas. Este tipo de
jogos geralmente tem algo que os monetiza de alguma forma simples para que
acabe atraindo jogadores novos e prenda mesmo que por um período, os seus
antigos jogadores, são coisas como cosméticos dentro do jogo, como em League
of Legends ou mesmo comprando o jogo em si como o quase esquecido
Overwatch.
Mobile Legends é um
grande exemplo do
primeiro tipo de
monetização, tendo em
vista que este foi
completamente baseado
em "LOL", seu sistema
funciona de forma
extremamente parecida,
League of Legends, o jogo service game que mais bombou na última década.
trazendo skins pagas novas, molduras e afins,
sempre criando um meio de fazer o jogador ficar
preso ao jogo de alguma maneira, seja com
"farme" de itens grátis ou da moeda principal do
jogo, essa que possibilita o jogador que não paga,
ter acesso a algum item pago. Este é um padrão
bem difundido nos jogos deste estilo, geralmente,
os jogos competitivos, costumam usar mais deste
sistema para que os jogadores não se entediem de
sempre fazer o mesmo dentro do jogo, já que a
proposta é sempre competir, mas nem todos estão
aptos em todo momento para tal, mas.. Existe algo
que determinadas empresas aplicam em seus jogos
que podem ser prejudiciais ao consumidor, coisas
como as famigeradas lootbox. Estas caixas das
"maravilhas" sempre vêm com um sistema que
lembra bastante o conhecido Gacha, um sistema que
é um bucado predador em questão de monetização,
tendo em vista que este trabalha com chances de
obter algo bom dentro do sistema.
Porem, Lootbox vão bem mais além disso, algo
muito aplicado por uma empresa, que ate já foi Yu-Gi-Oh! Duel Links, um excelente exemplo de jogo
processada por práticas ilegais, as Lootbox não te mobile de serviço onde você pode até não gastar nada e
ainda sim juntar recursos para se dar bem, mas vai
garante que receba algo útil para o jogador, além demorar bem mais que aquele que pagou... Negócios são
de ser algo quase como um cassino, pura sorte com negócios.
números ridículos de alcançar. No fim, o consumidor acaba sem dinheiro e sem
o que buscava em sua conta, algo que não exatamente ocorre no sistema de
gacha já que este, por leis dos países de origem, exigem detalhadamente que
Paladins, outro jogo como serviço que mesmo sem dinheiro investido sua progressão é possível, porém, mais lenta.
suas porcentagens seja expostas, fazendo assim, seus jogadores ficarem cientes
do que estão fazendo desde o inicio. Sistemas de serviço em games podem
chegar a ser prejudicial como dito a cima, mas, tudo depende apenas da
empresa a qual se da atenção, existem muitas coisas boas para se tirar disso,
como ter um jogo sempre com coisa novas para mostrar, muitas vezes ele sendo
grátis com detalhes pagos. Mas, não podemos deixar de atentar que o jogo
pode estar sendo desleal com seus jogadores e a falta de reconhecimento disso
pode prejudicar a vida de muita gente infelizmente, precisamos ponderar e ver
se ate onde fomos vale realmente à pena.
Jack se despedindo aqui, bons jogos e diversão com moderação para todos.
Nos sigam na Twitch, lá jogamos alguns desses jogos aqui mencionados, com
certeza sua avaliação sobre os mesmos será mais completa se os conhecer.
Entrar nesse mundo de jogos como serviço é como entrar em qualquer tipo de
jogo tem que escolher bem o game que irá dedicar boa parte do seu tempo
livre, e a melhor maneira de fazer essas escolhas é conhecendo bem as opções.
ANÁLISE SINCERA
RONISTER ADVENTURE
Por Lohan D. Souza
Ronister Adventure é mais que mais
um jogo independente disponível no
mercado, trata-se de uma conquista
por parte dos desenvolvedores e
publicadores. Pode não ter muita
relevância para uma análise de um
jogo, mas toda a história que temos
por trás do desenvolvimento do
game Ronister Adventure é muito
bonita e inspiradora; claro, não vou
contar ela aqui nessa análise, mas é
deveras inusitada, emocionante e
divertida. Com o apoio de várias
pessoas em diversas áreas de
atuação, o jogo do nosso querido
Ronister figura entre a indústria de
games independentes, é parte da
fomentação dos jogos indies
brasileiros promovida pela paixão dos nossos queridos gamers nacionais. Tive
a oportunidade de jogar esse lindo game em suas duas versões, a primeira que
eu já achava linda, e a segunda com uma atualização gráfica que dá mais
identidade ainda para o mesmo, então... Vamos lá conhecer esse trabalho
maravilhoso.
COMPUTADOR
A versão de PC de Ronister Adventure é muito bem otimizada, mesmo meu
notebook ultrapassado consegue rodar o game no talo sem problemas. Os
controles respondem bem mesmo no teclado, mas recomendo que use um
controle para jogar. O jogo segue bem fluido mesmo em máquinas mais
modestas, então não se preocupe, sua máquina com toda certeza vai rodar
tranquilamente. Realmente, o Derik DF, programador do game, está de
parabéns pela excelente otimização.
CELULAR/MOBILE
A versão mobile é tão bem otimizada quanto
a versão de PC. O bom uso da Unity cai bem
para as plataformas mobile, mesmo as mais
antigos celulares de 6 anos atrás ainda
conseguem rodar esse game muito bem.
Compreendo que jogar um jogo de
plataforma que exige uma precisão absurda
em uma tela tátil de celular possa ser um
incômodo, mas o game possui suporte para
controles, o que torna a experiência muito
mais agradável na palma de sua mão.
A ARTE DO JOGO – GRÁFICO E TRILHA SONORA
Os gráficos receberam uma atualização, até então na versão de PC apenas,
mudando os cenários feitos de maneira “padrão” da Unity, o motor gráfico do
game, para o estilo pixel-art, dando ainda mais a cara de um jogo de Master
System. Falando em consoles antigos, a trilha sonora, composta por aquele que
dá a inspiração do personagem do game, Ronister Marcelo, é sem dúvidas
nostálgica, marcante, sinfônica, bela aos ouvidos, e eu sei muito bem do que
estou dizendo, cresci ouvindo Bach, Beethoven, Franz Liszt, Tchaikovsky, Carlos
Gomes e César Guerra-Peixe. E se você está se perguntando o motivo de eu
colocar o Ronister Marcelo no nível dessas lendas da música clássica, eu lhe
respondo com outra pergunta... Por que não o colocar? Desculpe a grosseria,
mas se você acha um exagero colocar a composição sonora feita pelo Ronister
Marcelo no nível das obras dos compositores citados, você no mínimo é
desprovido do mínimo de cultura para apreciar a trilha sonora do jogo de uma
maneira mais profunda é exigido.
JOGABILIDADE
A jogabilidade é basicamente um “andar para o lado” clássico com
plataformas, armadilhas e inimigos para driblar... Sim,
driblar, é o que você vai fazer com a maioria dos inimigos
do segundo mundo em diante; claro que você pode pular
em cima deles para derrotá-los, mas muitas das vezes é
bom evitar os mesmos. Não há espaço para falhas, se você
pular um pouco antes ou muito depois você vai morrer
(destaque para animação do Ronister virando um
fantasma quando morre, engraçado demais, bem
bolado). Os chefes são vencidos pulando em cima da
cabeça deles, mas não se engane, não é tão simples. É
desafiador e empolgante, uma jogabilidade muito gostosa.
O ÚNICO PROBLEMA EM MINHA OPINIÃO
Antes de mais nada, lembre-se que essa é a MINHA OPINIÃO. Você pode
discordar de mim de boa, ter uma visão diferente da minha, mas ainda é a
MINHA OPNIÃO. Caso você tenha maturidade para entender que estou apenas
dando a MINHA OPNIÃO e não atacando o jogo de maneira gratuita, siga a
leitura deste tópico.
Então... O jogo tem uma curva de dificuldade bem injusta em certo ponto. Antes
da atualização estava perfeita, com uma dificuldade que segue a curva para
cima de forma gradativa,adorei zerar o game assim, mas... Veio a atualização.
A atualização trouxe muito mais do que pixel-art nas fases, trouxe duas fases
novas que... Gente... Socorro. No mundo da praia e do castelo chegaram fases
finais antes de enfrentar os chefões sendo uma fase com lancha no mundo da
praia e a fase do avião no mundo do castelo. As duas fases apresentam uma
curva de dificuldade discrepante ao resto do game, fazendo mais que uma
variação de gameplay, ela literalmente te quebra no meio e te larga no chão.
Você até pode me chamar de “gamer nuttella” e qualquer outr adjetivo que
seja, mas é fato que a curva de dificuldade dessas fases estão absurdas em
comparação com o resto do game. Toda fase tem um padrão, se você repetir ela
inúmeras vezes uma hora você passa, mas sinceramente não tenho essa
paciência para a fase do avião e abdiquei de zerar o jogo novamente com a
atualização de conquistas na Steam.
Eu sinceramente vejo isso como um problema, pois o jogo tem uma dificuldade
X o quase que o jogo inteiro, mas em duas fases tem uma dificuldade Y, o que
particularmente me desanima a jogar o game novamente. Infelizmente isso é
algo que pode afastar alguns jogadores.
NOTA: A Ronik Games Group informou dias depois do fechamento desta matéria
que a versão mobile ganhou pontos de checagem e a fase do avião teve sua
dificuldade amenizada, mas essas alterações estão apenas na versão mobile
até o fechamento desta edição.
(VOU LEMBRAR MAIS UMA VEZ QUE ISSO É UMA OPINIÃO MINHA E QUE ELA
NÃO TIRA A QUALIDADE DO JOGO)
RECOMENDO?
Claro que sim. Apesar de na minha visão as fases da Lancha e do Avião estarem
com uma dificuldade muito absurda, o jogo continua lindo, divertido, gostoso,
cremoso... Ronister Adventure está disponível para Mobile e PC via Steam,
recentemente fora lançada uma versão demo para o Xbox One, e em breve virá
completo para o Nintendo Switch, e o melhor disso é que o preço está super
acessível. Até agora a versão de celular é a versão sem as fases da lancha e
avião, mas em breve será atualizada e receberá além das ditas fases. Apóie o
cenário índie nacional e adquira Ronister Adventure, vale à pena.
COMPRE O JOGO:
STEAM: https://store.steampowered.com/app/1458530/Ronister_Adventure/
GOOGLE PLAY:
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.ronikgames.ronister
ENTREVISTA COM O RONISTER DA RONIK GAMES
GROUP
Ronister, um homem comum, como
eu; como você, proletário, e
segundo ele mesmo começou a
estudar tarde demais. Será mesmo
que foi tão tarde assim? Ronister hoje
é um desenvolvedor independente,
com mais de quatro jogos em seu
portfólio, dentre eles os jogos para
Atari 2600 Ronister at Haunted
House, Ronister in Space,
Beast (um porte muito
competente do clássico 16
bits para o Atari 2600) e o
seu mais recente game
lançamento, Ronister
Adventure disponível para
a Steam, Mobile Android e agora... Nintendo Switch. Sim meus caros apóstolos,
o nosso querido Switão da massa acaba de receber um jogo do nosso querido
Ronister. Realmente, é tarde para começar a se dedicar a algo? Seus jogos são
apreciados por retrogamers de todo o Brasil, e até mesmo nos EUA e Alemanha
há jogadores que amam esse games. Ronister é um dos maiores exemplos de
que nunca é tarde para corrermos atrás de nossos sonhos. E
você, seu Zé Ruela, que pensa em desistir de seus objetivos,
que o Ronister possa ser um exemplo para você.
(Lohan) Ronister, é um prazer muito grande começar essa
revista com você como convidado. Ficamos honrados com você
aqui fazendo parte disso.
(Ronister) Salve galera, muito obrigado aí, eu que agradeço a
oportunidade.
(Lohan) Ronister, qual seu vídeo-game preferido e por quê?
(Ronister) Meu vídeo-game predileto é o NES 8 bits, seria por
ter sido o meu primeiro console, o Hi Top Game da Milmar (Famiclone). Amo o
NES e estou trabalhando em jogos para o NES também.
(Lohan) E qual seria seu jogo preferido? Qual o maior jogo de todos os tempos
para o Ronister?
(Ronister) Meu jogo predileto é Mighty Final Fight do NES 8 bits, e o que seria o
melhor jogo de todos os tempos eu fico entre Battletoads e o Super Mario Bros
3, os dois são jogos que ganharam gerações.
Ronister e seu jogo Ronister at Haunted House para Atari 2600, o jogo é muito apreciado pela comunidade retrogamer
de Atari no exterior, com vendas em países como a Alemanha e EUA .
cedo?
(Ronister) Não, nunca desistir, pois eu comecei a estudar programação de
verdade de 3 anos pra cá, estou com 40 anos e nunca é tarde. Hoje eu vejo uma
garotada nova ai que hoje tem tecnologia, tem cursos online gratuitos, com
preço acessível e a galera quer jogar Free Fire, ver coisas indevidas... Acho que
se cada um gamer, a mulecada curtisse e programasse, iria sair muita coisa
boa mesmo. Nunca desistam, independente se for programação ou em qualquer
área, estudem que é o caminho do sucesso.
(Lohan) O que acha dos jogos da atualidade? Estão muito fáceis?
(Ronister) Sim, os jogos da atualidade estão muito fáceis tipo
The Last of Us 2, eu tenho ele e curti, mas curti mais o
primeiro. Detroit Become Human, ô joguinho fácil, Free Fire,
esses negócios, estão tudo leite com pêra. Os atuais que eu
indico são os indies ou estilo metroidvania, esses sim
remetem à jogabilidades anteriores, muito mais difícil.
(Lohan) Video-Game é coisa do demônio? Qual sua opinião sobre
colocarem a culpa de algumas tragédias em jogos de videogame?
(Ronister) Cara, tudo é culpa do demônio, as pessoas botam sempre a
culpa, choveu muito e transbordaram rios a culpa é dele. Video-
Game não é do demônio. Deus criou a inteligência que criou o vídeo-
game. As pessoas que distorcem a mente e fazem as coisas erradas.
Exemplo, se eu cortar um pão de manha, pegar a faca e esfaquear
alguém a culpa será do pãozinho que estava quente ou do padeiro?
Negativo.
(Lohan) De acordo com alguns “psicólogos”, se eu jogar jogos de tiro
posso virar um assassino e cometer um massacre; então, se eu jogar
Ronister in Space, eu viro astronauta?
(Ronister) Eu jogava na minha infância o X-Man do Atari, e não virei nenhum
tarado. (risos) Isso vai de pessoas de cabeça fraca e mente fraca, e psicólogos
não jogam vídeo-game. Se fosse assim eu seria um astronauta ou estaria em
uma casa assombrada em um pesadelo, e estaria em aventuras com 13 anos de
idade... Não, realmente, são pessoas fracas e mentes poluídas.
(Lohan) Vamos falar de seu trabalho. O que
você faz além de desenvolver jogos?
(Ronister) Com muito orgulho, sou despachante
rodoviário, e todos sabem na empresa que sou
desenvolvedor, curtem também, inclusive
segunda feira fiquei de folga para entregar
alguns jogos pelos correios, mas minha
Um dos detonados que eu recordo bem que eu acompanhei passo a passo foi o
do Red Dead Redemption 1. Detonados nas revistas antigamente não eram tão
detalhados assim quanto são hoje quando você assiste um vídeo na internet. A
revista te explica o detonado, mas você tem que procurar onde ele está te
falando, já os vídeos de hoje em dia a pessoa praticamente joga por você, daí
vem a galera e te chama de noob por assistir vídeo, mas na revista era bem
diferente, parece que era bem mais emocionante acompanhar a revista em
detonado do que na revista hoje em dia.
Tem um canal no YouTube chamado História Revista que eu indico, é muito
bom. Essa é a minha colaboração com o Boletim Gamer e deixo meu abraço a
todos os leitores da nossa revista digital que também pode ser física se você
quiser. É nós rapaziada, tamo junto!
DIBALDINHO SHOW: POR VITOR GERALDO
Um Preguiçoso e um Arcade
Como vocês leitores sabem, minha coluna conta
experiências de um ser que dispõe de uma grande
capacidade de entendimento sobre o mundo exclusivo e
belo, a preguiça! Brincadeiras a parte, iniciando de um
desejo do passado meu mundo se seguia a juntar moedas,
matar aula (não façam isso) e jogar kof 2002 com um monte
de doidos. Uma coisa que não podia acontecer de maneira
comum em minha residência, até por que minhas
habilidades no game e os constantes senhores possuidores
de quantidades maiores de fichas evitavam o meu objetivo
de concluir o game.
Passado alguns anos, com o avanço de tecnologia, minha
capacidade básica de somar "1+1=lagarto", e as
habilidades artesanais do meu pai, surgiu de um pedaço de
papelão o projeto "ErnestoFlip", meu arcado bartop
montado com um PC, uma telinha e um lance rapidinho, as
coisas foram se encaixando, uma telinha de alguém que
trabalhava com meu pai, controles de Arcade antigos e Projeto de montagem do controle de árcade.
travados passados pelas mãos de um mestre
"arcadiano" que contei nas histórias anteriores, e
sempre imagino isso como se fosse cavaleiros do
zodíaco, mas era só imaginação mesmo, ficamos muito
tempo trabalhando e logo enfrentamos os primeiros
problemas já na parte eletrônica, o computador não
aguentava, o som estava ruim, os controles de Play 1
tinham delay e tinha problemas com os contatos.
Tivemos que trocar tantas coisas, comprar plaquinhas
zero delay, fazendo tudo para que no fim...
Um preguiçoso
No fim fiquei parado mesmo, era a minha vez, eu não
contava muito com minha capacidade de entendimento
nem criação, vontade caindo e o período das trevas
havia começado. Completamente perdido passaram anos
para que a máquina realmente pudesse sair do papel.
Eu perdido nos meus pensamentos me aparece a força
dos amigos (sim, aquelas cenas de anime mesmo) e
consegui terminar a máquina. O primeiro jogo? Samurai
Shodown, meu jogo favorito, segundo? The King of
Fighters 2002, meu algoz dos bares e casa de jogos.
Consegui após alguns dias derrotá-lo.
A vida e a máquina, a preguiça e o Arcade.
GUERRA BOBA
Por Lohan D. Souza
Já se perguntou se as coisas hoje em dia estão mais chatas? Se já se fez essa
pergunta com certeza chegou à mesma conclusão que eu. Sim. Infelizmente tudo
hoje em dia é motivo de briga e discussão, praticamente vivemos um império do
caos. Divergência de opinião, gostos, jeitos e maneiras de se lidar com as
situações, tudo isso sempre foi diferente de uma pessoa para a outra, mas
parece que hoje não conseguimos lidar com as diferenças do amiginho ou da
amiguinha. Pois bem, no mundo de hoje uma simples frase de discordância
pode ser considera um ataque, uma única crítica pontual pode ser considerada
uma declaração de guerra, e isso infelizmente também acontece no meio gamer.
Brigas por videogame? Bom, se me dissessem isso a 10 anos atrás eu juro que
daria risada da pessoa que sugerisse tal cenário imbecil, mas parece que o
bizarro se faz presente.Bom, vivem em um mundo onde a terra plana é
discutida, mesmo com mais de dois mil anos de entendimento que não é bem
assim o formato de nossa bolota molhada suspensa no espaço. Em um mundo
de terraplanistas é óbvio que briga por videogames é uma coisa... Normal?
Socorro Deus. Sério, é muito bizarro.
Na minha época de escola o máximo que tinha era uma discussão
sobre qual versão era a melhor, se a do Super Nintendo ou a do
Mega Drive, não passava disso, e nos dias de chuva nós íamos à
casa do amigo e jogávamos qualquer um dos dois consoles de boa.
Não existia briga, nós éramos mais civilizados, resolvíamos tudo
como cavalheiros no bom e velho X1 em algum jogo, sem
chegarmos as vias de fato. Um cenário muito diferente da
atualidade onde o gamers estão em um verdadeiro coliseu
lutando para ver quem é mais... Gamer? Sério isso? Essa galera
ta com 30 anos na cara cheia de barba e estão brigando pra ver
quem “joga mais”? Ridículo, é só essa palavra para descrever
o cenário atual.
Sinceramente, eu não consigo ver diferença no gamer de celular para o gamer
de console, no gamer que gosta de Super Mario para o que gosta de Halo, ou no
que gosta de God of War para o que gosta de joguinhos de fazenda... Afinal,
não são todos gamers? Todos não estão se divertindo e tendo boas experiências
com games? Fala sério, você que se acha mais homem que o cara que joga
Super Mario só porque joga Gears of War, acredita realmente nisso? Vai na
balada e fala pra mulher que você platinou God of Wars, vamos ver se você vai
ganhar um beijo ou ser caçoado. Acredite, será a segunda opção.
Esse é o problema da popularização dos games, trouxe muita gente imbecil
para esse meio. Dá para dizer que a comunidade gamer se orkutizou. Gente,
parem e pensem, videogames nos juntavam nos dias de chuva para uma
diversão saudável e boas risadas, hoje é uma maneira de querer medir a
masculinidade. Tem coisa mais ridícula que isso? Sinceramente não
encontro nada mais abjeto que isso no meio gamer.
Eu, para minha vergonha, já participei muito desses grupos de
guerra de console. Não vou negar que foi divertido por um
tempo, maschega uma hora que cansa. Ora, se você gosta de
Gran Turismo tem que dizer que o Forza não presta... Sim, é
literalmente isso, ou se não você é um isentão. Bom... Cresci
jogando as duas franquias, eu as amo igual, e sempre irei
declarar isso. Eu sou isentão? Não, minha posição é clara,
sou Nintendista. Apesar de ter tido Playstation a maior
parte da minha vida sempre achei Nintendo mais
interessante, mas... Isso me impede de gostar
do Playstation ou do Xbox? Do Pc?
Parce que existe em algum lugar por aí que se você gosta
de uma plataforma deve denfendê-la até o fim, até os
erros que a empresa dela comete, como muitos
fazem pela internet hoje em dia. Se você curte
Xbox por exemplo, não pode gostar de nada
do Playstation e vice versa... É tão pueril
esse pensamento. Fico me perguntando
como um cara que gosta de Gran Turismo
não joga Forza Motorsport? Sério
mesmo, será que ele não percebe a
grande experiência que ele
está perdendo? E o
mesmo vale para os fãs
de Forza com relação à Gran Turismo, você sabem que
jogo legal vocês estão deixando de lado e que poderiam se
divertir?
Graças ao bom Deus eu me desliguei dessa insensatez. Eu gosto
de jogos, eu gosto de games, e é isso que eu vou fazer em meu
tempo livre, jogar jogos. Tenho pena dessa galera que fica o dia e a
noite toda em grupos de briga de videogames, pois passam mais tempo na
treta do que jogando. Realmente, é uma pena.
GAMER DE CELULAR: É POSSÍVEL SE DIVERTIR APENAS
COM MOBILE? POR LOHAN D. SOUZA
Não é de hoje que o mundo joga
em celulares. Logo no inicio dos
anos 2000, o Brasil acabara de
privatizar a famigerada Telebrás,
e “abriu” o mercado para redes
privadas de telefonia. Embora o
mercado de telefonia no Brasil não
seja de fato 100% aberto, tal
manobra feita pelo governo em
1998 melhorou muito a situação Manifestantes contra a privatização da Telebrás. Alegavam que a
de acessibilidade do povo privatização iria “calar o Brasil”, mas após ela a classe trabalhadora pobre
finalmente teve um acesso maior à telefonia.
brasileiro às linhas telefônicas.
Antes da privatização da Telebrás, uma linha telefônica devia ser declarada
para a Receita Federal, era herança de família, presente de casamento,
resumindo, era um patrimônio. Muito diferente do que vemos hoje em dia onde
enquanto nós andamos nos centros de nossas cidades e tem sempre um cidadão
te parando na calçada oferecendo um chip para celular. Imagina hoje dar de
herança um chip de celular para um ente querido... Sim, ele vai te matar
novamente. Mas, por que estamos falando disso? Bom, não querendo dar uma
aula sobre os benefícios da privatização e desestatização, mas já dando, tenho
que levar a você caro leitor a uma viagem no tempo para entender como era
raro alguém ter um telefone fixo em casa, que dirá um celular.
O ano é 1999, mesmo depois da
privatização o Brasil ainda passa
por uma transição em sua rede
de telefonia, ter um telefone fixo
em sua residência ainda é um
sinônimo de status social.
Celulares ainda são artigos de
luxo para a classe mais alta
Super Mega Drive 3 da Tec Toy com 10 jogos na memória.
Obsoleto no ano 2000, mas ainda sim um artigo de luxo para
como políticos e donos de
poucos no Brasil. empresas amigos de políticos,
mas no ano 2000 isso já ganhara uma grande mudança. Lembro que meu avô,
o saudoso Sr Sérgio, quando morava comigo em Juiz de Fora MG, em uma casa
simples no alto de um morro chamado Vila Bejani em um bairro chamado
Jóquei Clube (acho que era esse o nome do bairro, ou seria o nome do morro),
enfim... Era um lugar de classe baixa, gente comum, proletária, não havia
importantes políticos ou grandes empresários morando ali, muito pelo
contrário. Imagina a reação do pessoal lá quando eu disse para um colega da
escola que morava ali perto que eu tinha recebido uma ligação do meu pai de
Petrópolis RJ. Sim, até hoje acho que minha casa era a única a ter um telefone.
Na verdade, minha casa já era a única a ter um vídeo-game em toda a rua, um
incrível e avançado Super Mega Drive 3 com 10 jogos na memória da TecToy, na
época segundo o dono da única venda da rua, o Sr “Coteca” (não entendo esse
apelido até hoje). Compreende agora jovem como era uma época totalmente
discrepante a sua de hoje? Eu era considera um “playboy’ por ter um Mega
Drive, mesmo já estando no ano 2000.
Partimos para o ano de
2001, que minha avó
paterna, a Dona Eva,
comprou um celular da Algar Telecom Leste (ATL)
ATL. Nossa... Todo mundo na família ficara
impressionado com aquele aparelho da Ericsson com
uma simples tela pixelada verde onde podíamos ver
o número que estávamos digitando. Era
O avançado Ericsson do início do
século XXI
impressionante, ligação podia ser feita de um
aparelho sem nenhum fio, jurava que imaginava que não poderia existir algo
mais avançado. Pois bem, em 2003 celulares muito mais avançados começaram
a aparecer, e dessa vez começaram a vir com joginhos. Pode parecer bobo um
joguinho da cobrinha hoje em dia, mas na época um aparelho que fazia ligação
e que ainda era possível jogar um game
nele era muito impressionante, como se
um Game Boy também recebesse a função
de fazer ligações. Minha avó não me
deixava jogar muito, mas de vez em
quando eu jogava. Tudo isso par explicar
como era raro alguém ter um celular
nesse país naquela época, e quando se
popularizou graças a privatização da
Cartão pré-pago da ATL, onde você raspava e usava um
Telebrás vieram também as primeiras código para inserir créditos literalmente no celular que
experiências gamer de celular do tinha uma linha interna, chips com a linha vieram pouco
depois.
brasileiro.
Pode parecer ridículo falar isso para você que nasceu a partir de 2005, mas em
pleno 2003, muita gente sequer tinha um vídeo-game aqui no Brasil. Claro, em
algumas cidades era mais
acessível, um famiclone
traumatizante que tem um slot de
cartucho ao invés de um leitor de
CD era o vídeo-game do povo
brasileiro, eu mesmo fui ter o meu
primeiro Playstation 1 apenas em
2005. Xbox? Play 2? Dreamcast?
GameCube? Game Boy Advanced?
Isso só via com parentes, amigos Snake, o popular jogo da cobrinha, muito jogado pelo brasileiro no
início dos anos 2000.
ou locadoras, mas era raro alguém
ter. Para se ter uma idéia, na rua onde eu morava, nós ainda estávamos no
Mega Drive e Super Nintendo.
Agora que você compreende como era uma época difícil, podemos falar
finalmente sobre a possibilidade de se divertir tendo o móbile como plataforma
principal de jogos.
Não é exagero dizer que muitos brasileiros tiveram seu primeiro contato com
jogos eletrônicos através do móbile naquela época. Lembro de conversarmos
sobre nossos recordes no Snake, ou como também é conhecido, Jogo da
Cobrinha. O jogo da Navinha, literalmente um jogo de navinha que tinha no
celular Nokia da minha avó (sim, ela em 2003 já tinha outro celular mais
avançado, santificada seja a privatização, amém). Não lembro o nome do jogo
até hoje, e nem faço questão de me
lembrar, pois eu sei que vou
continuar chamando de jogo da
navinha. Era um jogo bacana, nível
de console, tinha até um chefão em
cada fase, era mágico ver aquilo
rodando em um celular. Em 2004
meu pai, tinha um “celular de abre e
fecha” (eu sei que chamam de flip)
com tela colorida e um jogo de moto
que era muito legal, colorido e bem
animado, muito parecido com o
Super Hang On que eu jogava no
Mega. Já em 2008, auge dos jogos
Java, eu já jogava Guitar Hero 3 em
meu Sony Ericsson, aquele que
Guitar Hero 3 para celulares programado em Java.
balançava e mudava a música. Bons tempos que não voltam mais. Como pode
ver em meu relato, eu me diverti muito jogando em celulares, mesmo tendo
videogames. Eu jogava o jogo de moto no celular do meu pai tendo um Mega
Drive e jogando também o Super Hang On, tinha o Play 2 e adorava jogar o
Guitar Hero 3 de Java no celular.
E nos dias de hoje? Em Pleno 2021, onde um Play 2 custa
em média 200 reais, preço acessível para qualquer
cidadão com o mais modesto salário, e com acesso pleno
aos maiores jogos da sexta geração como Gran Turismo 4,
GTA Vice City, San Andreas, NFSU 2, Most Wanted, Carbon
e tantos outros grandes títulos disponíveis nesse console e
até mesmo outros aí, parece impossível se divertir com um
celular como plataforma principal de jogos, não é mesmo?
Negativo. Eu passei os últimos 3 meses jogando
praticamente apenas no celular. Meu aparelho é um Moto
G5 S, bem modesto para 2021, tem jogos que nem
instalam nele mais, e mesmo assim continuo me
divertindo, mas não se engane, não é um mar de rosas, e
5. Portabilidade: Nem preciso explicar que você joga onde você quiser,
preciso?
Espero que agora você compreenda que sim, é possível ser um gamer de celular
nos dias de hoje, mesmo com tantos consoles a disposição por aí atualmente.
Tenho amigos que abandonaram completamente os consoles e partiram para o
universo mobile de vez e não se sentem nem um pouco lesados ou incomodados,
pois os mesmos estão fartos de tantos jogos para jogar que nem percebem os
grandes lançamentos dos consoles do mercado atual. Até mesmo a limitação de
jogar com controles com a tela tátil é driblada com controles específicos para
celular, onde você literalmente tem uma Manet (chamamos controles assim aqui
em Petrópolis RJ) e a experiência, principalmente nos jogos emulados é muito
mais interessante. Vale lembrar que até então, jogar GTA San Andreas em
modo portátil, só no mobile. Jogar no celular não faz ninguém menos gamer, e
você não é mais gamer só por ter o console mais poderoso da atualidade. Sim,
aquele que se diverte com o jogo da frutinha no celular é tão gamer quanto eu e
você. Não acredita em mim, faça um teste, fique ao menos 3 meses só com o
celular, talvez você perceba o que eu percebi.