Você está na página 1de 1

Universidade de Brasília

Instituto de Relações Internacionais

Disciplina: Economia Política Internacional 2

Professor: Roberto Goulart Menezes

Aluna: Laís de Oliveira Cavalcante - 190133872

Comentário Crítico 8

Texto: CALDERÓN, Fernando; CASTELLS, Manuel. A globalização da América Latina: da


crise do neoliberalismo à crise do neodesenvolvimentismo. In: A Nova América Latina. Rio
de Janeiro: Zahar, 2021, pp. 23-57.

O texto de Fernando Calderón e Manuel Castells permite com que possamos pensar na
globalização da América Latina e nas crises vivenciadas nos últimos tempos de forma crítica.
Nesse viés, volto ao conceito, desenvolvido em 1980, de Sul Global e questiono se esse
‘processo de profunda transformação’ se dá pelo recaimento do olhar do Norte Global sob o
Sul, tendo em vista que, a criação e implementação dos ODMs pela ONU reforçam a
mensagem de que os problemas do mundo estão concentrados no Sul Global e cabe ao Norte
Global e suas grandes potências a busca por soluções e a cooperação.
Há diversos pontos relevantes no texto, mas gostaria de destacar dois: a crise de 2008
nos países da América Latina e a tripla crise a América Latina. A crise de 2008 já foi
abordada na disciplina, mas a análise que os autores trazem e os dados são interessantes, no
sentido de entender como cada país se comportou ao longo dos anos (2003 a 2013), notar uma
ascensão (superboom?) - ciclo economico - e questionar se os países da América Latina
estariam mais preparados do que os Estados Unidos e a Europa, levando em conta os dois
fatores que os autores trazem. Outro ponto é a deterioração da confiança da democracia dos
países da América Latina e pergunto: a ascensão da direita influencia diretamente?
Ademais, o tópico ‘a tripla crise da América Latina’ ressalta o período de incerteza
economica e instabilidade política, datada a partir de 2019, mas acredito que esse período
inicou-se antes, pelo menos no Brasil. No terceiro parágrafo, quando os autores explicam os
efeitos do neoliberalismo, do neodesenvolvimentismo e da legitimidade política e
institucional, fica clara a ruptura que tem transformado a América Latina. Relembra-se a
quase ruptura - falta de interesse e diálogo - do Brasil com a Argetina no Governo de Jair
Bolsonaro. Por fim, ao falar sobre a incerteza e a penetração do Estado pelo narcotráfico, é
possível falar do crime organizado nos paíse (o narcotráfico não deixa de ser um crime
organizado), no qual o Brasil estám a mercê e hoje, em 2023, tem-se a confirmação, do poder
do crime organizado nas terras indígenas, como na terras dos Yanomamis, onde, segundo o
Secretário nacional de Saúde Indígena, Ricardo Weibe Tapeba, há cerca de 20 mil
garimpeiros.

Você também pode gostar